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Deu a lógica no Allianz. Borja foi bem. Santos sofreu com os desfalques
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Alexandre Praetzel

Estive no jogo entre Palmeiras e Santos, trabalhando atrás da meta direita do Allianz Parque. Projetava um favoritismo do Palmeiras pela diferença técnica das duas equipes escaladas. Enquanto o Palmeiras tem reposições para todos os setores, o Santos sofre com algumas alternativas. Os desfalques de Victor Ferraz, Vítor Bueno e Bruno Henrique pesaram bastante. Gabriel nem foi relacionado.

O Palmeiras abriu o placar muito cedo e ainda mandou uma bola na trave, em seguida. Parecia que uma goleada poderia acontecer, mas o time diminuiu o ritmo e permitiu alguns avanços do Santos, com Jaílson fazendo grande defesa em cabeceio à queima-roupa de Eduardo Sasha. O primeiro tempo ficou por aí, com disputas fortes no meio-campo e pouca criação de jogadas ofensivas.

Na segunda etapa, apareceu a maior qualidade palmeirense. Pressão forte o campo todo e o segundo gol marcado, em boa conclusão de Borja, após troca de passes no ataque. O colombiano esteve muito bem. Ali, jogo liquidado, pensava eu. Ledo engano. O Santos descontou com Renato de cabeça e voltou à partida. O gol santista deixou o clássico em suspense, apesar da maior posse de bola do Palmeiras. O Verdão recuou, deu campo ao Santos e explorou os contra-ataques. O Santos até chegava à frente, mas faltava eficiência. Placar final de 2 a 1. Justo pelo que as duas equipes apresentaram.

Palmeiras com 100% de aproveitamento no Paulista. Com simplicidade, sempre levará vantagem na questão técnica.

Santos precisa de reforços. Com todo mundo à disposição, tem uma boa formação principal. Ainda é pouco.

Projeção de boa temporada para o Verdão e estudos para o Santos. Um está mostrando que é o time a ser batido. O outro está em debate e precisa se definir.


Corinthians disputou um Dérbi. Palmeiras achou que ganharia quando quisesse
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Alexandre Praetzel

Acompanho futebol há 40 anos. Minha origem é o Rio Grande do Sul, onde vi e trabalhei em vários Grenais. Muitas vezes, dentro de campo, você percebia um time bem melhor no papel, tratando o jogo com mera formalidade, enquanto o adversário inferior “comia” grama. Nunca se brinca com um clássico. Serve para arrumar e desarrumar a casa.

Corinthians e Palmeiras foi um exemplo. O Palmeiras chegou ao estádio corintiano como favorito por ser o atual campeão brasileiro e ter um elenco superior. O Corinthians tem alguns bons nomes, mas está em reconstrução novamente, convivendo com dúvidas diárias da torcida e imprensa sobre a capacidade do grupo, além da crise política.

Jogo muito duro e disputado e com o erro crasso admitido pelo árbitro Thiago Peixoto ao expulsar o volante Gabriel, inocente na falta em Keno, cometida por Maycon. Neste instante parece que as coisas mudaram, no segundo tempo. O Corinthians voltou com mais pegada e disposição, enquanto o Palmeiras tocava de lado, mesmo com um homem a mais. A projeção era de um Palmeiras indo para cima, sufocando o Corinthians e vencendo novamente.

Mas a mística dos clássicos voltou. O Verdão se espalhou em campo e permitiu ao Corinthians, espaços para os contra-ataques. Não soube jogar com 11 contra dez, incrivelmente. E aí veio o gol da vitória. Típico de quem luta mais. Bola espirrada, após cruzamento na área corintiana e balão para a frente. Só Zé Roberto na defesa palmeirense e Guerra fazendo a cobertura. O venezuelano perdeu o combate para Maycon, que ainda levou sorte contra Zé, assistindo Jô para abrir o placar. Gol típico de clássicos, onde o inferior ganha na entrega durante os 90 minutos, enquanto o superior acha que pode vencer quando quiser. E Jô tinha recém entrado em campo.

Agora, o Palmeiras seguirá o seu debate interno, com jogadores defendendo Eduardo Baptista, criticado fortemente pela derrota, enquanto o Corinthians respira e se tranquiliza com Fábio Carille, valorizando a vitória diante de um adversário eterno. O Dérbi nunca dura apenas 90 minutos, apesar de não ter decidido nada, mas serve para tumultuar ou acalmar ambientes. Sempre foi assim. Por isso, nunca brinquem em clássicos. Joguem sempre para vencer, independentemente da qualidade das equipes.


A noite de Ricardo Gomes e Cueva
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Alexandre Praetzel

O São Paulo goleou o Corinthians por 4 a 0, no Morumbi e garantiu sua permanência na primeira divisão do Brasileiro. O resultado demonstrou a ampla superioridade tricolor em campo. Ricardo Gomes escalou o time com três atacantes diante de um adversário que tinha quatro jogadores no meio-campo, mas perdia todas as divididas.

O treinador são-paulino foi muito bem. Em nenhum momento, a equipe foi ameaçada pelo Corinthians. Dominou o jogo com Cueva solto em campo e determinando todo o ritmo da partida. O peruano foi o grande destaque e desequilibrou perante corintianos entregues e batidos com facilidade. Se tivesse mais dez minutos de jogo, o São Paulo devolveria a goleada de 6 a 1, em 2015.

Foi a noite de Ricardo Gomes. Criticado pela maioria da torcida, pegou um São Paulo desmanchado e lutando para não cair. Claro que muita coisa precisa ser corrigida, mas Ricardo sempre foi o menos culpado. Tem capacidade técnica e tática, apesar da sua limitação física, algo que não deve importar às pessoas. Ricardo merecia um grande resultado e mais respeito por parte de todos. Conseguiu.


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