Blog do Praetzel

(Jurídico do) Palmeiras 1×0 Santos. Jaílson foi o melhor. Vantagem é grande
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Alexandre Praetzel

Estive no Pacaembu, acompanhando Santos e Palmeiras, na abertura das semifinais do Paulista. O Palmeiras venceu por 1 a 0, com ótimos 15 minutos iniciais, envolvendo o Santos. A escalação de Jair Ventura deixou o Santos vulnerável, permitindo ao Palmeiras ter o domínio dentro de campo. Renato é lento e Diogo Victor não sabe marcar. Felipe Melo comandou o meio. Keno e Dudu se movimentavam bastante e confundiam a marcação santista. Assim, saiu o gol de Willian, com troca de passes e a conclusão diante quatro adversários.

O Palmeiras controlava o meio-campo e o Santos não saía detrás. A vantagem parece que acomodou o Verdão. Em duas bobeadas de Thiago Martins, o Santos quase empatou, se não fosse Jaílson.

No segundo tempo, o Palmeiras voltou com mais intensidade e o Santos respondeu à altura. Foram dez minutos de lá e cá, com Jaílson e Vanderlei participando.

Aí, o meio-campo palmeirense cansou. Felipe Melo e Bruno Henrique não aguentaram o ritmo e foram substituídos por Thiago Santos e Moisés. Marcos Rocha também saiu e Tchê Tchê sofreu com Dodô e Rodrygo caindo pela esquerda. O Santos ganhava o setor e chegava com mais força ao ataque. Rodrygo e Vítor Bueno exigiram mais duas boas defesas de Jaílson. O goleiro do Palmeiras foi o melhor em campo com quatro defesas difíceis. Parabéns aos advogados do Palmeiras, que conseguiram o efeito suspensivo para ele poder ser escalado. Do outro lado, Vanderlei pegou duas bolas em chutes de Victor Luís e Moisés. O Santos terminou o jogo mais inteiro. Acredito que o resultado mais justo seria o empate.

O blog avaliou os jogadores. Primeiro o Santos. Confira abaixo.

Vanderlei – Sem chances no gol de Willian. Não trabalhou muito. Nota 6.

Daniel Guedes – Sofreu muito com Keno. Apoiou pouco. Nota 4.

Lucas Veríssimo – Assistiu o gol do Palmeiras. Melhorou no segundo tempo. Nota 5.

David Braz – No mesmo nível do companheiro, mas um pouco mais seguro. Nota 5,5.

Dodô – Forte na frente. Com problemas, atrás. Nota 5,5.

Alison – Marcou sozinho no meio-campo. Regular como sempre. Nota 6. 

Renato – Tem qualidade, mas o ritmo foi muito intenso para ele. Nota 5. 

Diogo Victor – Esforçado. Tentou de tudo, mas não acertou nada. Nota 4,5. 

Eduardo Sasha – Sumido no primeiro tempo. Melhorou no segundo. Nota 5,5. 

Gabriel – Perdeu um gol na frente de Jaílson. Preocupou a defesa palmeirense. Nota 6. 

Arthur Gomes – Atuação discreta. Nota 5.

Rodrygo – Entrou e deu nova dinâmica ao time. Nota 6,5. 

Vitor Bueno – Merece jogar. Perdeu um gol. Nota 6. 

Jair Ventura – Escalou um time muito aberto. Tomou sufoco no primeiro tempo. Melhorou depois. Nota 5. 

Palmeiras 

Jaílson – Um gigante. Quatro defesas difíceis e muita segurança. Nota 8,5. 

Marcos Rocha – Bem no primeiro tempo. Saiu machucado. Nota 6. 

Antonio Carlos – Melhor que Thiago Martins. Caiu no segundo tempo. Nota 5,5. 

Thiago Martins – Dois erros que poderiam ter resultado em gols santistas. Nota 4,5. 

Victor Luís – Bem no primeiro tempo. Depois, sofreu com dois adversários do seu lado. Nota 5,5.

Felipe Melo – Enquanto teve pernas, foi dono do meio-campo. Nota 7. 

Bruno Henrique – Um pouco abaixo de Felipe, mas útil. Também cansou. Nota 6,5. 

