Blog do Praetzel

Renato, é bom estudar para saber por que o Grêmio joga tão pouco!
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Alexandre Praetzel

No dia 08 de dezembro de 2016, Renato Portaluppi levou o Grêmio à conquista da Copa do Brasil, pela quinta vez. Nos festejos do título, disparou: ''Quem precisa aprender, estuda, vai pra Europa…Quem não precisa, vai pra praia. Quem sabe, sabe. Quem não sabe, vai estudar''. A declaração gerou polêmica porque estudiosos ganharam espaço no futebol brasileiro em detrimento a técnicos boleiros, caso de Renato.

Quase cinco meses depois, Renato deveria dar uma olhadinha no continente europeu ou por aqui mesmo, na América do Sul. O Grêmio não tem jogado nada sob o seu comando. É verdade que perdeu Douglas por lesão e Wallace, negociado com o Hamburgo-ALE. Mas também recebeu reforços de qualidade, como Lucas Barrios e Gata Fernandez. Miller Bolaños voltou a jogar bem (se machucou, recentemente). Mas Renato se atrapalhou todo. Parece que não consegue criar variações táticas e extrair o máximo de seus jogadores. Luan, de grande talento, é um desânimo em campo. Fica a impressão de que é um treinador de curto prazo, com capacidade para mobilizar um grupo num tiro curto. Foi assim na Copa do Brasil. Arrumou a defesa, criou um ambiente mais competitivo e bateu campeão, com méritos. Agora, o encanto diminuiu bastante. O tricolor é previsível, não tem mais a pegada de antes e organiza poucas jogadas de ataque.

O Grêmio vai classificar para as oitavas-de-final da Libertadores na chave mais fraca do torneio. Mesmo assim, foi inferior ao Deportes Iquique-CHI, em três tempos dos dois jogos. Somou quatro pontos contra o Guarani-PAR, sem muito entusiasmo e deve golear o finado Zamora-VEN, na última rodada. Mas o futebol apresentado é preocupante. O Grêmio poderia e deveria jogar mais. Culpar ''nana neném'', ''a carne é fraca'' ou a arbitragem, é puro discurso vazio. O Grêmio, com um elenco muito superior, não conseguiu vencer o Novo Hamburgo em três partidas e foi eliminado nas semifinais do Gaúcho, torneio que priorizou em relação a um confronto da Libertadores. Um vexame, sem dúvida.

O futebol pode apresentar surpresas e o Grêmio vencer a Libertadores, no final do ano. Ainda tem a Copa do Brasil, a partir das oitavas, diante do Fluminense. Afinal, historicamente, o Grêmio consegue ser campeão com times limitados, mas não, mal treinados. Hoje, essa é a realidade.

Quem sabe, não é hora de estudar um pouco, hein Renato! Talvez, descubra as causas do mau futebol gremista. Nunca é tarde.


Ídolo da Ponte diz: grande oportunidade de ser campeã foi na “nossa época”
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Alexandre Praetzel

Em 117 anos de história, a Ponte Preta nunca conquistou um título. Tem a oportunidade de buscá-lo, de maneira improvável, domingo, fazendo 4 a 0 no Corinthians ou vencendo por 3 a 0 e depois também superando os rivais nas penalidades. O time eliminou Santos e Palmeiras, mas foi facilmente batido no primeiro jogo da final do Paulista, em Campinas. O blog entrevistou o ex-técnico e ex-jogador da Ponte, Marco Aurélio Moreira a respeito deste jejum histórico e as causas da ausência de conquistas pelo clube. Marco Aurélio era meia do grande time da década de 1970 e início de 80, três vezes vice-campeão paulista. Leiam abaixo.

Por que a Ponte Preta não consegue ser campeã?

''Todos os anos atrás, todas as oportunidades que teve em 1977, 1979, 1981. Em 77, não tinha a menor chance de ser campeão por tudo que se ouvia, por tudo que havia por trás, contra o Corinthians. E caiu tudo na conta do Rui Rei, que não tinha nada a ver com a história. Na verdade, faltou a definição de um jogo em Campinas e outro em São Paulo, fora tudo que aconteceu nos bastidores. Nosso time era melhor e seria campeão se não fossem circunstâncias diferentes. Em 79, também. Em 81, se houvesse dois jogos com o São Paulo, seríamos campeões. Na nossa época, faltou apoio extra-campo, jogos em Campinas e mais força com as arbitragens, que foram terríveis. Agora teve chance de jogar, mas ficou muito difícil com os 3 a 0. A grande oportunidade foi na nossa época''.

