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Venda de mando é absurda em qualquer torneio. Linense merece perder
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Alexandre Praetzel

O jogo de ida do Linense contra o São Paulo, no Morumbi, mais uma vez escancara uma péssima atitude de clubes pequenos perante os grandes. O Linense abriu a possibilidade de mandar a partida pelas quartas-de-final, longe da sua comunidade e torcida, em troca de 50% da renda dos dois confrontos diante do tricolor.

Preferiu a questão financeira ao invés da chance de eliminar o São Paulo. Vai jogar as duas partidas fora de casa. Uma venda de mando absurda e ainda permitida pela Federação Paulista de Futebol, que deveria impedir tal medida, algo que a CBF fez para o Campeonato Brasileiro 2017, finalmente.

Vários dirigentes de times menores já fizeram a mesma coisa que os diretores do Linense e isso nunca foi proibido. Está na hora de privilegiar o equilíbrio técnico em detrimento de alguns valores, apenas para quitar a folha de quatro meses e fechar o departamento de futebol no resto da temporada.

Sou contra qualquer venda de mando de campo em qualquer campeonato e em qualquer lugar. É muito ruim chegar na fase quente de um torneio, onde um clube é beneficiado em relação aos outros. Tomara que o Linense perca os dois jogos para aprender a não desrespeitar seus sócios, torcedores e moradores de Lins. O resto é oportunismo de quem faz e aceita tal atitude.


Grandes são favoritos nas quartas do Paulista. Não acredito em surpresas
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Alexandre Praetzel

Definidas as quartas-de-final do Paulista, não aposto em surpresas nos quatro confrontos. Apesar da irregularidade de Corinthians e São Paulo, os dois são mais times do que Botafogo e Linense e devem se classificar. A condição de dois jogos dificultou a situação dos chamados pequenos. Numa partida só, vimos Ituano e Audax chegarem às finais e supreendendo em 2014 e 2016.

O favoritismo ao título segue com Palmeiras e Santos. Melhores elencos e com times mais entrosados e melhores treinados. Palmeiras mandará o segundo jogo contra o Novorizontino, no Pacaembu, mas isso não altera nada para o Verdão. O Novorizontino cresceu com a chegada do técnico Silas e costuma ser bastante agressivo, atuando em casa. No entanto, os reservas do Palmeiras poderiam dar conta, mesmo respeitando o adversário.

Santos e Ponte Preta prometem os duelos mais equilibrados. Decisão na Vila Belmiro, onde o Santos é forte, mesmo com pouca capacidade de público. A equipe de Dorival Jr. subiu na reta final da primeira fase e parece que espantou a má fase do início do ano. Do outro lado, Gilson Kleina retornou à Macaca com duas vitórias e acha que o jogo de ida será fundamental para a Ponte Preta.

O Corinthians pegará o Botafogo, que deu trabalho para Palmeiras e São Paulo. Fábio Carille entende que precisa acrescentar mais ofensividade e deixar o time pronto para o mata-mata. Decisão em Itaquera deve confirmar a vaga corintiana.

São Paulo e Linense farão as partidas das duas piores defesas do Estadual. Como não há saldo qualificado, a curiosidade será ver o time que conseguirá passar sem levar gols. São times que atacam bastante, mas possuem fragilidades defensivas. Tricolor provavelmente não terá Cueva e necessita saber atuar sem o peruano. A conferir, apesar da vantagem são-paulina.

Tomara que seja uma fase empolgante, depois de jogos desinteressantes na primeira fase, com exceção dos clássicos.


Kleina não quer jogos no Pacaembu e crê em fator casa para eliminar Santos
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Alexandre Praetzel

A Ponte Preta será adversária do Santos, nos dois jogos das quartas-de-final do Paulista. Falta apenas definir quem terminará em primeiro lugar, na fase classificatória, para determinar os mandos de campo. A Ponte Preta recebe o Palmeiras e o Santos enfrenta o Novorizontino. Os dois times estão empatados com 19 pontos, mas o Santos leva vantagem nos critérios de desempates. O blog entrevistou o técnico Gilson Kleina a respeito dos confrontos e a possibilidade da Ponte Preta eliminar o Santos. Leia abaixo.

