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A quarta força tem a melhor campanha do Paulista
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Alexandre Praetzel

Desde que o Campeonato Paulista começou, o Corinthians foi mencionado como quarta força, entre os grandes times do torneio. Com metade da primeira fase finalizada, o Corinthians tem a melhor campanha com 15 pontos em 18 disputados.

Apesar dos números, vejo o Corinthians atrás dos rivais em qualidade individual e elenco. É uma equipe determinada e comprometida, com bom jogo coletivo, mas sem grandes atuações em nenhuma partida. Mérito para Fábio Carille, que montou um sistema defensivo forte, apostando sempre numa bola ou no erro do adversário, além de dar oportunidades para jovens que estão pedindo passagem.

Hoje, o Corinthians completo tem Cássio; Fágner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Rodriguinho e Jadson; Jô(Marlone) e Kazim. Um time comum, comparando com anos anteriores do próprio clube.

Num campeonato curto, onde é possível ser campeão com 18 jogos, nem sempre o melhor vence. Por isso, o Corinthians pode sim ganhar o Paulista, chegando forte no mata-mata e contando com o eterno apoio do torcedor.

Agora, para competições mais qualificadas, como Copa do Brasil e Brasileiro, alguém acredita em título corintiano? Provavelmente, nem o presidente, que não enxergava o time fora da Libertadores e teve que se contentar com o sétimo lugar na Série A, em 2016.

 


Corinthians disputou um Dérbi. Palmeiras achou que ganharia quando quisesse
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Alexandre Praetzel

Acompanho futebol há 40 anos. Minha origem é o Rio Grande do Sul, onde vi e trabalhei em vários Grenais. Muitas vezes, dentro de campo, você percebia um time bem melhor no papel, tratando o jogo com mera formalidade, enquanto o adversário inferior “comia” grama. Nunca se brinca com um clássico. Serve para arrumar e desarrumar a casa.

Corinthians e Palmeiras foi um exemplo. O Palmeiras chegou ao estádio corintiano como favorito por ser o atual campeão brasileiro e ter um elenco superior. O Corinthians tem alguns bons nomes, mas está em reconstrução novamente, convivendo com dúvidas diárias da torcida e imprensa sobre a capacidade do grupo, além da crise política.

Jogo muito duro e disputado e com o erro crasso admitido pelo árbitro Thiago Peixoto ao expulsar o volante Gabriel, inocente na falta em Keno, cometida por Maycon. Neste instante parece que as coisas mudaram, no segundo tempo. O Corinthians voltou com mais pegada e disposição, enquanto o Palmeiras tocava de lado, mesmo com um homem a mais. A projeção era de um Palmeiras indo para cima, sufocando o Corinthians e vencendo novamente.

Mas a mística dos clássicos voltou. O Verdão se espalhou em campo e permitiu ao Corinthians, espaços para os contra-ataques. Não soube jogar com 11 contra dez, incrivelmente. E aí veio o gol da vitória. Típico de quem luta mais. Bola espirrada, após cruzamento na área corintiana e balão para a frente. Só Zé Roberto na defesa palmeirense e Guerra fazendo a cobertura. O venezuelano perdeu o combate para Maycon, que ainda levou sorte contra Zé, assistindo Jô para abrir o placar. Gol típico de clássicos, onde o inferior ganha na entrega durante os 90 minutos, enquanto o superior acha que pode vencer quando quiser. E Jô tinha recém entrado em campo.

Agora, o Palmeiras seguirá o seu debate interno, com jogadores defendendo Eduardo Baptista, criticado fortemente pela derrota, enquanto o Corinthians respira e se tranquiliza com Fábio Carille, valorizando a vitória diante de um adversário eterno. O Dérbi nunca dura apenas 90 minutos, apesar de não ter decidido nada, mas serve para tumultuar ou acalmar ambientes. Sempre foi assim. Por isso, nunca brinquem em clássicos. Joguem sempre para vencer, independentemente da qualidade das equipes.


