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Robinho quer Galo completo para buscar títulos e vê dificuldades para Ceni
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Alexandre Praetzel

Robinho é um dos jogadores mais técnicos do Brasil. Destaque do Atlético-MG, em 2016, o atacante admite que o time precisa melhorar para buscar algo maior, em 2017. Em entrevista exclusiva ao blog, Robinho avaliou o momento do Galo, Rogério Ceni, possível volta ao Santos e o sonho de disputar a Copa do Mundo da Rússia. Acompanhem abaixo:

O momento inicial do Atlético foi uma surpresa para vocês, começar tão embaixo no Brasileiro?

“Foi, para nós também. A gente tem um time que pode dar mais. Claro que a gente vem se empenhando, vem se doando bem e às vezes no futebol acontece isso, os resultados não estão acontecendo. A gente jogou bem contra o Atlético-PR, acabou tomando o gol no final. Contra o São Paulo, tomou um gol no comecinho do segundo tempo, não merecia o empate, merecia a vitória (ganhou por 2 a 1). A gente espera continuar jogando bem para as vitórias virem com mais tranquilidade”.

Completo, o Galo é favorito para ganhar títulos ou ainda é cedo para falar nisso?

“Olha, pela quantidade de pontos que nós perdemos, a gente tem que correr um pouco atrás. É difícil, mas com o elenco completo, a gente tem o objetivo e a obrigação de brigar lá em cima e é isso que a gente quer”.

A campanha do Corinthians surpreende pelo fato de ter 20 pontos em oito rodadas?

“Olha, o Corinthians, por sua tradição, sempre chega forte nos campeonatos. Claro que a imprensa, às vezes, analisa por cada jogador, por contratações, mas a gente sabe que é sempre difícil jogar contra o Corinthians, independentemente de quem esteja jogando”.

Qual a principal diferença do trabalho do Roger e do Marcelo Oliveira, no ano passado?

“Nosso time hoje, com todo o respeito eu não gosto de criticar o Marcelo, mas o nosso time é mais organizado. O Roger vem implantando uma filosofia que ele gosta que a gente faça. A cada jogo, vem se adaptando mais”.

A característica do time mostra mais chances em mata-matas do que pontos corridos?

“Eu acho que quando o nosso time está completo, o objetivo é brigar por todas as condições, não tem que priorizar nenhuma. Temos que tentar Copa do Brasil, Libertadores, nós temos elenco para isso. Dificulta um pouco com as ausências que nós temos, Gabriel, Marcos Rocha, Fred, quando a gente estiver completo, vamos brigar lá em cima”.

Achas que o Rogério Ceni dará certo como técnico?

“Olha, eu torço muito para que dê certo. Como goleiro, foi um goleiro excepcional, fiz alguns golzinhos nele (risos), eu torço para que ele dê certo, mas futebol é resultado. A cobrança no nosso país é muito grande. Um treinador perdeu duas, três partidas, ele está balançando. Então, desejo toda a sorte do mundo para ele, mas é difícil, tem uma caminhada longa pela frente”.

E o Santos, pensando num encerramento de carreira no clube?

“Eu estou muito feliz no Atlético. Penso aqui no momento, estou bem no Galo, mais para a frente a gente pensa nisso. O Santos é um clube que eu sempre terei um carinho muito grande, porque é o clube que durante muitos anos foi minha casa”.

Ainda acredita numa convocação para a Seleção, pela qualidade que tu tens?

Olha, sempre é um objetivo de qualquer jogador. Copa do Mundo é um título que eu não tenho. Se precisar de um jogador, um “veinho” aí que ama jogar pela Seleção, vou estar à disposição”.

Aos 33 anos, Robinho disputou 79 jogos e marcou 32 gols pelo Atlético-MG. No Brasileiro, o Galo está em 15º lugar com nove pontos em oito partidas, aproveitamento de 37,5%. O time enfrenta o Sport, nesta quarta-feira, no estádio Independência.


Vale a pena repatriar jogadores que foram vencedores na primeira passagem?
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Alexandre Praetzel

O Corinthians repatriou Jadson, um ano depois da saída para o futebol chinês. Com dois anos de contrato e aprovado pela torcida, Jadson retorna para ser o principal jogador do time. Os corintianos esperam que o meia tenha o mesmo desempenho de 2015, quando foi um dos destaques da equipe, na conquista do título brasileiro. Será que vale a tentativa? O blog lista abaixo situações que deram certo e outras não. Acompanhe.