Por que voltaste para a Ponte Preta, estando bem no Goiás?

“Simples e objetivo. Nós chegamos o ano passado para tirar o Goiás da Série C, estava na zona de rebaixamento da Série B. Fizemos um trabalho de reação. Os números desse ano estavam muito bons, quarta fase da Copa do Brasil, líder do Campeonato Goiano, artilheiro, defesa menos vazada, quando houve um contato do presidente. Em alguns anos, quando saíam treinadores da Ponte Preta, sempre me convidaram e eu achei que nesse momento, estava na hora da gente voltar para um grande centro, para a Ponte Preta. Conversei com meu presidente no Goiás, como sempre a gente tem que ser transparente e a Ponte Preta exerceu o contrato, pagando a multa. O presidente do Goiás não queria que eu saísse, mas entendeu que eu fui conversar com ele e espero que a gente tenha êxito e sucesso aqui na Ponte Preta.

É possível eliminar o Santos em dois jogos pelas quartas-de-final do Paulista?

“Eu acho que a probabilidade e a condição aumentam. Se a gente mantiver esse nível de competitividade, são dois jogos extremamente equilibrados. Ainda não sei se a primeira partida ou segunda será em casa, mas de qualquer maneira a gente vai ter que saber jogar esse mata-mata. O Santos é uma equipe muito forte dentro da Vila e a Ponte é muito forte dentro do seu estádio. Então, vamos tentar unir nossas forças e fazer uma vantagem no primeiro jogo, se for em casa, para que a gente possa ter a condição de ter alguma estratégia para conseguir a classificação. Então, não tem jogo fácil, porém, se a gente tiver a mentalidade e o espírito vencedor, podemos passar para as semifinais”.

Aceitarias jogar as duas partidas no Pacaembu?

“Eu acho que a gente não pode abrir mão da nossa força no Moisés Lucarelli. Eu entendo que nós temos que exercer nosso direito de jogar em casa. Não aceitaria”.

Como vês o elenco hoje em relação aos grandes paulistas?

“A Ponte Preta vem num crescimento, nos últimos anos, haja vista que tem revelado jogadores no cenário nacional. Em 2011 e 2012, estive aqui e muitos jogadores estão em alto nível. Um elenco sempre precisa ser corrigido, qualificado e não é diferente neste momento. Estamos contentes com esse elenco, mas precisamos reforçar porque a gente sabe o que nos espera nos mata-matas do Paulista, Sul-Americana e, principalmente, Campeonato Brasileiro”.

O que destacas no Santos para neutralizar ou evitar?

“Tem um treinador há muito tempo com uma filosofia de trabalho, super agressivo, laterais e volantes jogam o tempo todo no campo adversário. É uma equipe que tem movimentação e jogadores técnicos, como Lucas Lima, Ricardo Oliveira, Thiago Maia, Vitor Bueno, que entraram nessa equipe, todos eles são fazedores de gols, mesclada com a experiência do Renato e o próprio Ricardo. A gente tem que saber neutralizar os pontos fortes deles, mas impondo os nossos”.

A passagem pelo Palmeiras te fortaleceu no mercado?

“Sem dúvida. O Palmeiras me fortaleceu muito no mercado e me amadureceu também. Lamento só que nos dois últimos trabalhos que a gente fez, que foi só uma manutenção de permanência e tivemos dificuldades como muitos treinadores estão tendo no futebol brasileiro. A Ponte Preta me alavancou e o Palmeiras também para grandes trabalhos e grandes desafios”.

Ponte Preta é um grande clube?

