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Arquivo : técnico

Santos precisa de técnico com urgência. Dirigentes batem cabeça
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Alexandre Praetzel

O Santos está com 16 pontos em 45 disputados, na Série A do Brasileiro. Pífio aproveitamento de 35,6%. O time pode entrar na zona de rebaixamento, nesta segunda-feira, se o Bahia empatar ou vencer o Atlético-MG. A campanha santista é ridícula, pelo elenco que o Santos tem. Não se brinca com futebol e a derrota para o América-MG deveria ligar o sinal de alerta. O Santos teve 30 finalizações, mas perdeu. Não colocou a bola na rede e o resumo é esse, apesar da superioridade na partida. O grupo de atletas é melhor do que alguns adversários. O mau momento deve ser colocado na conta da diretoria e no ex-técnico Jair Ventura, que não conseguiu consolidar um padrão de jogo, em sete meses de trabalho.

Esse tempo foi ainda mais perdido, quando a direção deixou para trocar o treinador, depois da Copa do Mundo. Foram 40 dias desperdiçados. Já nos amistosos no México, Jair reclamava que não tinha tempo para treinar, em meio à Copa do Mundo. Injustificável. E os dirigentes preferiram mantê-lo, apostando em bons resultados, mas bastaram dois empates para Jair sucumbir. Planejamento zero.

Agora, o Santos entrou em ritmo de urgência, para contratar um novo comandante. Osório, Luxemburgo ou Zé Ricardo, são os cotados. Perfis diferentes, mas quem se importa? Quando Jair foi dispensado, o Santos já deveria ter um profissional acertado para substituí-lo. Neste momento, o presidente Peres bate cabeça com seu vice, Orlando Rollo, e Ricardo Gomes fica no meio do tiroteio verbal. E ainda há o Conselho de Gestão, com sete membros, que precisa aprovar o nome escolhido. Tudo difícil e burocrático. Se continuar assim, há grandes chances de fracasso na Copa do Brasil e Libertadores da América. Hoje, o Santos é franco-atirador, apesar dos bons jogadores.

 


Palmeiras aposta em “choque” e história com Felipão
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Alexandre Praetzel

Luiz Felipe Scolari está de volta ao Palmeiras, com contrato até dezembro de 2020. Será a terceira passagem pelo clube. Nas outras duas, títulos da Libertadores da América, Copa do Brasil duas vezes, Copa Mercosul e Torneio Rio-São Paulo. Em 2012, saiu com o time na zona de rebaixamento do Brasileiro, com o Palmeiras terminando o ano rebaixado. Seis anos depois, volta como “Salvador da Pátria”. A diretoria apostou muito mais no “choque” ao elenco e na história vitoriosa do treinador.

Felipão chegará ao vestiário e ninguém baterá de frente com ele ou dará de ombros para qualquer determinação. O técnico tem lastro e carta-branca para escalar o time e mudar o elenco, barrando quem ele quiser. A acomodação rotineira do grupo, visível em 2018, vai acabar. Certamente, quem não estiver rendendo, vai para o banco de reservas. Um ambiente mais arejado e com todo mundo se cobrando, talvez recoloque o Palmeiras no rumo das conquistas.

No momento, a aposta é no currículo e na história de Felipão. Muita gente ainda o vê como o grande culpado da derrota de 7 a 1 para a Alemanha, em 2014. Isso será difícil vencer.

Em quatro anos, Felipão buscou o recomeço no futebol chinês, onde foi campeão com o Guangzhou Evergrande. Óbvio que a diferença entre o futebol brasileiro e chinês, é gritante. Felipão terá que provar se ainda é um bom estrategista e tático, dentro de campo, no calendário entupido do Brasil.

Eu, particularmente, acho que é um pensamento mágico. Mas só um profissional com o perfil de Felipão para romper a “zona de conforto” dos jogadores. Quem sabe, dá certo.


Novo técnico tem que romper a “zona de conforto” dos jogadores palmeirenses
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras demitiu o terceiro técnico em um ano e meio. Roger Machado caiu, após a derrota para o Fluminense. Antes, Eduardo Baptista e Cuca, sucumbiram com os desempenhos ruins do time. Ainda houve a saída de Alberto Valentim, depois de dez partidas, na reta final de 2018. Então, são quatro profissionais que não deram certo.

