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Aranha elogia Sheik por futebol de 600 mil e não vê absurdo em queda do SP
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Alexandre Praetzel

A Ponte Preta abre hoje as oitavas-de-final da Copa Sul-Americana, enfrentando o Sport, em Recife. Será mais uma tentativa de buscar o primeiro título da sua história. Ao mesmo tempo, o time não descuida do Brasileiro, onde tem 28 pontos, dois acima do Vitória, 16º colocado na classificação. O blog entrevistou o goleiro Aranha sobre o momento da Ponte, a pressão por uma conquista, a disputa com o São Paulo e a presença de Emerson Sheik no elenco. Confira.

Pelos jogadores que a Ponte tem, é correto afirmar que não tem como o time ser rebaixado?

Ninguém pode cravar isso, né. Mas a gente tem caminhado bem. Durante o campeonato inteiro, a gente não entrou em momento algum na zona de rebaixamento. Isso é muito importante. Se a Ponte fizer o dever de casa, as coisas continuam tranquilas. Eu acho que é bom quando o treinador tem muitas opções para usar no elenco. Então, as vezes acaba faltando isso para a Ponte. A Ponte tem um grupo de bons jogadores, mas a gente sabe que tem momento que alguém vai machucar, sentir uma lesão, tomar cartão, estar mais cansado. É bom você ter mais peças à altura para repor. Mas a gente está sendo feliz, no critério de contratações da Ponte. São jogadores que brigam bastante o tempo todo, que têm qualidade e isso tem nos mantido vivos no campeonato.

É difícil disputar o Brasileiro com a desvantagem financeira e estrutural, em relação aos maiores adversários?

É bem complicado. A Ponte, graças a sua diretoria, tem feito um trabalho muito bom. Isso não é da boca para fora. Tem salário em dia. É uma obrigação? É, mas a gente sabe que alguns clubes não procedem assim. Tem um CT bom, estádio bom. Agora, não estamos em nível de disputar em igualdade com as outras equipes como São Paulo. Mas a gente conseguiu o empate, contra muito mais torcedores e num gramado rápido, onde o São Paulo está acostumado a jogar. Isso é de se exaltar.

A cobrança por um título atrapalha demais? Todos carregam isso?

Com certeza. Quem assimila o que é a Ponte Preta, quem está aqui há mais tempo, sabe que esse peso a gente carrega, sim. Estivemos próximos várias vezes de conseguir, mas não foi esse ano. Quem sabe o ano que vem, a gente consegue tirar esse fardo aí e aliviar essa pressão e a Ponte possa dar mais um passo. Que venham mais investimentos para que a Ponte tenha maiores chances durante o campeonato.

Você acha que o São Paulo vai cair? Hoje, parece ser um concorrente direto da Ponte.

Eu não sei se é um concorrente direto, hoje, porque a gente tem uma certa distância(28 pontos contra 24). Vamos jogar em casa, a gente tem tudo para poder fazer o dever de casa, que é o que todo o clube pensa, sem desmerecer ninguém, mas quando o time joga em casa, se espera vitória e trabalha-se para isso. Mas eu acho que, como outras grandes equipes do futebol já caíram para a Série B, isso mostra o equilíbrio do campeonato. Não seria nenhum absurdo, se isso vier a acontecer com o São Paulo. Lógico, que entristece o torcedor, a gente que gosta de futebol, sabe da grandeza desse clube, do que representa. Não é bom para o nosso futebol, para o nosso país, para aquele que gosta de ver um grande jogo, um grande espetáculo, não é legal. Mas o futebol é assim. As vezes, você tem tudo certo e as coisas não acontecem.

Emerson Sheik tem sido importante, depois de estar livre no mercado? Você concorda?

