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Lisca pega o Palmeiras e crava: “Qual técnico não é “bombeiro” no Brasil?”
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras enfrenta o Ceará, neste domingo, como favorito no Castelão, em Fortaleza. Será o duelo de um dos melhores times do Brasil contra o lanterna do Brasileiro. No comando técnico cearense, estará Lisca, retornando ao clube no seu segundo jogo, após empatar com o Botafogo, quarta-feira, no Rio de Janeiro. Lisca volta ao Ceará para tentar manter a equipe na Série A, como fez em 2015, garantindo o Vozão na Série B, depois de dez confrontos decisivos. Em entrevista exclusiva ao blog, Lisca vê muita motivação em pegar o Palmeiras, admite a possibilidade de mudanças no elenco e faz uma avaliação real da situação dos treinadores no Brasil. Confira a seguir.

Como enfrentar um dos melhores times do Brasil, na situação atual do Ceará?

E um dos maiores investimentos da América. É difícil em qualquer circunstância. Na atual, é um jogo de importância muito grande para a gente porque nós temos que pontuar o mais rápido possível. Sabemos que temos a parada da Copa e isso vai ser importante para uma reestruturação do trabalho e enfrentar o Palmeiras é uma motivação grande também. Pela grandeza do adversário, pela importância que um resultado positivo daria para a sequência do nosso trabalho. É um jogo que motiva o jogador ao natural e o próprio torcedor do Ceará também. Tem muito torcedor palmeirense aqui, então é enfrentar na dificuldade para achar uma grande oportunidade para iniciar o processo de pontuação no campeonato e depois usar a parada de 40 dias para reestruturar o trabalho.

Com o atual elenco, é possível permanecer na Série A?

Quando eu cheguei aqui no Ceará, já ouvi uma grande discussão sobre a formatação do elenco, se havia ou não a necessidade de reforços. Acho que isso é uma discussão que existe em todos os clubes, ainda mais nesse momento num ano atípico que tem a Copa do Mundo, a parada. Times que estão na frente também estão pensando em se reforçar e se reestruturar. Tem a questão da janela que abre para fora. Então, é o momento muito ativo de movimentação no mercado. E o Ceará é o último colocado. Automaticamente, passa por um processo de reavaliação que já vinha antes da minha chegada. Alguns processos já encaminhados, algumas situações bem adiantadas. Depois desses dois jogos, contra Palmeiras e Atlético-MG, com certeza as coisas vão mexer dentro do clube.

A diferença financeira pesa demais ou isso não pode servir como desculpa?

Sempre é bom ter mais dinheiro para investir, poder investir em jogadores de qualidade, ter um plantel mais equilibrado, boas opções, que não caia muito o nível entre um jogador titular e reserva. Hoje em dia, as equipes estão jogando muitas competições, então tem muitas equipes com três jogadores por posição, de boa qualidade. O Palmeiras é um exemplo. Fica mais fácil, mas não pode servir como desculpa. Se não, os times de maior dinheiro ganhariam sempre e não é assim que acontece no futebol. E os times de menor orçamento têm que se reinventar, achar dentro das situações de jogo, da parte de estratégia, qualidade coletiva, organização, aproveitar a oportunidade de poder mudar de patamar, profissionalmente. Tudo isso é importante para o jogador.

Teu trabalho anterior no Ceará foi tão difícil como esse?

Meu trabalho no Ceará, em 2015, tinha um objetivo similar, que era não cair, com circunstâncias diferentes. Antes, eram dez jogos, estávamos na Série B, um outro nível de competição. Agora, é Série A. São 28 jogos que faltam, com uma parada de 40 dias, com uma janela aberta, com mercado que vai mexer muito, com as equipes mexendo muito nos seus plantéis. São circunstâncias bem diferentes, mas objetivos comuns.

Achas que tens que mudar o rótulo de “Salvador” para times em más atuações?

