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Bragantino é o Linense de 2017. A vergonha do Paulista
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Alexandre Praetzel

O Bragantino vai enfrentar o Corinthians no Pacaembu, como mandante do primeiro jogo das quartas-de-final do Campeonato Paulista. O clube de Bragança Paulista, que subiu da Série A2 e, merecidamente, conseguiu a classificação, agora abre mão do equilíbrio técnico e da chance de chegar às semifinais, por uma renda maior. Seus torcedores terão apenas dois mil ingressos. A medida favorece o Corinthians, sem dúvida. O Linense fez o mesmo em 2017, pegando o São Paulo duas vezes no Morumbi, e eliminado facilmente. Em 2018, o Linense já foi rebaixado. Assim como critiquei o Linense e não entendi a postura da diretoria, dou a mesma ênfase ao Bragantino. Lamentável.

Ressalto que Corinthians e São Paulo não têm nada a ver com isso. Essa possibilidade de inversão ou venda de mando de campo, está prevista no regulamento da competição. Um absurdo, mas aceito pela maioria. O Palmeiras berrou com o presidente Maurício Galiotte, mas o protesto chega com atraso. Galiotte quer mudança da regra para 2019. Acho que não vai levar.

Os diretores da Federação deveriam ser os primeiros a exigir confrontos lá e cá. Cada um na sua casa. Não. Falam numa “democracia” e vontade dos clubes, mas prejudicam seu próprio torneio. Uma pena, ainda mais quando começam os jogos mais interessantes.


Palmeiras e Corinthians são os melhores e favoritos à final do Paulista
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Alexandre Praetzel

Terminou a primeira fase do Campeonato Paulista e tivemos seis times repetindo a classificação de 2017 para as quartas-de-final. Além dos quatro grandes, Novorizontino e Botafogo, passaram Bragantino e São Caetano, duas equipes que vieram da Série A-2. Foram marcados 193 gols em 96 partidas. A média foi de 2,01 gols por jogo, uma das mais baixas dos últimos anos. Reflexo do pouco tempo de preparação, satisfação com o resultado mínimo e forte postura defensiva, sempre pensando em primeiro não perder, para depois pensar em ganhar.

O Palmeiras terminou em primeiro lugar no geral, com 26 pontos. Corinthians chegou aos 23 e o Novorizontino alcançou a terceira posição, com 20 pontos. Santos e São Paulo, com 18 e 17 pontos, deixaram a desejar, com 50% e 47,2% de aproveitamentos.

Acredito que os desempenhos de Palmeiras e Corinthians indicam uma superioridade em relação aos demais. Novorizontino e Bragantino não devem impor muitas dificuldades, apesar das boas campanhas.

O Santos tenta se definir como equipe, com a filosofia de Jair Ventura. O São Paulo virou uma incógnita, estreando um novo treinador. Botafogo e São Caetano são perfeitamente “batíveis”. No entanto, podem crescer, pelas dúvidas de Santos e São Paulo. Óbvio que num mata-mata, surpresas podem acontecer, como ocorreu com a Ponte Preta eliminando Santos e Palmeiras e perdendo a decisão para o Corinthians, no ano passado.

Se os quatro gigantes vencerem seus dois confrontos cada, na próxima fase, teremos Palmeiras X São Paulo e Corinthians X Santos, nas semifinais.

Nos clássicos, um torneio à parte, o Corinthians fez sete pontos, o Palmeiras somou seis, o Santos quatro e o São Paulo, nenhum ponto.

Por tudo que eu vi, Palmeiras e Corinthians são melhores que os demais. O Verdão, pela qualidade técnica e força do elenco. O Corinthians, pela forma definida de atuar, consistência tática e um técnico muito bom. Por isso, pela lógica, Palmeiras e Corinthians são os favoritos à final.

A partir do próximo fim de semana, começam os mata-matas. Projeções de jogos mais qualificados e disputados. E para quem acha que o Paulista não vale nada, só perguntar para são-paulinos e ponte-pretanos, que já viram seus treinadores demitidos. Ganhar passa a ser obrigação. Perder, vira quase tragédia. Esse é o pensamento, mesmo que os torneios sejam desvalorizados pela maioria.

