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Lisca pega o Palmeiras e crava: “Qual técnico não é “bombeiro” no Brasil?”
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras enfrenta o Ceará, neste domingo, como favorito no Castelão, em Fortaleza. Será o duelo de um dos melhores times do Brasil contra o lanterna do Brasileiro. No comando técnico cearense, estará Lisca, retornando ao clube no seu segundo jogo, após empatar com o Botafogo, quarta-feira, no Rio de Janeiro. Lisca volta ao Ceará para tentar manter a equipe na Série A, como fez em 2015, garantindo o Vozão na Série B, depois de dez confrontos decisivos. Em entrevista exclusiva ao blog, Lisca vê muita motivação em pegar o Palmeiras, admite a possibilidade de mudanças no elenco e faz uma avaliação real da situação dos treinadores no Brasil. Confira a seguir.

Como enfrentar um dos melhores times do Brasil, na situação atual do Ceará?

E um dos maiores investimentos da América. É difícil em qualquer circunstância. Na atual, é um jogo de importância muito grande para a gente porque nós temos que pontuar o mais rápido possível. Sabemos que temos a parada da Copa e isso vai ser importante para uma reestruturação do trabalho e enfrentar o Palmeiras é uma motivação grande também. Pela grandeza do adversário, pela importância que um resultado positivo daria para a sequência do nosso trabalho. É um jogo que motiva o jogador ao natural e o próprio torcedor do Ceará também. Tem muito torcedor palmeirense aqui, então é enfrentar na dificuldade para achar uma grande oportunidade para iniciar o processo de pontuação no campeonato e depois usar a parada de 40 dias para reestruturar o trabalho.

Com o atual elenco, é possível permanecer na Série A?

Quando eu cheguei aqui no Ceará, já ouvi uma grande discussão sobre a formatação do elenco, se havia ou não a necessidade de reforços. Acho que isso é uma discussão que existe em todos os clubes, ainda mais nesse momento num ano atípico que tem a Copa do Mundo, a parada. Times que estão na frente também estão pensando em se reforçar e se reestruturar. Tem a questão da janela que abre para fora. Então, é o momento muito ativo de movimentação no mercado. E o Ceará é o último colocado. Automaticamente, passa por um processo de reavaliação que já vinha antes da minha chegada. Alguns processos já encaminhados, algumas situações bem adiantadas. Depois desses dois jogos, contra Palmeiras e Atlético-MG, com certeza as coisas vão mexer dentro do clube.

A diferença financeira pesa demais ou isso não pode servir como desculpa?

Sempre é bom ter mais dinheiro para investir, poder investir em jogadores de qualidade, ter um plantel mais equilibrado, boas opções, que não caia muito o nível entre um jogador titular e reserva. Hoje em dia, as equipes estão jogando muitas competições, então tem muitas equipes com três jogadores por posição, de boa qualidade. O Palmeiras é um exemplo. Fica mais fácil, mas não pode servir como desculpa. Se não, os times de maior dinheiro ganhariam sempre e não é assim que acontece no futebol. E os times de menor orçamento têm que se reinventar, achar dentro das situações de jogo, da parte de estratégia, qualidade coletiva, organização, aproveitar a oportunidade de poder mudar de patamar, profissionalmente. Tudo isso é importante para o jogador.

Teu trabalho anterior no Ceará foi tão difícil como esse?

Meu trabalho no Ceará, em 2015, tinha um objetivo similar, que era não cair, com circunstâncias diferentes. Antes, eram dez jogos, estávamos na Série B, um outro nível de competição. Agora, é Série A. São 28 jogos que faltam, com uma parada de 40 dias, com uma janela aberta, com mercado que vai mexer muito, com as equipes mexendo muito nos seus plantéis. São circunstâncias bem diferentes, mas objetivos comuns.

Achas que tens que mudar o rótulo de “Salvador” para times em más atuações?

