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Henrique prevê “guerra” no bom sentido. Jucilei vê boa vantagem em Itaquera
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Alexandre Praetzel

Corinthians e São Paulo decidem quem vai para a final do Paulista, nesta quarta-feira, na Arena do Corinthians. O São Paulo joga por um empate, após vencer por 1 a 0, no Morumbi. O Corinthians precisa vencer por dois gols de diferença. Vitória por um gol de diferença para os alvinegros leva a disputa para os pênaltis.

O clássico deve ser intenso e movimentado, depois das provocações do primeiro jogo entre atletas e treinadores. O blog entrevistou o zagueiro Henrique, pelo lado corintiano, e o volante Jucilei, pelo lado são-paulino, projetando a disputa da partida. Primeiro o zagueiro Henrique. Acompanhem:

Praetzel: Qual o tamanho da vantagem do São Paulo?

Henrique: A gente vai pensar em jogar, independente da vantagem. A gente sabe da nossa capacidade em jogar dentro de casa. Já revertemos o placar uma vez e a gente sabe da nossa força. Nesta quarta, é o jogo da nossa vida. Vai ser “guerra”, no bom sentido, mas vamos lutar os 90 minutos para a gente conseguir reverter o placar.

Praetzel: A comemoração do gol do Nenê foi um desrespeito?

Henrique: Claro que sim. Uma questão desnecessária, você ir na frente do banco de reservas, comemorar ali, da forma como ele comemorou, mas é um jogo de 90 minutos. Eles tiveram o jogo deles na casa deles, agora é na nossa casa.

Praetzel: Trellez te surpreendeu?

Henrique: Eu já tinha visto ele e sabia da forma como ele jogava. Mas, como eu falei, a gente tem totais condições de reverter esse placar.

Agora, o bate-papo com Jucilei, abaixo. Confiram:

Praetzel: Ganhar um clássico tirou um peso do São Paulo?

Jucilei: A gente vinha de três derrotas em clássicos. A gente precisava de um jogo desses. A equipe merece, trabalha muito duro. Sabíamos que dentro de casa, tínhamos que ganhar, diante do nosso torcedor, nos apoiando o tempo todo. Fizemos um jogo impecável. O time marcou muito bem, jogou com a bola no pé, fez faltas na hora que tinha que fazer. A equipe está de parabéns pela vantagem que conseguiu e temos que manter nos próximos 90 minutos.

Praetzel: Jogar em Itaquera é mais difícil?

Jucilei: Todo jogo fora de casa, se tratando de clássico, é mais difícil. A gente fez o dever de casa e temos que fazer um bom jogo na casa deles, também. Não ganhamos nada ainda, a gente tem a consciência disso. Pezinho no chão. Sabemos que temos uma boa vantagem.

Praetzel: A chegada do Aguirre mudou o ambiente do São Paulo?

Jucilei: Com o Dorival, o ambiente também era muito bom. É que as coisas não vinham acontecendo com o Dorival, mas o Dorival é um cara excepcional. Só tenho coisas boas para falar do Dorival. Aguirre gosta de uma equipe que pressiona bastante e a gente fez isso no jogo, conseguindo a vitória.

O São Paulo nunca venceu em Itaquera. Em sete jogos, foram cinco derrotas e dois empates. Desta vez, não precisa ganhar para eliminar o adversário. Nestes confrontos, o Corinthians marcou 18 gols contra sete do tricolor.

O blog aposta no empate. 1×1.

 

 


Carille quis desviar o foco da derrota. Aguirre foi superior e SP também
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Alexandre Praetzel

Trabalhei em São Paulo e Corinthians, no Morumbi. Nos anúncios das escalações, dois times mais fechados e combativos. O tricolor com a volta de Petros. O Corinthians perdendo Rodriguinho no aquecimento e com Júnior Dutra, ao invês de Pedrinho.