Robinho – Santos. 2010 e 2014/15

Deu muito certo. Foi campeão paulista e da Copa do Brasil e depois repetiu o título estadual, no segundo retorno. Talvez o exemplo mais positivo de uma repatriação num time brasileiro.

Kaká – São Paulo. 2014

Foi bem, apesar de ter ficado apenas cinco meses. Elogiado pelo técnico Muricy Ramalho e companheiros, Kaká ajudou bastante no vice-campeonato brasileiro e na conquista da vaga para a Libertadores da América, em 2015. Fez 24 jogos e três gols.

Valdívia – Palmeiras. 2010

Não foi bem na segunda passagem. Em cinco anos, ganhou a Copa do Brasil, mas sucumbiu com o time, no rebaixamento para a Série B, em 2012. Tinha admiração de muitos torcedores, mas as constantes lesões e demoras nas recuperações, minaram a confiança dos palmeirenses. Em 2015, saiu de graça, sem deixar saudades, após 148 jogos e 17 gols.

Alex – Inter. 2013

Foi tricampeão gaúcho, quando voltou para o Inter, mas terminou com a trajetória manchada, depois de muitos altos e baixos, em 2015 e 2016, culminando com inédito rebaixamento do time para a Série B do Brasileiro. Foi liberado pela diretoria e saiu com a imagem arranhada.

Elias – Corinthians. 2014

Participou do título brasileiro como titular absoluto, em 2015. Em 2014, não foi bem, repetindo a irregularidade em 2016, quando saiu para o Sporting. Fez 99 partidas e 17 gols.

Conca – Fluminense. 2014

Segunda passagem sem brilho. Alternou entre boas e más atuações. Veio da China por altos valores. Pelo custo-benefício, foi mal. Atuou em 62 partidas com 16 gols.

Lugano – São Paulo. 2016

Tem o nome gritado pela torcida, mas não contribuiu muito com o time, em 2016. Foi mais um líder de vestiário do que jogador de futebol. Voltou pelo currículo e história no clube. Em 2016, fez 26 jogos e dois gols.

Lucas Silva – Cruzeiro. 2017

Vendido para o Real Madrid por grandes valores, em 2015. Nunca se firmou e foi emprestado para o Olympique de Marselha. Disputou 33 jogos e agora retorna emprestado pelo Real ao Cruzeiro, por 18 meses. Voltou rapidamente. Tem apenas 23 anos.

São alguns exemplos de nomes com ótimos currículos e títulos conquistados, geralmente na primeira passagem pelos clubes. Nem sempre, estes jogadores serão os mesmos de antes, mas dirigentes, torcedores e parte da imprensa, acreditam que sim. Retornam mais velhos e resolvidos financeiramente. Uns assumem a identificação com time e instituição. Outros ficam apenas de passagem mesmo, vivendo das glórias e vitórias anteriores. A conferir quem dará certo novamente.


Dorival: “Modelo de gestão brasileiro está falido”
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Alexandre Praetzel

Dorival Jr. irá permanecer no Santos, no próximo ano. O treinador está feliz no clube e tem convicção de que vai cumprir seu contrato, até dezembro de 2017. Dorival conversou de forma exclusiva com o blog. Quer a permanência do elenco santista, acredita no título brasileiro e vê a falência no modelo de gestão do futebol brasileiro. Acompanhem abaixo.

Santos com possibilidade de título

“Eu sempre vou acreditar e confiando também na rodada seguinte, como vem sendo nestas últimas, quando temos por obrigação alcançarmos o resultado e as coisas têm acontecido. Naturalmente, eu tenho a consciência da distância que nos separa neste momento do líder do campeonato, mas eu ainda confio e acredito muito que poderemos ter coisas positivas até o final”.

O que falta para o Santos ser protagonista em um torneio nacional ou internacional

“Primeiro nós estamos começando a consolidar um elenco. Eu acho que isso é um fator importante. Não temos ainda um elenco totalmente formado. Tivemos uma quebra muito grande ao longo de toda a temporada, mesmo nos jogos finais do ano passado, quando a seleção nos tirou cinco jogadores. Importante para o clube, porém, é uma dificuldade muito grande para nós que dirigimos e que estamos finalizando competições. Gera uma dificuldade grande, porém é um fato que nós temos que enaltecer e não contestarmos. Até porque, há muito tempo que não tínhamos vários jogadores em uma seleção, como tem acontecido, neste momento da equipe”.