Todo o projeto e sonho de um treinador, é um trabalho a médio e longo prazo. Uma estruturação, um início de temporada. Isso é o que todos nós buscamos, mas no futebol brasileiro isso é quase uma utopia. Qual treinador hoje no futebol brasileiro que não é bombeiro? É uma pergunta que eu te faço. Dentro do que a gente vê no mercado, treinadores que ontem foram campeões, amanhã já não estão trabalhando nos clubes. Então, a nossa média de permanência num clube de futebol brasileiro é três meses e 17 dias, algumas vezes você consegue estender mais, algumas vezes você consegue voltar no clube que já passou, como é o meu caso aqui no Ceará, como foi também no Náutico, na Ulbra, no Inter, Luverdense. Então, é uma realidade do mercado. Algumas vezes que a gente começa o ano também, não tem o planejamento financeiro estabelecido. Começa o ano, com investimento menor, os Estaduais estão cada vez mais com investimentos menores. Principalmente, os clubes médios e pequenos, para depois um investimento maior. Então, é difícil para um treinador começar a temporada e dar sequência, porque aqui há um imediatismo enorme de resultados. Acho que, desde que iniciei minha carreira, o nosso trabalho é hoje muito jogo a jogo, resultado e nós vamos nos adaptando. Hoje, a oportunidade aparece também para mim, dentro da dificuldade. Sou um treinador que começou cedo e estou buscando meu espaço no mercado e as oportunidades que têm aparecido são dentro dessas circunstâncias, mas também é positivo, porque dentro dessas circunstâncias, as pessoas chamam quem tem capacidade e experiência e qualidade para reverter essas situações. Então, a gente tem que se preparar para todo o tipo de trabalho e no momento, o que tem aparecido, são essas situações.

O Ceará tem quatro pontos em quatro empates, após dez partidas. Lisca é o terceiro técnico do ano. Marcelo Chamusca e Jorginho(com apenas três partidas, deixou o clube), foram os anteriores.


Quem para o Grêmio? É o melhor futebol do Brasil
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Alexandre Praetzel

O Grêmio goleou o Cerro Portenho do Paraguai, sem dificuldades e apresentando um ótimo desempenho. Renato Portaluppi poupou seus principais jogadores contra o Botafogo e entrou com o tanque cheio diante dos paraguaios. Força máxima em campo e um futebol de encher os olhos. É difícil ganhar todos os campeonatos, mas o Grêmio tem entrosamento e qualidade para atingir esse patamar. Hoje, parece favorito nos torneios de mata-mata.

O time joga o melhor futebol do Brasil. Renato consolidou um esquema de jogo e os jogadores sabem muito bem o que fazer. A espinha dorsal é bem definida com um bom goleiro, um ótimo zagueiro, dois volantes que sabem jogar, um diferencial como Luan e um atacante em estado de graça, Everton. Assim, foi fácil encaixar nomes que também são eficientes como Léo Moura, Cortez e Jael. O centroavante sempre foi discutido, mas numa equipe que cria tantas chances de gols, Jael também aproveita. Ainda existe um elenco com Cícero, André, Jaílson, Madson e alguns jovens. Óbvio que se os reservas forem escalados todos juntos, o nível cairá, mas atuando com os outros titulares, eles acabam crescendo de produção.

O Grêmio já quebrou o jejum do Campeonato Gaúcho e conquistou a Recopa Sul-Americana. Vai eliminar o Goiás na Copa do Brasil e assumiu a liderança do grupo na Libertadores. Agora, veremos como irá tratar o Brasileiro, uma competição que o tricolor também pode beliscar. Os adversários torcem para o Grêmio desprezá-lo, como ocorreu em 2017.

Domingo, tem o Santos, em Porto Alegre. Eu jogaria a valer, testando a força e o conjunto do time. Ainda mais com a parada da Copa do Mundo, para melhorar a parte física de todos.

O Grêmio virou o time a ser batido. Sobre isso, acredito que não restam dúvidas, mesmo com as forças de Flamengo, Corinthians e Palmeiras.


Ricardo Rocha confia em Dorival e pede tempo ao SP
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Alexandre Praetzel

O São Paulo perdeu para o Santos, no segundo clássico do ano. São dois jogos maiores com duas derrotas – a outra foi para o Corinthians. Mais uma vez, a torcida pegou muito no pé do técnico Dorival Jr. e vaiou a equipe, após a partida. Na diretoria, ainda existe a convicção no trabalho e que é preciso ter paciência, sem a promessa de títulos. Isso ficou nítido na entrevista do blog com Ricardo Rocha, ex-zagueiro tricolor e hoje, gerente de futebol. Confira

Você acha que as críticas dos torcedores à forma de atuar do time são justas?

Um pouco injustas pelo tempo que a gente tem, mas a gente tem que estar atento a tudo. A gente sabe que o São Paulo precisa melhorar. O torcedor sempre gosta de ver um São Paulo jogando bem. Têm momentos que o São Paulo joga bem o primeiro tempo, têm momentos que joga o segundo tempo. O melhor jogo que fizemos foi em Mirassol, mas realmente a gente tem que estar atento a tudo, ao torcedor. A gente espera que com o tempo, a tendência é melhorar.