Concordo. Vem vindo muito bem. Como eu disse, a Ponte tem um orçamento curto para fazer esse tipo de contratação. A gente sabe que existe o respeito de um jogador com o outro, quando ele tem bagagem, história no futebol, quando ele é conhecido, isso atrai torcedor. A garotada gosta mais do clube e os adversários respeitam. Ele está jogando em alto nível, não está “roubando” como a gente diz, na gíria do futebol. Está jogando com prazer, se dedicando muito. Com certeza, é um jogador diferenciado e talvez, em outra circunstância, a Ponte não teria dinheiro para contratá-lo. Então, ele veio, está jogando futebol para quem ganha 500, 600 mil.

Depois do confronto com o Sport, a Ponte recebe o Atlético-GO, sábado, pelo Brasileiro. Todos consideram a vitória fundamental, para escapar um pouco mais da ameaça de rebaixamento.


Diretor tem expectativa que Ponte fique acima do oitavo lugar no Brasileiro
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Alexandre Praetzel

A Ponte Preta teve um bom início de Campeonato Brasileiro. Está com dez pontos em 18 disputados e ocupa a quinta colocação. Tem três vitórias, um empate e duas derrotas. Claro que a disputa é longa e se manter entre os primeiros, não é fácil. O blog entrevistou o vice-presidente de futebol, Giovanni Dimarzio, sobre a perspectiva para um desempenho melhor, as contratações de veteranos e a luta do clube para se manter competitivo, diante de adversários mais poderosos. Acompanhem abaixo.

A Ponte prevê campanha superior aos últimos anos?

“A Ponte Preta sempre tenta evoluir, assim como todos os clubes. Terminamos no ano retrasado em 11º, ano passado em 8º. Acabamos evoluindo. A expectativa nesse ano é conseguir, sim, uma campanha melhor do que o oitavo lugar. Sabemos das dificuldades, enfrentamos times com receitas maiores. Porém, a Ponte Preta vem se fortalecendo, e a expectativa é, sim, fazer uma campanha melhor do que o ano passado”.

Investimentos em Sheik e Rodrigo valem a pena, mesmo com um campeonato desgastante?

“O Sheik vem mostrando a cada jogo que é um jogador diferenciado. Ele foi imprescindível para a vitória contra a Chapecoense, foi bem em campo, jogou os 90 minutos. É um excelente jogador, um líder, assim como o Rodrigo, que é outro líder dentro da equipe. Não temos a menor dúvida de que o investimento nesses jogadores ajuda muito na formação da equipe, na qualificação do elenco e no aspecto de liderança”.

Como a diretoria convive com a pressão do clube nunca ter sido campeão?

“É uma pressão que precisamos saber levar. É uma pressão que nós diretores também vivemos. Temos de saber levar de uma maneira que não atrapalhe. Se levar isso com muito afinco, em uma final, você não vai ter o melhor rendimento e não vai conseguir atingir o objetivo. A gente convive com isso, tenta tirar coisas boas, principalmente nas competições que temos condições de conquistar. Estamos trabalhando para isso (conquistar um título)”.

Qual é a projeção a médio e longo prazo com cotas bem menores que os adversários?

“A projeção, em médio prazo e com as cotas menores, é nas categorias de base. Trabalhamos sempre nesse sentido. A única forma que temos para nos equiparar a outros times é investir em jogadores das categorias de base, ter um retorno melhor, fazendo contratos mais longos. E esses jogadores se concretizarem como grandes atletas, dando um retorno técnico e financeiro para o clube. Nesse ano, temos seis jogadores da base no profissional, negociamos o Ravanelli com um time russo. A ideia é ter uma categoria de base forte para conseguirmos revelar novas promessas e ter um retorno técnico e financeiro”.

Quem a Ponte coloca como destaque da equipe surgindo da base?

“Temos jogadores que surgem como promessas. Entre jogadores que já estão no time principal, tem o Jeferson, lateral-direito, que vem jogando várias vezes, disputou as finais do Campeonato Paulista e foi muito bem. Tem o Matheus Jesus, que é um excelente jogador, o Ravanelli, que foi negociado com a Rússia. Tem jogadores da base que ajudam no time principal, isso é muito importante. A categoria de base da Ponte no Sub-17 tem dez vitórias seguidas no Campeonato Paulista, está em primeiro lugar. Temos vários jogadores que inclusive estão sendo convocados para a seleção. Tem o goleiro Ivan, que foi para o profissional. Temos boas promessas que têm sido aproveitadas e outras que ainda estão surgindo”.