Lucas Lima – Atraiu a marcação e abriu espaços. Perseguido pela torcida do Santos. Nota 6. 

Keno – Infernal quando teve a bola. Boa atuação. Nota 7,5. 

Willian – Oportunismo no gol e preocupação constante da defesa santista. Nota 7,5. 

Dudu – Grande movimentação no primeiro tempo e passe para o gol. Depois, sentiu o desgaste. Nota 6,5. 

Tchê Tchê – Passou trabalho com Rodrygo e Dodô. Nota 5. 

Moisés – Entrou para fechar o meio-campo. Deu um bom chute a gol. Nota 5,5. 

Thiago Santos – Entrou para marcar. Nota 5,5.

Roger Machado – Dominou o primeiro tempo, mas viu Jaílson salvar o time, depois. Poderia ter mudado o meio-campo, mais cedo. Nota 6. 

Terça-feira, no jogo de volta, o empate é do Palmeiras, no Pacaembu. A vantagem é muito grande e a tendência é uma classificação palmeirense.


Mattos rejeita favoritismo do Palmeiras e relembra desconcentração em 2017
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras enfrenta o Santos, na abertura das semifinais do Paulista, neste sábado, no Pacaembu. Para muitos, o Verdão é favorito para chegar à final, superando o adversário, em 180 minutos. Tem mais elenco, investimento e tem atuado melhor que o Santos, nas últimas partidas. No entanto, ninguém assume essa condição no clube. O blog entrevistou o diretor-executivo de futebol, Alexandre Mattos, sobre as questões relativas ao Estadual, comando de Roger Machado e a busca por reforços. Confira.

Palmeiras é favorito mesmo para ser Campeão Paulista?

Palmeiras vai buscar fazer o seu melhor sempre. Favoritismo a gente deixa para o externo. Vocês da imprensa, torcida. O que a gente sabe é que teremos um adversário muito difícil na semifinal e para passar por ele, nós vamos ter que jogar muita bola, se não a gente não passa. Então, Palmeiras vai estar sempre se dedicando para o melhor e, com muita humildade acima de tudo, sabendo que pode vencer e vai tentar de todas as maneiras para que isso aconteça.

O que não pode se repetir esse ano do que aconteceu na semifinal de 2017?

São fatores, né. Se você analisar, Palmeiras precisa ter muita consciência de que quando você disputa um mata-mata, as vezes 30 minutos de desconcentração, podem te causar uma perda de um título. Foi o que aconteceu no ano passado. Palmeiras não entendeu a maneira de atuar naquele jogo contra a Ponte Preta, principalmente, no primeiro tempo e isso nos trouxe problemas e, consequentemente, uma eliminação precoce.

Como analisas o comando do Roger, num grupo tão competitivo?

Muito positivo. Eu acho que o Roger está se impondo, mas as pessoas têm uma ideia de que só o treinador é o cara responsável. Há muitas outras pessoas no dia a dia. É uma comissão grande, numerosa, com cada um na sua função, ajudando no dia a dia. Absorvendo problemas, chateações, todos se envolvem nisso, tornando o ambiente o mais positivo possível e nosso ambiente é bem agradável.

Você concorda que o Palmeiras, além do time, é o Clube a ser batido a curto prazo, pela estrutura que montou?

Concordo que o Palmeiras tem uma gestão muito forte. Não falo só de futebol, falo da gestão como um todo. Isso faz com que o Palmeiras sempre esteja pensando em títulos. Algumas vezes vamos ganhar, outras vezes, não. Não tenha dúvida que, quando você pensa em excelência, torna-se um candidato muito forte. Tomara que o Palmeiras mantenha esse nível por muitos anos, mas sabemos que temos concorrentes fortíssimos, não só aqui em São Paulo, e vai ser uma disputa muito positiva para o futebol brasileiro.

Já contrataste um novo zagueiro?

Não, e nem estamos mexendo nesse momento, porque entendemos que os que estão jogando, estão muito bem. Ainda temos jogadores no elenco que podem atuar e o mercado não nos proporciona nenhum tipo de jogador que chegue, neste momento, acima dos que têm aqui. Se em algum momento, o Palmeiras entender que tem, não só um zagueiro ou algum jogador de mercado que possa nos ajudar tecnicamente, o Palmeiras o faz, sem problema algum.