É curioso. O Palmeiras oferece toda estrutura física e financeira, tem um bom elenco, mas as coisas não andam. O time começa o ano como favorito e não emplaca. Será que só os treinadores são responsáveis?

Acho que os jogadores têm grande parcela de culpa. Me parecem acomodados, na sua grande maioria, surfando na onda da gestão. Contratos longos, salários e premiação em dia, mas pouco resultado e atitude em campo. Estão na chamada “zona de conforto”. A impressão é de que os boleiros pensam que vão ganhar a hora que quiserem. Isso já acabou há muito tempo. Se não competirem, correrem e mostrarem vontade e gana, ficarão pelo caminho.

Um exemplo claro. O Palmeiras vencia o Ceará por 2 a 0, antes da Copa. Levou o empate do lanterna do Brasileiro e os atletas saíram dizendo que foi um bom resultado, mesmo assim. Um conformismo irritante, sem cobranças. Roger ainda disse que o time estava próximo do ideal, mesmo perdendo para o Flu. Ninguém pode mais fugir da realidade. Hoje, o futebol está em todos os lugares e todo mundo vê o que acontece no campo. A diretoria é muito culpada, com pouco posicionamento e um vestiário anestesiado.

Acredito que o novo técnico tenha que ser alguém com esse perfil. Forte na cobrança, atitude e ambiente. Quem vier, terá que romper com os mimos aos jogadores. Quem joga em clube grande, tem que focar nos títulos, sempre. O novo treinador precisa escalar quem busca algo mais e quem entende o tamanho do Palmeiras.

Hoje, está muito fácil para quem chuta a bola. Costumo dizer que o futebol está nos “pés” dos boleiros. Eles determinam muita coisa. Fazem uma boa jogada e tudo bem. Não, não pode ser esse simplismo. Quem assumir o Palmeiras, terá que “atacar” isso. Do contrário, empatar com o Ceará, será sempre bom.


Direção do Santos perdeu 40 dias para dispensar Jair. Trabalho não foi bom
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Alexandre Praetzel

O Santos dispensou Jair Ventura. Em sete meses de trabalho, o treinador teve aproveitamento de 44,4%. Foram 39 jogos, com 14 vitórias, dez empates e 15 derrotas. O trabalho não foi bom. Em nenhum momento, o Santos teve padrão de jogo e boas atuações. Jair insistiu num esquema com três, ou até quatro atacantes, sem um meio-campo que funcionava. O discurso de que não tinha um armador no elenco, sempre foi uma desculpa esfarrapada, porque é obrigação do treinador encontrar outras opções táticas. O Santos poderia atuar com três zagueiros, com bons nomes no grupo. Foi até o fim com suas convicções, com desempenhos bem modestos. Em entrevistas pós-jogos, via outros jogos, em relação ao que acontecia. Isso também incomodava muita gente no clube.

Eu sempre sou a favor do trabalho e da continuidade, mas desta vez, o Santos acertou, apesar de perder 40 dias, na parada da Copa do Mundo. Antes do Mundial, o Santos já vinha mal, mesmo classificado para as quartas-de-final da Copa do Brasil e oitavas da Libertadores da América. No Brasileiro, flerta com a zona de rebaixamento, desde que o campeonato começou, há 14 rodadas. Já era para ter trocado, dia 13 de junho. O planejamento foi equivocado mais uma vez.

Agora, o Santos está no mercado. Zé Ricardo, Dorival Jr. e Cristóvão Borges, são nomes comentados. O certo é que o Santos pode jogar e render mais, com qualquer técnico. O elenco é bom, para a realidade brasileira.


O que falta para Barbieri ser efetivado no Fla? Ele é interino até no site
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Alexandre Praetzel

O Flamengo é líder do Brasileiro com 26 pontos em 33 disputados, aproveitamento de 78,8%. São oito vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Marcou 20 gols e levou seis. Tudo isso com o comando de Maurício Barbieri. O profissional do clube é considerado por muitos, o grande responsável pela campanha rubro-negra, além de ter levado o Fla às oitavas-de-final da Libertadores da América e quartas da Copa do Brasil.