A Ponte Preta foi vice-campeão paulista, em 2017. O técnico Gilson Kleina está treinando o time pela segunda vez, depois de uma primeira passagem vitoriosa, quando colocou a equipe na Série A do Brasileiro. Nesta quarta-feira, a Ponte enfrenta o Flamengo, no Rio de Janeiro.


São Paulo aumenta valores e deve anunciar volante Fernando Bob
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Alexandre Praetzel

O São Paulo está próximo de anunciar a contratação do volante Fernando Bob. A diretoria tricolor aumentou a proposta de dois para três milhões de reais por 50% dos direitos econômicos ao Internacional. Fernando Bob está emprestado para a Ponte Preta, até dezembro, mas a diretoria campineira não pretende cobrir os valores. Assim, Fernando Bob será negociado com o São Paulo.

O empresário de Fernando Bob, Nelsinho Baptista Jr., confirmou ao blog que a transação está em andamento, com grandes possibilidades de conclusão. “Os valores são esses. Falta alinharmos algumas pendências”, ressaltou.

Fernando Bob está na sua segunda passagem pela Ponte Preta. Disputou 126 jogos e marcou cinco gols. No Inter, chegou como grande reforço em 2016, mas ficou marcado pelo rebaixamento e por atuações irregulares.


Ídolo da Ponte diz: grande oportunidade de ser campeã foi na “nossa época”
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Alexandre Praetzel

Em 117 anos de história, a Ponte Preta nunca conquistou um título. Tem a oportunidade de buscá-lo, de maneira improvável, domingo, fazendo 4 a 0 no Corinthians ou vencendo por 3 a 0 e depois também superando os rivais nas penalidades. O time eliminou Santos e Palmeiras, mas foi facilmente batido no primeiro jogo da final do Paulista, em Campinas. O blog entrevistou o ex-técnico e ex-jogador da Ponte, Marco Aurélio Moreira a respeito deste jejum histórico e as causas da ausência de conquistas pelo clube. Marco Aurélio era meia do grande time da década de 1970 e início de 80, três vezes vice-campeão paulista. Leiam abaixo.

Por que a Ponte Preta não consegue ser campeã?

“Todos os anos atrás, todas as oportunidades que teve em 1977, 1979, 1981. Em 77, não tinha a menor chance de ser campeão por tudo que se ouvia, por tudo que havia por trás, contra o Corinthians. E caiu tudo na conta do Rui Rei, que não tinha nada a ver com a história. Na verdade, faltou a definição de um jogo em Campinas e outro em São Paulo, fora tudo que aconteceu nos bastidores. Nosso time era melhor e seria campeão se não fossem circunstâncias diferentes. Em 79, também. Em 81, se houvesse dois jogos com o São Paulo, seríamos campeões. Na nossa época, faltou apoio extra-campo, jogos em Campinas e mais força com as arbitragens, que foram terríveis. Agora teve chance de jogar, mas ficou muito difícil com os 3 a 0. A grande oportunidade foi na nossa época”.

Os 117 anos sem títulos atrapalham muito?

“Eu acho que as coisas têm que se encaixar no momento certo. Contra o Palmeiras, fizeram tudo certo, mas contra o Corinthians não. Eu não vi o jogo, mas me falaram que jogou muito mal, na hora errada. Era o momento para equilibrar e ter uma chance. Infelizmente não deu certo. A cobrança da torcida é muito grande e isso influencia nos atletas, mas não podemos pensar só nisso. Faltam algumas coisas para que a Ponte possa chegar com confiança para ganhar. Não sei explicar o que é, mas vem batendo na trave, alguma coisa precisa ser feita”.

O que é preciso fazer?

