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Arquivo : Modesto Roma Jr.

Santos, Modesto Roma Jr., Levir e um dia para esquecer
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Alexandre Praetzel

A sexta-feira do Santos foi cômica, para não dizer desastrosa. Levir Culpi e o elenco retornavam de Recife, após mais uma atuação fraca, e a diretoria definia a demissão do técnico nos bastidores. Levir caiu por algumas horas porque o presidente Modesto Roma Jr. e seus conselheiros de “gestão” estavam certos de que isso era o mais correto, tanto que Modesto não garantiu o treinador em nenhum momento, em entrevista coletiva pela manhã.

Sites e jornalistas de vários veículos cravaram a demissão do treinador, também porque o assessor de Levir, Adriano Rattman, publicou a saída do seu cliente na sua página do Facebook, escrevendo que Levir estava saindo com 60% de aproveitamento. Falei com Adriano e ele me respondeu que postou o texto, após ver as notícias divulgadas pela imprensa.

No meio da tarde, com a chegada da delegação ao CT Rei Pelé, jogadores pediram a Modesto para manter Levir. Sensibilizado, o presidente decidiu atender o pedido do grupo, esquecendo as más atuações da equipe nos últimos jogos e as declarações sem nexo do comandante do time. Modesto preferiu ser político, mas mostrou também grandes doses de amadorismo, brincando com a situação no pátio do CT, com atletas e Levir assistindo a tudo. Foi uma várzea, com respeito a ela mesma. O executivo Dagoberto dos Santos parecia não entender o que estava acontecendo. Modesto ainda lembrou do Dia do Fico(Dom Pedro I em 09 de janeiro de 1822) para perguntar a Levir, se ele permaneceria. O treinador, com sorriso amarelo, entrou na brincadeira.

Modesto é bonachão e cordato com as pessoas e jornalistas, mas parece não enxergar a grandeza do Santos com determinados atos. Era a hora de trocar de técnico. Foi político e sabe que a situação ficará insustentável, se o Santos não derrotar o Atlético-GO, neste domingo. Ainda relevou as pichações de “torcedores” nos muros do CT contra alguns atletas, tratando o assunto como democrático.

Parece perdido com a situação financeira delicada do clube e pensando apenas na reeleição. O Santos tinha tudo para encostar no Corinthians, mas faltou diretoria, claramente. Deixaram tudo na mão de Levir e as chances de título estão escorrendo pelos ralos. Uma pena. O Santos é muito, muito grande, para passar por tanto constrangimento num intervalo de 12 horas. Se terminar entre os quatro primeiros, tem que levantar as mãos para o céu.


Santos é a surpresa negativa do momento. Diretoria parece perdida
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Alexandre Praetzel

Sempre gostei de ver o Santos, nos últimos dois anos. Time ofensivo e com uma formação definida. Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, Luiz Felipe(David Braz) e Zeca; Thiago Maia, Renato, Lucas Lima e Vítor Bueno; Copete(Gabriel) e Ricardo Oliveira. Para mim, tecnicamente, a melhor equipe do Brasil.

Chegamos em 2017. O Santos é o atual vice-campeão brasileiro e favorito ao tricampeonato paulista. Começou goleando o Linense e batendo o Red Bull. Depois da demissão do gerente de futebol, Sérgio Dimas, o Santos desabou. Perdeu para São Paulo e Ferroviária, com atuações regulares e ruins. Venceu o Botafogo, mas foi amplamente batido pelo Corinthians, no clássico seguinte. Passadas sete rodadas, o Santos pode ser eliminado na primeira fase do Estadual. Seria um gigantesco vexame. Afinal, o que aconteceu?

Acho que não dá para ficar apenas nas ausências de três titulares importantes. O Santos se reforçou e melhorou a qualidade do elenco e reposições. Há algo estranho no ar. Dorival Jr. sempre teve o grupo na mão e qualquer atleta nega problemas no ambiente, publicamente. Mas parece que o Santos perdeu o encanto e a alegria.

Justificar tudo isso pela saída de um amigo dos jogadores, soa exagerado. Mas o presidente Modesto Roma Jr. e os dirigentes parecem perdidos e sem explicações. Abriram o CT para uniformizados e se esconderam. Só espero que a bomba não estoure em Dorival Jr. Seria um ato simplista demais contra quem recuperou o Santos, a curto prazo. Vamos ver como será a estréia na Libertadores da América.

O blog procurou Sérgio Dimas, que preferiu não se manifestar, neste momento.


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