Aos 37 anos, Barbieri ainda é tratado como técnico interino, até mesmo no site oficial do Flamengo. Você acessa e busca informações sobre o profissional, e lá está a foto de Barbieri com a denominação “Técnico Interino”. Não deixa de ser uma curiosidade o fato da diretoria não tratar Barbieri como treinador principal. Com os números alcançados, Barbieri já merecia o cargo.

Será que um outro profissional assumirá o time, após a Copa do Mundo? Muita gente fala nos bastidores que o lugar está sendo guardado para Cuca, que vai atuar como comentarista de TV, no Mundial. Mas os dirigentes silenciam sobre o assunto.

Em outros clubes, já aconteceram situações onde os “interinos” estavam bem, foram substituídos por mais experientes, e a equipe desandou. O maior exemplo foi o Palmeiras de 2009, comandado por Jorginho. Na ocasião, Jorginho teve aproveitamento de 76,19%, em sete partidas, deixando o Palmeiras em segundo lugar no Brasileiro, até a chegada de Muricy Ramalho, que não conseguiu classificar o Verdão nem para a Libertadores da América.

Barbieri é jovem, mas tem uma certa experiência. Foi técnico principal do Audax Rio, Red Bull Brasil, Guarani e Desportivo Brasil. No Flamengo, são dez vitórias em 17 jogos. Uma marca que pouca gente esperava. Talvez, por isso, nem o presidente Eduardo Bandeira de Melo e seus dirigentes, queiram cravar sua efetivação. Vão esperando os resultados e, enquanto estiver dando certo, ele vai “ficando”.

 

 


Autuori assume como técnico de time búlgaro
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Alexandre Praetzel

Paulo Autuori é o novo técnico do Ludogorets da Bulgária. O treinador foi anunciado nesta terça-feira para um contrato de dois anos.

Autuori terá o desafio de levar o time à fase de grupos da Champions League, após a Copa do Mundo.

O Ludogorets conta com dez jogadores brasileiros no elenco.

Autuori deixou a direção executiva de futebol do Fluminense, duas semanas atrás. Já manifestava o desejo de voltar a ser treinador, mas fora do Brasil.

Autuori está com 61 anos.


Palmeiras faz fiasco no Brasileiro. Roger é o único responsável?
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Alexandre Praetzel

Guardiola costuma dizer que um time ganha campeonatos nas últimas oito rodadas e perde nas oito primeiras. Por esta ótica, o Palmeiras vai se complicando no Brasileiro. Tem apenas 11 pontos em 24 disputados. É o décimo colocado com 45,8% de aproveitamento, com três vitórias, dois empates e três derrotas. Dá para dizer que venceu com duas boas atuações, contra Atlético-PR e Bahia. Nos outros seis jogos, não conseguiu manter consistência e foi muito mal nas três derrotas. Claro que ainda é cedo para determinar que o Palmeiras não pode ganhar o título, mas o quadro é bem negativo para um elenco considerado favorito.

Na projeção inicial, o Palmeiras sempre foi colocado no pelotão da frente, ao lado de Flamengo, Corinthians, Grêmio e Cruzeiro. Dos cinco, é o que apresenta pior futebol. E não consegue engrenar. Dez entre dez palmeirenses pedem a cabeça de Roger Machado. Mas será que o técnico é o único responsável? Já ouvi várias teorias de pessoas ligadas à vida diária do clube e relato algumas.

– Roger trabalha bem no dia a dia, mas não mantém formações treinadas. Foi apelidado de “Confuso”, por alguns do grupo.

– Mattos pressiona demais e incomoda os jogadores.

– Encontro com a uniformizada revoltou os atletas.

– Diretores querem um ex-treinador “cascudo” para ser um lastro a Roger, trabalhando com Mattos.

– Roger não tem força para comandar o vestiário.

– Palmeiras precisa de um técnico experiente e líder.

No futebol brasileiro, quando um grande clube vai mal, surgem diversas causas para o mau desempenho. Na minha opinião, passa muito por um pensamento de futebol. O Palmeiras pode ser protagonista, mas precisa ter humildade também. Há adversários do outro lado que sabem como enfrentá-lo. Se um esquema não funciona, testa-se outro. Medalhões não podem ter cadeira cativa. Os melhores devem jogar, sempre.