“A Ponte precisa modificar muita coisa. Treinadores duram três, quatro meses na Ponte. Qualquer resultado ruim, tem pressão. O Felipe (filho de Marco Aurélio) foi um exemplo. Teve bom aproveitamento, mas depois de um mau resultado, tiraram o Felipe, covardemente. Foi a primeira vez que o grupo de jogadores se reuniu e pediu a contratação de um treinador. Nada contra o Gilson Kleina, mas é complicado. Acreditar mais e ter um profissionalismo maior. Investir um pouco mais. Quem está dirigindo, precisa colocar a cabeça no lugar. Qualquer tiro para cima, assusta todo mundo. Qualquer gritinho da torcida, mudam tudo. Se não há motivo para trocar, por que modificar? Numa hora que estava tudo certo, numa final, é difícil falar. Já aconteceu comigo em outras vezes. Falta mais amadurecimento da diretoria. Profissionalizar mais o clube e montar uma equipe melhor, dando suporte e trabalhando bastante”.

A sua geração conseguirá ver a Ponte campeã?

“Eu acredito em tudo. Tudo é difícil, mas não é impossível ganhar de 3 a 0. Se não for desta vez, segue o trabalho e corrige. A direção tem que traçar bem o caminho e insistir para que as coisas dêem certo”.

Marco Aurélio Moreira está com 65 anos. Comandou a Ponte Preta em cinco oportunidades. É pai de Felipe Moreira, treinador da Ponte, no início do ano, dispensado após a eliminação na Copa do Brasil para o Cuiabá-MT.

 

 


Corinthians será Campeão Paulista com méritos e eficiência
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Alexandre Praetzel

O Corinthians é o Campeão Paulista de 2017. Afirmo isso pelo que eu vi no primeiro jogo da final contra a Ponte Preta. O resultado de 3 a 0 mostrou um time consolidado, dentro da sua forma de jogar, sem nenhum sofrimento, em Campinas. Uma vitória com autoridade e amplo domínio, diante de um adversário complacente e sem vibração nenhuma. O confronto foi mais fácil do que as partidas diante de Botafogo e São Paulo. Sem sustos.

A defesa manteve seu padrão seguro e Rodriguinho e Jadson decidiram, quando tiveram as oportunidades. O Corinthians não é brilhante, mas é extremamente eficiente e vai levantar seu 28º troféu com justiça, pelos números alcançados. Mérito do técnico Fábio Carille, que apostou numa formação tática definida, baseada na forte marcação e aproveitamento dos erros dos oponentes, contando com a qualidade técnica de três nomes: Jô, Jadson e Rodriguinho.

O Corinthians nunca perdeu por três gols de diferença na Arena e não perderá por esse escore, na sua casa. Será campeão diante da sua torcida, com festa no próximo domingo, respeitando a Ponte Preta e com o regulamento debaixo do braço. Não estou desmerecendo a Ponte Preta, mas não vejo reação, nem futebol, para conseguir o improvável.

Parabéns Corinthians e sua torcida.


Fellipe Bastos vê final parelha e prevê forte pressão por título na Ponte
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Alexandre Praetzel

O Corinthians tem três jogadores que já vestiram a camisa da Ponte Preta: Pablo, Maycon e Fellipe Bastos. O volante foi vice-campeão da Copa Sul-Americana, em 2013, na derrota para o Lanús-ARG. O blog entrevistou Fellipe Bastos com exclusividade, sobre o clima para a decisão do Paulista, a pressão por títulos na Ponte e o respeito ao adversário na final. Acompanhem abaixo.

Você atuou na Ponte Preta e agora no Corinthians, o que achas de uma final, 40 anos depois?

“É uma final esperada por todo mundo. Desde que a Ponte conseguiu a classificação, todo mundo lembrou da decisão de 40 anos atrás, tudo o que aconteceu. Eu e o Maycon, que já atuamos na Ponte Preta, temos um carinho enorme por eles, mas a gente está defendendo o Corinthians e vamos buscar esse título”.

Como vês a Ponte hoje, após ter passado pelo clube?