Todo o projeto e sonho de um treinador, é um trabalho a médio e longo prazo. Uma estruturação, um início de temporada. Isso é o que todos nós buscamos, mas no futebol brasileiro isso é quase uma utopia. Qual treinador hoje no futebol brasileiro que não é bombeiro? É uma pergunta que eu te faço. Dentro do que a gente vê no mercado, treinadores que ontem foram campeões, amanhã já não estão trabalhando nos clubes. Então, a nossa média de permanência num clube de futebol brasileiro é três meses e 17 dias, algumas vezes você consegue estender mais, algumas vezes você consegue voltar no clube que já passou, como é o meu caso aqui no Ceará, como foi também no Náutico, na Ulbra, no Inter, Luverdense. Então, é uma realidade do mercado. Algumas vezes que a gente começa o ano também, não tem o planejamento financeiro estabelecido. Começa o ano, com investimento menor, os Estaduais estão cada vez mais com investimentos menores. Principalmente, os clubes médios e pequenos, para depois um investimento maior. Então, é difícil para um treinador começar a temporada e dar sequência, porque aqui há um imediatismo enorme de resultados. Acho que, desde que iniciei minha carreira, o nosso trabalho é hoje muito jogo a jogo, resultado e nós vamos nos adaptando. Hoje, a oportunidade aparece também para mim, dentro da dificuldade. Sou um treinador que começou cedo e estou buscando meu espaço no mercado e as oportunidades que têm aparecido são dentro dessas circunstâncias, mas também é positivo, porque dentro dessas circunstâncias, as pessoas chamam quem tem capacidade e experiência e qualidade para reverter essas situações. Então, a gente tem que se preparar para todo o tipo de trabalho e no momento, o que tem aparecido, são essas situações.

O Ceará tem quatro pontos em quatro empates, após dez partidas. Lisca é o terceiro técnico do ano. Marcelo Chamusca e Jorginho(com apenas três partidas, deixou o clube), foram os anteriores.


Cristóvão: “Treinador tem que ganhar primeiro, para ganhar tempo no Brasil”
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Alexandre Praetzel

Cristóvão Borges está parado há um ano, sem trabalhar no Brasil. Tirou esse período para estudar, aprender novos métodos e retomar sua trajetória como técnico, no futebol brasileiro. Aos 58 anos, Cristóvão vem de duas passagens rápidas e sem bons resultados, por Vasco (2017) e Corinthians (2016). No clube paulista, teve a oportunidade de trabalhar com Fábio Carille, atual campeão brasileiro e bicampeão paulista. Em entrevista exclusiva ao blog, Cristóvão elogia o modelo do Corinthians, valoriza novos cursos e admite que o treinador precisa primeiro ganhar, para depois conseguir trabalhar no país. Acompanhem.

Como você está vendo o mercado de técnicos no Brasil? Algo em vista?

Tenho visto muitas coisas boas, principalmente do Grêmio. Grêmio tem jogado um futebol maravilhoso. A gente tem visto um começo de trabalho do Fernando Diniz, que vai ser muito interessante para todos nós. Tem muita gente trabalhando muito bem e a gente vê treinadores podendo trabalhar durante muito tempo. Tem o Mancini no Vitória, Enderson no América-MG. Essas perspectivas são muito boas e importantes. Eu quis parar durante um ano porque eu estava fazendo muitos trabalhos seguidos, sem tempo para fazer uma reavaliação e análise. Eu parei para isso e durante esse período, estudei e estou estudando bastante. Entendi um monte de coisas e procurei corrigir. Estou pronto. Daqui a pouco, estou voltando.

Corinthians do Carille teve algo de você?

Não, não. O Corinthians tem o jeito próprio, que é uma coisa de filosofia, como tem o Barcelona de muito tempo. No Brasil, guardadas as proporções, o Corinthians também tem. Então, é uma coisa que foi solidificada durante muito tempo. O Corinthians conseguiu ser um clube vencedor e vai continuar sendo, porque fez isso muito bem. Um trabalho que vem do Mano, depois o Tite consolidou isso e o período que eu estive, foi curto e, claro, durante esse período, algumas coisas a gente procurou colocar, mas lógico, para colocar tudo, eu precisaria de muito mais. Minha passagem foi enriquecedora, importante, porque justamente vi a forma como tudo isso foi construído, de maneira interessante e importante.

No Brasil, há uma disputa entre ex-jogadores e acadêmicos para os cargos de técnicos?

Não. Isso é uma coisa antiga. Já aconteceu há muito tempo e não existe mais. Inclusive, a CBF tem um curso de treinador, que é um curso que ajuda bastante para o encontro de todo mundo. Existe uma troca muito grande e enriquece a todos. Estamos todos necessitando e precisando, cada vez mais, ficarmos melhores, estudar, se atualizar, acompanhar tudo que acontece no mundo inteiro.