Tuma Jr. vê Corinthians em situação grave e impeachment como bom senso
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Alexandre Praetzel

Os Conselheiros do Corinthians definem, nesta segunda-feira, se o Presidente Roberto de Andrade deve sofrer processo de impeachment no clube. Roberto foi denunciado no Conselho de Ética por ter assinado documentos como presidente, antes de tomar posse como mandatário. A denúncia foi acolhida pelo presidente do Conselho, Guilherme Strenger, e vai à votação. São 344 conselheiros votantes, mas é possível que nem todos compareçam à sessão. A votação é fechada e para ser aprovada, precisa de metade dos conselheiros votantes mais um, passando à assembléia geral dos sócios. O blog entrevistou Romeu Tuma Jr., conselheiro de oposição e favorável ao impeachment. Acompanhem.

Admissibilidade do impeachment passa no Conselho Deliberativo?

“Se prevalecer o bom senso e o interesse institucional do clube no voto dos Conselheiros, tenho certeza que sim. Aliás, é importante deixar claro que o Conselho só vota a admissibilidade do afastamento, pois quem decide nessa hipótese, são os sócios. Nosso sistema é bem democrático, caberá a quem elegeu o presidente, decidir se ele deve ou não continuar”.

Concordas que o Clube ficará vulnerável com impeachment?

“É evidente que não, se você está vivenciando um problema atrás do outro. Constatando uma irregularidade sendo cometida a cada dia, fazendo com que o clube só produza noticiário negativo, gerando afastamento de potenciais patrocinadores, além de ficar exposto a inúmeras sanções no âmbito administrativo e legal, quer pela CVM, Receita Federal, Polícia e APFUT, como cruzar os braços e fingir que está tudo bem? Mais do que isso, pela legislação, os órgãos de controle e fiscalização interna(Conselho Deliberativo, Cori e Conselho Fiscal) têm obrigação de agir sob pena de respondermos pessoalmente pelos prejuízos causados pelos dirigentes à instituição Corinthians. Por isso, é justamente o contrário, ou seja, o clube está vulnerável e se não passar o impeachment, estaremos provando que os órgãos de controle não funcionaram ou foram coniventes”.

Com impeachment, quem será o melhor nome para assumir o Corinthians?

“Não se pode pensar em nomes, antes de se conscientizar que é preciso mudar o modelo de gestão que hoje impera no clube. Esse modelo de compadrio, toma lá-dá cá, falta de transparência e governança, é um modelo falido, um projeto de poder que prioriza interesses pessoais e de grupelhos. A sociedade e os sócios não aceitam mais esse tipo de Administração. Você tem que ter uma gestão compartilhada com os administrados, com Compliance, com trabalho em equipe, onde nomes de reconhecida competência e conhecimento específico das áreas, sejam os gestores. O Presidente deve apenas ser um comandante de um projeto de gestão que abarque os interesses maiores da coletividade corintiana e tenha capacidade de dialogar com todas as correntes que fazem do Corinthians, essa potência que é. Nome não é tão importante, o que importa é o modelo, é a gestão em equipe, é o compromisso com uma prática legalista, transparente e absolutamente calcada no espírito de servir ao clube e não dele se servir”.

Um impeachment abala o futebol ou não tem relação?

“O que abala o futebol e o próprio clube são os atos de gestão temerária e a total omissão do Presidente. O que abala o futebol é atraso de salários, bate cabeça em contratações e administração paralela, exercida por empresários. A partir do momento que isso se encerrar com afastamento do Presidente, você terá uma gestão calcada na legalidade, que dará segurança a todos os seguimentos e departamentos do clube. Até os investidores voltarão a ter interesse na nossa marca”.