“A Ponte muito mais forte, uma Ponte muito mais sólida. Quando passei lá, a gente disputou a final da Sul-Americana, mas a gente acabou caindo no Brasileiro. Não éramos tão fortes, como a Ponte Preta está hoje. Eu acho que a gente tem que ter cuidado, estudar a Ponte, para a gente não ter nenhum tipo de surpresa nas duas partidas”.

A decisão passa por Campinas ou o Corinthians leva vantagem por decidir em casa?

“Não. Pelo que a Ponte vem mostrando, pelo que vem jogando também, gente está muito equiparado. A Ponte é muito forte dentro da sua casa. Não podemos cair no mesmo erro que o Palmeiras caiu. Temos que entrar ligados para que a gente não sofra nenhum tipo de supresa”.

O que destacaria no time da Ponte Preta?

“A velocidade. A velocidade que eles têm no contra-ataque, para finalizar as jogadas. Os três jogadores da frente são muito rápidos e muito chatos, na gíria do futebol. É com isso que a gente tem que se preocupar para que a gente possa fazer um excelente jogo lá e trazer a decisão para nossa casa”.

A pressão de 117 anos sem títulos pode atrapalhar a Ponte Preta?

“Eu acho que isso sempre atrapalha. É uma pressão que os jogadores carregam de não ter conquistado e a Ponte nunca conquistou nada. Eu acho que eles estão trazendo isso de uma maneira positiva para eles e a gente não pode cair nesse erro de que a Ponte estará pressionada. A gente tem que ir muito concentrado, sabendo do que a gente vai receber lá, onde a Ponte é muito forte”.

Felipe Bastos fez 21 jogos pela Ponte Preta e marcou quatro gols. No Corinthians, chegou no final de janeiro. Disputou 11 partidas e ainda não fez nenhum gol.


Gerente corintiano vê Clayson chamar atenção, mas só falará dele após final
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Alexandre Praetzel

O Corinthians chegou à final do Campeonato Paulista por merecimento. A afirmação é do gerente de futebol, Alessandro Nunes. O ex-lateral do clube entende que Fábio Carille mostrou trabalho e convicções para levar o time à decisão. Em entrevista exclusiva ao blog, Alessandro rejeita favoritismo, ressalta a escolha em Carille e confirma o interesse no atacante Clayson da Ponte Preta. Leia abaixo.

Corinthians na final por merecimento ou foi uma supresa pelo rendimento do time?

“Primeiro, merecimento. Chegar numa final de Campeonato Paulista, que na minha opinião, é o Estadual mais difícil do país, no mínimo você tem que merecer. Então, esses atletas e toda a comissão técnica vêm levando esse grau de merecimento a cada jogo. Oscilou, o que é normal, numa equipe em construção. Eu fico com essa palavra até o momento, que é uma palavra, independentemente do resultado final. Nós sabemos que aqui no Brasil, tudo é premiado quando se chega numa conquista. Dizem que segundo lugar, não vale muita coisa. Mas eu olhando todo o esforço, dedicação e trabalho dos atletas e treinador, fico extremamente feliz com o resultado alcançado por eles”.

Fábio Carille foi uma aposta certeira?

“É uma certeza de ter feito uma escolha boa em dezembro. Acreditar num profissional que está há anos dentro do clube, que conhece muito bem de futebol e de gerenciar pessoas. Tem mostrado isso no dia-a-dia, inclusive, não mudou uma vírgula no seu comportamento, atitude, um cara extremamente simples. Tem suas ideias, convicções, montou uma equipe muito preparada e forte também para isso. Então, acho que está tudo indo para que ele consiga traçar uma longa carreira como treinador de futebol, daqui para frente”.

Corinthians é favorito? Ponte é uma supresa? O que você destacaria?

“Não dá para dizer que equipe nenhuma que chega numa final de Campeonato Paulista, vá ser surpresa. A Ponte está fazendo um excelente trabalho, tem um elenco muito bom. Ganhar do Palmeiras, que montou, na opinião de muitos, o melhor elenco do cenário nacional. De 3 a 0 muito expressivo, tem que ser respeitado. Administrou muito bem o jogo de volta. Uma equipe sólida, que marca muito e que a margem de erro contra uma equipe dessa, tem que ser muito pequena, se não custa muito caro”.