Os 117 anos sem títulos atrapalham muito?

''Eu acho que as coisas têm que se encaixar no momento certo. Contra o Palmeiras, fizeram tudo certo, mas contra o Corinthians não. Eu não vi o jogo, mas me falaram que jogou muito mal, na hora errada. Era o momento para equilibrar e ter uma chance. Infelizmente não deu certo. A cobrança da torcida é muito grande e isso influencia nos atletas, mas não podemos pensar só nisso. Faltam algumas coisas para que a Ponte possa chegar com confiança para ganhar. Não sei explicar o que é, mas vem batendo na trave, alguma coisa precisa ser feita''.

O que é preciso fazer?

''A Ponte precisa modificar muita coisa. Treinadores duram três, quatro meses na Ponte. Qualquer resultado ruim, tem pressão. O Felipe (filho de Marco Aurélio) foi um exemplo. Teve bom aproveitamento, mas depois de um mau resultado, tiraram o Felipe, covardemente. Foi a primeira vez que o grupo de jogadores se reuniu e pediu a contratação de um treinador. Nada contra o Gilson Kleina, mas é complicado. Acreditar mais e ter um profissionalismo maior. Investir um pouco mais. Quem está dirigindo, precisa colocar a cabeça no lugar. Qualquer tiro para cima, assusta todo mundo. Qualquer gritinho da torcida, mudam tudo. Se não há motivo para trocar, por que modificar? Numa hora que estava tudo certo, numa final, é difícil falar. Já aconteceu comigo em outras vezes. Falta mais amadurecimento da diretoria. Profissionalizar mais o clube e montar uma equipe melhor, dando suporte e trabalhando bastante''.

A sua geração conseguirá ver a Ponte campeã?

''Eu acredito em tudo. Tudo é difícil, mas não é impossível ganhar de 3 a 0. Se não for desta vez, segue o trabalho e corrige. A direção tem que traçar bem o caminho e insistir para que as coisas dêem certo''.

Marco Aurélio Moreira está com 65 anos. Comandou a Ponte Preta em cinco oportunidades. É pai de Felipe Moreira, treinador da Ponte, no início do ano, dispensado após a eliminação na Copa do Brasil para o Cuiabá-MT.

 

 


Jô me surpreendeu e virou o melhor jogador do Paulista
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Alexandre Praetzel

Quando o Corinthians anunciou a contratação de Jô, confesso que não fiquei muito entusiasmado. Ele vinha em queda técnica e sob muita desconfiança, após deixar o Brasil, depois de fazer parte do elenco da Seleção Brasileira, no fiasco da Copa do Mundo de 2014. Jô ficou marcado como um jogador pouco comprometido e com problemas disciplinares, fora de campo. Foi para o mundo árabe e voltou ao Corinthians, numa contratação sem badalação, com três anos de contrato e pagamento de R$ 1,5 milhão de comissão ao empresário. As críticas foram muito grandes, na mídia e entre os torcedores.

Em setembro de 2016, Jô começou a treinar e ganhou elogios de todos, prevendo um bom ano de 2017. Fábio Carille parecia enxergar longe ao apostar no desempenho do atacante. Jô ganhou confiança, teve boas atuações e marcou cinco gols em cinco clássicos. Despontou como o principal nome ofensivo do Paulista. Claro que o Estadual não é parâmetro para maiores desafios, mas Jô foi bem contra os grandes rivais corintianos e isso fortalece sua participação. Não o vejo convocado para a Seleção Brasileira porque há opções melhores e superiores na parte técnica. Agora, aqui na terrinha, Jô foi o melhor jogador do Paulista, na minha opinião. Se vai manter a eficiência num Brasileiro competitivo e difícil, prefiro aguardar. Como futebol é momento, deixo esta avaliação.

Estendo a análise para a Seleção do torneio. Cássio; Samuel Santos(Botafogo), Pablo, Edu Dracena e Guilherme Arana; Felipe Melo, Fernando Bob(Ponte Preta), Rodriguinho e Jadson; Pottker e Jô.

Técnico: Fábio Carille. Talvez, melhor do que todo o time do Corinthians.