“Claro que sim. Vejo a Ponte Preta com uma camisa forte, uma equipe grande. Está faltando muito pouco consolidar títulos e conquistas. Quem está em Campinas vê o crescimento desta torcida. A gente vê um sentimento muito forte. Então, eu entendo que todos esses projetos que estou vendo aqui como Arena, investimento em estrutura de treinamento, contratações de jovens valores com grandes contratos, usando bem a base. Acredito que nos próximos anos, a Ponte Preta entrará em outro patamar”.

Gilson Kleina retornou à Ponte Preta, após bons trabalhos em 2011 e 2012, assumindo o Palmeiras, me setembro de 2012. Na sua primeira passagem, Kleina conseguiu levar a Ponte Preta à Série A do Brasileiro.


Dorival rebate críticas e nega que religião tem afetado elenco do Santos
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Alexandre Praetzel

Dorival Jr. é só elogios ao ambiente de trabalho do Santos. Próximo de completar dois anos à frente do time, o treinador garante que o clube é um dos melhores para se trabalhar, com o respaldo do presidente Modesto Roma Jr. Em entrevista exclusiva ao blog, Dorival nega interferência de grupos religiosos no dia-a-dia e prevê o Santos conquistando títulos importantes em 2017. Leia abaixo.

Apoio do filho na comissão técnica é fundamental no trabalho?

“É, eu acho que ele acrescentou muito em termos de desenvolvimento de trabalho, não só ele, Leonardo Porto também que está conosco. Eles acrescentaram muito nesta mudança conceitual do desenvolvimento de um trabalho. Foi fundamental sim. Eu espero que continuemos assim, interessados, buscando novidades, sempre apresentando aos atletas um novo desafio, uma nova lição, situação e que facilite ao atleta um entendimento de tudo isso. Eu acho que é um processo, que não faz apenas você mudar uma concepção, mas acima de tudo, fazer entender com simplicidade. Isso é o grande mistério e nesse sentido, eles têm feito um trabalho muito bom porque o desenvolvimento de tudo aquilo que nós queremos tem acontecido de uma maneira muito tranquila, natural, com uma aceitação muito grande por parte do grupo de jogadores”.

Santos se classificando, é favorito para levar o tri paulista?

“Eu acho que o Santos tem capacidade e qualidade para brigar novamente por uma vaga na decisão. Eu não descarto essa condição. Não sei porque, mas algumas coisas este ano não acontecem de uma maneira natural. Nós estamos sentindo algumas dificuldades. É interessante isso. A equipe continua criando, jogando bom futebol, mas você sempre encontra um probleminha aqui, outro ali, isso tem dificultado um pouco. Acho que a partir do instante que tudo esteja sanado, encontramos um caminho facilitado e de repente, com crescimento mais importante do campeonato”.

Cumprir um contrato mais longo no Brasil, é uma exceção?

“Eu espero que isso aconteça. Em todos os momentos, eu também fui muito correto com o Santos, inclusive com outras situações para fora do país, eu nem cheguei a discutir porque, a partir do momento que eu tenho um contrato assinado com um clube, eu vou cumprí-lo até o final, até o último momento. Eu acho que em instante nenhum, nós tivemos derrotas onde os adversários superaram o Santos, foram superiores, tenham merecido muito mais o resultado. Nós tivemos derrotas onde o Santos se fez prevalecer ao longo da partida. Então, os motivos talvez neste momento, fossem muito mais em relação a um resultado ou outro que não tenha acontecido do que propriamente aquilo que tenha sido produzido pelo grupo. Por isso, acho que as coisas ainda estão acontecendo dentro de uma normalidade e o presidente sempre foi muito tranquilo nas posições que teve, assim como eu sempre passei a ele, toda confiança possível na sequência de um trabalho, quando foi iniciado lá atrás, foi apalavrado entre eu e ele e são duas pessoas que mantém aquilo que foi formalizado, que os trabalhos seriam iniciados e mantidos até o último dia de contrato. Eu vou tentar fazer o meu melhor, como tenho feito pelo Santos e é natural que passemos por uma ou outra situação. Não tenho dúvidas e convicção plena de que nós estamos muito preparados para que alcancemos bons resultados ao longo deste ano e o torcedor santista não vai se arrepender porque poderá cobrar aquilo que eu estou colocando neste momento”.