Situação do Clube, institucionalmente

“É periclitante. Estamos efetivamente diante de uma situação muito grave com sérios riscos de punições, que trarão prejuízos imensuráveis. Mas de outro lado, como prevê a legislação, tudo isso pode ser evitado ou ao menos amenizado, se o Conselho Deliberativo agir como manda a Lei, ou seja, responsabilizando os dirigentes que causaram danos ao clube. A questão não é política, é legal, regimental, de ordem institucional, pelo bem do clube, de seus sócios e torcedores. Quem falar diferentemente disso, está fazendo proselitismo político ou por interesses pessoais”.

Caso o impeachment seja admitido pelo Conselho e assembléia geral de sócios, o vice-presidente André Luiz Oliveira assume por 30 dias e convoca eleição à Presidência, apenas com votação entre os conselheiros, para definir um novo presidente com mandato-tampão, até fevereiro de 2018.


Adauto elogia Carille, explica perda de Pottker e vê time com qualidade
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Alexandre Praetzel

O Corinthians terá um ano interessante, na visão do diretor de futebol, Flávio Adauto. Em entrevista exclusiva ao blog, o dirigente projetou um bom trabalho de Fábio Carille, a chegada de reforços pontuais e explicou o caso William Pottker, bastante criticado pela torcida, além de confiar na permanência de Roberto de Andrade como presidente do clube. Leia abaixo.

Início de temporada

“Vejo dentro do esperado. Um time que deverá alternar ainda alguns bons momentos com momentos de falta de equilíbrio. Uma equipe que está sendo reconstruída, outra vez pode parecer um velho chavão, pode parecer uma conversa mole, mas não é não. Um time que se reconstruiu e se reestruturou duas vezes, ano passado e em 2016. Em 2017, você começa praticamente tudo de novo. São oito peças novas, muitas mantidas que não vinham tendo grande rendimento também. Um começo com Flórida Cup razoável, um início de Campeonato Paulista também razoável. O mesmo se pode dizer em relação à estréia na Copa do Brasil, mas a expectativa nossa é positiva. Nós temos bons jogadores. Vários jogadores que ainda podem estrear e podem ser muito importantes na história do Corinthians”.

Corinthians é a quarta força do Paulista?

“Não. Você vai ver a quarta força com o campeonato em andamento. Pode ser terceira, segunda, pode ser primeira. Eu já vi muitas primeiras forças no futebol brasileiro, caindo e despencando. Uma tradicionalíssima força, por exemplo, é o Internacional. Todo ano começa como primeira força e terminou como décima-sétima, décima-oitava. Hoje, você tem equipes mais estruturadas, mais tarimbadas do que o Corinthians, e talvez até em estágio melhor, como o Santos, eu diria, que é uma equipe que tem um equilíbrio maior. Mas não é quarta força não e compete a nós provar que não somos a quarta força”.

Projeção de reforços para o Brasileiro

“Pontualmente, se aparecer alguma coisa, a gente não vai fechar os olhos, não. A gente tem a expectativa que este grupo renda o suficiente, mas dizer em fevereiro, que o que temos aí já está pronto para chegarmos até dezembro, é muita pretensão, até. Seria positivo demais se não precisássemos de mais ninguém, mas fatalmente a gente vai precisar de alguns contornos para ter uma obra final e estes contornos deverão vir ao longo do Campeonato Paulista, conjuntamente ou simultaneamente com os jogos da Copa do Brasil e você tem até maio para ter esta base que a gente pretende ter de um time bem mais forte que o ano passado”.

Potkker foi fiasco para o Corinthians?