Bola rolando e o São Paulo dando um banho de atitude, algo em falta pelos lados da Barra Funda, nos últimos clássicos. Congestionou o meio-campo, marcou a saída de bola e encaixotou o Corinthians. O São Paulo ganhava a primeira e a segunda bola. Jucilei, Petros e Liziero controlaram o meio e Trellez e Nene foram boas alternativas de ataque. No erro de Mantuan, Trellez venceu Gabriel na velocidade e bateu para Cássio defender e Nene conferir no rebote. 1 a 0 São Paulo, com justiça. O Corinthians não chegou ao ataque, nenhuma vez.

Na segunda etapa, o Corinthians teve que sair para o jogo e o São Paulo se resguardou, explorando os contra-ataques. Matheus Vital cresceu e Pedrinho entrou bem, mas faltou força ofensiva para o Corinthians agredir Sidão. O goleiro são-paulino fez apenas uma defesa em chute de Vital.

O jogo não foi bom tecnicamente, mas não dá para tirar os méritos da vitória do São Paulo. Taticamente, Diego Aguirre venceu Carille. Neutralizou as jogadas fortes do Corinthians e poderia ter ganho por um placar maior, se tivesse mais qualidade nas finalizações.

Carille tentou desviar o foco da derrota, acusando Aguirre de arrogância e soberba, por não ter lhe cumprimentado, antes da partida. Aguirre se desculpou no intervalo e o assunto parecia encerrado. Mas Carille insistiu na coletiva, lembrando até que os brasileiros são educados com os estrangeiros, mas o inverso não acontece. Mal, muito mal. Deveria ter reconhecido que foi inferior, da escalação aos 90 minutos. Tem que saber por que perde, também.

O blog avaliou os jogadores, pelas atuações. Primeiro o São Paulo. Confira abaixo.

Sidão – Só uma defesa e algumas intervenções. Nota 6,5.

Militão – Pilhado no início. Depois, jogou bem. Nota 6.

Arboleda – Ganhou todas por baixo e pelo alto. Bom jogo. Nota 7. 

Bruno Alves – No mesmo nível do companheiro. Nota 7. 

Reinaldo – Boa atuação. Sofreu com Pedrinho, nos últimos 15 minutos. Nota 6.

Jucilei – Técnico e combativo. Bom primeiro tempo, depois diminuiu o ritmo. Nota 6,5.

Petros – Jogou muito no primeiro tempo. Depois, só marcou. Nota 7.

Liziero – Muita personalidade e disposição. Bem. Nota 6,5.

Marcos Guilherme – Esforçado e competitivo. Nota 5,5.

Trellez – Atuação muito boa. Preocupou os zagueiros e ajudou no gol. Nota 7,5. 

Nene – Experiência e qualidade. Gol de posicionamento e oportunismo. Nota 7,5.

Lucas Fernandes – Fez mais que Marcos Guilherme. Teve a bola por mais tempo. Nota 6. 

Diego Aguirre – Escalou três volantes, mas não deixou de jogar. Mudou a atitude do time. Nota 7. 

Corinthians

Cássio – Nervoso com a zaga inédita. Quase evitou o gol. Nota 6.

Mantuan – Sentiu a pressão no primeiro tempo. Falhou no gol. Melhorou um poquinho, depois. Nota 4,5.

Pedro Henrique – Perdeu quase todas para Trellez. Mal. Nota 4. 

Henrique – Melhor que o companheiro. Sem comprometer. Nota 5,5. 

Sidicley – Bem no apoio. Regular na marcação. Nota 5,5. 

Ralf – Envolvido no primeiro tempo. Burocrático no segundo tempo. Nota 5. 

Gabriel – Tentou jogar mais do que marcar. Não conseguiu. Perdeu na velocidade para Trellez, no gol. Nota 4. 

Maycon – Anulado no primeiro tempo. Apareceu mais depois. Nota 5,5. 

Matheus Vital – Tentou algo diferente, apesar de bem marcado. Nota 6. 

Emerson Sheik – Correria com a bola, mas sem atacar. Nota 5. 

Júnior Dutra – Errou tudo que tentou. Nota 3,5. 

Pedrinho – Perigoso e rápido. Melhorou o time. Nota 6.

Lucca – Entrou, mas não acrescentou. Nota 4,5. 