É verdade que cultos religiosos invadiram o vestiário santista e isso te incomoda ou atrapalha no trabalho?

“Primeiro, que o ambiente no Santos é o melhor que eu já vi e trabalhei. Encontrei apenas um ambiente igual na Ferroviária, primeiro clube que eu trabalhei. Amigo, só companheiros, pessoas do bem, que querem o crescimento do clube e que têm um objetivo único. É interessante isso. Por isso, que essas colocações me surpreendem, às vezes. Se nós temos uma coisa boa no Santos, é o ambiente de trabalho. São pessoas que se respeitam e muito. Em todo o clube, tem um grupo que é voltado para a oração, mas ali ninguém é obrigado a nada, ninguém é forçado a fazer nada. Ao contrário, quem quer vai, assiste, faz ali suas orações. Nós temos espíritas, católicos, protestantes, batistas, dentro de um grupo, e cada um faz ali seu culto, desenvolve aquilo que acredite, sem que isso interfira diretamente no desenvolvimento de um trabalho. Eu vejo tudo acontecendo com muito respeito no Santos e muito surpreendido. Lamento de, às vezes, colocarem, de tentarem explorar uma situação como essa. Se tem um ambiente, onde um clube tenha equilíbrio e tranquilidade para que se trabalhe futebol, esse clube é o Santos. As pessoas se respeitam muito e acima de tudo, se gostam. É difícil um atleta, como eu já ouvi de muitos ali dentro, chegarem com dois, três dias de clube e já dizerem que se sentem totalmente ambientados. Isso aí não acontece por acaso, acontece porque você tem um ambiente muito favorável. Isso eu vejo no Santos e mais prezo e valorizo. Em todos os momentos, dentro da minha carreira, sempre procurei valorizar muito e manter um bom ambiente de trabalho. Do contrário, pode ter certeza, é o primeiro sinal de que você esteja perdendo a tua equipe e nesse quesito, dou muita atenção. Afirmo aqui, com toda a certeza. O Santos, se não é o melhor, é um dos melhores clubes para se trabalhar com comando, porque é um grupo muito compenetrado, concentrado e preparado para ganhar. O Santos vai conseguir seus objetivos esse ano, não tenho dúvida disso”.

O Santos lidera o grupo D do Paulista com 16 pontos e só depende de si para se classificar às quartas-de-final. Enfrenta Santo André e Novorizontino, nas duas últimas rodadas. Na Copa Libertadores da América, o Santos tem quatro pontos e é o primeiro colocado da sua chave.


Clássico na Vila mostrou os dois melhores do Brasil. Palmeiras foi letal
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Alexandre Praetzel

Santos e Palmeiras fizeram o jogaço esperado neste domingo, na Vila Belmiro. Um primeiro tempo com muito equilíbrio, dois times atacando bastante e meio-campos criativos, além de ótimas defesas de Fernando Prass e Vladimir. A bola do jogo ficou para Vítor Bueno, perdendo oportunidade incrível quase na risca do gol. Faltaram os gols, porque no resto houve de tudo, com as duas equipes mostrando que hoje podem dominar o futebol brasileiro, sim. O fato de ter virado 0 a 0 não significa que não possa ter sido um grande confronto. E vimos muita qualidade dentro de campo.

Na segunda etapa, Eduardo Baptista sacou Guerra e colocou Egídio, levando Zé Roberto para o meio-campo. A mudança não surtiu efeito e trouxe o Santos para cima. O domínio foi total, até o gol de Ricardo Oliveira, abrindo o placar, depois de Prass ter feito uma defesa espetacular em cabeceio de Lucas Veríssimo.