Corinthians será Campeão Paulista com méritos e eficiência
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Alexandre Praetzel

O Corinthians é o Campeão Paulista de 2017. Afirmo isso pelo que eu vi no primeiro jogo da final contra a Ponte Preta. O resultado de 3 a 0 mostrou um time consolidado, dentro da sua forma de jogar, sem nenhum sofrimento, em Campinas. Uma vitória com autoridade e amplo domínio, diante de um adversário complacente e sem vibração nenhuma. O confronto foi mais fácil do que as partidas diante de Botafogo e São Paulo. Sem sustos.

A defesa manteve seu padrão seguro e Rodriguinho e Jadson decidiram, quando tiveram as oportunidades. O Corinthians não é brilhante, mas é extremamente eficiente e vai levantar seu 28º troféu com justiça, pelos números alcançados. Mérito do técnico Fábio Carille, que apostou numa formação tática definida, baseada na forte marcação e aproveitamento dos erros dos oponentes, contando com a qualidade técnica de três nomes: Jô, Jadson e Rodriguinho.

O Corinthians nunca perdeu por três gols de diferença na Arena e não perderá por esse escore, na sua casa. Será campeão diante da sua torcida, com festa no próximo domingo, respeitando a Ponte Preta e com o regulamento debaixo do braço. Não estou desmerecendo a Ponte Preta, mas não vejo reação, nem futebol, para conseguir o improvável.

Parabéns Corinthians e sua torcida.


Palmeiras pode negociar zagueiro Vitor Hugo com a Fiorentina
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Alexandre Praetzel

O zagueiro Vitor Hugo pode deixar o Palmeiras, na abertura da janela de transferências européias, em agosto. O blog apurou que a Fiorentina-ITA quer contratar o jogador, com uma proposta na casa de 8 milhões de euros. O presidente Maurício Galiotte tem conhecimento do interesse e aguarda a oficialização.

Em 2016, o clube italiano já havia feito uma proposta, recusada pelo time alviverde. Agora, o negócio tem tudo para ser confirmado. O Palmeiras tem 50% dos direitos econômicos. A outra metade é do Tombense-MG.

Vitor Hugo chegou do América-MG, em 2015, e se firmou como titular. Aos 25 anos, disputou 130 jogos e marcou 13 gols. Em 2017, começou como dono da posição, mas perdeu espaço, após agressão ao zagueiro corintiano Pablo, com uma suspensão de três jogos. Edu Dracena foi escalado e assumiu a função.

A contratação de Luan, do Vasco, também indica uma concorrência maior e uma precaução para a saída de Vitor Hugo.

 


Fellipe Bastos vê final parelha e prevê forte pressão por título na Ponte
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Alexandre Praetzel

O Corinthians tem três jogadores que já vestiram a camisa da Ponte Preta: Pablo, Maycon e Fellipe Bastos. O volante foi vice-campeão da Copa Sul-Americana, em 2013, na derrota para o Lanús-ARG. O blog entrevistou Fellipe Bastos com exclusividade, sobre o clima para a decisão do Paulista, a pressão por títulos na Ponte e o respeito ao adversário na final. Acompanhem abaixo.

Você atuou na Ponte Preta e agora no Corinthians, o que achas de uma final, 40 anos depois?

''É uma final esperada por todo mundo. Desde que a Ponte conseguiu a classificação, todo mundo lembrou da decisão de 40 anos atrás, tudo o que aconteceu. Eu e o Maycon, que já atuamos na Ponte Preta, temos um carinho enorme por eles, mas a gente está defendendo o Corinthians e vamos buscar esse título''.

Como vês a Ponte hoje, após ter passado pelo clube?

''A Ponte muito mais forte, uma Ponte muito mais sólida. Quando passei lá, a gente disputou a final da Sul-Americana, mas a gente acabou caindo no Brasileiro. Não éramos tão fortes, como a Ponte Preta está hoje. Eu acho que a gente tem que ter cuidado, estudar a Ponte, para a gente não ter nenhum tipo de surpresa nas duas partidas''.

A decisão passa por Campinas ou o Corinthians leva vantagem por decidir em casa?

''Não. Pelo que a Ponte vem mostrando, pelo que vem jogando também, gente está muito equiparado. A Ponte é muito forte dentro da sua casa. Não podemos cair no mesmo erro que o Palmeiras caiu. Temos que entrar ligados para que a gente não sofra nenhum tipo de supresa''.

O que destacaria no time da Ponte Preta?

''A velocidade. A velocidade que eles têm no contra-ataque, para finalizar as jogadas. Os três jogadores da frente são muito rápidos e muito chatos, na gíria do futebol. É com isso que a gente tem que se preocupar para que a gente possa fazer um excelente jogo lá e trazer a decisão para nossa casa''.