Fábio Carille – Escalou mal. Perdeu o meio-campo e não arrumou soluções. Atitude com Aguirre foi desnecessária. Nota 4. 

São Paulo tem boa vantagem. Jogo de quarta-feira ficou ainda maior.


Palpite para SP e Corinthians. Desfalques prejudicam demais o clássico
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Alexandre Praetzel

O São Paulo luta contra o retrospecto negativo diante do Corinthians, nos últimos anos. Sempre que pega o rival, o tricolor acaba perdendo ou sendo eliminado de uma competição. Há seis clássicos que o tricolor não vence, com três derrotas e três empates. Parece ser uma boa oportunidade para ganhar, devido aos desfalques corintianos. É verdade que o São Paulo não terá Rodrigo Caio, Cueva e Valdívia, mas o Corinthians perde também e muito sem Fagner, Balbuena, Jadson e Romero, além de Clayson, dúvida para a partida.

O ataque são-paulino vai enfrentar uma defesa inédita e pode levar vantagem. Em contra-partida, o São Paulo vai se confrontar com um time bem armado e bem definido na sua forma de atuar, independentemente de quem seja escalado. Projeção de bom duelo, no Morumbi, com mais de 30 mil pessoas, sem dúvida.

O blog comparou nome por nome e traz suas escolhas (em negrito o melhor), pelo momento. Confira abaixo.

Sidão  X  Cássio

Militão  X  Mantuan

Bruno Alves  X  Pedro Henrique

Arboleda  X  Henrique

Reinaldo  X  Sidicley

Jucilei  X  Gabriel

Liziero  X  Maycon

Nene  X  Matheus Vital

Lucas Fernandes  X  Rodriguinho

Marcos Guilherme  X  Pedrinho

Trellez  X  Júnior Dutra

Pelo blog, 6×5 para o Corinthians.

O São Paulo deve tomar a iniciativa. Diego Aguirre sabe que é preciso aproveitar o fator local e dar confiança aos jogadores.

O Corinthians seguirá especulando, tentando ser letal nos contra-ataques, com muita marcação e movimentação.

O blog aposta num placar de 1×1.


Palmeiras e Corinthians são melhores que Santos e São Paulo
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Alexandre Praetzel

O Corinthians reverteu a desvantagem para o Bragantino, conseguindo a classificação para as semifinais do Paulista. O resultado de 2 a 0 foi conquistado com um bom primeiro tempo e boa postura do time, com as quatro mudanças de Fábio Carille. O meio-campo funcionou com Ralf, Maycon, Matheus Vital e Rodriguinho, criando oportunidades para aumentar o placar. O Bragantino ameaçou duas vezes em duas bolas aéreas, espelhando o problema defensivo corintiano. É algo que precisa ser corrigido.

Agora, o Corinthians enfrentará o São Paulo, com o jogo de ida no Morumbi e a volta em Itaquera. O Palmeiras pega o Santos, com os dois confrontos no Pacaembu.

Claro que nos quatro clássicos, pode haver surpresas. São Paulo e Santos têm condições de equilibrar as partidas, mas numa análise fria, Corinthians e Palmeiras são favoritos à final. Os times são melhores, possuem mais opções de elenco e são mais definidos taticamente. Já vimos equipes piores endurecerem, mas historicamente, os melhores saem vencedores.

Em Palmeiras e Santos, será o duelo de um time amadurecido, com possibilidades de variações, contra um adversário ainda em transição, buscando uma forma de atuar. O próprio Jair Ventura admite que o Santos vasculha o mercado, atrás de um meia “diferente”. O Palmeiras tem Lucas Lima e Guerra, mais Scarpa, esperando liberação judicial. O Santos tem Vecchio e Jean Mota. Na primeira fase, Palmeiras 2×1, no Allianz Parque.

Em Corinthians e São Paulo, o melhor técnico do Brasil terá pela frente um treinador recém chegado. Óbvio que existe vantagem. O Corinthians defende o título e Carille não hesitou em alterar a formação titular, para tirar alguns atletas da zona de conforto. Segue competitivo, apesar de alguns tropeços. O São Paulo está recomeçando um trabalho com a chegada de Diego Aguirre. Provavelmente, o tricolor jogará no erro do adversário, sem muita exposição. Será o confronto de um grupo entrosado contra um São Paulo ansioso por vitórias. O Corinthians não perde há seis clássicos para o rival.

