Blog do Praetzel

Jovem técnico da Ponte Preta busca sonho de conquista no Paulista
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

A Ponte Preta é time da Série A do Brasileiro e entra no Paulista como candidata a desbancar os quatro grandes clubes do torneio. Para isso, apostará num jovem treinador. Felipe Moreira, 36 anos, filho do ex-jogador e técnico Marco Aurélio Moreira, foi o escolhido para levar o time à tentativa de conquistar o primeiro grande título de sua história centenária. Em entrevista exclusiva ao blog, Felipe comentou o desafio que terá pela frente, a pressão por uma boa campanha e seu modelo de trabalho. Leia abaixo.

Desafio de assumir a Ponte Preta

''Um grande desafio, mas eu me sinto preparado. Comecei aqui em 2004, como auxiliar do Sub-20, além de ter jogado na categoria de base daqui. Me tornei treinador do Sub-20 no meio de 2004 e subi para o profissional, em 2005. Depois passei por Cruzeiro, Atlético-PR, Figueirense, Vitória, Fortaleza, Bragantino, entre outros. Terminei minha faculdade, estágio no exterior, curso de treinador. Percorri um caminho grande, me preparando para este momento''.

Pressão para comandar um time que não foi campeão em mais de 100 anos

''Acho que todo clube grande, torcida, anseia por título e a Ponte está se preparando para isso. Há algum tempo, vem se preparando internamente, fortalecendo seus departamentos. Fez a base, estrutura, nos aproximando deste grande sonho, que é o título. Isso que é importante. A gente conquistar este título com uma estrutura grande, para depois deste título, se manter no cenário nacional''.

Projeção para o Paulista

''É um campeonato muito competitivo, difícil, mas a projeção da Ponte e o sonho da Ponte é grande, nosso também de trabalho. Primeiro, buscamos o primeiro jogo com a Ferroviária, que é estréia, depois a classificação, assim por diante. Vamos passo a passo, nos preparando para atingir aquele grande objetivo da Ponte Preta''.

Reforços

''A gente conseguiu trazer reforços pontuais este ano, por ter deixado uma base boa do ano passado. Veio o Marlon, que subiu com o Atlético-GO. O Ramon, que foi artilheiro pelo Brasil-RS. Trouxemos o lateral Artur do Inter. Veio o volante Jadson, que apesar da campanha ruim do Santa Cruz, se destacou e está se destacando na pré-temporada. O Lins já teve uma passagem boa por aqui, jogou o Brasileiro pelo Figueirense. O Erik foi destaque do Bragantino, na Série B, a gente observou. Então, são grandes reforços que a gente conseguiu trazer pontualmente. O Lucca chegou agora do Corinthians. Ainda estamos buscando alguns mais para completar nosso elenco''.

Saída de William Pottker

''O William tem contrato com a Ponte Preta até 2019. Isso que a diretoria me passou. Está totalmente focado aqui na Ponte Preta, fazendo uma pré-temporada no limite. Não está deixando faltar nada e a gente sente que ele está se preparando muito bem para o Paulista''.

Time mais fraco em relação a 2016

''Não. Conseguimos manter uma base do time titular do ano passado, que fez uma grande campanha. Estamos em busca dos que já chegaram e uns mais para fortalecer o elenco''.

Modelo de jogo e trabalho

''Filosofia de trabalho é mais importante do que o sistema de jogo que será utilizado. Primeiro que hoje em dia, o futebol requer compactação, o time estar perto, uma intensidade muito grande, pressão em cima da bola o tempo todo. Isso é importante. O jogador entender que, independentemente do sistema, ele tem que ser agressivo na marcação, ter o passe para frente, sair em velocidade, compactar rápido tanto na transição defensiva quanto na ofensiva. O sistema a gente usa com aquilo que a gente tem no elenco. Terminamos o ano passado com o 4-1-4-1 ben definido pelo Eduardo. Começamos a pré-temporada neste sistema, mas em alguns jogos usamos o 4-3-3, o 4-2-3-1, fizemos um treino contra o Palmeiras, terminando com as duas linhas de quatro e dois. Então, a gente trabalha nestes sistemas até para as substituições, poder trocar peça por peça neste sistema''.