Você tentou a volta do Mina, por empréstimo, pelo baixo aproveitamento dele no Barcelona?

Isso aí, tem horas que eu paro e penso. Será que as pessoas pensam, realmente. O Barcelona pagou 12 milhões de euros e um mês e meio depois, vai emprestar o Mina para o Palmeiras ou algum clube brasileiro? Acho que eu já respondi(risos).

Na classificação geral do Paulista, o Palmeiras é o líder com 32 pontos, 12 pontos à frente do Santos. No mata-mata, o Palmeiras só tem a vantagem de decidir como mandante, no segundo confronto.

 


Palpite para Santos e Palmeiras. Projeção de jogo aberto e intenso
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Alexandre Praetzel

Santos e Palmeiras abrem as semifinais do Paulista, neste sábado, no Pacaembu. Em 180 minutos, o Palmeiras é favorito, por tudo que conseguiu até agora, apresentando mais futebol e mostrando time e elenco mais encorpados do que o adversário. Óbvio que o Santos pode segurar o Verdão, passando de fase. Sempre foram confrontos bem jogados, mas no momento, a vantagem está mais para o lado palmeirense.

Do jogo da primeira fase, com vitória do Palmeiras por 2 a 1, houve algumas mudanças. No Santos, Dodô, Léo Cittadini e Rodrygo ganharam a titularidade, além da presença de Gabriel, ausente na ocasião.

No Palmeiras, Borja está na Seleção Colombiana e Bruno Henrique desbancou Tchê Tchê. Dois times com esquemas parecidos e prometendo velocidade e intensidade, dentro de campo.

O blog avaliou nome por nome, pelo desempenho do momento.

Vanderlei  X  Jaílson

Daniel Guedes  X  Marcos Rocha

Lucas Veríssimo  X  Antonio Carlos

David Braz  X  Thiago Martins

Dodô  X  Victor Luís

Alison  X  Felipe Melo

Léo Cittadini  X  Bruno Henrique

Jean Mota  X  Lucas Lima

Eduardo Sasha  X  Dudu

Gabriel  X  Willian

Rodrygo  X  Keno

Para o blog, 5×2 Palmeiras e  mais quatro posições iguais.

Dodô é bom lateral. Tecnicamente, superior a Victor Luís, mas está se entrosando aos poucos.

Eduardo Sasha é o melhor reforço santista, enquanto Dudu caiu muito de produção, apesar da qualidade.

Gabriel é talentoso. Tem mais cartaz que Willian, mas ainda precisa melhorar o custo-benefício, algo que Willian já tem no Palmeiras.

Rodrygo é uma grande promessa. Tem velocidade e bom drible. Keno é o jogador do drible, capaz de furar algum bloqueio.

O blog palpita 1 a 1. Estarei no Pacaembu. Hora da torcida santista lotar o estádio, porque o Palmeiras terá grande apoio na terça-feira, sem dúvida.

 

 

 

 


Willian José fica fora até do banco da Seleção. Não entendi
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Alexandre Praetzel

Willian José foi convocado para a Seleção Brasileira pelo seu perfil diferente dos demais. Um jogador de área que pode ajudar Tite a mudar o estilo do time, em casos mais emergenciais. Pelo menos, essa foi a explicação. Willian José faz boa temporada pela Real Sociedad da Espanha, mas nunca tinha sido chamado. Na penúltima convocação, antes da Copa do Mundo, seu nome foi apresentado com grande surpresa.

Agora, que ele poderia ser bem observado no amistoso contra a Rússia, foi cortado até do banco de reservas. Se ele não é opção para o jogo mais ''fácil'', o que dirá diante da forte equipe da Alemanha. E o treinador poderá fazer seis trocas na partida. A única justificativa aceitável é um provável mau desempenho nos treinamentos. A comissão técnica deve ter concluído que não houve boa adaptação. Afinal, foi uma convicção para integrá-lo ao grupo e, em apenas quatro dias, o centroavante fica de fora.