É curioso enfrentar a Ponte, 40 anos depois do histórico título de 1977?

“Foi um ano marcante. Foi um título que o torcedor corintiano faz questão de lembrar, de contar, de reviver. Então, não tem como, por mais que eu nem tinha nascido naquela ocasião, você não estar por dentro desta história e o torcedor corintiano deve estar olhando um pouquinho para o passado recordando esse orgulho que ele tem de lembrar. E que nós aqui, agora em 2017, possamos fazer um grande espetáculo. Que seja uma grande final de campeonato, que realmente vença o merecedor, sem melindre nenhum em falar nisso. A gente sabe o quanto é difícil chegar lá. Vai fazer dois jogos contra uma equipe que também vonquistou essa vaga na final. Então, vamos voltar para o merecimento que nos levou até agora. Que a gente consiga trabalhando e buscando merecer ser campeão agora”.

Confirmas o interesse no Clayson da Ponte, mesmo que ele esteja envolvido na final do Paulista?

“Sou sempre muito reservado em falar de atletas que a gente está conversando ou sondando ou acha que pode vestir a camisa do Corinthians. Em duas semanas tão importantes, não quero gerar nenhum desconforto, principalmente para ambas as entidades e muito menos o atleta. É um atleta, que não só o Corinthians tem gostado dele, como outras equipes, não tenha dúvida. É um jogador que vem se destacando muito bem. Está fazendo uma competição com uma regularidade muito grande e é óbvio que chama a atenção. Mas eu me reservo no direito de não falar nada porque tenho certeza que ele também está lá bastante voltado para ter duas semanas importantes, fazer um bom jogo pela equipe dele. Depois do Paulista, a gente vê o destino”.

Alessandro foi alçado à condição de integrante da diretoria, em janeiro de 2014. Começou como Coordenador Técnico e virou Gerente de futebol, após a saída de Edu Gaspar para a CBF.


Ponte Preta mereceu a classificação. Palmeiras pode e deve jogar mais
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Alexandre Praetzel

A Ponte Preta mereceu a classificação para a final do Paulista. Nos 180 minutos, foi superior ao Palmeiras. Fez grande atuação em Campinas e administrou a vantagem de 3 a 0, no Allianz Parque. O fato de ter perdido por 1 a 0, em São Paulo, não diminui o feito da Macaca. É uma equipe bem arrumada na defesa, atua com três volantes e joga em função de Clayson, Lucca e Pottker, com velocidade no contra-ataque. Aranha, que ficou um ano sem jogar no Palmeiras, agora faz um bom campeonato, apesar de falhar no gol de Felipe Melo.

Gilson Kleina assumiu e a Ponte mudou de cara. Passou também pelo Santos, que tem elenco e futebol superior. Parece que o time chega bem mais encorpado à final, em relação a 2008, quando decidiu e perdeu os dois jogos para o Palmeiras. Contra Corinthians ou São Paulo, a Ponte Preta tem condições de encarar o próximo adversário com igualdade de forças. Será que chegou a hora do tão sonhado título, em 117 anos de história? Há possibilidades.

O Palmeiras entra em debate, com uma eliminação inesperada, pelo investimento que fez. Nomes como Guerra, Borja, Michel Bastos, William, Felipe Melo e Raphael Veiga são bons reforços para qualquer time. O Verdão pode jogar mais e evoluir. Eduardo Baptista precisa achar variações de esquema, extraindo as principais qualidades dos seus comandados. Borja chegou como grande nome, mas já foi vaiado e não serve mais para muitos palmeirenses. Assim não dá. Deixem o atacante se adaptar, porque ele é bom jogador. Há elenco e não falta trabalho. Mas o Palmeiras pode e deve jogar mais. Sem essa de que o Estadual não era prioridade. Tanto que houve força máxima nos dois confrontos. Função do técnico, que ainda pode apresentar algo diferente. Vamos ver na Libertadores e Copa do Brasil.


