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Lucca nega atrito com Carille no Corinthians e quer coisas grandes no Inter
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Alexandre Praetzel

Lucca deixou o Corinthians e foi emprestado ao Inter, no início do Brasileiro. Virou titular e pretende deixar o passado corintiano para trás. Nome importante como alternativa no elenco que conquistou o título, em 2015, Lucca perdeu espaço no Corinthians, depois da sua renovação de contrato, em 2016. Passou para a reserva e acabou emprestado para a Ponte Preta, onde foi bem, em 2017. Voltou ao Corinthians, mas fez apenas nove jogos e seguiu para Porto Alegre. Em entrevista exclusiva ao blog, Lucca negou problemas com Fábio Carille, evitou falar do Corinthians atual e projetou coisas grandes pelo Inter. Acompanhem.

Como estás vendo a tua retomada no Inter?

Tudo bem, estou me sentindo bem. Podendo ajudar a equipe. Estamos numa sequência boa. Ficou um gostinho um pouco amargo contra o São Paulo, porque tivemos as melhores oportunidades.

Inter está mostrando um futebol para brigar na parte da cima do Brasileiro, ao invés de apenas permanecer?

Cara, meu pensamento em nenhum momento passa só por permanecer. Quero coisas grandes, minha equipe quer coisa grande. Nós, lá dentro, pensamos assim e vamos em busca das vitórias que a gente precisa para alcançar o nosso objetivo.

Por que você não teve uma sequência normal no Corinthians, depois ter renovado contrato em 2016, após ter sido campeão em 2015?

Não sei. Quem poderia responder melhor, eram as pessoas que estavam no comando. Eu, em todo o momento, procurei respeitar. Não é muito da minha índole, reclamar, fazer algum tipo de gesto ou entrevista reclamando de alguma coisa. Procuro trabalhar. Futebol, as pessoas que estão no comando acabam tendo que escolher por alguns atletas e as escolhas foram de outros atletas. Normal. Procurei trabalhar para estar à disposição e não consegui ter sequência. Agora, estou tendo essa sequência e está sendo muito importante para mim.

Você teve algum desentendimento com Carille no Corinthians?

Nenhum. O que eu tenho para falar desse cara são só coisas boas. É um cara sensacional, uma pessoa espetacular. Não tive nenhum problema com ele. Depois que eu voltei, o pessoal de 2017 deu dois títulos para ele. Então, nada mais justo do que ele confiar nos jogadores que deram isso para ele. Então, sem problema nenhum. Vamos acabar com isso. Professor, um grande abraço, boa sorte e estou na torcida. Você já provou e não precisa provar mais nada para ninguém. Você é sensacional.

Você teria lugar no Corinthians de hoje?

Não sei. Prefiro não falar sobre isso. Meu pensamento é só no Inter.

Pelo Inter, Lucca tem oito jogos e um gol marcado. Ele está emprestado até dezembro. Tem contrato com o Corinthians até junho de 2019.


Erro de Mantuan fez jus à má atuação do Corinthians. Derrota justa em POA
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Alexandre Praetzel

Osmar Loss conheceu sua segunda derrota em dois jogos no comando técnico do Corinthians. O time perdeu para o Inter por 2 a 1, de virada, justamente. O Corinthians abriu o placar aos quatro minutos do primeiro tempo e recuou, como fez em outras ocasiões. Carille já adotava essa postura e Loss repetiu.

No entanto, há jogos em que a equipe será empurrada para a defesa, e foi isso que aconteceu, em Porto Alegre. O Corinthians deu a bola para o adversário e apenas marcou. É verdade que o Inter não criou muito, mas teve mais posse de bola e acampou no campo corintiano.

No segundo tempo, o panorama não mudou. O Inter continuou em cima e o Corinthians especulava um contra-ataque. Odair Hellmann sacou o lateral-esquerdo Iago e colocou o atacante Nico López. Patrick foi para a lateral e o Inter ganhou espaço pelos lados, ainda com vantagem no meio-campo. Dominou a partida e empatou com o oportunismo de Leandro Damião, sem chances para Walter. O goleiro evitou a virada em chute de Rodrigo Moledo, na sua frente. Antes, Matheus Vital perdeu a única chance de gol criada pelo Corinthians, cabeceando para defesa de Danilo Fernandes. Pouco, muito pouco para o Corinthians. Loss tentou deixar o time mais ofensivo, mas o Inter seguiu dono do jogo.