 


Santos pagou para jogar contra o São Caetano. Onde isso vai parar?
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Alexandre Praetzel

Gosto muito do Santos e desde que me conheço por gente, sempre acompanhei os jogos do time. A história do grande esquadrão da “Era Pelé” é inesquecível. Agora, o Santos não pode viver só do passado, em relação à torcida. Tenho sido um árduo crítico da Vila Belmiro. O antigo alçapão faz parte da vida do santista, mas o estádio perdeu seu valor. Não adianta brigar com a realidade.

Enquanto o Santos tem jogado para uma média de cinco mil pessoas, com arredações pífias para o custo-futebol, os rivais faturam muito mais. Nesta quarta-feira, mesmo com o apelo de jogadores e comissão técnica, o Santos teve um público de 4.165 pessoas para R$ 92.490,00, contra o São Caetano. Ticket médio de R$ 22,20. O Santos pagou para jogar. A média de gastos para abrir a Vila Belmiro fica em torno de R$ 100 mil a R$ 110 mil. Contra o Bragantino, dia 22 de janeiro, as despesas ficaram em R$ 109.999,26. Triste. Ainda não entendo como há alguém que defenda isto. O Santos ficará para trás. O romantismo acabou há tempos.

Leiam o que escreveu o ex-diretor de futebol e membro do Comitê de Gestão do ex-presidente Luís Álvaro Ribeiro, Pedro Nunes Conceição, numa conversa via twitter, com o meu colega Ademir Quintino, sobre a pequena presença de público.

“Fica a dúvida: o torcedor vem abandonando o Santos ou sendo abandonado? A política vem destruindo o clube faz anos. O clube precisa virar empresa e ser vendido. Modelo com conselheiros não se sustenta mais. Fica a impressão de que estamos morrendo em doses homeopáticas…quero estar errado!”, afirmou o ex-dirigente. Palavras de um santista que esteve lá dentro e sabe das dificuldades financeiras, mesmo que o Santos tenha revelado inúmeros atletas e faturado com muitos deles.

É preciso um planejamento a médio prazo para resgatar a torcida e investir no marketing. Hoje, nem gerente de marketing existe na atual diretoria. O pensamento tem que ser grande, mas a grande torcida do Santos também precisa ajudar.


Santos sem stress na abertura do Paulista
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Alexandre Praetzel

Acompanhei atentamente a estreia do Santos no Campeonato Paulista. Queria ver como Jair Ventura posicionaria o time em campo. E gostei do que vi. Óbvio que é apenas a primeira partida do ano e o Santos também venceu o mesmo Linense, em 2017. Mas, com uma nova diretoria e um novo trabalho, cercado por uma certa desconfiança pela falta de contratações, o Santos passou tranquilo com uma vitória por 3 a 0.

Jair não inventou nada e escalou os melhores jogadores à disposição. Simples. O Santos tem uma defesa titular qualificada com Vanderlei, Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz e Romário(atuou com naturalidade). As opções para o setor também são interessantes.

Agora, do meio para a frente, o treinador sabe que precisa reforçar. Um meia é fundamental. Hoje, apenas Vecchio cumpre essa função. No ataque, Bruno Henrique e Copete são titulares, e Gabriel Barbosa é uma obsessão para completar a formação. O garoto Arthur Gomes fez dois gols com oportunismo e posicionamento e pode se firmar durante o Estadual. Rodrigão é reserva, mas ajudou muito com um bonito gol, num chute de fora da área. Ainda tem Eduardo Sasha para estrear.

Particularmente, esperava mais dificuldades para o Santos. No aspecto físico, combateu bem e não passou dificuldades. Tática e tecnicamente, foi superior o jogo todo, sem stress. Haverá mais 11 partidas na primeira fase e o Santos espera sofrer menos que em 2017, quando passou em primeiro lugar no grupo, com desempenho regular, e caiu para a Ponte Preta, nas quartas-de-final. Para Jair, a vitória foi muito importante. Para o Santos, uma tranquilidade maior, mas sem acomodação e uma certeza: o elenco ainda precisa de reforços. E eles virão.


Corinthians será Campeão Paulista com méritos e eficiência
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Alexandre Praetzel

O Corinthians é o Campeão Paulista de 2017. Afirmo isso pelo que eu vi no primeiro jogo da final contra a Ponte Preta. O resultado de 3 a 0 mostrou um time consolidado, dentro da sua forma de jogar, sem nenhum sofrimento, em Campinas. Uma vitória com autoridade e amplo domínio, diante de um adversário complacente e sem vibração nenhuma. O confronto foi mais fácil do que as partidas diante de Botafogo e São Paulo. Sem sustos.