Na mira do Corinthians, atacante vê Ponte forte para ganhar o Paulista
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Alexandre Praetzel

A Ponte Preta luta por um título na sua história centenária. Terá a oportunidade de conquistá-lo, abrindo as semifinais contra o Palmeiras, neste domingo, em Campinas. O time evoluiu com a chegada do técnico Gilson Kleina e eliminou o forte Santos, nas quartas-de-final. Um dos destaques da equipe é o atacante Clayson. Aos 22 anos, o garoto vem apresentando boas atuações desde 2016. Nos planos do Corinthians para o restante da temporada, Clayson concedeu entrevista exclusiva ao blog, admitindo a pressão por uma conquista da Ponte, os confrontos diante do Palmeiras e o interesse corintiano no seu futebol. Leia abaixo.

Chegou a hora da Ponte Preta ganhar um título ou o time é inferior aos adversários?

“Acho que na minha opinião, chegou a hora da Ponte Preta ganhar um título. Vem fazendo bom trabalho, durante anos, plantando coisas boas. Então, acho que chegou a hora. A gente sabe que não é fácil, mas estamos batalhando muito para isso e se vier, com certeza, será felicidade de todo mundo que está esperando esta grande conquista”.

Como fazer para segurar o Palmeiras em dois jogos?

“Olha, a gente sabe que o Palmeiras é o time que mais investiu no Brasil, porém, a gente sabe da nossa força dentro de casa, da qualidade do nosso elenco e pode ter certeza que a gente vai dar o nosso máximo para poder conseguir uma vantagem no primeiro jogo e conseguir chegar na final do Campeonato Paulista”.

A mudança de técnico teve influência no bom momento da Ponte Preta ou não?

“Acho que cada um plantou o que teve de melhor e a gente pôde absorver aquilo que era fundamental para gente. Claro que o Felipe Moreira foi muito importante no momento em que esteve aqui, mas o Gilson também chegou, deu uma cara nova para o time e com certeza, também vem sendo muito importante nessa reta final do campeonato”.

Há muita pressão pelo primeiro título da Ponte Preta, mesmo com dificuldades pela frente?

“Num time da grandeza da Ponte Preta, sempre haverá pressão, independentemente de título ou em cada jogo. Mas a pressão é inegável, sempre vai existir, mas a gente age naturalmente, a gente está focado para buscar esse título tão sonhado pela Ponte Preta”.

Corinthians te procurou para reforçar o time, após o Paulista?

“Isso eu deixo para o meu representante resolver, lógico que estou sabendo via internet, mas até mim, não chegou nada oficial. Então, tenho contrato longo com a Ponte Preta, meu foco é aqui. Acho que não é nem hora de falar sobre isso, a gente está numa semifinal de Paulista. Então, estou muito focado aqui. Meu contrato vai até o final de 2020. O foco é a Ponte Preta, depois meu representante pode ver isso”.

Clayson foi revelado na base do União São João de Araras. Passou por Grêmio e Ituano, até chegar à Ponte Preta, em 2015. Já disputou mais de 80 jogos e virou titular da equipe.


Kleina não quer jogos no Pacaembu e crê em fator casa para eliminar Santos
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Alexandre Praetzel

A Ponte Preta será adversária do Santos, nos dois jogos das quartas-de-final do Paulista. Falta apenas definir quem terminará em primeiro lugar, na fase classificatória, para determinar os mandos de campo. A Ponte Preta recebe o Palmeiras e o Santos enfrenta o Novorizontino. Os dois times estão empatados com 19 pontos, mas o Santos leva vantagem nos critérios de desempates. O blog entrevistou o técnico Gilson Kleina a respeito dos confrontos e a possibilidade da Ponte Preta eliminar o Santos. Leia abaixo.

Por que voltaste para a Ponte Preta, estando bem no Goiás?