Nos acréscimos, o erro do garoto Mantuan, com colaboração de Walter. Parece que faltou comunicação. Mantuan foi matar a bola e escorregou, permitindo a conclusão de Rossi, com Walter fora do gol. O menino desabou, mas o goleiro também ajudou. Mantuan recebeu o apoio de todos os companheiros e alguns adversários e precisa levantar a cabeça. O empate estava praticamente definido e seria um ponto ganho para o Corinthians.

Por linhas tortas, a virada do Inter deu justiça ao placar. Resta ao Corinthians reagir e jogar mais. Loss vai seguir a linha de Carille ou vai implantar seu modelo e filosofia? O Corinthians pode atuar de outras maneiras, sem dúvida. Caberá ao treinador.

 


Presidente que trabalhou com Loss no Inter o elogia e prevê sucesso
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Alexandre Praetzel

O Corinthians enfrenta o Inter, neste domingo, no estádio Beira-Rio. Será o segundo jogo de Osmar Loss, no comando técnico da equipe. Loss começou suas atividades como treinador da base, no próprio Inter. Quem trabalhou com ele, foi o ex-presidente Giovani Luigi. Avesso a entrevistas, Luigi concordou em falar com o blog, elogiou Loss, projetou uma boa carreira para ele e ainda comentou sobre o momento de reconstrução do Internacional. Confira a seguir.

O Sr. conhece Osmar Loss dos tempos do Inter e trabalhou com ele. O Sr. acha que ele está pronto para o desafio de comandar o Corinthians?

Ele trabalhou comigo quando eu era vice-presidente e um pedaço de quando eu estava iniciando na presidência. É um jovem, que se preparou muito, dedicado, passou por todas as esferas do futebol, desde os meninos. Isso, sem dúvida, ajuda muito. Trabalhou sempre num clube grande. Daqui do Inter acabou indo para o Corinthians, também passando pela base e conquistando a Copa São Paulo Júnior. Tem feito um grande trabalho. Posso dizer que é de caráter e como pessoa para lidar com o grupo, excepcional. Acredito que nesses anos que se passaram, eu já convivo mais com ele há cinco, seis anos, deve ter se aperfeiçoado mais. Está pronto, na minha avaliação. De longe, vejo que ele tem todas as condições de fazer um grande trabalho no Corinthians.

O Sr. acha que um clube grande do Brasil consegue sustentar um profissional tão jovem no comando?

Isso depende muito de dois fatores fundamentais. Um, que o presidente do clube e o vice de futebol não deixem entrar opiniões de conselheiros, outras pessoas, dentro do vestiário. O vestiário deve ser comandado pelos profissionais que estão ali e pelos cargos políticos normais e o presidente do clube. Também o grupo de jogadores, que tem uma cultura de reagir de formas diferentes. O Loss já vinha trabalhando com o Carille, tem convivido com o grupo, o tempo todo. Tempo suficiente para que a diretoria do Corinthians pudesse fazer uma avaliação do trabalho dele. Portanto, não tenho dúvidas de que a diretoria do Corinthians avaliou todas as questões. Mas eu vejo que ele tem potencial enorme para vencer e trabalhar no Corinthians.

Transportando para o Inter, com a história do Sr., o Odair Hellmann lhe agrada?

Odair também não tem tanta bagagem como o Osmar Loss, se eu fosse fazer uma comparação, mas são desses novos treinadores que estão surgindo. Nada contra os experientes, mas o mercado de treinadores estava exigindo o surgimento de novos nomes. Então, vejo que o Odair, Loss, Carille e outros, são uma safra de treinadores importantes para o futebol brasileiro. O mercado estava muito inflacionado, se repetindo, e vejo que o Odair também tem potencial. Espero que, quem está lá, tenha feito a avaliação correta e veja potencial no Odair. Na época que eu trabalhei com ele, ele era um profissional extremamente dedicado.

Como o Sr. vê a investigação do Ministério Público do RS, sobre a gestão passada do Inter, financeira e administrativamente?