Roger Machado está previsível nas suas decisões e parece que os jogadores estão incomodados. Mas não é o único responsável. Os próprios atletas podem dar mais e os dirigentes devem estar mais próximos do treinador. Será que trocar de técnico, vai mudar muita coisa, se o pensamento continuar o mesmo? Costumo dizer que quem manda no futebol são os jogadores. E que o ambiente hoje representa 70% do trabalho. Se não houver comando e o dia a dia for conturbado, tchau. Não há técnico que resista.

Agora, o clássico contra o São Paulo virou o limite. Como se um único Choque-Rei mudasse tudo do dia para a noite. Nunca foi assim.


Palmeiras não engrena e irrita a diretoria. Roger segue em análise
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras não consegue ter uma sequência de boas atuações. Mandou três partidas durante a semana e só foi bem contra o Bahia, na vitória por 3 a 0. Quarta-feira, o pior desempenho do time na temporada, no empate de 1 a 1 com o América-MG. A vaga para as quartas-de-final da Copa do Brasil, amenizou a situação.

Neste sábado, não adiantou ter elenco com opções. O Palmeiras perdeu para o Sport por 3 a 2, e ainda desperdiçou um pênalti com Keno, no último minuto de jogo. O Sport foi muito bem e mereceu a vitória, diante de um Palmeiras que fez 1 a 0 e achou que ganharia a hora que quisesse. Em nenhum momento controlou a partida e chegou a ser dominado na segunda etapa.

A irregularidade palmeirense preocupa, ainda mais com jogadores experientes e acostumados a grandes confrontos. Se o elenco é de bom para muito bom, por que a equipe não sustenta bons resultados? Aí, é hora do treinador também. Sem Willian, poupado pelo desgaste, Roger Machado entrou com Guerra como falso 9. O Palmeiras teve jogo coletivo razoável e chegou ao gol de Keno, com participações de três atletas, pelo menos. Vantagem parcial pelos 15 minutos finais do primeiro tempo.

Na segunda etapa, o Sport foi para cima e o Palmeiras não conseguiu se impor. As substituições de Roger até foram bem pensadas, tecnicamente, mas o time abriu o meio-campo mais uma vez e o Sport aproveitou, virando o placar. Taticamente, a equipe se perdeu. Fez o gol com Hyoran em jogada individual, mas depois levou mais um em bola aérea. Verdade que Dudu perdeu um gol imperdível e Keno errou um pênalti, mas o Palmeiras não merecia mais do que um ponto, e olhe lá.

A derrota e a atuação da equipe deixaram os dirigentes muito irritados. O blog apurou que Roger Machado volta a ficar ameaçado no cargo pelo fato do Palmeiras não engrenar, apesar de estar classificado na Libertadores da América e Copa do Brasil. As duas partidas ruins contra América-MG e Sport, pesam na avaliação da diretoria.


Claudinei Oliveira: “Entrar ligado e evitar um gol do Palmeiras, no início”
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Alexandre Praetzel

O Sport tentará atrapalhar o Palmeiras, neste sábado, no Allianz Parque. O time de Recife trocou o treinador, após a segunda rodada, e melhorou seu desempenho, depois da chegada do técnico Claudinei Oliveira. O Sport é 12º colocado com oito pontos em 18 disputados. O blog entrevistou o treinador, a respeito da projeção para a campanha da equipe, a busca por reforços e a mudança na forma de trabalho com o elenco. Acompanhem.

Sport está pronto para uma boa campanha no Brasileiro ou as dificuldades são grandes?

A dificuldade no Brasileiro sempre é grande. Não só para o Sport, como para todas as equipes. A gente está pronto para entregar uma equipe bem organizada, fazer bons jogos e brigar por todos os resultados e pontos que a gente vai disputar. A gente sabe que o Brasileiro é bem complicado, mas eu acho que com o empenho que os jogadores estão demonstrando, a gente consegue fazer um bom trabalho e terminar bem o campeonato.

Como segurar o Palmeiras no Allianz Parque?

A receita é entrar bem concentrado, evitar tomar um gol no início da partida. Não tem hora boa para sofrer gols, mas se o Palmeiras faz um gol no início, se tranquiliza e tem muita qualidade para trocar passes e o jogo fica mais difícil.  Para a gente conseguir, é entrar bem ligado e evitar esse gol no início do jogo, a gente consegue, encaixando nossa equipe, fazer um grande jogo.

