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Leão revela motivos da sua saída da Lusa: “era voluntário, não funcionário”
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Alexandre Praetzel

Emerson Leão deixou a gerência de futebol da Portuguesa, dois meses depois de assumir como voluntário do clube. Voltou à Lusa para ajudar o presidente Alexandre Barros, mas saiu após algumas discordâncias. Leão acha que a Portuguesa tem solução, se houver humildade e trabalho a médio ou longo prazo. Em entrevista exclusiva ao blog, Leão revelou a principal causa da sua saída e pediu torcida pelo técnico Estevam Soares e pelo presidente Alexandre Barros. Leia abaixo:

Saída da Lusa

''Aconteceu, infelizmente, minha saída da Lusa. Não concordei com algumas atitudes, de algo que já era acertado previamente com o presidente. Como dizem, os incomodados que se mudem. Ele ligou várias vezes pedindo para eu voltar. Está querendo acertar, é muito jovem. Mas eu tenho meus princípios. Ele reconheceu erros e pediu minha volta. Fico chateado pela Portuguesa estar desse jeito. Eu fui lá fazer um trabalho voluntário. Foi mesmo por discordância. Para minha surpresa, estava viajando, voltei e vi o time na zona de rebaixamento. Uma pena. Torço agora para que o Estevam Soares acerte, ele conhece a Lusa. Não posso admitir que a Lusa continue assim. Desejo felicidades ao presidente. Meus dois meses foram tranquilos. Algumas coisas não fluíram, não foram como combinado. Meu carinho pela Portuguesa não mudou e torço para o presidente, mesmo dentro da sua juventude. Que vá melhorar e ele, aos poucos, vai se recuperando''.

Causa da saída

''Sucessão de fatos que eu não concordava. Tinha autoridade para não concordar. Não gosto de injustiças, mas foi uma série de coisas. Não deixei de ser amigo do presidente. Nunca contratei ninguém, estava lá como voluntário, não como funcionário. Seria inadequado se tomasse alguma posição,. Me relacionei bem com o técnico Tuca Guimarães, mas infelizmente chegou o momento de tomar decisões''.

Portuguesa tem jeito?

''Acho que tem jeito, mas não a curto prazo. Tem que fazer revisão geral. Acertar suas linhas, resolver seus problemas do passado, que são muito grandes. Pesam muito para o novo presidente. O Alexandre não sabia a dimensão do problema. Sofro com ele. A Lusa não se preparou para perder os cardeais. Tem umas cabeças boas com grandes projetos. Concordo com algumas coisas. Mas a curto prazo, não vejo melhorias. O CT é ótimo e o estádio também, precisando de modernidade, claro. Uma coisa que me aborreceu. Tiraram três jogos do Canindé porque estavam vendendo as datas para outros eventos. São 19 jogos na A2, nove em casa e dez fora. Você tira mais três dentro de casa e fica atrás dos teus concorrentes. Não concordei e bati o pé e ele também. Estávamos abertos a ajudar e outros clubes também. O Palmeiras cedeu um jogador de 19 anos, conhecido do Tuca, um zagueiro pela esquerda. Não sei o nome. O menino chegou lá e o presidente disse que não ia treinar porque tinham quatro vagas de inscrições e uma ordem do presidente para preencher com jogadores para serem titulares. Se ele não vai ser titular, o presidente está certo, porque só tinham quatro vagas. O Tuca reclamou, mas o presidente estava certo. Liguei para o Cícero Souza, gerente do Palmeiras, e agradeci. Para minha surpresa, três dias depois, chegou o Rico, 36 anos, do Bahrein, mandado pelo presidente. Não, da mesma forma do outro, também não vai treinar. Os atletas não têm culpa. Foi a gota d'água. Com humildade e reconhecendo que a situação é ruim, sem dinheiro e com tudo penhorado, no dia a dia, a gente pedia coisas mínimas para o clube funcionar. A colônia portuguesa é maravilhosa. Estou pronto para ajudar. O Estevam me ligou e estou pronto para ajudar, mas sem estar presente. O voluntário é passageiro, não eterno. O ranço interno tem que ser desfeito. Todo mundo precisa apoiar o presidente. Tem gente que gostaria de ajudar, mas estão desconfiados em ajudar''.