A defesa manteve seu padrão seguro e Rodriguinho e Jadson decidiram, quando tiveram as oportunidades. O Corinthians não é brilhante, mas é extremamente eficiente e vai levantar seu 28º troféu com justiça, pelos números alcançados. Mérito do técnico Fábio Carille, que apostou numa formação tática definida, baseada na forte marcação e aproveitamento dos erros dos oponentes, contando com a qualidade técnica de três nomes: Jô, Jadson e Rodriguinho.

O Corinthians nunca perdeu por três gols de diferença na Arena e não perderá por esse escore, na sua casa. Será campeão diante da sua torcida, com festa no próximo domingo, respeitando a Ponte Preta e com o regulamento debaixo do braço. Não estou desmerecendo a Ponte Preta, mas não vejo reação, nem futebol, para conseguir o improvável.

Parabéns Corinthians e sua torcida.


Roberto de Andrade: “Carille é o meu técnico até o final da gestão”
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Alexandre Praetzel

O Corinthians está na final do Campeonato Paulista para enfrentar a Ponte Preta, em duas partidas. O time chega à decisão com um esquema tático baseado no conjunto e na força defensiva, trabalho determinado pelo técnico Fábio Carille. O blog entrevistou o presidente Roberto de Andrade, que garantiu Carille até o final da sua gestão, em fevereiro de 2018, e ainda previu Campinas e Itaquera, como locais das partidas. Acompanhem abaixo.

O Corinthians mereceu chegar na final?

“Muito merecido. Não é pouco não. Jogou, ganhou dentro de campo, se empenhou, mostrou, jogou com grandes. Não foi jogo fácil, nenhum jogo foi fácil, jogamos no Morumbi, enfrentamos o São Paulo no nosso estádio, tem um grande time, as dificuldades são imensas. Mesmo ao longo do campeonato, todo mundo sabe, o Paulista é dificílimo de jogar, basta ver que nos últimos anos, um time do interior chegou sempre na final, até conquistando título. Então, acho muito merecido”.

Decisão em Campinas e na Arena do Corinthians?

“É isso aí. Se tudo correr normal, é assim que tem que ser”.

Como o Sr. analisa o time da Ponte Preta?

“Vejo forte. É um time forte, muito difícil de jogar. Vocês viram o jogo com o Palmeiras. O Palmeiras ficou pratimente 50, 60 minutos com a bola no pé e não conseguia furar aquela defesa da Ponte. É um jogo bem difícil. Então, não dá para falar que a Ponte é favorita, nem o Corinthians. É um jogo que nós temos que esperar e ver o que vai acontecer, mas é difícil”.

A aposta no Fábio Carille foi certeira?

“Acho que sim. Acho que vem fazendo um bom trabalho. O grupo assimilou bem tudo o que ele quer, tudo o que ele pede. Os resultados estão aparecendo. Isso ajuda também, né. Isso deixa o treinador com um pouco mais de tranquilidade para trabalhar e o elenco também. Estou muito contente”.

O título paulista fortalece a sua gestão, por ser no último ano?

“Não precisa de título para fortalecer gestão nenhuma. Independentemente disso, aquilo que estou fazendo pelo Corinthians, tenho convicção de que é o melhor para o Corinthians. Se vier um título, óbvio que é melhor. Nós já temos um Brasileiro na minha gestão. Se vier um Paulista, será muito bem-vindo”.

Carille é o seu treinador até o final da sua gestão?

“É. Meu treinador até o final da gestão”.

Houve muito prejuízo com a eliminação na Copa do Brasil?

“Não é muito representativo financeiramente, a não ser que você seja campeão, aí você tem um prêmio. Pensando de outra forma, qualquer dinheiro é bem-vindo. Como terá o dinheiro do Paulista, acaba tendo uma compensação. Eu acho quer perder, nunca é bom. Nunca ninguém quer, mas não dá para ganhar tudo. Infelizmente, não conseguimos passar nos pênaltis e estamos fora, mas estamos na final do Paulista”.