Como conseguiste melhorar o Sport, depois da saída complicada do Nelsinho Baptista?

Em termos de performance do dia a dia, não tenho muito o que falar, porque não estava aqui. O que realmente aconteceu, foram os resultados, com duas vitórias nos dois primeiros jogos, uma derrota para o Cruzeiro e um empate com o Corinthians, apesar do Corinthians não estar com sua equipe completa, a gente pressionou, mas não conseguiu vencer o jogo. Então, acho que da minha parte, procurei colocar questão que eu entendo como organização de equipe. Não quer dizer que o que eu estou falando está certo e o Nelsinho estava errado. Muito pelo contrário, até pela experiência do Nelsinho. Mas a gente botou nossa cara, o que a gente acha que é interessante. Os jogadores compraram a ideia e têm procurado fazer dentro de campo. Então, na realidade, não é melhorar o que vinha sendo feito. É fazer um bom trabalho em cima daquilo que a gente acredita. É isso que estamos procurando fazer.

Ainda espera por reforços e o time só luta para não cair?

A gente está atento ao mercado, mas a gente sabe da dificuldade em contratar. Está difícil, até porque o Sport está se encaixando num novo patamar financeiro. Já não tem jogadores tão midiáticos. A gente está procurando investir numa equipe dentro da realidade financeira que pede o futebol atual, dentro do orçamento. Mas, a gente reforçar um pouco mais o elenco, dentro de uma oportunidade de negócio, sem desqualificar quem está aqui, mas trazer alguns jogadores com características diferentes daqueles que a gente tem. Jogadores que te dêem um leque diferente de opções, para não trazer mais do mesmo, jogadores com a mesma característica. Esperamos qualificar o elenco e trazer algumas peças, até a parada para a Copa. O objetivo mínimo do Sport é a permanência na Série A. Mas a gente não pode brigar só por isso. Eu acho que o Sport tem que brigar por uma vaga na Sul-Americana, pelo menos. É isso que a gente vai buscar.

O Sport deve entrar em campo com Magrão; Cláudio Winck, Ronaldo Alves, Ernando e Sander; Anselmo, Fellipe Bastos, Neto Moura, Gabriel e Marlone; Rafael Marques.


Santos classificado em primeiro, mas com futebol constrangedor
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Alexandre Praetzel

O Santos terminou em primeiro lugar no seu grupo da Libertadores da América. Somou dez pontos em 18 disputados, com um empate melancólico diante do fraco Real Garcilaso-PER. É o pior líder, entre os oito classificados. O placar de 0 a 0 mostrou que o Santos é um time que atua com três atacantes, mas finaliza muito pouco. A questão não é mais se o Santos perdeu o DNA ofensivo, e sim como retomá-lo num esquema de jogo sem criação. Não adianta ter jogadores com perfil de ataque, se a bola não chega quase nunca na frente. Já vi times com quatro volantes e dois velocistas empurrarem os adversários para trás. O Santos é um time confuso e não é de hoje.

Verdade que está nas oitavas da Libertadores e quartas-de-final da Copa do Brasil. O problema é o nível de desempenho do elenco e do técnico Jair Ventura. O Santos joga feio e não evolui. Vive de erros dos adversários mais fortes e torce para oponentes menores darem espaços. Se isso não acontecer, o zero no escore vira uma realidade. E o Santos tem bons nomes individuais, mas o coletivo inexiste. Perder para o Luverdense e empatar com o Garcilaso, não pode ser visto como normalidade.

Jair costuma valorizar tempo de posse de bola, para justificar o trabalho atual. O Santos teve 75% contra 25% e isso não resultou em nada. Já passou da hora de Jair buscar uma forma diferente de jogar. Se não, sua saída é questão de tempo. Domingo, contra o Cruzeiro, a tendência é que não vença de novo. Assim, Jair não vai aguentar. E pode cair por teimosia e insistência nos equívocos, apesar de ser defendido pelo presidente Peres e pelo gerente de futebol, William Machado.

Ah, a Vila Belmiro recebeu 5.016 torcedores. Parece que os santistas desistiram do atual modelo.