Faz três anos e meio que eu saí. Então, é difícil fazer uma avaliação. Eu não tenho condições de poder dar um depoimento falando sobre questões que saem algumas coisas na imprensa. Mas eu tenho certeza que o clube tem condições muito grande, uma torcida extraordinária, foi campeão do mundo há 12 anos, já ganhou duas Libertadores, Sul-Americana, tantos títulos. Tem um estádio quitado, tinha 100 mil sócios pouco tempo atrás, agora deva ter 80, 70 mil, tem uma torcida exuberante. Tenho certeza que o Internacional, quem sabe já nesse Brasileiro, possa fazer uma grande campanha, pelo menos, chegando na Libertadores.

Na sua opinião, por que o clube caiu tanto e foi rebaixado para a Segunda Divisão?

É difícil fazer essa reflexão do por que caiu para a segunda divisão. Estou há bastante tempo fora. Talvez, qualidade do grupo, falta de união, não sei como estava a preparação física. São variáveis assim que pesam. A questão da presença da diretoria. Várias questões que podem juntas, num determinado momento, levarem o clube a esse ponto. Mas o mais importante, nesse momento, o Inter já subiu para a primeira divisão e quem está lá, tenha consciência da grandeza do clube e faça com que a gente volte, novamente, a produzir jogadores nas categorias de base. Me lembro que em 2001, nem vou falar nos tempos recentes quando surgiram Daniel Carvalho, Nilmar, Rafael Sóbis, Pato, Fred, que vai para a Copa do Mundo. Em 2001, o Inter vendeu o volante Fábio Rochembach para o Barcelona e o zagueiro Lúcio para a Europa. Dois jogadores negociados no mesmo ano. O Inter sempre foi um celeiro de ases, um clube que conseguiu produziu jogadores. Sem dúvida nenhuma, clubes da grandeza do Inter precisam produzir atletas, constantemente, para dar retorno esportivo por um, dois anos, e depois trazer retorno financeiro. O Inter possui um déficit financeiro e precisa suprir isso, vendendo ativos, e o único ativo é o direito econômico do jogador.

O Sr. é a favor da reeleição do presidente Marcelo Medeiros?

Eu vejo que o Marcelo pegou o clube numa situação dramática, em vários aspectos. Conseguiu no primeiro ano, fazer o dever de casa, que era subir o Inter para a Série A. Entendo, que nesse momento, se ele for candidato, seria justo ele buscar a reeleição e fazer com que o Inter participe de Libertadores e grandes competições internacionais.

O Sr. sempre o novo Beira-Rio com o projeto que foi aprovado. O Sr. já imaginou se o Inter tivesse reformado o estádio com recursos próprios?

Com recursos próprios, hoje, entendo que os clubes brasileiros não têm condições. Até porque nós tínhamos a Copa do Mundo. Não dava para fazer com recurso próprio, fazendo aos poucos, daqui sete, oito, dez anos, estaria tudo pronto. Nós tínhamos um prazo muito curto. Não vejo fluxo de caixa para poder honrar o clube. No final, o Inter, no meu entender, fez um grande contrato, onde hoje tem domínio total do estádio. O estádio é quitado no seu nome. O Inter deu para a construtora todas as áreas que o Inter não tinha antes. O Inter não tinha edifício-garagem, a construtora explora por 20 anos. Não tinha “Sky box”, cadeiras vips, vários restaurantes e bares, e isso foi cedido para a construtora por 20 anos. Já se passaram três anos, faltam 17. O Inter ainda tem aquele estacionamento térreo de 2.200 vagas. Isso é receita do clube, mas tem um edifício-garagem que nunca ia fazer e sempre foi uma coisa, independente de Copa do Mundo, que era super necessária. Todo mundo que ia ao estádio, reclamava que isso era importante. Então, o Inter hoje tem um edifício-garagem com três mil vagas que é explorado pela construtora, em contra-partida como ressarcimento para aquilo que ela investiu. Então, vejo que o Inter fez um grande negócio. Não fui só eu, chamei uma comissão de obras e várias pessoas ajudaram. Encontramos um modelo e se formos comparar com outros estádios pelo Brasil, o nosso negócio foi melhor ainda.

Por que o Sr. parou de frequentar o Inter e ir ao estádio? Ficou uma mágoa na sua gestão?