Junto com Willian José, Rodrigo Caio também sobrou. A concorrência do zagueiro do São Paulo é fortíssima e, hoje, ele está atrás de Geromel, sem dúvida. Miranda, Thiago Silva e Marquinhos estão garantidos na Copa do Mundo.

É bom enfrentar adversários mais qualificados na reta final, mas convocar novidades e não aproveitá-las, cabe explicação.

PS: Antes de começar o jogo, a CBF alterou o banco de reservas. Willian José voltou a ser relacionado no lugar do goleiro Neto. Tão estranho quanto antes.


Palmeiras e Corinthians são melhores que Santos e São Paulo
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Alexandre Praetzel

O Corinthians reverteu a desvantagem para o Bragantino, conseguindo a classificação para as semifinais do Paulista. O resultado de 2 a 0 foi conquistado com um bom primeiro tempo e boa postura do time, com as quatro mudanças de Fábio Carille. O meio-campo funcionou com Ralf, Maycon, Matheus Vital e Rodriguinho, criando oportunidades para aumentar o placar. O Bragantino ameaçou duas vezes em duas bolas aéreas, espelhando o problema defensivo corintiano. É algo que precisa ser corrigido.

Agora, o Corinthians enfrentará o São Paulo, com o jogo de ida no Morumbi e a volta em Itaquera. O Palmeiras pega o Santos, com os dois confrontos no Pacaembu.

Claro que nos quatro clássicos, pode haver surpresas. São Paulo e Santos têm condições de equilibrar as partidas, mas numa análise fria, Corinthians e Palmeiras são favoritos à final. Os times são melhores, possuem mais opções de elenco e são mais definidos taticamente. Já vimos equipes piores endurecerem, mas historicamente, os melhores saem vencedores.

Em Palmeiras e Santos, será o duelo de um time amadurecido, com possibilidades de variações, contra um adversário ainda em transição, buscando uma forma de atuar. O próprio Jair Ventura admite que o Santos vasculha o mercado, atrás de um meia ''diferente''. O Palmeiras tem Lucas Lima e Guerra, mais Scarpa, esperando liberação judicial. O Santos tem Vecchio e Jean Mota. Na primeira fase, Palmeiras 2×1, no Allianz Parque.

Em Corinthians e São Paulo, o melhor técnico do Brasil terá pela frente um treinador recém chegado. Óbvio que existe vantagem. O Corinthians defende o título e Carille não hesitou em alterar a formação titular, para tirar alguns atletas da zona de conforto. Segue competitivo, apesar de alguns tropeços. O São Paulo está recomeçando um trabalho com a chegada de Diego Aguirre. Provavelmente, o tricolor jogará no erro do adversário, sem muita exposição. Será o confronto de um grupo entrosado contra um São Paulo ansioso por vitórias. O Corinthians não perde há seis clássicos para o rival.

Projeções de boas partidas, com os quatro grandes chegando, repetindo a temporada de 2015.


Sidão é o titular do São Paulo, mas não precisa ganhar a vaga no grito
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Alexandre Praetzel

Sidão foi contratado a pedido de Rogério Ceni, em 2017. Fez boa temporada no Audax-SP e Botafogo-RJ e chegou ao São Paulo pelo bom posicionamento, capacidade de jogar com os pés e fama de pegador de pênaltis. No início, disputou a titularidade com Denis e Renan Ribeiro. Alternou boas e má atuações. Fez defesas interessantes, mas levou gols defensáveis. Acabou sobrando para Renan Ribeiro, até a chegada de Dorival Jr., no lugar de Ceni.

Dorival fixou Sidão como primeiro goleiro e deixou isso claro para todo mundo. O ano virou, Denis e Renan Ribeiro foram embora e Jean foi contratado do Bahia por R$ 10 milhões e contrato de cinco anos. Muitos apostavam que Jean seria o dono da posição, mas Dorival bancou Sidão.