Achas que o Brasil será campeão do mundo?

Acho que dessa vez, a gente vai assistir, de uma outra forma e com confiança. um Brasil preparado para disputar a Copa, de maneira que possa ganhar. Logicamente, é um torneio curto, com outros aspirantes à mesma condição. Tem Alemanha, Espanha e França, que são equipes que vão brigar pelo título. Dizer que vai ser campeão é muito difícil, mas está preparada e pode ser campeã, sim.

Técnico ainda vive de resultados ou as gestões podem mudar?

Ainda vamos, porque isso é uma cultura que existe há muitos anos. Essa é a maior razão da minha parada. Fui estudar e preparar meu método de trabalho e treinamento, para que possa se adequar ao pouco tempo de trabalho, para que o processo aconteça de forma mais rápida. Durante esse tempo, estudei, me preparei para isso. Métodos de treinos, tipos, para que eu possa fazer com que o processo seja acelerado e que não tenha prejuízo nenhum. Na verdade, o treinador aqui, precisa primeiro ganhar, para ganhar tempo e depois trabalhar. Então, se o jogo é assim, a gente tem que se preparar. Foi isso que eu fui fazer.

 


Roger pediu garantias e Palmeiras aceitou. Paulista não será obrigação
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Alexandre Praetzel

Roger Machado será o treinador do Palmeiras, em 2018. Será o quinto clube que ele vai comandar. Passou por Juventude, Novo Hamburgo, Grêmio e Atlético-MG. O melhor trabalho foi no Grêmio, mesmo sem títulos. No Galo, foi campeão mineiro, mas em nenhum momento o time deslanchou. Acabou dispensado e substituído por Rogério Micale, outro que sucumbiu à má temporada.

Roger pediu um contrato de dois anos e garantias de que não será demitido, em caso de fracasso no Campeonato Paulista. Ele não pretende sofrer como Eduardo Baptista, demitido depois de cair para a Ponte Preta, nas semifinais do Estadual. A diretoria prometeu que o Estadual não será levado em consideração, caso não haja título, e determinou um ano de contrato. Resta saber se esse acordo será cumprido à risca, com a cultura resultadista do futebol brasileiro.

Convivi com Roger, quando ele foi jogador do Grêmio. Foram dez anos de 1994 a 2003. Sempre foi um atleta exemplar e vitorioso. Personalidade forte, não gostava muito de conceder entrevistas para mim, por causa das perguntas mais incisivas. Exercia uma liderança silenciosa e dificilmente desfalcava o time. Fez 207 partidas pelo time tricolor e ganhou Libertadores, Recopa Sul-Americana, Gaúcho, Copa do Brasil e Brasileiro. Aos 42 anos, tem capacidade para repetir a mesma trajetória na boca do túnel.

Agora, viverá a pressão de agradar a uma das mais exigentes torcidas da América do Sul. Costumo dizer que técnico sem muita bagagem e lastro, não consegue aguentar o Palmeiras. Tomara que Roger consiga tempo para implantar o mínimo do que ele acha ser o ideal. No Grêmio, muito toque de bola, velocidade e movimentação. Há quem diga, que o Grêmio de Renato tem muito de Roger. Façam suas avaliações. O certo é que o Palmeiras tem elenco para atuar com a bola no chão, envolvendo os adversários. Isso não foi possível em 2017. A conferir com uma nova metodologia.

PS: A assessoria de imprensa do Palmeiras entrou em contato com o blog para esclarecer que:

A contratação do técnico Roger Machado foi feita para implantarmos uma filosofia moderna de trabalho. Desta forma, ele terá o tempo suficiente para desenvolver seus métodos. Ao mesmo tempo, o Palmeiras entrará em todas as competições para vencer. Os objetivos sempre serão no caminho de conquistar os títulos e o Campeonato Paulista é o primeiro que iremos dedicar todo esforço para sairmos campeões.


Levir Culpi e o rótulo dos treinadores
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Alexandre Praetzel

Quando um treinador é demitido no Brasil, fico aguardando as justificativas dos dirigentes para tal decisão. A quase totalidade é pela falta de resultados. Outras, porque perdeu o vestiário, tem mau relacionamento com alguns jogadores, escalações equivocadas ou trabalho ruim no dia-a-dia.