Eu entendo que, principalmente, naquele período que eu estive na presidência(2011/2014), houve muitas brigas políticas, muitas convocações extraordinárias do Conselho, busca incessante para tentar provar que o clube estava mal gerido, mal administrado. Essas coisas assim, fizeram com que eu talvez perdesse o romantismo. Aquilo que eu tinha desde jovem, que era torcer pelo clube, time, quando jogava fora, a gente ficava num radinho escutando. Com esse desgaste que passei, pela construção do estádio, acabou realmente me fazendo perder o romantismo daquela coisa que o torcedor tem. Agora, fico em casa, vendo os meus jogos pela TV, não preciso estar convivendo e cumprimentando certas pessoas que, quando presidente, eu tinha a obrigação pelo status do cargo. Hoje, eu sou um mero torcedor e portanto, eu posso me dar a certos luxos.

O Vitório Píffero seria uma dessas pessoas que o Sr. não gostaria mais de cumprimentar?

Não, não entro no mérito no nome de pessoas. Não é essa situação. Sempre tive um bom convívio com ele e outras pessoas. Aliás, quando eu estava na presidência, ele nem ia nas reuniões do Conselho. Enfim, são coisas que já passaram. O Inter é muito grande. Tomara que faça um grande Brasileiro e, quem sabe, chegue à Libertadores. E que no ano que vem, produza mais jogadores e seja postulante a grandes títulos.

Luigi era o presidente, quando Osmar Loss estava na base do Inter. Presidiu o clube de 2011 a 2014, com quatro títulos gaúchos e uma Recopa Sul-Americana. Enfrentou oposição forte no conselho e foi o antecessor da péssima gestão de Vitório Píffero, investigada pelo Ministério Público e que causou o rebaixamento do time para a Série B do Brasileiro.

 


Um Grenal longe dos grandes clássicos. Inter foi um time pequeno
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Alexandre Praetzel

O Grenal 416 terminou em 0 a 0 porque o Grêmio não conseguiu furar o bloqueio o Inter. O jogo comprovou a superioridade técnica gremista com 75% de posse de bola contra um adversário que atuou os 94 minutos na defesa. André perdeu uma chance e Danilo Fernandes foi exigido apenas uma vez. O Grêmio ainda teve dois pênaltis que não foram marcados pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio. Um cometido por Fabiano em cima de Cortez e o outro de Patrick em Luan. Só o Grêmio jogou, mas tecnicamente, o Grenal deixou a desejar.

O Inter adotou a estratégia de não perder. Funcionou e somou um pontinho sobre seu maior rival. Agora, a mediocridade colorada chamou a atenção. O Inter atuou como time pequeno, de acordo com a mentalidade do seu treinador, e Renato teve razão ao cornetar. O Inter é muito grande para jogar assim, sempre buscando o empate e ficando satisfeito com isso. Em cinco jogos, marcou apenas duas vezes, na única vitória sobre o Bahia por 2 a 0, com dois gols de Nico López, que nem foi aproveitado no clássico. Num campeonato de pontos corridos, empatar muito deixa a equipe patinando na classificação. O objetivo inicial e, talvez o único, é permanecer na Série A. O que vier depois, é lucro.

Já o Grêmio vai brigar em cima, como esperado. Claro que deixou de ganhar quatro pontos em casa e isso pode fazer falta lá na frente, mas ainda tem time e elenco para reagir e buscar a pontuação, longe de Porto Alegre. O Grêmio é candidato ao título. Ao Inter, resta lutar para ficar na primeira divisão.


Grêmio nunca foi tão favorito contra o Inter. Nos times e postura
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Alexandre Praetzel

Neste sábado, haverá o Grenal 416, válido pelo Campeonato Brasileiro. Acompanharei de longe, como fiz nos clássicos anteriores, desde julho de 2007, quando me transferi para São Paulo. De 1995 a julho de 2007, trabalhei em todos os Grenais e nunca vi uma diferença tão grande como agora.

O time do Grêmio é muito melhor e deverá vencer mais uma vez. Na grande maioria dos jogos, o melhor saiu vencedor. Também já vi equipes inferiores engrossarem bastante e até ganharem, mas isso é bem reduzido.

Neste momento, o Grêmio é superior em tudo. Elenco, time, comissão técnica, diretoria, planejamento e postura. Há uma ideia de futebol, busca por vitórias e olhar para o presente e futuro. Quem joga no Grêmio, tem que saber o tamanho do Grêmio. Romildo Bolzan Jr. incutiu isso em todos no clube e os resultados apareceram.