Capacidade do time da Portuguesa

''Não discuto. Um pode treinar de um jeito e outro treinar de outra maneira. O Estevam já treinou a Lusa e o presidente deve tê-lo procurado por causa disso. Não indiquei Estevam. Ele me agradeceu, mas não indiquei. Antes, com o Tuca, vimos uns jogos da base. O Tuca não aproveitou ninguém da base. Não que ele não quisesse, ele achou que não havia mérito para isso''.

Goleiros do São Paulo

''Passei por lá em 2011. Já no meu tempo, pedi a contratação de um goleiro para substituir o Rogério Ceni. Falei o seguinte. Vamos trazer um menino de 20 anos para baixo, para ver o Ceni jogar. Ele vê, assimila e no próximo ano pode ser titular. O Adalberto Batista, diretor de futebol, não quis contratar porque ele não gostava dos jogadores. Indiquei o Neto, do Atlético-PR e atualmente na Juventus, Giovani e Renan Ribeiro, ambos do Atlético-MG. Depois que eu saí de lá, eles contrataram um dos três (Renan) que eu indiquei. O Denis não conseguiu a titularidade. Não significa que não tenha qualidade, mas parece que não confiam mais nele. Se teria que contratar, hoje o treinador RCeni passa um crivo muito grande para o seu goleiro. E o próximo também será terá que ser referenciado pelo treinador, um ex-goleiro ídolo do clube''.

A Portuguesa está em 15º lugar da Série A2 do Paulista com dez pontos. Hoje, estaria rebaixada para a Série A3. Faltam nove rodadas para as definições dos quatro classificados às semifinais e os times rebaixados.

 

 

 


São Paulo tem quatro goleiros e parece que não tem nenhum
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Alexandre Praetzel

O São Paulo enfrenta o mesmo problema de outros clubes, quando um grande ídolo se aposenta. Achar um substituto à altura para a posição. Rogério Ceni virou técnico e o tricolor ainda não tem um jogador que passe confiança aos companheiros e torcida, como goleiro titular.

Denis ficou quase sete anos na reserva de Rogério e foi o escolhido para substituí-lo. Assumiu a camisa Um com crédito interno, mas sempre com forte desconfiança nas arquibancadas. Teve uma fase titubeante na Libertadores da América, assim como todo o time. Depois, cresceu um pouco, até as semifinais do torneio, em julho de 2016. No entanto, nunca foi unanimidade positiva e sempre gerou reclamações dos são-paulinos. Agora, num revezamento com Sidão, parece que perdeu a confiança de vez. Contra ABC e Palmeiras, falhou novamente. Goleiro bom tem que pegar as bolas fáceis e difíceis, mas Denis não consegue transmitir segurança. Reparem nas reações dos colegas, quando a equipe leva os gols. Está claro que Denis precisa de uma reciclagem ou de um forte sistema defensivo para a bola não chegar ao seu gol. São Paulo exposto, mais bolas para defender.

Sidão ainda merece um pouco mais de paciência. Fez bom Paulista pelo Audax e foi bem no Botafogo. Mas também tem falhado em bolas aéreas e chutes adversários. O fato de ter sido contratado para ser titular, deveria aumentar sua confiança. Teve pequenas lesões que atrapalharam sua continuidade, mas está em debate.

Renan Ribeiro veio com boas referências do Atlético-MG. Teve poucas chances e não foi testado por muito tempo, em razão de inúmeras lesões. Está na hora de ter uma sequência para ver se serve ou não.

E ainda tem o jovem Lucas Perri, titular da Seleção Brasileira Sub-20. Não está inscrito no Paulista, mas poderia ganhar corpo na Copa do Brasil, ficando como alternativa. Citei o garoto e fui bombardeado nas redes sociais, com muita gente decretando que ele não tem condições de atuar no time principal. Calma.

Com goleiro não se brinca. Ou dá respaldo e banca a titularidade, aguentando críticas ou falhas, ou busca um reforço indiscutível no mercado, sob pena de continuar sofrendo gols e perdendo partidas. Quem, me perguntam? Sempre há alternativas. Papel da diretoria.