A pressão de 117 anos sem títulos pode atrapalhar a Ponte Preta?

''Eu acho que isso sempre atrapalha. É uma pressão que os jogadores carregam de não ter conquistado e a Ponte nunca conquistou nada. Eu acho que eles estão trazendo isso de uma maneira positiva para eles e a gente não pode cair nesse erro de que a Ponte estará pressionada. A gente tem que ir muito concentrado, sabendo do que a gente vai receber lá, onde a Ponte é muito forte''.

Felipe Bastos fez 21 jogos pela Ponte Preta e marcou quatro gols. No Corinthians, chegou no final de janeiro. Disputou 11 partidas e ainda não fez nenhum gol.


Gerente corintiano vê Clayson chamar atenção, mas só falará dele após final
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Alexandre Praetzel

O Corinthians chegou à final do Campeonato Paulista por merecimento. A afirmação é do gerente de futebol, Alessandro Nunes. O ex-lateral do clube entende que Fábio Carille mostrou trabalho e convicções para levar o time à decisão. Em entrevista exclusiva ao blog, Alessandro rejeita favoritismo, ressalta a escolha em Carille e confirma o interesse no atacante Clayson da Ponte Preta. Leia abaixo.

Corinthians na final por merecimento ou foi uma supresa pelo rendimento do time?

''Primeiro, merecimento. Chegar numa final de Campeonato Paulista, que na minha opinião, é o Estadual mais difícil do país, no mínimo você tem que merecer. Então, esses atletas e toda a comissão técnica vêm levando esse grau de merecimento a cada jogo. Oscilou, o que é normal, numa equipe em construção. Eu fico com essa palavra até o momento, que é uma palavra, independentemente do resultado final. Nós sabemos que aqui no Brasil, tudo é premiado quando se chega numa conquista. Dizem que segundo lugar, não vale muita coisa. Mas eu olhando todo o esforço, dedicação e trabalho dos atletas e treinador, fico extremamente feliz com o resultado alcançado por eles''.

Fábio Carille foi uma aposta certeira?

''É uma certeza de ter feito uma escolha boa em dezembro. Acreditar num profissional que está há anos dentro do clube, que conhece muito bem de futebol e de gerenciar pessoas. Tem mostrado isso no dia-a-dia, inclusive, não mudou uma vírgula no seu comportamento, atitude, um cara extremamente simples. Tem suas ideias, convicções, montou uma equipe muito preparada e forte também para isso. Então, acho que está tudo indo para que ele consiga traçar uma longa carreira como treinador de futebol, daqui para frente''.

Corinthians é favorito? Ponte é uma supresa? O que você destacaria?

''Não dá para dizer que equipe nenhuma que chega numa final de Campeonato Paulista, vá ser surpresa. A Ponte está fazendo um excelente trabalho, tem um elenco muito bom. Ganhar do Palmeiras, que montou, na opinião de muitos, o melhor elenco do cenário nacional. De 3 a 0 muito expressivo, tem que ser respeitado. Administrou muito bem o jogo de volta. Uma equipe sólida, que marca muito e que a margem de erro contra uma equipe dessa, tem que ser muito pequena, se não custa muito caro''.

É curioso enfrentar a Ponte, 40 anos depois do histórico título de 1977?

''Foi um ano marcante. Foi um título que o torcedor corintiano faz questão de lembrar, de contar, de reviver. Então, não tem como, por mais que eu nem tinha nascido naquela ocasião, você não estar por dentro desta história e o torcedor corintiano deve estar olhando um pouquinho para o passado recordando esse orgulho que ele tem de lembrar. E que nós aqui, agora em 2017, possamos fazer um grande espetáculo. Que seja uma grande final de campeonato, que realmente vença o merecedor, sem melindre nenhum em falar nisso. A gente sabe o quanto é difícil chegar lá. Vai fazer dois jogos contra uma equipe que também vonquistou essa vaga na final. Então, vamos voltar para o merecimento que nos levou até agora. Que a gente consiga trabalhando e buscando merecer ser campeão agora''.

Confirmas o interesse no Clayson da Ponte, mesmo que ele esteja envolvido na final do Paulista?