Sidão se machucou no aquecimento do primeiro jogo contra o CRB-AL, pela Copa do Brasil. Uma lesão muscular o tirou dos gramados por 15 dias. Jean recebeu a oportunidade e teve desempenho razoável. No confronto importante diante do São Caetano, falhou no gol, já sob o comando de Diego Aguirre. No dia seguinte, Sidão postou algumas defesas nas redes sociais. Óbvio que o fato significou uma ''corneta'' no companheiro. Atitude desnecessária, que deixou Jean revoltado, com razão. Os dois acabaram se desentendendo no treinamento, domingo.

Pense bem, você treina com o colega todos os dias e tenta manter uma convivência saudável. Daí, quando você está fora, você posta suas qualidades, depois da falha do ''amigo''. Sidão foi mal e não precisava disso. Renovou contrato recentemente e tem aproveitamento melhor que o concorrente.

Sidão é o titular e só saiu do time por lesão. Por direito, deveria voltar, mas direito adquirido não existe no futebol. Cabe ao treinador de goleiros, em conjunto com o técnico principal. No Inter, Danilo Fernandes viveu a mesma situação e perdeu a posição para Marcelo Lomba.

Sidão tem que jogar bola e respeitar o colega. A equipe conseguiu uma classificação difícil e o goleiro tumultuou o ambiente. O blog pediu para falar com Sidão, mas o goleiro não respondeu às mensagens.


Chedid admite boa relação com o Corinthians e vê decisão só dentro de campo
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Alexandre Praetzel

O Bragantino joga por um empate para eliminar o Corinthians, no segundo confronto pelas quartas-de-final do Paulista. A partida será nesta quinta-feira, em Itaquera. No primeiro jogo, o Bragantino venceu por 3 a 2, como mandante, no Pacaembu. A decisão de atuar em São Paulo gerou muita repercussão negativa pelo fato do Corinthians ter o apoio maior do torcedor. No entanto, o Bragantino foi bem e conseguiu derrotar o adversário, surpreendendo todo mundo. O blog entrevistou o presidente do Bragantino, Marquinhos Chedid, sobre a projeção para os 90 minutos decisivos e a relação com o Corinthians, depois de tantas negociações entre os dois clubes. Acompanhem.

Te incomoda, quando dizem que o Corinthians teve o melhor adversário por todas as negociações de jogadores que vocês já fizeram?

Nós temos uma relação muito boa com o Corinthians, com o presidente Andrés. É uma relação fora do campo. Muitas vezes, o Bragantino precisou muito do Corinthians, o Corinthians ajudou o Bragantino, o Bragantino ajudou o Corinthians. Vê quanto que fez com o Paulinho, Romarinho, o próprio Felipe e vários jogadores. Isso faz parte do futebol, mas dentro de campo é outra coisa. Os jogadores que decidem dentro do campo. Nós damos motivação. Foi uma bela vitória. A relação fora de campo é de amizade e de respeito. Dentro de campo, os jogadores decidem o que é melhor.

Se o Bragantino eliminar o Corinthians, ainda será uma zebra?

Vão dizer que é, né. Mas tudo é possível. Está colocado, o Corinthians precisa fazer 2 a 0. Na Copa do Brasil de 2014, ganhamos do Corinthians por 1 a 0, no Mato Grosso e perdemos por 3 a 1, em São Paulo. Tudo é possível. Quem esperava uma vitória do Bragantino? Podemos nos comportar bem em Itaquera e conseguir um bom resultado. O Corinthians é o Corinthians, um time de camisa e tradição e merece todo o respeito.

O Bragantino respondeu em campo no primeiro jogo?

Dentro de campo, o Bragantino mostrou que não vendeu o jogo. Para parte da imprensa, que criticou como venda. O Bragantino não abriu mão da parte técnica, porque o Bragantino é um time de 90 anos, campeão paulista, vice-campeão brasileiro, revelou um monte de jogadores. Dentro das quatro linhas, ganhou o jogo. Eu falei na Federação, eu gosto de jogar no Pacaembu. Foi gostoso, né. 3 a 2.

Se o Bragantino empatar, estará classificado. Se houver uma derrota por um gol de diferença, a decisão da vaga será nos pênaltis.