Deixem Eduardo Baptista trabalhar. Ceni sabe das deficiências tricolores
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Alexandre Praetzel

Na primeira fase do Paulista, os clássicos crescem de importância porque são os jogos considerados mais difíceis nos enfrentamentos. Não decidem nada, mas colocam a rivalidade à prova e servem para comparar as equipes, no início de trabalho.

O Palmeiras fez 3 a 0 no São Paulo, sendo amplamente superior, principalmente, no segundo tempo. E atuou com time misto, valorizando ainda mais a força do seu elenco. O volante Thiago Santos, reserva de Felipe Melo, foi o destaque em campo. O resultado não causa turbulência no São Paulo, mas escancarou três questões, pelo menos.

O São Paulo precisa definir um goleiro titular. Sidão e Dênis não passam confiança e Renan Ribeiro está sempre machucado. Então, é hora de testar o jovem Lucas Perri, mesmo sem estar inscrito no Estadual, ou buscar um nome no mercado.

A defesa sofre, quando não tem Maicon e Rodrigo Caio juntos. Rogério Ceni escalou Douglas em detrimento a Lugano. O uruguaio é melhor do que o colega, mas ficou no banco. Por que não dar oportunidade a Lucão, também? Lyanco  não pode ser utilizado porque está fora da lista do campeonato.

Cueva é o melhor jogador do São Paulo, no momento. Agora, ficar na dependência do peruano é muito pouco para o tricolor. O clube oferece poucas opções. Acredito que Rogério Ceni e a diretoria devam estar atentos a tudo isso.

No Palmeiras, é bom deixar Eduardo Baptista trabalhar. Contra o São Paulo, escalou uma formação equilibrada e poderia ter vencido por mais. O Verdão fez sua melhor partida, patrolando o adversário, física, técnica e taticamente. Bons dias de projeção, com favoritismo diante do Jorge Wilsterman-BOL, para conseguir sua primeira vitória na Libertadores da América, quarta-feira. Deixem o homem trabalhar. Simples assim.


Júnior Tavares espera quebra do tabu no Allianz e descarta favoritismo
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Alexandre Praetzel

O São Paulo ainda não conseguiu vencer o Palmeiras, desde a inauguração do Allianz Parque, em novembro de 2014. Foram três vitórias palmeirenses em três partidas. O lateral-esquerdo Júnior Tavares vai disputar seu primeiro confronto contra o Verdão e projeta uma postura vitoriosa do tricolor, além de descartar qualquer favoritismo de algum time. Acompanhe abaixo a entrevista ao blog.

Projeção para o clássico

''Vamos em busca da vitória. Estamos trabalhando bastante para isso, treinando sério, focados. Vamos lá, vamos jogar pela vitória. A gente busca muito esse resultado importante para nós e o torcedor são-paulino pode ter a certeza que esse ano, a gente vai dar muitas alegrias para eles, tanto no Paulista, quanto na Copa do Brasil''.

Falta de tempo para treinar

''A gente está tendo um jogo atrás do outro. Pouco tempo que tem para treinar e concentração também, mas isso aí é bom. Gosto muito de estar jogando, tanto eu como meus companheiros e a gente vai fazer de tudo para que este sábado, sai com um resultado positivo''.

Palmeiras

''Tem uma boa equipe. Contratou muitos jogadores, mas chega dentro de campo, são onze contra onze, camisa pesada do São Paulo, Palmeiras, e a equipe que cometer menos erros, sairá vencedora no clássico''.

Algum destaque especial no Palmeiras?

''Não. Eles têm grandes jogadores, assim como a gente têm. Então, do mesmo jeito que a gente vai ter perigo com os jogadores deles, eles terão com os nossos. Como eu falei, a equipe que cometer menos erros, sairá vencedora no clássico''.

Há favorito?

''50% para cada um. A equipe que cometer menos erros vai vencer e a equipe está muito focada para esse jogo de sábado''.