“Quem não sabe da história, analisa assim. Quem se precipita, erra. Quem fala, se engana. Caso Potkker é rápido de dizer. O Corinthians aceitou uma proposta dos agentes do jogador, ofereceu uma quantia bastante elevada pelos 50%, acertou com o atleta através dos agentes e fechou-se o seguinte: o Corinthians tem 50% do jogador. Os outros 50% é problema do agente com a Ponte Preta, não é problema nosso. Nós estamos comprando uma parcela do jogador, com preço fechado, com salário acertado, com quatro anos de contrato definidos. Os dirigentes da Ponte se apressaram e disseram que estava fechado. Nós dissemos que enquanto não tiver assinado, não está fechado. Entregamos e vamos entregar sempre desta forma, o que eu vou te falar agora, tudo para o departamento jurídico resolver. A nossa parte é essa, agora tratem com os agentes do jogador. Não houve condição porque a prática do Corinthians não se adequava à prática dos empresários e agentes tentaram colocar. Para complicar, porque poderíamos negociar mais uns dois ou três dias e chegarmos até um acordo, não chegamos porque eles teimaram e não acreditaram que nós desistiríamos no caso dele jogar a Copa do Brasil. Isso ficou claro e patente para os responsáveis pelo jogador, aqueles que tutelam para o jogador, desde o início da sua carreira. Como não cumpriram um pedido nosso de que não poderia jogar e não chegou-se a um acordo jurídico porque as bases e as condições para serem colocadas no contrato não são as praticadas pelo Corinthians, chegou-se a um ponto final de forma negativa. Lamento porque acho um bom jogador, quem sabe até no futuro. Mas neste momento, quem falar diferentemente disso, está mentindo e está errando”.

Nico López foi tentado?

“Não. Hoje eu dei muita risada. Disseram que não só estávamos contratando como estávamos colocando cinco jogadores à disposição. Surgem algumas coisas que a gente não sabe do nada. Desde que eu assumi há quatro meses, vivo o futebol há 50 anos, vivo o Corinthians há seis décadas quase. Então, neste período que a gente está lá, apareceram exatamente entre 70 e 80 nomes. Plantam informações, semeiam jogadores, os meios de comunicação entram nessa semeadura, os empresários fazem a festa porque colocam nomes dos seus clientes em evidência, só que o Corinthians não sabe de nada. Hoje mesmo, o Alessandro deu uma gargalhada, eu dei outra. A não ser que alguém esteja contratando, sem que nós saibamos”.

Preocupa tirar dinheiro do futebol para pagar o estádio?

“Se tirar dinheiro do futebol, constantemente, preocupa sim. Houve um fato isolado, num momento isolado, que eu acredito que dificilmente vai se repetir e o Corinthians está fazendo uma renegociação da dívida para prorrogar o prazo e diminuir a prestação mensal e certamente o Corinthians vai dar conta desta missão, sim. O Corinthians é grande demais para temer que vai ter prejuízos constantes. Não vai ter não. Isso está sendo solucionado”.

Processo de impeachment do Presidente

“Preocupado eu não diria. A gente fica temeroso, fica triste com uma situação como essa. O Corinthians não precisaria passar por isso. As explicações todas foram dadas, o Corinthians não teve nenhum prejuízo em relação às decisões tomadas pelo Roberto e agora o Conselho vai decidir. É difícil você querer imaginar o que vai acontecer. Eu, particularmente, acredito que não vai vingar o impeachment e o Roberto vai fazer o seu mandato, até o final”.

Fábio Carille

“Um técnico que tem vivência no Corinthians, conhecimento das coisas do Corinthians, passou por grandes técnicos como Mano Menezes e Tite, principalmente. Para mim, dois dos melhores técnicos do país. Assimilou muita coisa e eu tenho visto no dia-a-dia. Ele está solto, não está preso, amarrado, na conversa com os jogadores, no vestiário, na entrada em campo, na hora de botar o time para jogar. Eu estou sentindo que ele é um técnico bastante promissor e eu acho que o Corinthians vai acertar em tê-lo mantido”.