Roberto de Andrade tem mandato até o final de fevereiro de 2018. Além de estar na decisão do Paulista, o Corinthians ainda disputa a Copa Sul-Americana e terá o Brasileiro, a partir de 13 maio.


São Paulo e Corinthians. As eliminações influenciam para domingo?
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Alexandre Praetzel

São Paulo e Corinthians foram eliminados da Copa do Brasil e se enfrentam domingo, no jogo de volta das semifinais do Paulista, em Itaquera. O Corinthians tem a vantagem de 2 a 0 e pode perder até por um gol, que estará classificado para a decisão. O São Paulo precisará superar mais um desafio, após não conseguir passar pelo Cruzeiro, numa situação parecida. A quarta-feira terrível interfere no fim de semana?

Pelas atuações, o São Paulo ganhou moral para fazer o impossível. Fez sua melhor partida do ano. Encarou o Cruzeiro desde o início, abriu o placar e dominou o primeiro tempo. Na segunda etapa, manteve o ritmo, criou oportunidades e poderia ter ampliado. Levou um gol de falta, em desvio de Cueva, matando Renan Ribeiro. Não se intimidou e marcou o segundo gol com Gilberto, impedido. Pressionou até o fim e caiu de pé. Não sei se serve de consolo, mas o tricolor deu mostras de que pode conseguir o improvável: ganhar do Corinthians pela primeira vez, na Arena corintiana. Mas por dois gols? O ânimo mudou.

No Corinthians, em 180 minutos, o time jogou menos do que o Inter. No Beira-Rio, foi sufocado e poderia ter voltado derrotado. O empate em 1 a 1 virou uma grande vantagem em São Paulo. Marcelo Lomba fez três defesas, mas o Inter teve consistência e aumentou a dificuldade do confronto, na sua melhor performance de 2017.

Ontem, o Corinthians fez o gol cedo e esperou o Inter se abrir, para fechar a conta. Mais uma vez, confiou muito na única forma de jogar: fechado, buscando contra-ataque. Deu o campo para o Inter e sofreu o gol, após o volume muito maior da equipe gaúcha. Quem via o jogo, sentia que o Inter chegaria ao empate, pelo recuo corintiano. Depois da igualdade, parece que o Corinthians despertou, correndo como nunca e perdendo três chances claras. Marcelo Lomba defendeu, mas Cássio também foi exigido. A decisão por pênaltis foi justa pelo modelo dos dois times. Aí, veio o castigo. O Inter, se reorganizando para encarar uma Série B, eliminou um Corinthians que só sabe jogar de uma maneira. Quando precisou de qualidade e eficiência, não conseguiu, num torneio de maior expressão.

Corinthians e São Paulo, domingo. Corinthians deve carimbar a vaga, mas o São Paulo voltou a criar expectativas para dificultar as coisas para rival. Promessa de um bom duelo. A conferir.


R. de Andrade diz que “seria legal pegar a Ponte” e já estuda reforços
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Alexandre Praetzel

O Corinthians pode ser Campeão Paulista, sem apresentar um futebol brilhante, mas simples e eficiente. A vitória de 2 a 0 sobre o São Paulo, deixou o time próximo de mais uma decisão estadual. O blog conversou com o presidente Roberto de Andrade, sobre a possibilidade de mais uma conquista, no último ano de gestão, um possível confronto com a Ponte Preta, 40 anos depois, e a projeção para o Campeonato Brasileiro, competição em que acredita que o time precisa contratar dois ou três reforços para fortalecer o elenco. Leia abaixo.

Como o Sr. define o time do Corinthians hoje?

“Eu não tenho uma definição própria. Eu vou muito atrás do que vocês falam. Vocês dizem que é a quarta força e eu acredito que é a quarta força. Então, vamos aguardar. Estamos aí, trabalhando, brigando, somos a quarta força”.

O Sr. acha que o time está pronto para ser campeão ou ainda é cedo para falar isso?

“É muito cedo. Foi apenas o primeiro jogo contra o São Paulo, tem o jogo de volta, São Paulo é um grande time. Como nós ganhamos no Morumbi, o São Paulo pode muito bem ganhar no nosso estádio. Então, pés no chão, vamos trabalhar. Acredito que demos um passo importante, mas vamos aguardar o segundo jogo”.