Sem título no Paulista, há 12 anos

''Acho que chegou a hora, sim. Nossa equipe está trabalhando muito, respeitando sim as equipes adversárias, mas a gente batalha muito sério para isso, a gente está muito focado para vencer esse Paulista, que é muito importante para nós''.

Júnior Tavares tem contrato com o São Paulo, até 2020. Já disputou seis partidas como titular e se firmou na posição.


Treinadores lutam por Lei Caio Jr. e reclamam da relação com os clubes
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Alexandre Praetzel

Treinadores de futebol estão mobilizados para a aprovação da Lei Caio Júnior, no Congresso Nacional. A categoria quer que contratos de trabalhos de treinadores, preparadores físicos e outras funções, sejam registrados na CBF e Federações Estaduais. O projeto já foi aprovado pelas Comissões de Esportes e do Trabalho e encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça, antes de ser votado na Câmara, em Brasília. A nomeação da Lei é uma homenagem a Caio Júnior, falecido no acidente aéreo, que vitimou a delegação da Chapecoense, no final de novembro de 2016.

O blog entrevistou o ex-jogador e atual técnico, Zé Mário Barros, um dos líderes do movimento e do grupo de treinadores. Leia abaixo.

Como está o movimento para estabelecer a profissão de técnico de futebol?

''De uma hora para outra, os treinadores parece que acordaram. Temos um grupo no Zap que está muito interessado e nos comunicamos toda hora. O movimento cresceu bastante''

Situação dos profissionais no Brasil

''Estamos trabalhando por resultados. Isso não é bom para o desenvolvimento do futebol brasileiro. Três resultados negativos muda tudo dentro do clube. Isso faz com que os treinadores de todas as categorias trabalhem por resultados. Na base, isso traz consequências gravíssimas. Não se forma mais homens e atletas, apenas jogadores de futebol''.

Há muita gente despreparada e qualquer um pode virar treinador?

''Sim, temos muita gente despreparada trabalhando no futebol. Desde treinadores até o pessoal da imprensa. Estão afastando os ex-jogadores de uma função importante na base. Experiência dentro do campo vale muito na base. Acredito que o ex-jogador, junto com um preparador físico, seja bem interessante trabalhando com os meninos. Um cuida do corpo outro ensina como jogar futebol. Vejo muita gente querendo imitar os europeus. Os treinos deles só criam Iniestas, Xavis, etc. Não criam Neymar, Messi e jogadores que decidam as partidas. Veja há quanto tempo Portugal, França, Alemanha e Inglaterra levam para fabricar jogador que decida a partida. O Brasil e a Argentina fabricam esse tipo de jogador em menos tempo. Portanto, não precisamos ir para Europa aprender nada. Assistirmos os jogos pela TV, já nos dá muita bagagem para vermos o desenvolvimento do futebol. Até porque ninguém lá na Europa abre as portas para você participar dos treinamentos diretamente, das preleções e nem do clube. É tudo superficial que pela TV ou pelo Youtube, você fica sabendo as mesmas coisas''.

A classe é muito desunida e isso atrapalha a função?

''Qual a classe que é e unida no Brasil? Talvez os metalúrgicos. Onde existe briga pelo mercado é difícil ser unido. Temos alguns treinadores profissionais que se entregam a uma causa pelos demais. Como falei acima, hoje temos um grupo que está acima da média, se comprometendo com a classe. Quem mais atrapalha a função do treinador é o dirigente amador. O futebol não comporta mais esse tipo de direção. Tem que ser profissional. Chegar no clube de manhã e só sair à noite. Ter salário de administrador e responder pelas trapalhadas realizadas, mas para isso os estatutos dos clubes devem mudar''.

Como ter uma boa relação com os clubes de futebol hoje?

''A relação é tumultuada porque eles não são profissionais. Querem resultados imediatos, sem planejamento e sem traçar objetivos. O futebol não é ciência exata. São mais de 50 pessoas para um treinador comandar e para isso tem que conhecê-los bem. Como em um mês, dois ou até três meses podemos conhecer um grupo de 50 pessoas? Quando a imprensa diz que o treinador precisa se reciclar na Europa, acho que deveriam mandar os dirigentes para lá''.

Quais as principais dificuldades e vantagens em transformar a função numa profissão estabelecida por lei?