Atrás no jogo, Eduardo lançou Róger Guedes e William e teve muita felicidade. Róger participou do gol de Jean, igualando a partida e William virou para o Verdão, silenciando o estádio. Um resultado maiúsculo, contra um grande adversário e torcida local. Virada de um elenco maduro, que não se desesperou com o domínio santista. O Palmeiras chegou aos 21 pontos e assumiu a melhor campanha do Paulista.

Fernando Prass foi o nome do clássico. O Santos foi melhor, mas o Palmeiras foi mais letal, botando a bola para dentro e saindo vitorioso. Jogaço. Para mim, com os dois melhores times do Brasil, respeitando todas as opiniões.


“Palmeiras tem melhor elenco. Santos é forte com titulares”, diz Assunção
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Alexandre Praetzel

Santos e Palmeiras prometem um “jogaço”, neste domingo, pelo Campeonato Paulista, na Vila Belmiro. Hoje, os dois times são apontados como os melhores do país, pelos titulares e elencos que possuem. O blog conversou com Marcos Assunção, ex-volante das duas equipes, com boas atuações e reconhecimento de torcedores e dirigentes. Assunção comparou as equipes e projetou grande clássico. Leia abaixo.

Palmeiras de hoje

“Palmeiras de hoje é muito bom, o melhor elenco do Brasil, nos últimos anos. Vem fazendo grandes campeonatos, é um time que eu gostaria de estar jogando hoje, pelo número de jogadores bons que tem. A gente fica feliz. Tenho um filho palmeirense que torce muito e está gostando muito de ver o Palmeiras, nos últimos anos, principalmente, sendo campeão e jogando bem. É um clube que eu tenho um carinho enorme, por tudo que eu passei nos quase três anos que eu vivi ali e muito feliz por dar essa alegria para os torcedores palmeirenses”.

O que mais chama a atenção no Palmeiras, em relação a quando jogaste?

“No momento que eu atuava, não tinha tanto dinheiro quanto tem hoje e não tinha tantos jogadores bons, também. Isso que faz um clube vencedor. Um clube com condição para contratar grandes jogadores e contratar bem. Isso o Palmeiras fez”.

Time do Santos completo pode segurar o Palmeiras nas grandes competições?

“É isso mesmo. Eu falo do Palmeiras como elenco, o Santos, a gente está falando dos onze jogadores. A partir do momento que ninguém se machuque, não tenha que sair por cartão, o Santos é uma grande equipe, tem grandes jogadores. É um clube, um time, que está ali, no mesmo nível do Palmeiras, quando entram os jogadores titulares”.

O que achas do jogo deste domingo na Vila Belmiro?

“O Santos é muito forte jogando na Vila, mas o Palmeiras tem grandes jogadores, experientes, que podem fazer a diferença. É difícil falar um resultado, quem vai ganhar, mas é muito fácil saber que vai ser um grande jogo para as pessoas que vão ao estádio e assistirão em casa, não vão perder seu tempo porque será uma partida muito gostosa de se ver”.

Santos e Palmeiras são candidatos ao título da Libertadores, em meio ao Brasileiro?

“Pode haver dificuldade para o Santos, justamente aquilo que nós estamos falando de não ter um elenco tão grande quanto o Palmeiras, com jogadores tão capacitados quanto o Palmeiras, mas a gente vai torcer para que as duas equipes, que são as duas onde eu joguei, santista desde pequeno, o Palmeiras com um carinho e respeito muito grande por tudo que eu passei lá. A gente torce para que possa ir o mais longe possível”.

Destacaria alguém especial nos dois elencos?