Marco Aurélio Moreira é referência

''Representa uma base de tudo, né. É um cara que, como jogador de futebol, foi excelente profissional. Como treinador, conseguiu ser campeão, trabalhar em grandes equipes, estruturar a família com este trabalho. Um excelente pai, conseguiu criar os três filhos no caminho certo, família. Então, é um cara que me dá estrutura para tudo. Tanto na parte do esporte, quanto na parte familiar''.

A Ponte Preta está no grupo D do Paulista com Audax, Mirassol e Santos.


Vale a pena repatriar jogadores que foram vencedores na primeira passagem?
Comentários 2

Alexandre Praetzel

O Corinthians repatriou Jadson, um ano depois da saída para o futebol chinês. Com dois anos de contrato e aprovado pela torcida, Jadson retorna para ser o principal jogador do time. Os corintianos esperam que o meia tenha o mesmo desempenho de 2015, quando foi um dos destaques da equipe, na conquista do título brasileiro. Será que vale a tentativa? O blog lista abaixo situações que deram certo e outras não. Acompanhe.

Robinho – Santos. 2010 e 2014/15

Deu muito certo. Foi campeão paulista e da Copa do Brasil e depois repetiu o título estadual, no segundo retorno. Talvez o exemplo mais positivo de uma repatriação num time brasileiro.

Kaká – São Paulo. 2014

Foi bem, apesar de ter ficado apenas cinco meses. Elogiado pelo técnico Muricy Ramalho e companheiros, Kaká ajudou bastante no vice-campeonato brasileiro e na conquista da vaga para a Libertadores da América, em 2015. Fez 24 jogos e três gols.

Valdívia – Palmeiras. 2010

Não foi bem na segunda passagem. Em cinco anos, ganhou a Copa do Brasil, mas sucumbiu com o time, no rebaixamento para a Série B, em 2012. Tinha admiração de muitos torcedores, mas as constantes lesões e demoras nas recuperações, minaram a confiança dos palmeirenses. Em 2015, saiu de graça, sem deixar saudades, após 148 jogos e 17 gols.

Alex – Inter. 2013

Foi tricampeão gaúcho, quando voltou para o Inter, mas terminou com a trajetória manchada, depois de muitos altos e baixos, em 2015 e 2016, culminando com inédito rebaixamento do time para a Série B do Brasileiro. Foi liberado pela diretoria e saiu com a imagem arranhada.

Elias – Corinthians. 2014

Participou do título brasileiro como titular absoluto, em 2015. Em 2014, não foi bem, repetindo a irregularidade em 2016, quando saiu para o Sporting. Fez 99 partidas e 17 gols.

Conca – Fluminense. 2014

Segunda passagem sem brilho. Alternou entre boas e más atuações. Veio da China por altos valores. Pelo custo-benefício, foi mal. Atuou em 62 partidas com 16 gols.

Lugano – São Paulo. 2016

Tem o nome gritado pela torcida, mas não contribuiu muito com o time, em 2016. Foi mais um líder de vestiário do que jogador de futebol. Voltou pelo currículo e história no clube. Em 2016, fez 26 jogos e dois gols.

Lucas Silva – Cruzeiro. 2017

Vendido para o Real Madrid por grandes valores, em 2015. Nunca se firmou e foi emprestado para o Olympique de Marselha. Disputou 33 jogos e agora retorna emprestado pelo Real ao Cruzeiro, por 18 meses. Voltou rapidamente. Tem apenas 23 anos.

São alguns exemplos de nomes com ótimos currículos e títulos conquistados, geralmente na primeira passagem pelos clubes. Nem sempre, estes jogadores serão os mesmos de antes, mas dirigentes, torcedores e parte da imprensa, acreditam que sim. Retornam mais velhos e resolvidos financeiramente. Uns assumem a identificação com time e instituição. Outros ficam apenas de passagem mesmo, vivendo das glórias e vitórias anteriores. A conferir quem dará certo novamente.


O momento de negociar uma revelação no Brasil
Comentários 5

Alexandre Praetzel

Gosto sempre da permanência dos principais jogadores no futebol brasileiro. No entanto, devido às péssimas gestões e situações financeiras calamitosas dos clubes, ficamos à mercê das ofertas do exterior. Há momentos que as vendas são impossíveis de recusar. Em outros casos, houve precipitação de dirigentes e empresários. Abaixo, o blog analisa algumas negociações.