“Simples e objetivo. Nós chegamos o ano passado para tirar o Goiás da Série C, estava na zona de rebaixamento da Série B. Fizemos um trabalho de reação. Os números desse ano estavam muito bons, quarta fase da Copa do Brasil, líder do Campeonato Goiano, artilheiro, defesa menos vazada, quando houve um contato do presidente. Em alguns anos, quando saíam treinadores da Ponte Preta, sempre me convidaram e eu achei que nesse momento, estava na hora da gente voltar para um grande centro, para a Ponte Preta. Conversei com meu presidente no Goiás, como sempre a gente tem que ser transparente e a Ponte Preta exerceu o contrato, pagando a multa. O presidente do Goiás não queria que eu saísse, mas entendeu que eu fui conversar com ele e espero que a gente tenha êxito e sucesso aqui na Ponte Preta.

É possível eliminar o Santos em dois jogos pelas quartas-de-final do Paulista?

“Eu acho que a probabilidade e a condição aumentam. Se a gente mantiver esse nível de competitividade, são dois jogos extremamente equilibrados. Ainda não sei se a primeira partida ou segunda será em casa, mas de qualquer maneira a gente vai ter que saber jogar esse mata-mata. O Santos é uma equipe muito forte dentro da Vila e a Ponte é muito forte dentro do seu estádio. Então, vamos tentar unir nossas forças e fazer uma vantagem no primeiro jogo, se for em casa, para que a gente possa ter a condição de ter alguma estratégia para conseguir a classificação. Então, não tem jogo fácil, porém, se a gente tiver a mentalidade e o espírito vencedor, podemos passar para as semifinais”.

Aceitarias jogar as duas partidas no Pacaembu?

“Eu acho que a gente não pode abrir mão da nossa força no Moisés Lucarelli. Eu entendo que nós temos que exercer nosso direito de jogar em casa. Não aceitaria”.

Como vês o elenco hoje em relação aos grandes paulistas?

“A Ponte Preta vem num crescimento, nos últimos anos, haja vista que tem revelado jogadores no cenário nacional. Em 2011 e 2012, estive aqui e muitos jogadores estão em alto nível. Um elenco sempre precisa ser corrigido, qualificado e não é diferente neste momento. Estamos contentes com esse elenco, mas precisamos reforçar porque a gente sabe o que nos espera nos mata-matas do Paulista, Sul-Americana e, principalmente, Campeonato Brasileiro”.

O que destacas no Santos para neutralizar ou evitar?

“Tem um treinador há muito tempo com uma filosofia de trabalho, super agressivo, laterais e volantes jogam o tempo todo no campo adversário. É uma equipe que tem movimentação e jogadores técnicos, como Lucas Lima, Ricardo Oliveira, Thiago Maia, Vitor Bueno, que entraram nessa equipe, todos eles são fazedores de gols, mesclada com a experiência do Renato e o próprio Ricardo. A gente tem que saber neutralizar os pontos fortes deles, mas impondo os nossos”.

A passagem pelo Palmeiras te fortaleceu no mercado?

“Sem dúvida. O Palmeiras me fortaleceu muito no mercado e me amadureceu também. Lamento só que nos dois últimos trabalhos que a gente fez, que foi só uma manutenção de permanência e tivemos dificuldades como muitos treinadores estão tendo no futebol brasileiro. A Ponte Preta me alavancou e o Palmeiras também para grandes trabalhos e grandes desafios”.

Ponte Preta é um grande clube?

“Claro que sim. Vejo a Ponte Preta com uma camisa forte, uma equipe grande. Está faltando muito pouco consolidar títulos e conquistas. Quem está em Campinas vê o crescimento desta torcida. A gente vê um sentimento muito forte. Então, eu entendo que todos esses projetos que estou vendo aqui como Arena, investimento em estrutura de treinamento, contratações de jovens valores com grandes contratos, usando bem a base. Acredito que nos próximos anos, a Ponte Preta entrará em outro patamar”.

Gilson Kleina retornou à Ponte Preta, após bons trabalhos em 2011 e 2012, assumindo o Palmeiras, me setembro de 2012. Na sua primeira passagem, Kleina conseguiu levar a Ponte Preta à Série A do Brasileiro.