Projeções de boas partidas, com os quatro grandes chegando, repetindo a temporada de 2015.


Sidão é o titular do São Paulo, mas não precisa ganhar a vaga no grito
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Alexandre Praetzel

Sidão foi contratado a pedido de Rogério Ceni, em 2017. Fez boa temporada no Audax-SP e Botafogo-RJ e chegou ao São Paulo pelo bom posicionamento, capacidade de jogar com os pés e fama de pegador de pênaltis. No início, disputou a titularidade com Denis e Renan Ribeiro. Alternou boas e má atuações. Fez defesas interessantes, mas levou gols defensáveis. Acabou sobrando para Renan Ribeiro, até a chegada de Dorival Jr., no lugar de Ceni.

Dorival fixou Sidão como primeiro goleiro e deixou isso claro para todo mundo. O ano virou, Denis e Renan Ribeiro foram embora e Jean foi contratado do Bahia por R$ 10 milhões e contrato de cinco anos. Muitos apostavam que Jean seria o dono da posição, mas Dorival bancou Sidão.

Sidão se machucou no aquecimento do primeiro jogo contra o CRB-AL, pela Copa do Brasil. Uma lesão muscular o tirou dos gramados por 15 dias. Jean recebeu a oportunidade e teve desempenho razoável. No confronto importante diante do São Caetano, falhou no gol, já sob o comando de Diego Aguirre. No dia seguinte, Sidão postou algumas defesas nas redes sociais. Óbvio que o fato significou uma “corneta” no companheiro. Atitude desnecessária, que deixou Jean revoltado, com razão. Os dois acabaram se desentendendo no treinamento, domingo.

Pense bem, você treina com o colega todos os dias e tenta manter uma convivência saudável. Daí, quando você está fora, você posta suas qualidades, depois da falha do “amigo”. Sidão foi mal e não precisava disso. Renovou contrato recentemente e tem aproveitamento melhor que o concorrente.

Sidão é o titular e só saiu do time por lesão. Por direito, deveria voltar, mas direito adquirido não existe no futebol. Cabe ao treinador de goleiros, em conjunto com o técnico principal. No Inter, Danilo Fernandes viveu a mesma situação e perdeu a posição para Marcelo Lomba.

Sidão tem que jogar bola e respeitar o colega. A equipe conseguiu uma classificação difícil e o goleiro tumultuou o ambiente. O blog pediu para falar com Sidão, mas o goleiro não respondeu às mensagens.


Santos precisa melhorar muito para passar por Palmeiras ou São Paulo
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Alexandre Praetzel

O Santos se classificou nos pênaltis contra o Botafogo-SP, após empate em 0 a 0 no tempo normal, no segundo jogo das quartas-de-final do Paulista. O resultado deixou o Santos com 20 pontos e cinco vitórias, no cômputo geral. Assim, o Santos enfrentará Palmeiras ou São Paulo, nas semifinais. A ideia santista é mandar seu jogo no Pacaembu.

O Santos não jogou bem mais uma vez, com pouca criação de jogadas ofensivas e um repertório bem previsível. Jair Ventura escalou a mesma formação dos jogos anteriores, mas não funcionou em campo. O time perdeu a transição rápida e a capacidade ofensiva dos dois últimos anos. Claro que a qualidade técnica do elenco diminuiu, só que Jair não consegue tornar a equipe agressiva e veloz, mesmo contando com jovens atletas.

O Santos tem um goleiro muito bom e um sistema defensivo eficiente. Acontece que o Santos tem mais material humano que o Botafogo-RJ, ex-clube de Jair Ventura, e adota estilo parecido. Jair disse que também sabia armar esquemas ofensivos para justificar uma sintonia com o perfil santista. No entanto, o Santos está numa descendente. Óbvio que num mata-mata, o equilíbrio pode aumentar.