''Nós já somos reconhecidos por lei, desde 1993. Existe a nossa lei, que não é cumprida. Ela diz que a função do treinador de futebol tem a “finalidade de treinar atletas de futebol profissional ou amador, ministrando-lhes técnicas e regras de futebol, com o objetivo de assegurar-lhes conhecimentos táticos e técnicos suficientes para a prática desse esporte”. Existe alguma coisa falando de preparação física? Então porque o Conselho Federal de Educação Física quer se meter e dizer que só professor de educação física pode ser treinador? Estão de olho no salário do treinador. Só isso. Hoje queremos fazer acréscimos nessa lei e colocá-la em vigor definitivamente. Queremos acrescentar os auxiliares técnicos e treinadores de goleiros, queremos um contrato mínimo de seis meses, direito de arena, porque somos parte do espetáculo, queremos que o contrato seja registrado na CBF, como o dos jogadores, até porque isso já está na lei em vigor, desde 1993. Queremos que um novo treinador só possa assumir depois que o que está saindo der quitação de tudo devido e algumas coisas normais como em todas as categorias de trabalhadores''.

Qual a média salarial de um técnico hoje no Brasil?

''Isso é muito difícil de calcular até porque 80% dos treinadores não têm contrato assinado. Também como os jogadores profissionais, quando falamos em salários, pensamos só nos grandes jogadores e esquecemos que apenas 5% dos jogadores ganham acima de 20 salários mínimos e que 80% ganham abaixo de três salários mínimos. Essa regra pode ser usada também para os treinadores''.


Luverdense aposta em técnico feito na base para surpreender o Corinthians
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Alexandre Praetzel

O Luverdense-MT aposta num técnico jovem e desconhecido da maioria, para tentar eliminar o Corinthians, em dois jogos da terceira fase da Copa do Brasil. Trata-se de Odil Soares, 39 anos, prata da casa do clube. Odil treinou quatro times das categorias de base, até chegar ao profissional, nesta temporada. Em poucas palavras, Odil concedeu uma rápida entrevista ao blog, sobre o desafio de bater um gigante do futebol brasileiro. Acompanhem.

É impossível eliminar o Corinthians em dois jogos?

''Quando se tem trabalho, entrega, comprometimento e respeito ao adversário, existe uma chance de classificação''.

Qual a estratégia de jogo?

''Muita atenção. Fazer uma marcação forte e explorar bem os contra-ataques''.

Por que o jogo será em Cuiabá?

''Não tiramos o jogo de casa. Infelizmente, nosso estádio não corresponde às exigências da CBF. Arena Pantanal é um campo neutro, mas vamos tentar fazer um jogo competitivo''.

Qual a realidade financeira do Luverdense?

''O Luverdense é um clube auto-sustentável. Tem as contas em dia''.

Corinthians

''É o grande favorito. Tem uma equipe bem organizada taticamente e com atletas de alto nível''.

O Luverdense foi fundado em 2004 e está na sua sexta participação em Copa do Brasil. Em 2013, a equipe mato-grossense enfrentou o Corinthians, nas oitavas-de-final. Venceu por 1 a 0, em Lucas do Rio Verde-MT, e perdeu por 2 a 0, no Pacaembu. Em 2017, o time irá para sua quarta Série B do Brasileiro, consecutiva. O Luverdense costuma mandar seus jogos no Estádio Passo das Emas, com capacidade para dez mil pessoas.

 


Ex-integrante do Tucumán vê time com força e garra para surpreender
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Alexandre Praetzel

Imagine o América-RN chegando à Libertadores da América, após passar pelas quatro divisões nacionais do Brasil? Esta é a comparacão que serve para o Atlético Tucumán da Argentina, estreante no torneio sul-americano e adversário do Palmeiras, nesta quarta-feira. Fundado em 1902, o pequeno clube foi subindo de divisão, até atingir à elite. Jogadores prometem entrega e muita garra em campo, minimizando problemas financeiros e de estrutura, em relação aos seus oponentes tradicionais. O blog entrevistou o ex-preparador físico do Tucumán, Rodrigo Anaya, integrante do clube, nos últimos anos quatro anos. Ele falou sobre as características da equipe e a crise que assola o futebol argentino. Hoje, Anaya integra a comissão técnica do Huracán. Leia abaixo.