Dorival Jr. caiu no Santos pela queda no desempenho da equipe, segundo a diretoria. Já surgiram outras razões, como a intromissão do filho Lucas e sua péssima relação com os atletas, o “poder” dos intocáveis Ricardo Oliveira e Renato, a religião dominante no grupo e a falta de pagamento dos salários. Ok. Mas o Santos está invicto na Libertadores e pegará o Flamengo, nas quartas-de-final. Na cultura resultadista dos dirigentes, o trabalho não pode ser considerado ruim.

Então, vamos ao alvo santista: Levir Culpi. Ficou anos no Japão e retornou ao Brasil, como técnico do Atlético-MG. Em 2014, foi campeão da Copa do Brasil e Recopa Sul-Americana e o responsável pela saída de Ronaldinho Gaúcho. Em 2016, foi campeão da Primeira Liga com o Fluminense e bateu de frente com Fred, determinando a transferência do goleador para o Galo. Saiu do Flu, depois de dez jogos sem vitória.

Levir Culpi já mostrou que é bom técnico. Agora, qual o critério para contratá-lo? Provavelmente, o rótulo de “Comandante do Vestiário”. O cara que não permite comando paralelo. Que, teoricamente, trata todos com igualdade. Que não vai permitir acomodações e panelinhas. Pode ser.

Mas e o trabalho tático e técnico? Qual a avaliação que é possível fazer? Levir gosta de futebol acadêmico ou competitivo? Conseguirá extrair o máximo dos jogadores? Fica tudo na teoria. No imponderável, seria melhor apostar em Elano. Mais barato e conhecedor das entranhas do CT e da Vila Belmiro.

O fato é que os treinadores são escolhidos com critérios muito vazios. Tudo depende do rótulo obtido e de quem está disponível no mercado. Até a próxima queda e busca por outro “paizão”, “mobilizador”, “tático” ou “disciplinador”. O trabalho fica em segundo plano.


Qual o momento de dispensar um técnico?
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Alexandre Praetzel

Rogério Ceni é idolatrado pela torcida do São Paulo por tudo que conquistou como goleiro do clube, com mais de mil jogos e 100 gols. Foi anunciado como treinador, no seu primeiro desafio na boca do túnel, e reverenciado pelos tricolores. Ponto.

Passados cinco meses de trabalho, a euforia e o amor acabaram. Ontem, após a eliminação vexatória na Copa Sul-Americana, são-paulinos perderam a paciência e pediram a saída do ídolo, nas redes sociais. Palavras como despreparado, sem humildade e com prazo de validade vencido foram rotineiras num intervalo de 30 minutos, depois da partida. A diretoria banca a permanência de Rogério Ceni, mesmo sem avanços da equipe dentro de campo e três quedas consecutivas em torneios importantes. Agora, fica a pergunta. Qual o momento de dispensar um técnico?

Sou defensor de 120 dias de trabalho para se iniciarem as cobranças, no imediatismo brasileiro. Rogério Ceni teve esse tempo com promessas inovadoras, mas nunca vimos evolução, apesar dele despejar números positivos a cada entrevista coletiva. Uma mudança pode ocorrer quando:

– Não houver crescimento do time e dos jogadores. O trabalho é considerado bom no dia-a-dia, mas os resultados e os desempenhos são regulares ou ruins. Eduardo Baptista caiu por isso no Palmeiras;

-Atletas perderem a confiança no treinador com críticas públicas e falta de comprometimento. Isso não é visto no São Paulo, apesar de Thiago Mendes ter dito que o grupo está se adaptando ao treinador, algo normal numa nova filosofia;

– Derrotas consecutivas. Rogério Ceni só não foi demitido porque é o Mito Rogério. Qualquer outro nome, já estaria fora. Agora, a voz das arquibancadas pode influenciar nos gabinetes do Morumbi;

-Mau relacionamento interno. Acredito que isso não existe, mesmo depois da polêmica do fair-play de Rodrigo Caio no jogo contra o Corinthians e o desconforto no vestiário.

Se eu fosse dirigente são-paulino, não trocaria. O time não é fraco, mas precisa de reforços e de uma revisão do trabalho do treinador. Pode haver uma conversa para expor os erros e tentar ajustar a equipe para um Brasileiro dificílimo, melhorando o coletivo. O São Paulo é espaçado demais e não tem compactação. Ainda dá para segurar por cinco partidas. Agora, se as vitórias não vierem, a situação ficará insustentável. Como já aconteceu em outros casos no futebol mundial.