 


Santos precisa melhorar muito para passar por Palmeiras ou São Paulo
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Alexandre Praetzel

O Santos se classificou nos pênaltis contra o Botafogo-SP, após empate em 0 a 0 no tempo normal, no segundo jogo das quartas-de-final do Paulista. O resultado deixou o Santos com 20 pontos e cinco vitórias, no cômputo geral. Assim, o Santos enfrentará Palmeiras ou São Paulo, nas semifinais. A ideia santista é mandar seu jogo no Pacaembu.

O Santos não jogou bem mais uma vez, com pouca criação de jogadas ofensivas e um repertório bem previsível. Jair Ventura escalou a mesma formação dos jogos anteriores, mas não funcionou em campo. O time perdeu a transição rápida e a capacidade ofensiva dos dois últimos anos. Claro que a qualidade técnica do elenco diminuiu, só que Jair não consegue tornar a equipe agressiva e veloz, mesmo contando com jovens atletas.

O Santos tem um goleiro muito bom e um sistema defensivo eficiente. Acontece que o Santos tem mais material humano que o Botafogo-RJ, ex-clube de Jair Ventura, e adota estilo parecido. Jair disse que também sabia armar esquemas ofensivos para justificar uma sintonia com o perfil santista. No entanto, o Santos está numa descendente. Óbvio que num mata-mata, o equilíbrio pode aumentar.

Agora, se o Santos pegar o Palmeiras, sabe que terá que se impor na parte tática ou na pegada. Se enfrentar o São Paulo, fica tudo igualado.

A lamentar, o público de 6 mil torcedores na Vila Belmiro. O torcedor parece que desistiu de apoiar. Vamos ver como será a reação da torcida, em dois clássicos futuros.

 


Elano faz estágio no Palmeiras e vê passagem positiva no Santos
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Alexandre Praetzel

Elano quer ser treinador. O ex-jogador do Santos, Grêmio, Flamengo e Seleção Brasileira está fazendo estágio e se preparando para entrar no mercado. Elano teve uma rápida experiência como interino do Santos, em duas oportunidades, em 2017. Ainda foi auxiliar nas comissões técnicas de Dorival Jr. e Levir Culpi. Prestes a finalizar um curso da CBF, Elano viu o Palmeiras abrir as portas para ele, no período de preparação. O blog entrevistou Elano com exclusividade sobre suas pretensões, estilo de jogo e a passagem pelo Santos. Confiram.

Como está o estágio para ser técnico?

O processo para ser técnico está sendo muito bacana. Estou vivendo algumas experiências muito legais, finalizando o curso da licença B da CBF. Já saíram em alguma mídia. Estou aqui no Palmeiras, fazendo meu trabalho de campo com o Sub-20. Está sendo muito legal. Professores Wesley, Gilnei, Flávio têm me dado total liberdade dentro do trabalho. Está sendo muito legal. E o Palmeiras tem sido muito acolhedor. A gratidão muito grande que eu tenho por esse momento e muito agradecido por estar vivendo esse momento, também.

O Palmeiras te convidou e abriu as portas?

Tem sido muito acolhedor. Tem me recebido com muito carinho. Todos os atletas que eu venho tendo contato, em especial ao Zé Roberto, que é um grande amigo. Nós tivemos essa conversa para que eu pudesse fazer esse trabalho dentro do Palmeiras, juntamente com o Cícero Souza(gerente executivo), que me abriu as portas, juntamente com o João Paulo, gerente da base. Me deram total liberdade para eu poder fazer esse trabalho e está sendo muito gratificante ver toda essa estrutura maravilhosa que o Palmeiras oferece e poder aprender com os profissionais que ali estão. Está sendo uma experiência muito bacana e legal para mim.

Qual será teu estilo de jogo como técnico?