Agora, se o Santos pegar o Palmeiras, sabe que terá que se impor na parte tática ou na pegada. Se enfrentar o São Paulo, fica tudo igualado.

A lamentar, o público de 6 mil torcedores na Vila Belmiro. O torcedor parece que desistiu de apoiar. Vamos ver como será a reação da torcida, em dois clássicos futuros.

 


Diego Souza virou o herói improvável do SP. Lucas Fernandes foi o melhor
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Alexandre Praetzel

O São Paulo está nas semifinais do Paulista, após vencer o São Caetano por 2 a 0. O tricolor não jogou bem, mas competiu muito mais que no primeiro confronto e chegou ao placar necessário. O primeiro tempo foi equilibrado, com o São Paulo fazendo bons 15 primeiros minutos e o São Caetano tocando a bola com tranquilidade, explorando os contra-ataques. A principal dificuldade são-paulina foi a falta de passagem da bola pelo meio-campo. O time abusou de bolas longas e cruzamentos inúteis para a área adversária.

No segundo tempo, Diego Aguirre teve estrela. Voltou com Lucas Fernandes no lugar de Valdívia, machucado, e o São Paulo melhorou. Lucas Fernandes aumentou o ritmo da equipe e arriscou dribles e finalizações. Quase abriu o placar em duas oportunidades. O tempo foi passando e aí o goleiro Paes deu um gol de presente, chutando a bola em cima de Trellez e permitindo a abertura do escore. Eram 19 minutos e a partida estava igual. O São Paulo diminuiu a tensão e passou a pressionar o Azulão.

Depois, aos 34 minutos, Diego Souza substituiu Liziero e o São Paulo se abriu totalmente. Em outra jogada de Lucas Fernandes, Diego Souza subiu bastante e cabeceou para o gol, vencendo Paes. Dois a zero e o resultado que o São Paulo precisava. Diego Souza não fez nenhuma boa atuação pelo São Paulo, até o momento, mas foi decisivo quando ninguém esperava. Virou o herói improvável da classificação.

Agora, o São Paulo deve enfrentar o Palmeiras, nas semifinais. O São Paulo precisa melhorar muito e Diego Aguirre sabe disso. Dois grandes clássicos pela frente, sem dúvida.


São Paulo pode igualar maior seca do Paulista. São Caetano é bem arrumado
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Alexandre Praetzel

O São Paulo conquistou o Campeonato Paulista pela última vez, em 2005. Foi um torneio de pontos corridos, com um turno só. O técnico era Emerson Leão, que passou novamente pelo clube, em 2011. O blog pediu a opinião do treinador, sobre as causas deste jejum.

“Entendo que isso ocorreu e vem ocorrendo, há muito tempo. Não foi só uma coisa. Coincidência, é que depois que o ex-presidente Juvenal assumiu, não ganhou mais. Vários treinadores sendo substituídos, infinitos jogadores, sem nunca se formar uma raiz. Eu acho que a identificação do que era o São Paulo, terminou há muito tempo. Está na hora de começar de novo do zero porque é um excelente Clube, muito bom de trabalhar”, afirmou Leão.

De lá para cá, se foram 12 anos sem levantar o Estadual. Lembro que os tricolores sempre trataram o Paulista como um objetivo menor, porque o São Paulo tinha ganho Libertadores e Mundial de Clubes e empilhou três Brasileiros consecutivos, o único a fazer isso, na história. Só que nos confrontos decisivos, sempre atuava com os titulares. O discurso era para julgamento externo.

Agora, o Estadual pode ser a salvação do ano. A diretoria trocou o técnico outra vez e o time está longe de um padrão. Diego Aguirre vai para uma decisão no seu segundo jogo à beira do gramado, precisando vencer o São Caetano, para não amargar outra eliminação. O uruguaio não terá Cueva e Rodrigo Caio. Ele deve escalar Sidão; Militão, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Jucilei, Liziero e Nene; Marcos Guilherme, Trellez e Valdívia. No papel, uma formação ofensiva contra um adversário que virá fechado.