''Sou sempre muito reservado em falar de atletas que a gente está conversando ou sondando ou acha que pode vestir a camisa do Corinthians. Em duas semanas tão importantes, não quero gerar nenhum desconforto, principalmente para ambas as entidades e muito menos o atleta. É um atleta, que não só o Corinthians tem gostado dele, como outras equipes, não tenha dúvida. É um jogador que vem se destacando muito bem. Está fazendo uma competição com uma regularidade muito grande e é óbvio que chama a atenção. Mas eu me reservo no direito de não falar nada porque tenho certeza que ele também está lá bastante voltado para ter duas semanas importantes, fazer um bom jogo pela equipe dele. Depois do Paulista, a gente vê o destino''.

Alessandro foi alçado à condição de integrante da diretoria, em janeiro de 2014. Começou como Coordenador Técnico e virou Gerente de futebol, após a saída de Edu Gaspar para a CBF.


Treinador de goleiros elogia trio e não vê necessidade de reforço no SP
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Alexandre Praetzel

Os goleiros do São Paulo ainda geram dúvidas entre os torcedores. Para muitos, Renan Ribeiro, Denis e Sidão são insuficientes para a posição, após a aposentadoria do ídolo Rogério Ceni. Internamente, os três são defendidos, mas nenhum deles conseguiu se firmar como titular absoluto. O blog entrevistou o treinador de goleiros, Haroldo Lamounier, a respeito da disputa pela função e a necessidade ou não de buscar um novo reforço. Leia abaixo.

Os goleiros do São Paulo estão em debate. A posição de titular está definida?

''O Rogério procurou dar oportunidades para todos, né, para poder mostrar qualidades, o que têm de melhor. Na minha opinião, o Renan foi muito bem nas partidas que foram dadas oportunidades. O Denis também voltou muito bem. O Sidão machucou, mas antes de se machucar, também estava muito bem. Agora, neste intervalo para a Copa Sul-Americana, a gente vai procurar trabalhar um pouco mais em relação aquilo que precisou de mais observação, para a gente dar sequência no trabalho''.

Renan está à frente de Denis e Sidão e ele é o titular absoluto?

''Ele pegou uns jogos difíceis e correspondeu. Então, a oportunidade agora é dele e ele está na frente por essa oportunidade e ele conseguiu segurar. Mas isso não quer dizer que Denis e Sidão não estejam nessa disputa ainda''.

É muito difícil substituir o Rogério Ceni?

''É uma referência do São Paulo e qualquer jogador que entrar nessa posição, vai ter um pouco de dificuldade pela cobrança que é. Mas eu acho que com o decorrer do tempo, eles vão conseguir apagar essa dificuldade que eles estão tendo, com atuações''.

Qual será a tua opinião, se a diretoria quiser contratar um novo goleiro?

''No momento, não. Eu acho que se os três atletas e inclusive, o Lucas Perri, que está chegando das categorias de base, têm condições de suprir qualquer deficiência no gol. Eu acho que eles têm a total condição de seguir como titulares, com Denis ou Renan ou Sidão e não há necessidade de contratar um goleiro''.

O Lucas Perri já merece uma oportunidade?

''Ele fez um bom ano de 2016. Está conosco agora, está evoluindo, tem recebido bastante elogio do Rogério e da comissão técnica e assim que ele tiver oportunidade, com certeza, vai dar o que falar, porque é um atleta de muita qualidade''.

Lucas Perri tem 19 anos e foi titular da Seleção Brasileira Sub-20, no Sul-Americano da categoria. Renan Ribeiro virou titular, após atuações irregulares de Denis e Sidão.


Borja merece a contestação atual? Eu acho que não
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Alexandre Praetzel

Borja foi o goleador da Libertadores da América pelo Nacional de Medellín e mostrou grande qualidade como fazedor de gols. Um artilheiro de várias formas, explorando sua força e capacidade de finalização. Foi destaque do time colombiano, ajudado também pelos companheiros de elenco.

Cobiçado, virou alvo e obsessão da diretoria do Palmeiras. O executivo Alexandre Mattos não descansou, enquanto não convenceu a Crefisa a investir no jogador. Negociações se arrastaram e os valores subiram, pelo interesse da China. No final, Borja foi trazido pelo Palmeiras, com recepção de grande nome e idolatria dos torcedores.

Cenário perfeito para Borja se destacar. Quatro anos de contrato e apoio total para manter seu padrão. Ledo engano. Dois meses depois, Borja é contestado por uma parcela de palmeirenses e denonimado como um jogador comum. Não serve mais, dizem outros. Isso em 60 dias. Pasmem! Em nenhum lugar do mundo, isso acontece. Só aqui no Brasil.