Do outro lado, existe um “coitadismo”, desculpas para tudo e o tal papo de reconstrução. O Inter gasta milhões em folha salarial e não tem um time. Encheram o vestiário de jogadores mais ou menos, que sentem a pressão e não reagem às adversidades, além de permitir que D’Alessandro seja uma espécie de “técnico”, dentro de campo. Só se fala no passado e na Série B. Tudo é problema e o discurso é derrotista. O Inter já entra de cabeça baixa. A última tolice é o pedido dos jogadores para não serem provocados pelos adversários. Como se isso não existisse em grandes confrontos. Falta personalidade, claramente.

Óbvio que o futebol é um esporte que apresenta surpresas diárias, mas dificilmente, o Grêmio deixará escapar outra vitória. Qualquer outro placar, será zebra. O blog aposta em 2 a 0 Grêmio, sem sustos.


Jair Ventura e Odair Hellmann merecem críticas. Trabalhos são fracos
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Alexandre Praetzel

A cultura de dispensar treinadores voltou a ser debate neste momento. No futebol brasileiro resultadista, basta uma sequência ruim para as atenções voltarem aos técnicos. Particularmente, avalio trabalho e resultado e os dois devem caminhar juntos. Após o último domingo, dois nomes ficaram na berlinda: Jair Ventura e Odair Hellmann.

O Santos foi goleado impiedosamente pelo Grêmio, escancarando sua deficiência tática e a insistência equivocada de Jair, num esquema de jogo sem padrão e cheio de buracos, facilitando para os adversários. Jair insiste em três atacantes, com um meio-campo aberto e apenas um marcador de ofício. Tem um bom goleiro e boa defesa, que sucumbem com tanta pressão do outro lado. O Santos lidera seu grupo na Libertadores, é verdade, mas não teve nenhuma grande atuação. Está vivendo de brilhantismos individuais, com o menino Rodrygo resolvendo em alguns lances. Coletivamente, o Santos não funciona. Acho que não é a hora de demitir Jair Ventura, mas ele precisa rever conceitos e deixar claro que gosta de times defensivos, sem querer agradar a torcida, distante das suas convicções. Até agora, não soube armar a equipe de forma compacta e competitiva. Já pode ser cobrado, sim

Em Porto Alegre, o Inter apostou em Odair Hellmann, funcionário do clube e auxiliar fixo. Assumiu no final da Série B do Brasileiro, em 2017. Em 2018, foi sexto colocado no Campeonato Gaúcho, caiu para o Vitória na quarta fase da Copa do Brasil e tem início fraco na Série A. São quatro pontos em 12 disputados e desempenhos apenas razoáveis. Contra o Grêmio, foi facilmente batido em dois clássicos e venceu um, quando o Grêmio tinha vantagem de três gols. Pouco. O Inter tem uma folha salarial altíssima, fez várias contratações e não tem um time formado. Dentro de campo, é uma equipe de cabeça baixa e preocupada só em não perder. Quando isso acontece, olha-se para o comando técnico. Odair é bem intencionado, mas suas observações pós-jogos, muitas vezes não condizem com a realidade. Teve dias livres de trabalhos e o Inter não apresentou nada de novo. Acredito que o Inter precisa de alguém mais experiente para convencer e controlar um vestiário recheado de nomes experientes e resistentes a novidades. A tendência é o Inter lutar para não cair e ser derrotado facilmente pelo Grêmio, no próximo sábado. Aí, Odair não resistirá.

Antes que alguém venha dizer que Fábio Carille não ganha há quatro jogos com o Corinthians, ele é o técnico campeão brasileiro e bi paulista. Não dá para comparar as situações.

 


Zeca é ótimo reforço para o Inter. Só precisa ser justo e profissional
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Alexandre Praetzel

O Inter anunciou a contratação de Zeca, num contrato de quatro temporadas. O clube gaúcho fechou o negócio com o Santos, envolvendo o atacante Eduardo Sasha na troca. O Inter ficará com 50% dos direitos econômicos, assim como o Santos permanecerá com a mesma fatia de Zeca.