Tucumán pode surpeender na Libertadores?

''O Atlético Tucumán pode surpreender e passar à segunda fase, principalmente, pela garra e apoio da sua torcida fanática da cidade de Tucumán. O estádio é muito acanhado, a torcida muita próxima, com muita pressão. O clube já conseguiu a maior proeza da sua história. Chegamos na Série B do Campeonato Argentino, passamos para o Nacional B, Campeonato Argentino, até chegarmos à Libertadores. Foi o ponto alto deste time para ficar na história. O Tucumán sempre entrará em campo para jogar de igual para igual. Precisam aproveitar a torcida e o estádio, além da força tática da equipe''.

O que podes destacar no Atlético Tucumán?

''A organização do elenco. Um elenco que tem ''fome''. A maioria dos jogadores veio do Nacional B do Argentino, ou seja, criaram uma ligação muito forte com a instituição. O goleiro Lucchetti, 38 anos, com passagens pelo Banfield e Boca Juniors e o zagueiro Canuto, com grande trajetória. Há uma base com jogadores experientes, mas a maior figura é o atacante Zampedri, um dos melhores do futebol argentino. Tem enorme potencial, capacidade e faro de gol. De resto, são jogadores muito voluntariosos e não tem medo de jogar como visitante. Vão para cima, sem medir muitas consequências, com muita garra''.

Crise do futebol argentino

''Era de se esperar, depois do falecimento de Júlio Grondona, único dirigente que conseguia sustentar o futebol argentino pelas relações na Fifa. Há dois pontos: a crise gerada pela corrupção na AFA(Associação do Futebol Argentino) trouxe problemas com os clubes e televisionamento. A intervenção do Governo também trouxe divisão de poderes e isso virou um efeito cascata, puxando para baixo. A AFA não entregava as cotas de TV para os clubes, já que o futebol estava dominado pelo governo de Cristina Kirchner. Isso deixou os clubes sem dinheiro, não teve como pagar os jogadores e o sindicato dos jogadores entrou em greve, sempre muito unido, defendendo os jogadores que atuam nas divisões menores, principalmente. Chegou um momento que a greve fica insustentável porque o futebol é a ''droga'' dos argentinos. Quinze, vinte dias sem futebol gera todo tipo de incômodo à sociedade. A sociedade hoje está se levantando contra o governo, com greves, protestos e paralisações,na questão social . Hoje, isso deverá ser resolvido e esperamos a volta do futebol argentino, sábado''.

O Atlético Tucumán chegou à fase de grupos, depois de eliminar El Nacional-EQU e Júnior Barranquilha-COL. Contra os equatorianos, o time teve problemas de transporte e foi do aeroporto de Quito, direto para o campo. A classificação foi considerada heróica, pelas circunstâncias daquele momento.

 


Santos é a surpresa negativa do momento. Diretoria parece perdida
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Alexandre Praetzel

Sempre gostei de ver o Santos, nos últimos dois anos. Time ofensivo e com uma formação definida. Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, Luiz Felipe(David Braz) e Zeca; Thiago Maia, Renato, Lucas Lima e Vítor Bueno; Copete(Gabriel) e Ricardo Oliveira. Para mim, tecnicamente, a melhor equipe do Brasil.

Chegamos em 2017. O Santos é o atual vice-campeão brasileiro e favorito ao tricampeonato paulista. Começou goleando o Linense e batendo o Red Bull. Depois da demissão do gerente de futebol, Sérgio Dimas, o Santos desabou. Perdeu para São Paulo e Ferroviária, com atuações regulares e ruins. Venceu o Botafogo, mas foi amplamente batido pelo Corinthians, no clássico seguinte. Passadas sete rodadas, o Santos pode ser eliminado na primeira fase do Estadual. Seria um gigantesco vexame. Afinal, o que aconteceu?