 


Espinosa admite supresa por jejum gremista e elogia o Atlético-MG
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Alexandre Praetzel

O Grêmio decide a Copa do Brasil contra o Atlético-MG, a partir da próxima quarta-feira. O tricolor gaúcho busca um título nacional há 15 anos, após vencer o mesmo torneio, em 2001. Renato Portaluppi assumiu o comando do time e o Grêmio cresceu, também com o reforço de Valdir Espinosa como coordenador-técnico e sustentáculo para o amigo Renato, no vestiário. Espinosa foi o treinador campeão da América e do Mundo, em 1983, além de ex-jogador do clube, nos anos 70. Em entrevista exclusiva ao blog, Espinosa projetou confrontos equilibrados com o Galo, falou sobre o crescimento de Renato e elogiou a postura do Grêmio. Acompanhe abaixo.

Grêmio é mais time

“Não diria mais que o Atlético-MG. As duas equipes chegaram na decisão por somarem méritos e agora vão decidir realmente quem é o melhor. Vai depender dessa decisão para saber e você apontar, bom, esse foi o melhor dentro da Copa do Brasil. Isso nós vamos saber com esses dois jogos. O Grêmio está se preparando cada vez mais porque sabe a responsabilidade, sabe a importância que é acabar com o jejum de 15 anos e respeita o adversário, mas vai enfrentá-lo para vencer”.

Decidir em casa é melhor

“É muito relativo. Eu acho que vale para as discussões, quando você vai para sentar num barzinho, né. Aí começa aquele bate-papo, tal, pede um aperitivo, enfim, um tira-gosto. O bom é jogar fora. Não, o bom é jogar em casa, mas naquele jogo, naquela época, aí as histórias vêm e o salgadinho vai aumentando, o dono do bar fica satisfeito porque mais tempo você fica ali conversando. Enfim. Falando sério. Não tem essa. Lá fora, se você fizer um retrospecto, muitas vezes teve uma vantagem em jogar fora, muitas vezes jogar dentro de casa. O importante, eu sempre digo, é estar preparado para qualquer situação”.

Renato é bom técnico

“Está aprendendo cada vez mais. Eu acho que isso é que faz e o Renato me surpreende a cada dia porque ele busca aprender. Dentro desse aprendizado, ele vem num crescendo”.

Futebol mudou muito com jogadores mimados e pouco comprometidos

“Eu não diria isso. Diria até que se cobra pouco no futebol. A gente tem desculpa para tudo. A gente começa assim: eu quero disputar a Libertadores, depois reclama que está disputando. Eu quero disputar a Sul-Americana, depois reclama que está disputando. Chega em julho, estamos cansados. Estamos jogando muito. A gente só reclama, reclama, reclama, e o que é pior, eu tenho dito isso há anos, através dos meus vídeos. Vai terminando o campeonato brasileiro e a pergunta que se faz é a seguinte no Brasil inteiro em bate-papo, em debates na televisão, rádio e jornal. Como foi tecnicamente o campeonato brasileiro? A resposta sempre é a mesma: não foi bom, abaixo do nível. Olha que há anos é isso e esse ano foi de novo abaixo do nível. Só que a gente para para mudar? Não, a gente só reclama que foi abaixo do nível, mas não senta para dizer aonde está o erro, como temos que melhorar”.