Time Sub-23

“É outra coisa que nem existe porque a Federação pensa, a CBF imagina. Quando nos perguntaram, eu gostaria de ver um time Sub-23 para você aproveitar jogadores que normalmente ficam parados. Fim de semana, ficam em casa. Como tinham os aspirantes, antigamente. Eu acho que seria importante ter o Sub-23, mas não é uma decisão tomada. É uma decisão apenas pensada pelo Corinthians. Isso tem que ser decidido pela Federação, no caso do Sub-23 ser regionalizado. Ou pela CBF, em caso dele ser em termos nacionais. Então, um fato que nem existe, em se tratando de Corinthians, isso só foi pensado em ter uma categoria Sub-23, que nem sabemos se vai vingar”.

Flávio Adauto é conselheiro vitalício, mas não poderá votar a favor do presidente Roberto de Andrade porque ocupa cargo de diretoria. Se o Roberto for cassado no conselho, dia 20, o vice-presidente André Luiz Oliveira assume a presidência e convoca novas eleições para um mandato-tampão, até fevereiro de 2018.


Técnico da Caldense lembra de Guardiola para passar pelo Corinthians
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Alexandre Praetzel

Thiago Oliveira (à esq.) jogou com Guardiola. Imagem: Arquivo Pessoal

Thiago Oliveira (à esq.) jogou com Guardiola no Al Ahly. Imagem: Arquivo Pessoal

A Caldense sonha com a vitória contra o Corinthians, nesta quarta-feira, em jogo único pela primeira fase da Copa do Brasil. O time mineiro precisa vencer. O empate beneficia o Corinthians, pelo regulamento do torneio. O blog entrevistou Thiago Oliveira, técnico da Caldense e ex-jogador revelado pelo São Paulo, em 2000. Oliveira falou sobre o desafio diante da equipe paulista e a passagem com Guardiola, como companheiro no Al Ahly do Qatar e discípulo como treinador. Leia a entrevista exclusiva abaixo.

Caldense

“É uma equipe modesta em termos financeiros. Não temos a estrutura física de um Corinthians, São Paulo, mas é uma equipe muito batalhadora, que nunca se entrega, haja visto o resultado de sábado no Mineiro, onde nós enfrentamos uma das equipes que mais investiu e lutamos pela vitória até o final. Na quarta-feira, verão uma equipe que vai lutar, se entregar em busca deste sonho que é a classificação. Favorito é o Corinthians, pelo investimento, marca grandiosa, mas nós temos a oportunidade de fazer história. A gente sabe tudo que o jogo representa. Temos o sonho de eliminar um grande adversário, com luta e entrega”.

Regulamento

“Claro que o empate favorece o Corinthians, então fica mais difícil para nós. Mas jogamos em casa com o apoio do nosso torcedor e temos um time guerreiro, que luta os 90 minutos. O jogo chamará a atenção de todos em Poços de Caldas. Sabemos das dificuldades. O Carille está começando no cenário do futebol brasileiro e torço por ele porque é jovem, igual a mim. Os jovens estão buscando espaço. Acredito muito na minha equipe”.

 

Destaques do time

“Conseguimos trazer alguns jogadores que foram vice-campeões mineiros, no ano passado contra o Atlético. Trouxemos os atacantes Cristiano e Luiz Eduardo, que foram destaques. O Zambi, que atua pela beirada. Temos sete nomes daquele elenco. Já é uma base muito boa. Um jogador do Corinthians paga toda nossa folha salarial, mas é um time muito guerreiro. É o jogo das nossas vidas. Eu como treinador e os jogadores também”.

Estádio Ronaldão

“A capacidade é de 7.500 torcedores. O estádio será dividido. Parte coberta para a torcida da Caldense. Já estamos convivendo com a expectativa deste jogo. Vai ser uma festa linda. Tomara que ocorra tudo bem e seja um espetáculo bonito na arquibancada”.