Gabriel Jesus, 19 anos

Acabou sendo bem vendido, devido as circunstâncias. O Palmeiras tinha apenas 30% dos direitos econômicos e ficou refém dos empresários, quando quase perdeu o menino de graça. Ainda faturou 20 milhões de euros.

David Neres, 19 anos

O atacante do São Paulo fez apenas oito jogos pelos profissionais. O Ajax da Holanda ofereceu 15 milhões de euros por 80% dos direitos econômicos. Pela situação financeira difícil do São Paulo, é difícil recusar.

Wallace, 21 anos

O volante do Grêmio foi negociado com o Hamburgo da Alemanha por dez milhões de euros. O clube gaúcho tem 60% e levará seis milhões, além de ficar com 10% numa venda futura. Não venderia. Wallace é jogador de Seleção e poderia se valorizar ainda mais.

Jorge, 20 anos

O lateral do Flamengo foi para o Mônaco da França por nove milhões de euros. O Flamengo tinha 70% dos direitos econômicos e levou pouco mais de seis milhões de euros. Não venderia. Lateral de muita qualidade e nome certo no futuro da Seleção.

Luiz Araújo, 20 anos

O São Paulo recusou uma proposta de seis milhões de euros do Lille da França. Por nove milhões de euros, vai negociá-lo. Tem 70% dos direitos econômicos do atacante. Por sete ou oito milhões, eu venderia. Tem 26 jogos pelo profissional. Acho inferior a David Neres.

Moisés, 24 anos

O lateral do Corinthians pode ser negociado com o CSKA da Rússia por dois milhões e meio de euros. O Corinthians tem 70% dos direitos econômicos. Eu venderia. É possível encontrar uma reposição à altura.

Eduardo Sasha, 24 anos

A diretoria do Inter negou uma proposta de 12 milhões de euros, em julho de 2016. Hoje, Sasha está machucado e perdeu valor de mercado com a queda do Inter para a Série B. Era o momento de vender.

Para lembrar, a maior venda de todas foi a de Lucas Moura do São Paulo para o Paris Saint Germain por irrecusáveis 43 milhões de euros, a maior transação da história do São Paulo.

Já o zagueiro Marquinhos saiu do Corinthians por cinco milhões de euros para a Roma, praticamente sem jogar. Seis meses depois, os italianos o negociaram com o Paris Saint Germain por mais de 25 milhões de euros. Um erro crasso do Corinthians e do técnico Tite, na ocasião.

Claro que conta muito a vontade do jogador, mas se houver contrato em vigor, que os clubes brasileiros façam valer as multas rescisórias para não ficarem no prejuízo. É possível sim segurar jovens revelações e negociá-los por grandes somas futuras, se as gestões estiverem equilibradas. Do contrário, continuaremos sendo meros exportadores de talentos. Uma pena.


Esporte Interativo
Comentários 2

Alexandre Praetzel

Nesta segunda-feira, começo um novo desafio como jornalista esportivo. Estarei integrando o programa +90, novidade nos canais Esporte Interativo e EI MAXX. Participarei de segunda a sexta-feira, das 15h30 as 17h.

Quero agradecer à confiança do Mazzei, Fábio, Diego, Mário, Renato e toda receptividade da equipe do Esporte Interativo. Vou debater ao lado de Alex Muller, André Henning, Mauro Beting, Ademir Quintino, Gustavo Zupak, Ricardo Martins e Alfredo Loebeling.

Sempre gostei dos debates e comecei neste formato, em 2001, na Rádio Bandeirantes de Porto Alegre. Depois, vim para São Paulo, em 2007, e passei a integrar o Esporte em Debate da Rádio Bandeirantes. Em 2013, a convite do craque Neto, iniciei algumas participações nos Os Donos da Bola da Band e a partir de 2015, fui fixo do Baita Amigos do Bandsports. Agradeço ao Neto e todos os colegas da Band e Bandsports, pelas oportunidades. Foi uma honra.

Agora, no Esporte Interativo, pretendo manter a postura de discussão em alto nível e sempre trazendo muitas informações, como faço também no blog do UOL Esporte.

Conto com a audiência de vocês e será uma satisfação imensa receber e responder questões relativas ao futebol e jornalismo esportivo. Grande abraço.