Zeca processou o Santos, alegando atraso no pagamento do FGTS e ameaças a sua integridade e da família. Isso começou em outubro de 2017, mas Zeca sofreu derrotas seguidas nos tribunais. A ascensão e o bom futebol de Sasha no Santos, abriram uma porta para a transação com Zeca e “salvaram” a carreira do lateral, neste momento. Zeca não tinha mais para onde correr. Flamengo, Palmeiras, Girona da Espanha e Corinthians, mostraram-se interessados na sua contratação, mas desistiram por determinações dos seus advogados. Ou Zeca entrava em acordo com o Santos(algo distante), ou esperava uma negociação de algum time com o próprio Santos. O Inter quis contratá-lo, Zeca retirou o processo na Justiça e todos seguiram suas vidas.

Zeca fará 24 anos, no dia 16 de maio. Pelo Santos, disputou 137 jogos e marcou quatro gols. É um atleta de qualidade e tem condições de recomeçar e mostrar seu bom futebol no Inter. Chega e joga, rapidamente. Certamente, é um dos melhores da posição no Brasil. Tomou uma decisão equivocada e ficou parado por seis meses. Agora, precisa colocar a cabeça no lugar e voltar a cumprir suas funções, com profissionalismo. Qualidade, ele tem.

O Inter acertou e reforça a equipe com acréscimo, pelo menos, nas laterais. A conferir.


Palmeiras e Inter estão devendo mais futebol. Verdão ainda é favorito
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Inter já fizeram grandes jogos pelo Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Na década de 70, tiveram dois grandes times e foram protagonistas. Se enfrentaram nas semifinais em 74, 78 e 79, com o Palmeiras levando a melhor nos dois primeiros anos e o Inter ganhando o Brasileiro invicto, depois. Óbvio que o futebol mudou(para pior) e os clubes se alternaram em altos e baixos. Nos anos 80, os dois foram mal. Nos anos 90, o Palmeiras teve três esquadrões. Nos anos 2.000, foi a recuperação colorada. Agora, o Palmeiras sobra na questão financeira e no elenco, diante de um Inter repleto de interrogações, após retornar da Série B.

O que esperar desse confronto? Acho que o Palmeiras é superior. Tem mais equipe, melhores jogadores e técnico. Não está provando dentro de campo e a única esperança colorada para um bom resultado, é a oscilação palmeirense, desde as semifinais do Paulista. Foram dois jogos apenas regulares contra o Santos, um partida boa e outra ruim frente o Corinthians e a perda do título estadual, além dos desempenhos abaixo da média nos enfrentamentos com Boca Juniors e Botafogo. Vai pegar um Inter pressionado e questionado diariamente pela inconstância em jogos maiores, ainda mais depois da eliminação da Copa do Brasil para o Vitória. Em 2016, foram quatro duelos, com três vitórias do Palmeiras e uma do Inter. O Palmeiras é favorito mais uma vez.

Na comparação, jogador por jogador, o blog avalia pelo momento.

Jaílson  X  Marcelo Lomba

Marcos Rocha  X  Edenílson

Antonio Carlos  X  Klaus

Edu Dracena  X  Cuesta

Diogo Barbosa  X  Iago

Felipe Melo  X  Rodrigo Dourado

Bruno Henrique  X  Gabriel Dias

Moisés  X  Patrick

Dudu  X  D’Alessandro

Keno  X  Nico López

Borja  X  Pottker

Roger Machado  X  Odair Hellmann

10×2 Palmeiras. Nos últimos anos, nunca houve uma diferença tão grande como agora, apesar do Palmeiras não estar jogando bem.

O blog dá o palpite para o jogo: Palmeiras 2×1.


Grenal espelhou a gestão correta contra a mediocridade geral colorada
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Alexandre Praetzel

A segunda vitória consecutiva do Grêmio sobre o Inter, apenas espelhou a ampla vantagem técnica e de pensamento de futebol de um lado contra o outro. O Grêmio mudou sua forma de gestão com Romildo Bolzan Jr. e sempre olhou para frente, preparando o clube para voltar a ser vencedor, depois de 15 anos sem títulos nacionais e internacionais. Não ficou tocando flauta no rival, com a queda para a Série B. Trabalhou para transformar o Grêmio num time muito respeitado, dentro e fora de campo.

Óbvio que muitas contratações foram e são discutíveis como Cortez, Léo Moura, Cícero, Jael e Hernane. Mas encaixaram bem num vestiário com comando e sintonia entre comissão técnica e diretoria. Há paciência e não há extremismos diante de maus desempenhos ou resultados negativos. O Grêmio amadureceu com o sofrimento e agora atropela seu principal adversário. Será campeão gaúcho, depois de sete anos. A diferença entre um e outro nunca foi tão grande a curto prazo, também pela mediocridade geral colorada.