“No Santos, meu amigo, joguei com ele no Betis-ESP, um cara que dispensa comentários, que é o Ricardo Oliveira. Um atacante, um dos melhores que eu já joguei. Tem velocidade, chuta com a perna direita, esquerda, cabeceia bem. Então, é um cara que eu gosto muito. No Palmeiras, o Dudu, pela fase que está vivendo. Uma fase muito boa, depois de ter passado por uma fase ruim. Agora, acho que ele se assentou, colocou a cabeça no lugar e viu que realmente ele é o cara do time, que tem que levar o time para grandes conquistas. Tchê Tchê também. Meu amigo, um cara que é o motor do time, que faz o time jogar. Quando ele não joga bem, o time não vai bem. São três jogadores. Escolhi dois do Palmeiras, o Ricardo, mas vou escolher também o Lucas Lima para ficar empatado. São jogadores que fazem os times jogarem”.

O Palmeiras está praticamente garantido nas quartas de final do Paulista e pode determinar a eliminação do Santos ou ajudá-lo na classificação. O Palmeiras irá enfrentar Mirassol e Ponte Preta, concorrentes diretos do Santos, por uma vaga na próxima fase do Estadual.


Renato vê Santos lutando pelo título da Libertadores e forte no Paulista
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Alexandre Praetzel

O Santos vai reagir no ano e tem time para ganhar a Libertadores da América. Palavras do meia Renato, um dos principais jogadores da equipe, avaliado como favorito para 2017, mas com início instável na temporada. Em entrevista exclusiva ao blog, Renato vê recuperação a curto prazo, projeção de títulos e descarta problemas de relacionamento do grupo com Dorival Jr. e o presidente Modesto Roma Jr. Leia abaixo.

Por que o Santos teve um início instável de temporada?

“Acredito que começamos bem, depois acabamos perdendo jogadores importantes. Vieram jogadores novos que tiveram a necessidade de entrar na equipe e isso acaba dificultando um pouco na parte do entrosamento, o que é o normal. Mas acredito que o grupo já assimilou, foi uma fase e a gente espera que consiga fazer o mesmo futebol do ano passado, daqui para frente, com o pessoal que veio para somar e ajudar da melhor maneira possível”.

Com o time completo, é possível ganhar a Libertadores?

“É um grupo forte, manteve a base, isso foi um ganho. Também não perdeu jogadores para fora. Então, eu acho que fica mais forte. Claro, a Libertadores é sempre complicada, difícil, mas eu acho que com esse grupo a gente pode estar ganhando sim”.

Houve problemas de relacionamento com Dorival e presidente, pela saída do gerente Sérgio Dimas?

“Não, em nenhum momento. Era um cara que estava com a gente há um bom tempo. Uma grande pessoa, a gente tinha um carinho enorme, mas são coisas que acontecem, a diretoria decide. Não cabe a nós estar justificando se foi certo ou não. A gente tem que fazer o melhor dentro de campo e não houve nenhum problema. Houve uma posição do presidente que a gente tem que respeitar”.

Como vês o jogo contra o Strongest-BOL?

“Jogo difícil, complicado. Uma equipe que sabe jogar a Libertadores, dificilmente fica fora a cada ano. É uma equipe que busca, principalmente, sair nos contra-ataques com jogadores rápidos. Então, é não dar o contra-ataque e procurar terminar a jogada, quando for à frente e ter oportunidade de fazer os gols. Acho que na Libertadores, o detalhe conta muito. Então, a gente tem que aproveitar as oportunidades, fazer os gols e sair com a vitória”.

O tricampeonato paulista deixou de ser prioridade? Hoje, o Santos estaria eliminado

“Não deixou de ser prioridade. A gente vai priorizar todos os campeonatos. Tivemos alguns jogos, onde a gente deixou escapar pontos importantes em casa, que hoje nos fazem falta. A gente sabe que o dever de casa sempre é importante nesses campeonatos. Mas não deixou de ser prioridade não. A gente vai em busca ainda. Temos condições de estar classificando, dois pontos do líder do grupo e um do segundo colocado, então é manter o foco e a busca pelo tricampeonato continua”.