Red Bull Brasil mira parceiro alemão e espera crescer no Paulistão
Comentários 1

Alexandre Praetzel

O Campeonato Paulista começa no próximo fim de semana e pode apresentar surpresas na competição mais uma vez. O Red Bull Brasil vai para sua terceira disputa consecutiva e espera chegar nas quartas de final novamente. Nos anos anteriores, parou em Corinthians e São Paulo. O blog entrevistou Thiago Scuro, novo CEO(Chief Executive Officer) do clube e responsável pela gestão. O dirigente espera crescimento da equipe e fala sobre o parceiro alemão, grande surpresa do futebol europeu nesta temporada. Acompanhem.

CEO num clube de futebol no Brasil

''Acredito que não. Alguns clubes já adotaram uma função de liderança. No caso do Red Bull Brasil, minha responsabilidade é liderar a operação do futebol, estabelecer planejamento, orçamento, metas e diretrizes para o desenvolvimento do clube em busca de nossas metas. Nosso objetivo é trabalhar de forma muito intensa o crescimento do nível técnico do Red Bull Brasil. Sonhamos alto e precisamos estar preparados em todos os níveis''.

Red Bull Leipzig é referência

''Sem dúvida nenhuma, a história do RB Leipzig é muito inspiradora. Assim como o RB Brasil, nasceu das divisões mais baixas e hoje é um protagonista na Bundesliga. Vamos utilizar esta história como inspiração, mas sabemos que precisamos construir a nossa. Nosso plano é buscar o crescimento em nível nacional nos próximos anos e posicionar o RB Brasil como um dos principais clubes formadores de jovens talentos na América do Sul''.

Projeção para o Paulista

''Sabemos da dificuldade do Paulistão e estamos trabalhando a preparação da equipe de forma muito cuidadosa. Acreditamos na qualidade das pessoas envolvidas no trabalho da equipe profissional e por isso esperamos mais uma campanha de destaque e cada vez mais consolidar o RB Brasil como uma equipe da Série A1, em São Paulo''.

Alberto Valentim como técnico

''O clube viveu um ciclo de três anos com muito sucesso com Maurício Barbieri e isso deixou muitas coisas positivas no trabalho técnico. Para dar sequência ao desenvolvimento, precisávamos de um profissional com conhecimento, experiência e com a ambição de construir uma história vencedora. O Alberto reúne esses atributos de uma forma muito interessante e essa qualidade já sido traduzida em trabalho na preparação da equipe para o Paulistão. Acreditamos que o Alberto é parte importante do início de um novo ciclo na história do clube''.

Como define o time?

''Um equipe equilibrada. Temos jovens atletas com muito potencial e atletas mais experientes que sabem da importância do clube e competições que temos pela frente. Acreditamos que esse equilíbrio gera bons frutos para o trabalho. Além disso, iniciamos o ano já sabendo da vaga na Série D do Brasileiro. Com isso, estamos tendo a oportunidade de fazer contratos mais longos com os atletas e ter a construção da equipe mais sólida para o futuro''.

Saída do Cruzeiro

''Foi uma decisão difícil e uma opção de carreira. Nunca busquei visibilidade, status ou coisas do gênero. O que me encanta e motiva é o trabalho profissional, organizado e com projeção clara de evolução das instituições, através de um projeto técnico. Saí em busca deste espaço. Mas agradeço muito a oportunidade que tive. Foi uma experiência muito positiva em vários sentidos e será eternamente um privilégio ter trabalhado num clube da grandeza do Cruzeiro''.

Modelo de gestão faliu no futebol brasileiro?

''Essa é uma discussão longa e profunda. De qualquer forma, acredito que está evidente que o modelo atual não é saudável, a partir do momento que os clubes estão se endividando sistematicamente e o interesse do público pelo futebol, caindo. São sinais claros de que precisamos buscar um outro modelo. Na minha visão, precisamos de de regulamentações mais duras no controle dos clubes, limites de contratações e atletas inscritos, janelas de transferências mais restritas e mais fiscalização e punição sobre os clubes que não cumprem seus compromissos financeiros com o Estado, atletas, profissionais, clubes e agentes. É uma indústria que, mesmo em tempos de crise, consegue crescer em faturamento e mesmo assim segue endividada. A criação dos regulamentos de licenças da CBF, modernizações das competições da Federação Paulista de Futebol, Profut, APFUT, enfim, já vejo alguns exemplos de movimentos que, se fortalecidos, criarão a obrigação de clubes mais organizados e saudáveis em todos os níveis''.