Relação com Modesto e quebra na regra de cumprir dois anos e meio de contrato

“Meu objetivo é esse. Eu vim para o Santos para que eu pudesse finalizar um trabalho que foi iniciado, em 2010. Espero que eu possa ter essa possibilidade. É muito difícil você falar em manutenção dentro do nosso país, mas eu acredito na palavra dada e acima de tudo, de minha parte, vou tentar cumprir o acordo até o último momento”.

Gostaria de contar com Robinho em 2017

“Eu acho que todo grande jogador, ele seria muito bem vindo. Robinho está num grande clube, fazendo um belo ano e eu sei que teríamos dificuldades em tê-lo no nosso elenco, neste momento. Porém, sempre gera uma expectativa e é natural que todo o treinador gostaria de ter um atleta deste nível, deste porte. Ainda mais, já tendo trabalhado com ele e conhecendo um pouco daquilo que o Robinho possa continuar realizando, ao longo da brilhante carreira que tem”.

Fotografia do time vai mudar para 2017

“Eu espero que não. Talvez uma ou outra natural alteração da equipe e uma contratação ou outra. Espero que o Santos possa manter este elenco, buscarmos alguns reforços pontuais que reforçarão consideravelmente a equipe, para que nós finalizemos a montagem do elenco. Ainda não vejo o elenco do Santos completo. Eu acho que isso daí é uma necessidade e a partir do momento que nós consigamos a manutenção da maioria destes jogadores e possivelmente com a chegada de mais alguns elementos, aí sim eu acredito que daremos um passo um pouco diferente em relação à grande maioria das equipes do Brasil. Eu acho que o Santos ainda está caminhando para isso e precisa se preocupar em manter o máximo possível deste elenco”.

Elano como auxiliar técnico

“Eu acho que é um grande profissional, tem uma bela história. Deixou uma marca muito grande dentro do próprio Santos. Está se preparando para um novo momento, essa transição é difícil, só ele mesmo para poder definir e determinar aquilo que pense para a carreira. Mas seria muito bem vindo dentro do nosso grupo de trabalho”.

Atrito com Marcelo Fernandes

“Assim, uma situação interna que foi conversada com a diretoria. Respeito muito o Marcelo, como profissional que é. Apenas, um desencontro numa situação natural, normal. Mas o respeito continua. Ele vai seguir a vida dele dentro do próprio Santos. Porém, neste momento, ele não faz mais parte da nossa equipe técnica e é natural que teríamos que ter uma mudança, naquele instante, em razão do próprio acontecido. Se fez necessário e eu espero que o Santos continue buscando boas condições de trabalho e os melhores resultados possíveis. Desejo muita sorte a ele e na sua vida profissional”.

Momento dos técnicos brasileiros incomoda

“Incomoda porque eu vejo o que muito pouco foi feito. Nós ainda precisamos de uma mudança considerável em todos os sentidos para que tenhamos primeiro a profissão regulamentada, o que isso ainda não acontece no nosso país. A grande maioria dos profissionais que trabalham no interior do Brasil ainda não possui nenhuma carteira de trabalho assinada. Isso gera uma dificuldade muito grande. Então, para um lugar onde nós não temos o principal, estamos ainda engatinhando no sentido de estabilizarmos a profissão e acima de tudo, que possamos fornecer conhecimento e condições para que um profissional possa estar crescendo e melhorando na sua profissão”.

Mágoa do Palmeiras em 2014

“De maneira nenhuma. Página virada. Eu tenho respeito muito grande pela entidade, pelas pessoas que dirigem o Palmeiras. Houve sim um desencontro, em razão de uma promessa feita, porém não tenho problema nenhum, situação nenhuma. O que passou, passou. Continuo minha vida profissional, tentando fazer o melhor pelo Santos e respeitando muito tudo o que tem acontecido na vida do Palmeiras”.

Modelo de gestão brasileiro se esgotou

“Eu sou totalmente contrário. Acho que é um modelo falido, completamente. Isso prejudica em demasia os clubes. Compromete a própria política interna, que ela se faz muito importante e necessária do que seria mais plausível dentro de um clube, de um trabalho. Eu acho que é desnecessário você falar que pessoas que torcem pela mesma entidade brigam entre si para que estejam no comando dos clubes. Isso daí é inaceitável e inconcebível que continue acontecendo. Os clubes perdem muito espaço com tudo isso. A cada dois anos, estão muito preocupados em brigar por um poder eleitoral do que propriamente por uma condição de administração e gestão dentro dos próprios. Então é um modelo que, sinceramente, não traz mais nada de bom e faz com que os clubes fiquem vulneráveis e sempre na dependência do próximo presidente, da próxima equipe de diretores que entrará na entidade e que também daqui a um ano também estarão brigando por uma nova condição. Isso acaba dificultando a vida do clube e a política passa a ser muito mais importante do que a própria entidade”.