Modelo de gestão brasileiro

“Eu não vou entrar nessa área. Eu vou ficar na minha área de campo, aquela que eu tenho entendimento, aquela que eu tenho experiência. É nessa área que eu busco aprender cada vez mais e nessa área que nós temos que buscar as correções. Entendo que fora de campo, muitas mudanças poderiam e deveriam acontecer, mas eu acho que a mais importante de todas ainda é dentro de campo. É dentro de campo que nós temos que melhorar mais, que nós temos que ter mais coragem, fazer mais cobranças. Vou puxar o Tite como exemplo. O que hoje e há um tempo atrás, muita gente não via jogo da seleção brasileira ou quando via, via com aquela coisa, que coisa chata que eu vou ver e quando terminava, dizia, que coisa chata que eu vi. Seis jogos do Tite e a gente ficou satisfeito. A gente viu uma coisa muito importante. Sorriso no rosto dos jogadores. Isso era alegria. Esse sorriso era um comprometimento de ajudar um companheiro e fez com que a gente sorrisse também, olhando o jogo e a gente sorrisse. Moral da história: havia um comprometimento de jogar bem. Nós temos que ter exatamente isso. O comprometimento de jogar bem. O resultado é consequência do que você fizer em campo e não buscar o resultado pelo simples fator de vencer de qualquer maneira como tem que acontecer. Acho que a maior esperança que eu estou vendo há anos no futebol foi esse momento do Tite na seleção. está fazendo a coisa com simplicidade. Outro detalhe. Num dia ele pegou, já estava treinando. Não teve tempo de treinar e não está reclamando. Simplesmente, ele está trabalhando. Essa é a seleção? Esse é o tempo de treino? Ok. Vou aproveitar bastante e não estou buscando desculpa. Até eu brinco, ele pode falar um pouquinho difícil, mas ele faz a coisa muito simples. É importante. Ele não está querendo ser o dono da verdade, nem o inventor da bola, porque a bola já foi inventada há muito tempo. Simplesmente, está fazendo a bola rolar no chão”.

Surpreso com jejum de 15 anos sem títulos nacionais

“Falo como torcedor. Claro que sim. Como torcedor, você não pode admitir que um time como o Grêmio fique um tempo desse sem ganhar título. Por isso, eu sei a importância, não só como torcedor, como profissional também, de acabar com esse jejum”.

Existe um grande jogador no Grêmio

“Eu acho que nós temos bons jogadores no Grêmio. Na defesa, Geromel, Kanneman que chegou. Grohe na seleção, Marcelo, enfim. Douglas no meio. Jogadores jovens que estão despontando, alguns que ainda não despontaram, mas são jovens, dentro de um aprendizado e buscando experiência. Acho que a equipe está bem e equilibrada”.

Atlético-MG

“Uma equipe que tem experiência, tem qualidade técnica. Uma equipe que tem qualidades e vai chegar na condição de disputante ao título por méritos conquistados. Não foi por fazer as coisas erradas, assim como o Grêmio. E como eu te disse no início. No final desses dois jogos, é que se vai dizer. Na Copa do Brasil, o melhor foi….Tomara que seja o Grêmio”.

Treinador novamente

“Serei sempre treinador”.

Além de treinar o Grêmio, Espinosa se destacou também no Botafogo, quebrando o jejum de títulos do clube, vencendo o campeonato carioca, em 1989, diante do Flamengo. Espinosa tem contrato com o Grêmio até dezembro, mas irá permanecer, se Renato ficar.

 


Diretor do Corinthians quer gestão responsável e sem loucuras em 2017
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Alexandre Praetzel

O Corinthians já começou o planejamento para 2017. O atacante Luidy do CRB-AL é o primeiro reforço. O diretor de futebol, Eduardo Ferreira, conversou com o blog, em entrevista exclusiva. Leia abaixo.

Idéia de elenco para 2017 e alguma posição fundamental

“Estamos começando um trabalho de análise do que temos e do que precisaremos para 2017. Uma coisa é certa. Seremos competitivos”.

Corinthians será vendedor em 2017 como foi em 2016

“Isso é o mercado que vai ditar. Se vierem com um caminhão de dinheiro e oferecerem ao jogador, infelizmente nenhum clube no futebol brasileiro consegue segurar o atleta. Aqui, trabalhamos muito e a administração sempre terá a responsabilidade com o futuro do Corinthians. Ninguém fará loucuras para simplesmente satisfazer o ego e trazer jogadores e arruinar as finanças do clube. Vamos buscar o que for necessário para o time, com muita responsabilidade”.

Atacante Sassá do Botafogo está encaminhado

“Como te disse, estamos iniciando o trabalho para 2017. Só após apurarmos as necessidades, vamos definir os nomes. Estamos focados em promessas e jogadores com experiência”.

Corinthians terá recursos para grandes nomes

“O mais importante é ter responsabilidade e acima de tudo trabalhar com eficiência para buscar os nomes certos e montar um time que represente as tradições do Corinthians”.