O Red Bull Brasil está no grupo C do Paulista com São Paulo, Ferroviária e Linense. A estréia será dia 5 de fevereiro contra o Mirassol, fora de casa.

 


Estaduais vão começar. Os favoritos do blog
Comentários 1

Alexandre Praetzel

Os Campeonatos Estaduais começam neste fim de semana e mais uma vez servirão como pré-temporada para muitas equipes. Alguns serão mais valorizados porque a Libertadores da América foi estendida e não vai colidir datas de mata-mata com as fases decisivas. O blog lista seus favoritos aos títulos, respeitando todas as opiniões.

Paulista

Palmeiras e Santos são mais times que Corinthians e São Paulo. Santos ganhou sete títulos de 2006 a 2016 e chegou às últimas oito decisões. Começa fortalecido novamente. A mudança de regra com dois jogos a partir das quartas-de-final deve impedir os surgimentos de zebras, como Ituano e Audax. Fico com Palmeiras ou Santos.

Carioca

Flamengo é o favorito. Resta saber se a diretoria vai levar o Estadual a sério. No papel, possui equipe e elenco superiores aos rivais. Botafogo me parece ser o principal adversário, apesar de ter perdido para o Madureira. Fluminense está em transição e Vasco ainda está indefinido, buscando reforços. Contratação do meia Wagner foi boa.

Gaúcho

Grêmio nunca foi tão favorito como agora. Deve quebrar a hegemonia colorada dos últimos seis anos, tranquilamente. Tem um time mais arrumado e pegará o rival na Série B do Brasileiro. Se não ganhar o Gauchão, será um vexame. Brasil de Pelotas pode incomodar um pouquinho.

Mineiro

Depois do título do América, em 2016, Cruzeiro e Atlético se mexeram. Vejo um equilíbrio entre os dois times, mas não ficarei em cima do muro. Acho que dá Cruzeiro, priorizando mais o torneio em relação ao Galo. Apenas palpite.

Paranaense

Atlético se reforçou muito bem, mas tem o mata-mata da Libertadores no início do calendário. É o melhor time do Estado. Coritiba será o principal adversário, com o Londrina ficando como terceira força. Acho que o Paraná Clube será coadjuvante mais uma vez.

Catarinense

Talvez o Estadual mais equilibrado. Temos Criciúma, Figueirense e Avaí bem parelhos e Joinville e Chapecoense se reformulando. Chape será a fiel da balança, para o bem ou mal. A tendência é que sofra num primeiro momento. Sem muro, aposto no Avaí.

É isso. Novos jogadores vão aparecer, times do interior aprontarão para cima dos grandes, treinadores serão dispensados e teremos as velhas discussões sobre quem manda no Estado. Competições históricas, mas que precisam ser remodeladas, com disputas maiores entre os clubes do interior, classificações para torneios nacionais e fases decisivas mais curtas, envolvendo os melhores.


Carlinhos e Dellamore jogam menos que Kazim e Vilson?
Comentários 26

Alexandre Praetzel

O Corinthians conquistou a sua décima Copa São Paulo de Futebol Júnior. Dos últimos anos, talvez o melhor Corinthians já apresentado, do goleiro aos atacantes. Nomes como o zagueiro Dellamore, o volante Renan, os meias Mantuan e Pedrinho e o atacante Carlinhos se destacaram na competição.

Agora, eu deixo a pergunta. Será que Dellamore é inferior a Vilson? Carlinhos pode produzir mais do que Kazim? Não são piores do que alguns contratados. São mais baratos e ainda teriam o apoio do torcedor. Para quê o Corinthians tem categorias de base? Apenas para servir a empresários? Um absurdo.

O Corinthians levanta taças, mas não aproveita ninguém. De 2007 a 2015, só Dentinho e Malcom foram escalados como titulares, com bom número de jogos. É inadmissível o que a diretoria faz com a base. Jovens promessas bem trabalhadas poderiam render mais ao clube, além do fato de serem criadas de acordo com as normas da instituição. Sempre haverá uma identificação. Mas o Corinthians prefere gastar ao invés de lapidar. É mais fácil.

Ninguém aceita mais desculpas de que os meninos não têm talento e não aguentam pressão. Ora, invistam e tratem a garotada com calma e precisão. É obrigação das comissões técnicas trabalharem para prepará-los como os próximos titulares dos profissionais. Tudo dentro do seu tempo. E com o Corinthians ganhando mais do que supostos ''parceiros''.