Acho que não dá para ficar apenas nas ausências de três titulares importantes. O Santos se reforçou e melhorou a qualidade do elenco e reposições. Há algo estranho no ar. Dorival Jr. sempre teve o grupo na mão e qualquer atleta nega problemas no ambiente, publicamente. Mas parece que o Santos perdeu o encanto e a alegria.

Justificar tudo isso pela saída de um amigo dos jogadores, soa exagerado. Mas o presidente Modesto Roma Jr. e os dirigentes parecem perdidos e sem explicações. Abriram o CT para uniformizados e se esconderam. Só espero que a bomba não estoure em Dorival Jr. Seria um ato simplista demais contra quem recuperou o Santos, a curto prazo. Vamos ver como será a estréia na Libertadores da América.

O blog procurou Sérgio Dimas, que preferiu não se manifestar, neste momento.


Tite tem que vibrar com gol da Seleção Brasileira e vaga na Copa do Mundo
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Alexandre Praetzel

Defendo a tese de que o presidente de um clube de futebol deve chegar no carro oficial e subir à Tribuna de Honra para assistir aos jogos de seu time. É o cargo máximo de uma instituição e o comportamento deve ser adequado ao cargo que ocupa. Vejo e vi mandatários misturados aos boleiros e vindo nos ônibus das delegações, em partidas como mandantes. Acho um equívoco. Os funcionários devem saber quem comanda e respeitar a hierarquia.

Acho que vale o mesmo para o técnico da Seleção Brasileira. O responsável pelo principal cargo do futebol nacional  tem que ser independente, enquanto comandante do selecionado.

Conheço Tite há 22 anos e acompanhei seu surgimento e a carreira como treinador. Sempre pautou sua trajetória por princípios e tratamentos igualitários com atletas, companheiros de trabalho e imprensa. Mas, sábado, na Arena Corinthians, Tite errou. Deixou seu lado torcedor aflorar e se entregou à emoção e ovacão da torcida.

Acredito que não deveria ter passado pela massa corintiana e subido direto para um camarote da CBF ou Federação Paulista, na chegada ao estádio. Deixaria claro que ali estava um ídolo da história do Corinthians, mas hoje técnico da Seleção. Sem agrados e preferências, sabedor da função que exerce e sendo reverenciado justamente.

Não. Foi para o camarote do presidente Roberto de Andrade e ainda vibrou no gol da vitória corintiana, marcado por Jô. Foi muito torcedor e isso gera debate e controvérsia. O treinador da Seleção pode torcer por algum time? Eu acho que não. Neutralidade e independência precisam determinar o comando. Qualquer outra atitude pode abrir insinuações.  O lateral Fágner sofre críticas nas convocações, mesmo sendo bom jogador.

Usei este exemplo apenas para ilustrar algo que permeia a mente da maioria dos ''torcedores''. Sempre foi assim e assim será. Mesmo com um grande profissional como Tite. Que também tem defeitos, como todo ser humano.

Num país onde se compara tudo e todos, imaginem Dunga fazendo a mesma coisa? Seria massacrado pela mídia e opinião pública. Fato.


Fla-Flu foi a vitória do futebol sobre FERJ e Ministério Público
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Alexandre Praetzel

O Fla-Flu que decidiu a Taça Guanabara foi a vitória do futebol sobre tudo de ruim que tem acontecido no Rio de Janeiro. É bom lembrar que até sexta-feira à tarde, não sabíamos se o jogo teria torcida única, duas torcidas ou nenhuma torcida, no Engenhão.

Engravatados, que adoram aparecer às custas do futebol, e os burocratas da FERJ, faziam de tudo para atrapalhar algo que já deveria estar definido há muito tempo. Mesmo com toda a bagunça e desmandos em geral, o público ainda compareceu em bom número, com a presença de mais de 27 mil pessoas. Pouco para a história do clássico. Muito para a realidade falida carioca.

Flamengo e Fluminense merecem todos os elogios. Foram dois gigantes dentro e fora de campo. Um jogaço digno da grandeza dos dois e da rivalidade imortal, com título tricolor, nos pênaltis. Parabéns aos clubes. Passaram por cima de toda a esculhambação estadual e ainda deram um pouco de esperança de dias melhores para o futebol carioca.