Eduardo Baptista também não tem ajudado. Escala Borja como pivô, de costas para os zagueiros, esquecendo da maneira como ele atuava no Nacional. Borja precisa de espaço para aproveitar sua força e poder de conclusão. É atacante que ''tira'' a bola do goleiro adversário. Agora, deixá-lo estanque no meio dos zagueiros, só vai prejudicá-lo. O esquema tático precisa beneficiá-lo. Claro que Borja não necessita de chiliques, quando for substituído, mas Eduardo expôs críticas públicas ao atleta. Para quem merece tempo de adaptação, a irritação me parece normal, ainda mais para um estrangeiro.

Não sei se Borja será um espetáculo no Palmeiras. Só sei que ele é bom jogador e pode ganhar muitas partidas. Para isso, precisa de uma condescendência maior em relação a outros nomes. O que o Palmeiras não pode e não deve, é queimar um patrimônio por puro resultadismo e imediatismo. Já aconteceu em outras oportunidades e o Palmeiras perdeu demais. É só relembrar.


Roberto de Andrade: “Carille é o meu técnico até o final da gestão”
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Alexandre Praetzel

O Corinthians está na final do Campeonato Paulista para enfrentar a Ponte Preta, em duas partidas. O time chega à decisão com um esquema tático baseado no conjunto e na força defensiva, trabalho determinado pelo técnico Fábio Carille. O blog entrevistou o presidente Roberto de Andrade, que garantiu Carille até o final da sua gestão, em fevereiro de 2018, e ainda previu Campinas e Itaquera, como locais das partidas. Acompanhem abaixo.

O Corinthians mereceu chegar na final?

''Muito merecido. Não é pouco não. Jogou, ganhou dentro de campo, se empenhou, mostrou, jogou com grandes. Não foi jogo fácil, nenhum jogo foi fácil, jogamos no Morumbi, enfrentamos o São Paulo no nosso estádio, tem um grande time, as dificuldades são imensas. Mesmo ao longo do campeonato, todo mundo sabe, o Paulista é dificílimo de jogar, basta ver que nos últimos anos, um time do interior chegou sempre na final, até conquistando título. Então, acho muito merecido''.

Decisão em Campinas e na Arena do Corinthians?

''É isso aí. Se tudo correr normal, é assim que tem que ser''.

Como o Sr. analisa o time da Ponte Preta?

''Vejo forte. É um time forte, muito difícil de jogar. Vocês viram o jogo com o Palmeiras. O Palmeiras ficou pratimente 50, 60 minutos com a bola no pé e não conseguia furar aquela defesa da Ponte. É um jogo bem difícil. Então, não dá para falar que a Ponte é favorita, nem o Corinthians. É um jogo que nós temos que esperar e ver o que vai acontecer, mas é difícil''.

A aposta no Fábio Carille foi certeira?

''Acho que sim. Acho que vem fazendo um bom trabalho. O grupo assimilou bem tudo o que ele quer, tudo o que ele pede. Os resultados estão aparecendo. Isso ajuda também, né. Isso deixa o treinador com um pouco mais de tranquilidade para trabalhar e o elenco também. Estou muito contente''.

O título paulista fortalece a sua gestão, por ser no último ano?

''Não precisa de título para fortalecer gestão nenhuma. Independentemente disso, aquilo que estou fazendo pelo Corinthians, tenho convicção de que é o melhor para o Corinthians. Se vier um título, óbvio que é melhor. Nós já temos um Brasileiro na minha gestão. Se vier um Paulista, será muito bem-vindo''.

Carille é o seu treinador até o final da sua gestão?

''É. Meu treinador até o final da gestão''.

Houve muito prejuízo com a eliminação na Copa do Brasil?

''Não é muito representativo financeiramente, a não ser que você seja campeão, aí você tem um prêmio. Pensando de outra forma, qualquer dinheiro é bem-vindo. Como terá o dinheiro do Paulista, acaba tendo uma compensação. Eu acho quer perder, nunca é bom. Nunca ninguém quer, mas não dá para ganhar tudo. Infelizmente, não conseguimos passar nos pênaltis e estamos fora, mas estamos na final do Paulista''.

Roberto de Andrade tem mandato até o final de fevereiro de 2018. Além de estar na decisão do Paulista, o Corinthians ainda disputa a Copa Sul-Americana e terá o Brasileiro, a partir de 13 maio.