Inter será mais difícil que o São Paulo, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil?

“Não sei fazer uma análise. Acho que os dois jogos serão difíceis, tanto Inter, quanto São Paulo no domingo. Eu acho que se o Corinthians repetir as últimas duas atuações, vai ser difícil tirar o Corinthians das duas competições. Vamos aguardar”.

O Sr. ficará satisfeito se o Corinthians for campeão com o futebol atual, apresentado pela equipe?

“Lógico. O título é o objetivo de qualquer clube e o nosso não é diferente. Acho que é um clube que vem num crescente, a cada jogo, os atletas estão se dedicando bastante, trabalhando muito. Eu acho que nós estamos no caminho certo”.

A final será Corinthians e Ponte Preta pelas vantagens dos primeiros jogos?

“É um bom caminho, mas no futebol já vimos de tudo. Então, é bom sempre ficar com os pés no chão, aguardando. As vitórias de Corinthians e Ponte Preta foram muito boas, mas em se tratando do Palmeiras, que é um grande time, pode fazer três gols também. Tudo pode”.

Seria legal enfrentar a Ponte Preta, 40 anos depois da histórica decisão de 1977?

“77 foi o título mais importante que eu vi. Estava no estádio, com 17 anos. Nunca tinha visto o Corinthians ser campeão. Mexeu com todos os corintianos e até hoje é o título mais importante para mim. Pelo simbolismo, seria legal porque estaríamos comemorando os 40 anos do título, seria muito legal. Mas enfrentar a Ponte seria muito difícil, jogar em Campinas é super complicado, não é brincadeira. Tem o lado positivo para a Ponte também. Esperar 40 anos para uma grande revanche, nunca foi campeã paulista. Seria uma festa legal”.

Qual a projeção que o Sr. faz para o Campeonato Brasileiro?

“Acredito eu, a nossa ideia é trazer mais dois ou três jogadores, para deixar o elenco mais forte. Acabando o Paulista, a gente vai se dedicar nisso também, para deixar o time mais forte no Brasileiro. O Brasileiro sempre é difícil. Esse ano, a gente está vendo aí quatro, cinco, meia dúzia de clubes, e queremos estar dentro desse grupo, que tem chance de conquistar o título. Então, nós vamos nos preparar para isso”.

O seu vice-presidente André Olíveira divulgou vídeos onde afirma que está de olho em todo mundo e que sabe quem se aproveitou do clube. O que o Sr. acha sobre isso?

“Acho que você tem que perguntar para ele, porque eu também não sei. Eu li a matéria, me encontrei com ele no jogo, mas não perguntei a ele e nem sei o que ele quis dizer. Conheço o André. A gente sabe que ele gosta de provocar os adversários. Estamos num ano político, não podemos esquecer isso no Corinthians. Então, deve ser mais um fato relacionado à política”.

Roberto de Andrade termina seu mandato, em fevereiro de 2018. O Corinthians foi campeão brasileiro em 2015, mas viveu um 2016 complicado. Em 2017, Roberto escapou de um processo de impeachment no Conselho Deliberativo, em fevereiro.

 


Na mira do Corinthians, atacante vê Ponte forte para ganhar o Paulista
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Alexandre Praetzel

A Ponte Preta luta por um título na sua história centenária. Terá a oportunidade de conquistá-lo, abrindo as semifinais contra o Palmeiras, neste domingo, em Campinas. O time evoluiu com a chegada do técnico Gilson Kleina e eliminou o forte Santos, nas quartas-de-final. Um dos destaques da equipe é o atacante Clayson. Aos 22 anos, o garoto vem apresentando boas atuações desde 2016. Nos planos do Corinthians para o restante da temporada, Clayson concedeu entrevista exclusiva ao blog, admitindo a pressão por uma conquista da Ponte, os confrontos diante do Palmeiras e o interesse corintiano no seu futebol. Leia abaixo.

Chegou a hora da Ponte Preta ganhar um título ou o time é inferior aos adversários?

“Acho que na minha opinião, chegou a hora da Ponte Preta ganhar um título. Vem fazendo bom trabalho, durante anos, plantando coisas boas. Então, acho que chegou a hora. A gente sabe que não é fácil, mas estamos batalhando muito para isso e se vier, com certeza, será felicidade de todo mundo que está esperando esta grande conquista”.