Saiba os motivos por que o Nacional não quer negociar Borja neste momento
Comentários 1

Alexandre Praetzel

Apesar das negativas, o Palmeiras buscou informações para contratar o colombiano Borja. O blog apurou que a diretoria fez uma proposta salarial de 150 mil dólares mensais a Borja, mais de dez vezes o que ele recebe no Nacional de Medellín. Por isso, o atacante se entusiasmou e declarou que a questão precisava ser definida entre as duas direções.

O Palmeiras tentou parceiros para chegar aos 25 milhões de euros, solicitados pelos colombianos. Ouviu que o Nacional não quer se desfazer do atleta pelo seguinte.

– Técnico Reinaldo Rueda não abre mão de Borja para tentar o bicampeonato da Libertadores da América.

– Saída de Berrío para o Flamengo, deixou o elenco com pouquíssimas reposições para o ataque.

– Contrato com o patrocinador exige a presença de um nome de alto nível, após a venda do venezuelano Guerra. Agora, este nome é Borja.

Desmentidos são absolutamente normais e fazem parte das estratégias de negócios. O presidente Maurício Galiotte acompanhou tudo de perto e estava otimista num acerto, mas o Nacional não quer liberar Borja. Por isso, neste momento, o assunto foi encerrado no Palmeiras.

 

 


Palmeiras retoma relações com uniformizados, sem privilégios e benefícios
Comentários 19

Alexandre Praetzel

O Palmeiras reatou relações com os torcedores uniformizados. O presidente Maurício Galiotte entende que o tratamento deve ser o mesmo dispensado aos outros palmeirenses, sem privilégios e benefícios. Nos últimos dias, Galiotte adotou medidas consideradas normais a qualquer palmeirense, na relação com as ''organizadas''. Cito alguns exemplos abaixo.

– Uniformizados poderão ficar na curva do gol da Praça Charles Miller, no Pacaembu. Jogadores entendem que eles ajudam mais naquele local, pressionando o adversário e apoiando o time, ao invés do Tobogã.

– Compra de ingressos no Allianz Parque, para jogos fora de São Paulo. Uniformizados reclamavam que tinham que chegar em outros estádios e ainda adquirir ingressos, prejudicando a entrada e facilitando agressões por parte de ''torcedores'' adversários.

– Atletas do Palmeiras poderão ter relações normais com as ''organizadas''. Na última festa de uma delas, Dudu e Tchê Tchê enviaram vídeos com cumprimentos, algo proibido na gestão Paulo Nobre.

A diretoria de Galiotte pede para deixar claro que não haverá nenhuma vantagem como subsídios de transportes e facilidades e prioridades na aquisição de entradas. A tolerância será zero com tentativas de intimidações e agressões a qualquer palmeirense. Será um tratamento com respeito mútuo, acreditando nas palavras das duas partes envolvidas.

É uma nova mentalidade. Vamos ver se vai funcionar e se Galiotte e companheiros de direção não irão sucumbir a pressões externas e internas.

Paulo Nobre rompeu com as ''organizadas''(com razão), após agressão aos atletas no retorno de uma viagem à Buenos Aires, no aeroporto local, depois de um jogo contra o Tigres, pela Libertadores da América, em 2013.


São Paulo tem valor estipulado para negociar Luiz Araújo
Comentários 25

Alexandre Praetzel

A negociação entre Lille da França e São Paulo por Luiz Araújo ainda não está descartada. A primeira proposta de seis milhões de euros foi recusada pelo tricolor. No entanto, o blog apurou que o São Paulo aceita fechar a venda, se os franceses subirem o valor para nove milhões de euros. O São Paulo tem 70% dos direitos econômicos. O Mirassol tem os 30% restantes.

O blog procurou o presidente Leco, mas não houve resposta. O presidente do Mirassol, Edson Ermenegildo, foi claro.

''Não depende do Mirassol. Temos cláusula contratual com o São Paulo FC, sobre o percentual da multa rescisória, bem como, sobre a obrigação do sigilo das partes. Somente o São Paulo FC poderá se manifestar. Apenas depois de eventual transferência do atleta, poderemos divulgar'', afirmou.

Luiz Araújo está com 20 anos. Disputou 26 jogos e marcou dois gols pelo time principal.