Meu estilo eu vou adquirindo com aquilo que eu vou aprendendo. Sou um cara que gosta muito de jogar no ataque porque é assim que eu gostei a minha vida toda. Lógico que tem algumas circunstâncias em alguns jogos que você tem que ser um pouco mais defensivo, o que não impede que você tenha uma formação. Nem sempre que você esteja defendendo, você vai só defender. As vezes você vai puxar uma linha de três na defesa, para poder explorar seu contra-ataque. Isso depende também do time que você tem na mão. Você tem que trabalhar de acordo com o time que você tem, também, para ter bons resultados. No Brasil, você sempre tem que trabalhar em cima dos resultados porque a gente sabe como é inconstante, quando você não tem resultados. Então, eu procuro ter as minhas ideias e dentro desse processo de estudo que eu venho tendo, dentro e fora de campo, vai me dar uma bagagem legal. Dentro daquilo que eu fiz, já como treinador, que eu peguei em nove jogos, classifiquei o Santos para a Libertadores, acho que adquiri uma experiência, ao longo dos meus 22 anos de futebol profissional. Então, tudo isso eu vou trazer. Já defini minha comissão e vou seguir meu trabalho com o que eu acho, numa estratégia de ataque e defesa, para que possa vencer.

A passagem pelo Santos te prejudicou?

Não, jamais. Todas as passagens foram positivas. Até mesmo agora como treinador. Agradeço muito aos atletas, que sempre confiaram em mim. São meus amigos. Tive possibilidade de jogar com eles, depois fui o técnico deles. Da mesmo forma, continuamos com uma relação de amizade muito bacana. Foi tudo muito positivo. Eu cumpri meu trabalho, objetivo, deixei o Santos na Libertadores e agora eu sigo minha vida.

Recebeste alguma proposta?

Recebi duas, três propostas de trabalhos de clubes. Mas no momento, não estou a fim de pegar de primeira. Pretendo esperar esse ano ainda para finalizar meus cursos, minha comissão técnica. Isso é importante para que eu possa iniciar um trabalho, no ano que vem. Importante iniciar um trabalho e não pegar pela metade, já que é uma ideia de treinador. Se eu tiver que cometer algum erro, que eu cometa no início, mas eu tenho certeza que tem tudo para dar certo, da maneira que eu penso, que eu sou. Confio muito naquilo que eu estou fazendo e vou trabalhar para que seja o melhor para mim e para o clube que eu estiver defendendo.

Como vês o Santos do Jair Ventura?

Não posso falar de como é o time, de como ele trabalha porque eu não tenho acompanhado. Sei que ele tem bons jogadores na mão, são campeonatos difíceis que ele tem pela frente, mas eu não posso falar porque eu não tenho acompanhado o trabalho dele.


Diego Souza virou o herói improvável do SP. Lucas Fernandes foi o melhor
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Alexandre Praetzel

O São Paulo está nas semifinais do Paulista, após vencer o São Caetano por 2 a 0. O tricolor não jogou bem, mas competiu muito mais que no primeiro confronto e chegou ao placar necessário. O primeiro tempo foi equilibrado, com o São Paulo fazendo bons 15 primeiros minutos e o São Caetano tocando a bola com tranquilidade, explorando os contra-ataques. A principal dificuldade são-paulina foi a falta de passagem da bola pelo meio-campo. O time abusou de bolas longas e cruzamentos inúteis para a área adversária.

No segundo tempo, Diego Aguirre teve estrela. Voltou com Lucas Fernandes no lugar de Valdívia, machucado, e o São Paulo melhorou. Lucas Fernandes aumentou o ritmo da equipe e arriscou dribles e finalizações. Quase abriu o placar em duas oportunidades. O tempo foi passando e aí o goleiro Paes deu um gol de presente, chutando a bola em cima de Trellez e permitindo a abertura do escore. Eram 19 minutos e a partida estava igual. O São Paulo diminuiu a tensão e passou a pressionar o Azulão.

Depois, aos 34 minutos, Diego Souza substituiu Liziero e o São Paulo se abriu totalmente. Em outra jogada de Lucas Fernandes, Diego Souza subiu bastante e cabeceou para o gol, vencendo Paes. Dois a zero e o resultado que o São Paulo precisava. Diego Souza não fez nenhuma boa atuação pelo São Paulo, até o momento, mas foi decisivo quando ninguém esperava. Virou o herói improvável da classificação.

Agora, o São Paulo deve enfrentar o Palmeiras, nas semifinais. O São Paulo precisa melhorar muito e Diego Aguirre sabe disso. Dois grandes clássicos pela frente, sem dúvida.