Como fazer para segurar o Palmeiras em dois jogos?

“Olha, a gente sabe que o Palmeiras é o time que mais investiu no Brasil, porém, a gente sabe da nossa força dentro de casa, da qualidade do nosso elenco e pode ter certeza que a gente vai dar o nosso máximo para poder conseguir uma vantagem no primeiro jogo e conseguir chegar na final do Campeonato Paulista”.

A mudança de técnico teve influência no bom momento da Ponte Preta ou não?

“Acho que cada um plantou o que teve de melhor e a gente pôde absorver aquilo que era fundamental para gente. Claro que o Felipe Moreira foi muito importante no momento em que esteve aqui, mas o Gilson também chegou, deu uma cara nova para o time e com certeza, também vem sendo muito importante nessa reta final do campeonato”.

Há muita pressão pelo primeiro título da Ponte Preta, mesmo com dificuldades pela frente?

“Num time da grandeza da Ponte Preta, sempre haverá pressão, independentemente de título ou em cada jogo. Mas a pressão é inegável, sempre vai existir, mas a gente age naturalmente, a gente está focado para buscar esse título tão sonhado pela Ponte Preta”.

Corinthians te procurou para reforçar o time, após o Paulista?

“Isso eu deixo para o meu representante resolver, lógico que estou sabendo via internet, mas até mim, não chegou nada oficial. Então, tenho contrato longo com a Ponte Preta, meu foco é aqui. Acho que não é nem hora de falar sobre isso, a gente está numa semifinal de Paulista. Então, estou muito focado aqui. Meu contrato vai até o final de 2020. O foco é a Ponte Preta, depois meu representante pode ver isso”.

Clayson foi revelado na base do União São João de Araras. Passou por Grêmio e Ituano, até chegar à Ponte Preta, em 2015. Já disputou mais de 80 jogos e virou titular da equipe.


Corinthians tem melhores resultados do que atuações. Será suficiente?
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Alexandre Praetzel

O Corinthians está nas semifinais do Campeonato Paulista, após vencer o Botafogo, em mais uma jornada de um futebol simples, sem muitos atrativos. É verdade que tem a segunda melhor campanha na classificação geral, mas os resultados são bem melhores do que as atuações do time.

Em 14 jogos, marcou apenas 15 gols. Pouco para uma equipe que tem dificuldades, quando precisa furar bloqueios defensivos dos adversários. É justo dizer que a defesa é eficiente, com nove gols sofridos, mesmo número do rival Palmeiras. Passou invicto pelos clássicos, com bom desempenho diante do Santos e vitória sobre o Palmeiras, nos acréscimos, com um homem a menos.

Num regulamento de mata-mata, nem sempre o elenco superior fica com a taça. O Corinthians pode ser campeão paulista? Pode. Pegará São Paulo ou Ponte Preta, decidindo em casa, provavelmente(se a Ponte Preta fizer 3 a 0 no Santos, decidirá fora). Joga fechadinho para não perder e depois leva a vantagem para o segundo confronto, diante da torcida. É uma estratégia que pode funcionar contra equipes menos qualificadas e se baseando no equilíbrio tático e eficiência num lance de jogo. Porque quando depende do talento, o Corinthians pena dentro de campo.

Alguns corintianos lembram da “empatite” do técnico Tite, em 2013, para justificar o trabalho atual. Ora, aquele grupo ganhou tudo em 2012 e o Paulista e Recopa, em 2013. Vinha de um fim de ciclo e de uma ressaca no relacionamento. Não dá para comparar.

Fábio Carille brincou que não poderemos mais dizer que o Corinthians é a quarta força, porque chegou entre os quatro. Nome por nome e elenco, o Corinthians está atrás de Palmeiras, Santos e São Paulo e foi amassado pela Ponte Preta, na primeira fase, apesar do 1 a 1.

Eu não gosto desta maneira de jogar. Não me atrai. Talvez, sirva para o Estadual, mas certamente enfrentará muitos obstáculos no Brasileiro e até na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana, onde o Corinthians será constantemente atacado. Os resultadistas estão felizes e o Corinthians pode colocar a história à prova, onde já foi campeão sem ter um bom time. Respeito quem defende este modelo, mas acredito que só isso não será suficiente.