No Inter, a preocupação é com puro poder. Vários grupos políticos contaminando o Conselho Deliberativo e o clube. Não há união. O absolutismo de alguns dirigentes, maiores do que o próprio Inter, na visão deles, dilapidou tudo de bom que foi feito, a partir de 2003. O Inter começou em 1909, mas esses “colorados” acham que foi fundado na década de 2000. As consequências invadem o vestiário. Clube sem dinheiro, direção fraca, contratações com poucos critérios e um discurso derrotista, que desanima até um bom jogador como D’Alessandro. Não olharam para a frente. Viveram a sequência de títulos, como se isso fosse durar para sempre. Muita soberba e arrogância.

O Grenal desta quarta-feira colocará frente a frente, novamente, um time de futebol contra uma instituição entregue. Pelo menos, nas suas atitudes. Trabalhei em todos os Grenais de 1995 a 2007. Os melhores sempre venceram, na maioria dos clássicos. Mas os piores sempre deixavam alguma coisa em campo, mesmo que perdessem. Hoje, isso não acontece. Pela grandeza do Grêmio e pela postura pequena do Inter.


Aguirre chega ao São Paulo com previsão de data para sair. Vale a pena?
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Alexandre Praetzel

Aos 52 anos, Diego Aguirre assume o São Paulo, já com previsão de data para deixar o clube. Ele é bem cotado para assumir a Seleção do Uruguai, no lugar do “Maestro” Óscar Tabárez, após a Copa do Mundo da Rússia. Com esta possibilidade, Aguirre garantiu aos dirigentes que vai cumprir o contrato até dezembro, mesmo que seja o escolhido pela Confederação Uruguaia. Será mais um treinador que poderá sair, para comandar uma Seleção, repetindo o colombiano Juan Carlos Osório e o argentino Edgardo Bauza. Mas vale a pena investir num trabalho a curto prazo, novamente?

De 2009 a 2018, o São Paulo teve 13 treinadores. Ricardo Gomes(duas vezes), Sérgio Baresi, Carpegiani, Adílson Batista, Emerson Leão, Ney Franco, Paulo Autuori, Muricy Ramalho, Osório, Doriva, Bauza, Rogério Ceni e Dorival Jr. O São Paulo mudou totalmente de filosofia. Seus técnicos ficavam mais de um ano no Clube, tinham mais possibilidades e chances de apresentarem resultados e trabalhavam numa comissão fixa tricolor. Hoje, o São Paulo virou um “moedor” de técnicos. O imediatismo tomou conta e a paciência acabou há muito tempo. Talvez, com o forte respaldo e amizade de Raí, Ricardo Rocha e Lugano, Aguirre consiga, pelo menos, terminar o trabalho. Agora, a pressão seguirá intensa porque Aguirre terá pouco tempo para ganhar.

No futebol brasileiro, Diego Aguirre dirigiu Inter e Atlético-MG, em 2015 e 2016. Foi campeão gaúcho e chegou às semifinais da Libertadores. Pelo Galo, foi campeão da Flórida Cup. Depois, trabalhou no San Lorenzo da Argentina, chegando às quartas-de-final da Libertadores.

O blog pediu um depoimento ao jornalista João Praetzel, que acompanhou o trabalho de Aguirre, no Inter. Confiram.

“A passagem de Diego Aguirre no Inter, não foi ruim. O técnico uruguaio teve aproveitamento de 60,4%. O que foi determinante para sua saída, foi o método de trabalho que empregava. Aguirre implementou um rodízio para minimizar os desgastes dos jogadores ao longo do ano, mas não resistiu à diretoria que o demitiu às vésperas de um Grenal(derrota colorada por 5 a 0). Seus treinamentos são modernos, mas seus trabalhos esbarram muitas vezes na falta de resultados. Os setoristas são-paulinos encontrarão uma pessoa de bom trato, educada, e que saberá explicar , na maioria das vezes, suas atitudes e escolhas, dentro e fora de campo”, afirmou o jornalista.

Vamos aguardar. O desafio começa nesta quarta-feira, contra o CRB-AL, pela Copa do Brasil.