O Santos estreou com empate diante do Sporting Cristal-PER, na Libertadores da América. Nesta quinta-feira, pega o Strongest-BOL, na Vila Belmiro. No Paulista, está em terceiro lugar no grupo D e tem mais quatro jogos a disputar, começando a série contra o Palmeiras, domingo.


Corinthians competitivo merece registro. Santos foi mal e decepciona
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Alexandre Praetzel

O Corinthians ganhou o segundo clássico no ano, novamente por 1 a 0. É justo destacar que o time de Fábio Carille foi superior ao Santos, na maior parte do jogo. Pressionou desde o início e obrigou o goleiro santista Vladimir a ser o melhor nome do primeiro tempo, com três defesas importantes.

Jadson começou como titular e mostrou que ainda precisa da forma física ideal. Maycon vai se firmando como uma realidade entre os titulares, jogando e marcando com qualidade. Na técnica, o Corinthians não arranca suspiros, nem entusiasma, mas a entrega e o comprometimento dos atletas, merecem registro. O Corinthians luta em todos os lances e corre mais de 90 minutos.

Ninguém imaginava que o Corinthians tivesse a melhor campanha do Paulista, após sete rodadas. Talvez, este nível sirva para brigar pelo título estadual, mas só esforço e raça não bastam para grandes conquistas, imagino. Destaco que o Corinthians foi inferior ao Palmeiras e venceu, mesmo com um homem a menos. Foi bem melhor do que o Santos e ganhou novamente. No resumo contra dois rivais, duas vitórias. Isso pode servir para Carille se firmar, num trabalho simples e dedicado.

No lado do Santos, pura decepção. Sempre gostei de ver o Santos jogar. Só que não dá para depender apenas de Renato, Lucas Lima e Ricardo Oliveira. É preciso saber competir sem os três. Com essas ausências, o Santos vira um time comum e foi muito mal contra o Corinthians. Não adianta encher o campo de atacantes e ficar sem criação. O Santos recheou o elenco, mas sofre sem jogo coletivo. Hoje estaria fora das quartas-de-final do Paulista. Sem dúvida, a grande decepção do futebol brasileiro, até o momento.

Agora, Dorival Jr. merece crédito. Precisa achar formações mais equilibradas, quando não tiver seus principais protagonistas. A semana será fundamental.


Valentim nega mágoa com Palmeiras e ainda acredita em vaga para o Red Bull
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Alexandre Praetzel

Alberto Valentim vai reencontrar o Palmeiras, após três anos como auxiliar fixo da comissão técnica. O ex-jogador fez bons trabalhos no clube e sempre foi bem, quando assumiu o cargo de técnico como interino. Aos 41 anos, Alberto deixou o Verdão e aceitou o desafio de comandar o Red Bull Brasil, no seu primeiro trabalho como treinador principal. Em entrevista exclusiva ao blog, Alberto negou um acordo para assumir o Palmeiras com a saída de Cuca, projetou um confronto diferente contra seu ex-time e admitiu que a campanha do Red Bull está aquém do esperado. Leia abaixo.

Trabalho no Red Bull

“Estou vendo por dois lados. Estou gostando muito da forma que estamos trabalhando, jogadores se entregando, nos conhecendo mais, comprando a idéia do trabalho. Grupo muito profissional, querendo um bom campeonato. Por outro lado, não estamos conseguindo ganhar os pontos necessários. A campanha não está conforme nós pensamos, do que a gente imaginava, pela pré-temporada que fizemos e por aquilo que a gente tem jogado. Lembro que deixamos escapar duas vitórias contra Santo André e São Bento”.

Modelo de jogo

“Eu joguei num 4-3-3 e num 4-3-2-1, muito pelas características dos jogadores que eu tenho aqui. Tenho bom relacionamento com todos os atletas e sempre tive no Palmeiras, no Atlético-PR. Eu acho isso muito legal, acho isso bacana. Só consigo trabalhar deste jeito”.