O interessante é que nomes caros como Petros e Diego Souza viraram reservas. E Raí falou na busca por reforços para o restante do ano. Pressão grande dentro e fora de campo. Um tropeço hoje vai determinar a maior seca de títulos estaduais, igualando a série de 1957 a 1970, anos da construção do Estádio Morumbi.

Projeção de jogo complicado. Pintado arrumou o São Caetano e poderia ter vencido por um escore maior, na primeira partida. O blog aposta em 1 a 0 para o São Paulo e a decisão da vaga nos pênaltis.

 


São Paulo foi constrangedor. Aguirre errou
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Alexandre Praetzel

O São Paulo foi constrangedor contra o São Caetano, no primeiro jogo das quartas-de-final do Paulista. O tricolor não teve atitude, nem futebol e poderia ter perdido por um placar maior. Derrota por 1 a 0, saiu barato.

Diego Aguirre escalou mal, com Nene, Cueva e Diego Souza juntos. O tricolor foi uma equipe pesada, lenta e sem padrão. Levou vários contra-ataques e Jean evitou alguns gols.

André Jardine estava ao lado de Aguirre, mas parece que o uruguaio não quis ouví-lo, porque não havia motivos para mudar a escalação que deu certo diante do CRB-AL. Inexplicável.

Para piorar, o São Paulo cansou bastante, confirmando o erro em atuar neste sábado, pela falta de força do clube na Federação Paulista. Mas isso não justifica mau desempenho.

Terça-feira, a volta será dura. O São Caetano mostrou que pode segurar a vantagem. Pintado foi muito bem.


São Paulo e Palmeiras na abertura do mata-mata. Palpites e projeções
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Alexandre Praetzel

As quartas-de-final do Campeonato Paulista começam neste sábado. O São Paulo pega o São Caetano no Anacleto Campanella e o Palmeiras enfrenta o Novorizontino, no Ismael Di Biasi.

Diego Aguirre estreia no comando técnico tricolor e deve manter a mesma base do time que eliminou o CRB-AL da Copa do Brasil. O provável São Paulo terá Jean; Militão, Rodrigo Caio, Arboleda e Júnior Tavares; Jucilei, Petros e Cueva; Marcos Guilherme, Diego Souza e Valdívia. O uruguaio encara o desafio de começar um trabalho, na largada dos jogos decisivos. Verdade que o São Paulo atuou bem nas duas últimas partidas, mas não será fácil.

No São Caetano, o técnico Pintado parece ser melhor que a equipe. Depois que ele assumiu, na quinta rodada, o São Caetano deslanchou e conseguiu a classificação. Pintado esteve no São Paulo, em 2017, e conhece bem o pensamento de gestão e filosofia do tricolor. É bom lembrar que o Azulão veio da Série A-2. O nome mais conhecido é o meia Chiquinho, ex-Corinthians.

O blog aposta num jogo equilibrado. Palpite de 1×1.

Em Novo Horizonte, projeção de um confronto interessante. O time de melhor campanha frente o terceiro colocado no geral. Em 180 minutos, o Palmeiras tem todo o favoritismo, mas não terá facilidades em campo. Roger Machado vai escalar sua força máxima com Jaílson; Marcos Rocha, Antonio Carlos, Thiago Martins e Victor Luís; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Dudu, Borja e Willian. Claro que a ausência de Scarpa é um prejuízo, pelo crescimento do atleta, mais adaptado ao clube. O Verdão vem de duas vitórias consistentes sobre São Paulo e Ituano.

Do outro lado, o treinador Doriva pretende manter o modo de jogo, atacando o Palmeiras. O destaque é o atacante Alisson Safira, autor de quatro gols na primeira fase. Eu escalaria Safira na minha Seleção do torneio, até o momento.

Tomara que seja um duelo interessante. O blog palpita vitória do Palmeiras. 2×1.

Aproveitando, deixo registrada a minha Seleção da primeira fase do Paulista com Vanderlei; Régis(São Bento), Antonio Carlos, Balbuena e Victor Luís; Alison, Gabriel, Felipe Melo e Rodriguinho; Safira(Novorizontino) e Borja.