Guardiola

“Tive uma passagem há dois anos, em Doha, no Qatar, acompanhando os treinos do Bayern Munique. Fiquei duas semanas com ele. Aprendi muito com ele. Quem já jogou com ele e o conhece, ele já orientava bastante os jogadores. Eu como atleta, aprendi coisas absurdas com ele. Ele de volante e eu de atacante e ele me ensinando posicionamento no Al-Ahly. Destaco ele e o Rogério Ceni, que também é um cara acima da média. Guardiola me deu um conselho que você tem que trabalhar e se adaptar muito ao clube que você está, com os jogadores que você têm, de acordo com o orçamento que você tem. Eu tive isso no Batatais na Série A2 do Paulista, em 2016, com mentalidade de jogar com o pensamento do clube. Além dos treinamentos, da idéia tática, foi uma experiência única em termos de interação entre os membros de comissão técncia. No Brasil, vejo muita distância entre técnicos e jogadores, mas isso não existe com Guardiola. Tento implantar muita coisa que eu aprendi com ele. Ele sabe gerenciar um grupo”.

A Caldense também disputa o Campeonato Mineiro. Em dois jogos, conseguiu uma vitória e uma derrota. Está em sexto lugar com três pontos.

 

 


Gosto de ver o Santos jogar. Forte candidato ao tri paulista
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Alexandre Praetzel

Os campeonatos estaduais perderam valor e prioridade nos últimos tempos. Foram tratados como meras pré-temporadas, projetando Libertadores da América e Brasileiro. Agora, com a Libertadores alongada até novembro, os grandes times darão mais atenção às disputas internas. No Paulista, forças máximas em campo.

O Santos foi o primeiro a entrar em campo. Jogou com velocidade, deslocamentos constantes, passes certos e criações de jogadas, fazendo seis gols no Linense, ao natural. Gosto de ver o Santos jogar. Manteve o elenco e deu uma reforçada superior a anos anteriores. Dorival Jr. está cumprindo o contrato e mantendo uma forma de atuar bastante ofensiva. Óbvio que a superioridade técnica existe, mas o Santos pegou um adversário inferior e passou por cima. Penso desta maneira quando uma equipe é bem mais qualificada do que a outra.

Diga à algum santista que não será importante o Santos ser tricampeão paulista novamente, nesta década? Por isso, time grande tem que ganhar sempre. Se o estadual é o campeonato da vez, joga-se para conquistá-lo. E o Santos sabe disso.

Ontem, também vi o Corinthians. Carille escalou o que tem de melhor. Confronto duro diante do São Bento, em Sorocaba. Partida prejudicada pelo gramado encharcado do primeiro tempo. Depois, os dois times conseguiram jogar e o Corinthians venceu com gol de pênalti discutível em Jô. Para mim, foi. E não analisei o lance 50 vezes como a maioria faz. Apenas minha opinião. O empate seria mais justo porque o Corinthians cansou e o São Bento perdeu boas oportunidades. Valeu o resultado.

Corinthians é inferior ao Santos. O Paulista será um bom tira-teima. Nunca foi tão valorizado como agora. E a mídia deve reconhecer isso também.

 


Técnico do São Bento lembra 2016 e aposta em boa campanha no Paulista
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Alexandre Praetzel

O São Bento será o adversário do Corinthians, na primeira rodada do Campeonato Paulista, neste sábado, em Sorocaba. O time começa o ano motivado, após conseguir o acesso para a Série C do Brasileiro. Em 2016, o São Bento foi às quartas de final, perdendo para o Santos e terminando como campeão do interior. Agora, a ideia é repetir a boa campanha da temporada anterior. O blog entrevistou o técnico Paulo Roberto Santos sobre a projeção e a tentativa de superar os grandes no estadual. Acompanhem.

Superar os grandes times

“Acho que como ocorreu no ano passado, temos plenas condições de obtermos bons resultados contra os grandes, mesmo sabendo da superioridade deles em vários ítens”.

Nível do time, após o acesso para a Série C

“Não dá para avaliarmos muito, porque os dois elencos alteraram muito do primeiro para o segundo semestre”.