Projeção no Paulista

“Nosso primeiro objetivo é classificar o time. Lógico que hoje existe um risco de rebaixamento. Queremos classificar o time e depois tem o mata-mata, que já surpreendeu muita gente em outras vezes. Não vejo o fato de dois jogos serem mais difíceis. Para mim, é igual. Acredito que com 15 a 17 pontos, a equipe consiga a vaga. São seis jogos e a gente precisa vencer quatro jogos. Vai depender muito das duas próximas rodadas”.

É um jogo diferente contra o Palmeiras, para você?

“Tenho um carinho muito grande pelo Palmeiras. Deixei muitos amigos como jogadores, funcionários, de comissão técnica. As pessoas na ruas sempre tiveram carinho por mim, quando saí. Será um prazer muito grande reencontrar as pessoas. Palmeiras e Atlético-PR, eu tenho um carinho muito grande e especial”.

Existia um acordo para assumir o Palmeiras, com a saída do Cuca?

“Não existiu isso. Não é verdade. Nunca foi conversado isso”.

Deixastes o Palmeiras porque achastes que serias o técnico?

“Já tinha decidido que 2016 seria meu último ano como auxiliar. Já vinha amadurecendo. Já tinha recebido a proposta do Red Bull. Tive uma conversa com a diretoria, muito transparente, que eu não queria ser mais auxiliar, a partir de janeiro de 2017. Sou muito realista. Existiam três nomes apontados na imprensa e eu estava entre eles, antes do Roger assumir o Atlético-MG. Entendo o clube. O Eduardo está um pouco na frente em relação a equipes que já comandou. Não teve problema nenhum. Não tive frustração, nem mágoa, foi um processo normal, tranquilo”.

Importância de um Executivo

“Executivos como Thiago Scuro e Alexandre Mattos, com a qualidade que eles têm, são primordias para qualquer clube. São muito importantes para treinadores, jogadores. Dão um suporte enorme. Aqui no Red Bull, nos dão tudo aquilo que podem dar. Thiago e Mattos são ótimos profissionais e fazem isso muito bem”.

O Red Bull é 14º colocado na classificação geral com cinco pontos. Os dois últimos são rebaixados para a Série A2. No grupo B, o time é o terceiro colocado, dois pontos atrás do Linense. Os dois primeiros se classificam para as quartas-de-final, faltando seis partidas.

 

 


A quarta força tem a melhor campanha do Paulista
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Alexandre Praetzel

Desde que o Campeonato Paulista começou, o Corinthians foi mencionado como quarta força, entre os grandes times do torneio. Com metade da primeira fase finalizada, o Corinthians tem a melhor campanha com 15 pontos em 18 disputados.

Apesar dos números, vejo o Corinthians atrás dos rivais em qualidade individual e elenco. É uma equipe determinada e comprometida, com bom jogo coletivo, mas sem grandes atuações em nenhuma partida. Mérito para Fábio Carille, que montou um sistema defensivo forte, apostando sempre numa bola ou no erro do adversário, além de dar oportunidades para jovens que estão pedindo passagem.

Hoje, o Corinthians completo tem Cássio; Fágner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Rodriguinho e Jadson; Jô(Marlone) e Kazim. Um time comum, comparando com anos anteriores do próprio clube.

Num campeonato curto, onde é possível ser campeão com 18 jogos, nem sempre o melhor vence. Por isso, o Corinthians pode sim ganhar o Paulista, chegando forte no mata-mata e contando com o eterno apoio do torcedor.

Agora, para competições mais qualificadas, como Copa do Brasil e Brasileiro, alguém acredita em título corintiano? Provavelmente, nem o presidente, que não enxergava o time fora da Libertadores e teve que se contentar com o sétimo lugar na Série A, em 2016.