Vitor Bueno é a revelação do Brasileiro

“Eu acho que é um dos grandes jogadores que apareceram, assim como outros, mas o Vitor já vem se consolidando como uma grande promessa. Um garoto que passa de uma grande promessa para uma realidade. Começa a se confirmar como profissional. Eu fico muito feliz com o crescimento desse garoto. Espero que ele continue melhorando a cada momento”.

Conselhos e sugestões para treinadores

“Primeiro que se preparem muito. É uma profissão difícil, muito complicada no nosso país. Muito combatida. Poucos profissionais conseguem chegar num nível aceitável. Não é fácil. Para quem já esteve dentro de um vestiário, as coisas já são bem complicadas. Eu fico imaginando para quem nunca esteve, nunca participou de um vestiário, com certeza, terá muitas dificuldades. Por isso, essa preparação inicial passa a ser fundamental. Hoje, nós estamos vivendo um novo momento. Eu espero que esses profissionais que cheguem, cheguem muito mais preparados do que a nossa geração. Nós estamos trabalhando também para que continuemos desenvolvendo nossas carreiras, porém, sabendo que precisamos de uma mudança geral em todos os sentidos, do próprio treinador, da maneira de como ele se conduz perante um grupo. Do enfrentamento que ele terá que ter a partir deste momento. Da forma de gestão dele como profissional. Da maneira como ele passará a administrar seres humanos. E a própria preparação técnica e tática do profissional, terá que ter uma mudança considerável e vem acontecendo. Bons profissionais têm aparecido no nosso mercado. Espero que continuemos assim, mas que, acima de tudo, possamos proporcionar ao profissional a possibilidade dele poder aprender, desenvolver, adquirir conhecimento. Neste sentido, nós estamos ainda muito aquém e distantes para que tenhamos no país a nossa profissão primeiramente reconhecida e posterior a isso, que possamos ter profissionais preparados para que possam preparar novos profissionais na área. Isso será fundamental para que tenhamos crescimento na função”.

Dorival Jr. está na sua segunda passagem pelo Santos. Em 2010, foi campeão paulista e da Copa do Brasil, com um time que encantou o país com Neymar, Ganso e Robinho. Retornou em julho de 2015 e foi vice-campeão da Copa do Brasil. Em 2016, conquistou o Paulista e é terceiro colocado no Brasileiro com 61 pontos, seis atrás do líder Palmeiras, faltando cinco rodadas para o término da competição.


Robinho vê Palmeiras forte e admite surpresa por empréstimo ao Cruzeiro
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Alexandre Praetzel

Robinho ainda não sabe se voltará ao Palmeiras. O meia está emprestado ao Cruzeiro até dezembro de 2017. Em entrevista ao blog, o meia elogiou o Verdão e admitiu supresa pela negociação com os mineiros. Acompanhem abaixo.

Achas que o Palmeiras será campeão brasileiro?

“É, está fazendo uma bela campanha né. Tem tudo para vencer. Está na frente, um jogo difícil contra o Flamengo e foi buscar o empate. Então, tem tudo para ser campeão sim”.

Estás se sentindo bem no Cruzeiro com a confiança de Mano Menezes?

“Sim, sem dúvida. O Mano vem me dando muita confiança. Acho que a gente vinha fazendo uma campanha boa, recuperação boa, agora perdemos dois jogos e temos que voltar a vencer. A confiança que o Mano vem passando para a equipe é importante e a gente tem que voltar a vencer para ter mais confiança”.

Empréstimo para o Cruzeiro foi uma surpresa?

“Ah, a gente fica sempre surpreso, mas a gente sabe que futebol é assim mesmo, as coisas acontecem rápido e você tem que estar preparado para tudo. Isso faz parte do futebol. Eu estou bem tranquilo e preparado para fazer o meu melhor aqui no Cruzeiro”.

Queres voltar para o Palmeiras?

“Ah, tenho contrato com o Cruzeiro até 2017. Quando acabar, quem sabe. Tenho mais dois anos ainda. Vamos ver”.

Robinho chegou no início de 2015  e foi campeão da Copa do Brasil. Quando Cuca assumiu o Palmeiras,, durante a Libertadores da América, Robinho começou a perder espaço e acabou emprestado junto com o lateral Lucas em troca de Fabiano e Fabrício do Cruzeiro.


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