Tua permanência dá vantagem à equipe?

“Vantagem não, porém é um aspecto muito positivo em todo o planejamento”.

É possível ganhar do Corinthians?

“Como coloquei acima, o bom resultado é possível sim, respeitando a diferença que sempre existirá entre o grande e o pequeno. Conseguimos boas atuações contra os grandes no ano passado, só perdendo para o Santos no mata-mata”.

Paulista ainda é um campeonato atraente?

“Sim. Muito atraente e competitivo”.

Fazer futebol no interior é muito difícil?

“Eu sempre falo que a realidade do nosso futebol está no interior, onde temos sempre as maiores dificuldades e as menores condições”.

Paulo Roberto Santos está com 58 anos e renovou seu contrato com o São Bento. A equipe está no grupo C com Palmeiras, Novorizontino e Santo André.


Vale a pena repatriar jogadores que foram vencedores na primeira passagem?
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Alexandre Praetzel

O Corinthians repatriou Jadson, um ano depois da saída para o futebol chinês. Com dois anos de contrato e aprovado pela torcida, Jadson retorna para ser o principal jogador do time. Os corintianos esperam que o meia tenha o mesmo desempenho de 2015, quando foi um dos destaques da equipe, na conquista do título brasileiro. Será que vale a tentativa? O blog lista abaixo situações que deram certo e outras não. Acompanhe.

Robinho – Santos. 2010 e 2014/15

Deu muito certo. Foi campeão paulista e da Copa do Brasil e depois repetiu o título estadual, no segundo retorno. Talvez o exemplo mais positivo de uma repatriação num time brasileiro.

Kaká – São Paulo. 2014

Foi bem, apesar de ter ficado apenas cinco meses. Elogiado pelo técnico Muricy Ramalho e companheiros, Kaká ajudou bastante no vice-campeonato brasileiro e na conquista da vaga para a Libertadores da América, em 2015. Fez 24 jogos e três gols.

Valdívia – Palmeiras. 2010

Não foi bem na segunda passagem. Em cinco anos, ganhou a Copa do Brasil, mas sucumbiu com o time, no rebaixamento para a Série B, em 2012. Tinha admiração de muitos torcedores, mas as constantes lesões e demoras nas recuperações, minaram a confiança dos palmeirenses. Em 2015, saiu de graça, sem deixar saudades, após 148 jogos e 17 gols.

Alex – Inter. 2013

Foi tricampeão gaúcho, quando voltou para o Inter, mas terminou com a trajetória manchada, depois de muitos altos e baixos, em 2015 e 2016, culminando com inédito rebaixamento do time para a Série B do Brasileiro. Foi liberado pela diretoria e saiu com a imagem arranhada.

Elias – Corinthians. 2014

Participou do título brasileiro como titular absoluto, em 2015. Em 2014, não foi bem, repetindo a irregularidade em 2016, quando saiu para o Sporting. Fez 99 partidas e 17 gols.

Conca – Fluminense. 2014

Segunda passagem sem brilho. Alternou entre boas e más atuações. Veio da China por altos valores. Pelo custo-benefício, foi mal. Atuou em 62 partidas com 16 gols.

Lugano – São Paulo. 2016

Tem o nome gritado pela torcida, mas não contribuiu muito com o time, em 2016. Foi mais um líder de vestiário do que jogador de futebol. Voltou pelo currículo e história no clube. Em 2016, fez 26 jogos e dois gols.

Lucas Silva – Cruzeiro. 2017

Vendido para o Real Madrid por grandes valores, em 2015. Nunca se firmou e foi emprestado para o Olympique de Marselha. Disputou 33 jogos e agora retorna emprestado pelo Real ao Cruzeiro, por 18 meses. Voltou rapidamente. Tem apenas 23 anos.