Utilização dos jogadores da base

“Nos últimos anos, a base do Corinthians tem demonstrado que também pode contribuir para a formação de um grupo de jogadores no clube. Temos o dever de zelar, com todo o cuidado, para que o jogador da base chegue e permaneça, para que possa ter um futuro conosco. Nesses últimos dois anos, estamos muito focados neste trabalho. É só ver a quantidade de meninos que desde o ano passado, jogam, ficam no banco e treinam conosco no dia-a-dia”.

Novo técnico será um nome afirmado ou um jovem em ascensão

“Estamos focados no Brasileiro e Copa do Brasil com nosso treinador Fábio Carille”.

Em 2016, o Corinthians vendeu bastante e contratou também. No entanto, nenhum dos reforços ainda virou unanimidade positiva para a torcida. No Campeonato Brasileiro, o Corinthians é 7º colocado com 41 pontos. Na Copa do Brasil, disputa uma vaga nas semifinais contra o Cruzeiro, após vencer o primeiro jogo por 2 a 1, em São Paulo.


Abel Braga não descarta futebol paulista em 2017 e diz que Inter não cai
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Alexandre Praetzel

Abel Braga pretende voltar ao trabalho, em 2017. Em entrevista exclusiva ao blog, o técnico falou sobre seus planos, o momento de interromper um trabalho e a situação delicada do Inter, time que ele treinou seis vezes e tem grande identificação. Acompanhem abaixo.

Trabalhar no futebol paulista em 2017

“Não sei. Voltando né, passou aquele problema da rescisão do contrato que eu tive lá nos Emirados. Pronto, agora estou totalmente habilitado. Aconteceram muitas coisas aqui no futebol brasileiro, houve chances, mas eu penso assim, você quando começa um trabalho, você tenta montar uma equipe de jogadores dentro das características que você vai usar como estratégia, sistema de jogo. Aí não deu certo com um treinador, não deu certo com o segundo, será que vai dar certo com o terceiro? Não acho legal, sabe, ficar pegando no meio. Nos últimos 14 anos, o único clube que eu peguei no meio, que me esperou três meses, foi o Fluminense, em 2011. Vieram os resultados, entramos na Libertadores e no ano seguinte ganhamos o Carioca, ganhamos o Brasileiro. Depois no Inter, começando também do início, né, poxa, campeão gaúcho, botamos na Libertadores, ficamos em terceiro lugar no Brasileiro. Então, você vai vendo, acho que o meu raciocínio é certo né. Eu não tenho, não quero ser protagonista, não sou, nunca fui, protagonista é jogador. Então, não me acho milagreiro, não me acho nada disso. Prefiro pegar no início, né, até no momento de ser cobrado, ser cobrado de forma mais justa”.

Momento de interromper um trabalho ou dispensar um treinador

“Existe. não tenha dúvida. Existe, porque isso tudo é muito complexo, mas é claro também que você treinador tem que se adaptar à filosofia do clube, algum tipo de projeto que foi criado, isso tudo tem que ter possibilidade de acontecer. Então, existe porque existem momentos que a coisa não vai bem, isso também tem que ter consciência disso. Eu tenho um negócio comigo assim porque quando você é contratado, tudo é mil maravilhas. Pô, o diretor é gente boa, o cara é correto, o presidente é simpático, o cara gosta do treinador e da conversa com o treinador. Depois, quando as coisas não tiverem acontecendo, tem aquele problema, o cara não quer te mandar embora porque tem a multa rescisória. Eu não tenho multa. Eu não trabalho com multa porque da mesma maneira que o clube tem essa liberdade de mandar embora na hora que quiser, eu também tenho a opção e a possibilidade de sair no momento que eu achar adequado ou propício”.

Inter ameaçado de rebaixamento 

“Nós estamos falando ainda num momento muito duro, muito difícil, mas está delicado, mas não vai cair. Não vai cair porque o Celso é bom, a equipe é boa, está readquirindo a confiança e o torcedor vai abraçar. O que eu já vi no jogo contra o Santos, fiquei maravilhado, os caras levantaram mesmo, abraçaram os jogadores e isso vai ser um grande diferencial”.

Abel Braga treinou o Inter em 2014, quando classificou o time para a Libertadores da América. Não permaneceu por decisão do presidente eleito Vitório Píffero. Agora, aguarda propostas para 2017. No futebol paulista, treinou apenas a Ponte Preta, em 2003.

 


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