São alguns exemplos de nomes com ótimos currículos e títulos conquistados, geralmente na primeira passagem pelos clubes. Nem sempre, estes jogadores serão os mesmos de antes, mas dirigentes, torcedores e parte da imprensa, acreditam que sim. Retornam mais velhos e resolvidos financeiramente. Uns assumem a identificação com time e instituição. Outros ficam apenas de passagem mesmo, vivendo das glórias e vitórias anteriores. A conferir quem dará certo novamente.


Carlinhos e Dellamore jogam menos que Kazim e Vilson?
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Alexandre Praetzel

O Corinthians conquistou a sua décima Copa São Paulo de Futebol Júnior. Dos últimos anos, talvez o melhor Corinthians já apresentado, do goleiro aos atacantes. Nomes como o zagueiro Dellamore, o volante Renan, os meias Mantuan e Pedrinho e o atacante Carlinhos se destacaram na competição.

Agora, eu deixo a pergunta. Será que Dellamore é inferior a Vilson? Carlinhos pode produzir mais do que Kazim? Não são piores do que alguns contratados. São mais baratos e ainda teriam o apoio do torcedor. Para quê o Corinthians tem categorias de base? Apenas para servir a empresários? Um absurdo.

O Corinthians levanta taças, mas não aproveita ninguém. De 2007 a 2015, só Dentinho e Malcom foram escalados como titulares, com bom número de jogos. É inadmissível o que a diretoria faz com a base. Jovens promessas bem trabalhadas poderiam render mais ao clube, além do fato de serem criadas de acordo com as normas da instituição. Sempre haverá uma identificação. Mas o Corinthians prefere gastar ao invés de lapidar. É mais fácil.

Ninguém aceita mais desculpas de que os meninos não têm talento e não aguentam pressão. Ora, invistam e tratem a garotada com calma e precisão. É obrigação das comissões técnicas trabalharem para prepará-los como os próximos titulares dos profissionais. Tudo dentro do seu tempo. E com o Corinthians ganhando mais do que supostos “parceiros”.


Ceni tem bom início de trabalho. São Paulo precisa de mais três reforços
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Alexandre Praetzel

Acompanhei a decisão da Flórida Cup entre São Paulo e Corinthians. Gostei da movimentação dos dois times no primeiro tempo, apesar da virilidade excessiva em algumas jogadas. O tricolor foi superior, com mais posse de bola e alternativas ofensivas. O Corinthians praticamente não chegou à área são-paulina.

Na segunda etapa, com várias mudanças nas duas equipes, o Corinthians equilibrou a partida e perdeu três boas oportunidades de gols, apresentando uma melhora na criação de jogadas do meio-campo. O São Paulo pareceu mais cansado, mas em nenhum momento abdicou de buscar o ataque.

Com a decisão nos pênaltis, brilhou o goleiro Sidão. O São Paulo encarou a conquista com entusiasmo de quem não ganhava um título há muito tempo. Acho que o fato de ter vencido o tradicional rival, aumentou a importância do troféu.

Sigo com a opinião de que resultados pouco importam na pré-temporada, mas não posso deixar de registrar o início de trabalho de Rogério Ceni. Foram 15 dias de treinamentos intensos, adotando novos métodos e procurando extrair o máximo de cada atleta. Pelas declarações dos são-paulinos, um começo promissor e bastante otimista para o time alcançar resultados expressivos, durante o ano. Resta saber se haverá fôlego e comprometimento para manter todos no limite. Os resultados de campo determinarão as análises mais uma vez. Do presidente ao mais humilde torcedor. Não dá para esconder que o São Paulo precisa de mais um meia, um lateral-esquerdo e um centroavante.

No Corinthians, foram apenas nove dias de trabalhos. Fábio Carille tem objetivos claros para reconduzir o grupo ao estilo de jogo do ex-técnico Tite. A dúvida é se irá conseguir com os nomes que tem à disposição. Claramente, um meia e um atacante são fundamentais para acertar a equipe.