O trabalho do Dorival é satisfatório na avaliação de vocês?

Satisfatório. A gente precisa de tempo. A gente confia nele.

O fato de não conquistar títulos há seis anos, realmente incomoda muito?

Incomoda todos. Quem é torcedor do São Paulo, quem trabalha aqui há muito tempo. Eu, que joguei aqui, a gente sabe. O São Paulo é muito grande, ficar muito tempo sem ganhar, mas tem que trabalhar. Eu sempre digo. O São Paulo não tem que vir com promessas para o seu torcedor de que vamos ser campeões. Mas o São Paulo tem que lutar por todos os títulos possíveis porque é grande, tem uma grande torcida e tem que trabalhar para isso.

Você viveu os dois lados. É muito difícil estar ao lado dos jogadores?

Para mim, não. Eu estava um pouco fora, mas estou acostumado. Joguei muitos anos da minha vida, quase 20 anos. A gente sabe da pressão. O São Paulo é muito grande, eu conheço muito bem a casa. Essa pressão vai existir, mas o São Paulo está bem, classificado na Copa do Brasil, em primeiro lugar do seu grupo no Paulista. O bom é que a gente  precisa melhorar a cada jogo e isso, o tempo vai dizer.

O jogador de hoje é menos comprometido que o da tua geração?

Não. Não gosto de fazer comparações. Acho que cada um dentro da sua época, você tem que respeitar. Eu acredito no trabalho do grupo. A gente tem conversado com eles porque há um espaço de tempo muito curto. Não só da minha chegada. Alguns jogadores foram contratados. Um time com Diego, Cueva e Nene, tem quatro jogos apenas. É muito cedo para ter uma cobrança tão forte, por parte de todos. Então, vamos esperar que melhore a cada jogo.

Como está o São Paulo, desde o início do teu trabalho?

Também é muito cedo, 40 dias só de trabalho. Acho que pouco a pouco, a tendência é uma melhora, a gente sabe disso. Hoje, desde o início do primeiro jogo são 31 dias e dez jogos, uma preparação muito curta, mas tem que jogar. Esse entrosamento vai vir com o tempo.

Ricardo Rocha foi contratado para ser o braço direito de Raí, diretor-executivo de futebol. No Paulista, o São Paulo é líder do grupo com dez pontos, com um jogo a menos que os demais concorrentes. Joga contra o Ituano, quarta-feira, em Itu.

Na Copa do Brasil, enfrenta o CRB-AL, na terceira fase, em duas partidas.

 


Qual o critério para contratar um técnico? Galo e Botafogo parecem perdidos
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Alexandre Praetzel

Nos últimos cinco dias, Atlético-MG e Botafogo demitiram seus técnicos. Oswaldo de Oliveira caiu pelo mau desempenho do time e a briga com o repórter Léo Gomide, da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte. Felipe Conceição perdeu o emprego pelas eliminações na Copa do Brasil e Taça Guanabara. A curiosidade é que esses dois nomes foram bancados por dois novos presidentes. Sérgio Sette Câmara preferiu não mexer em Oswaldo e Nelson Mufarrej efetivou Felipe, achando que teria o mesmo sucesso de Jair Ventura, ex-auxiliar e técnico do time.

Um início de temporada capenga acabou com as convicções dos dois mandatários. Agora, buscam novos profissionais no mercado. E aí eu pergunto. Qual o critério para contratar um treinador?

Para mim, valem currículo, títulos, competência e, principalmente, trabalho. Oswaldo tinha os dois primeiros, mas perdeu os outros dois quesitos. Felipe só tinha o último e precisava de respaldo.

Hoje, existem vários nomes disponíveis, mas onde Galo e Botafogo fizeram contatos? O Galo sondou Cuca e Abel Braga e ouviu dois nãos. Dois nomes vitoriosos e com lastros para comandar vestiários e elencos experientes. Com as recusas, parece que o Galo ficou sem opções.

O Botafogo consultou Cuca e Marcelo Oliveira, de trajetórias recentes ruins, mas com três brasileiros e uma Copa do Brasil, de 2013 a 2016. Nessa, os currículos falaram mais alto, mas Cuca recusou e Marcelo pediu um salário fora da realidade botafoguense. Cuca indicou Alberto Valentim, ex-auxiliar do Palmeiras. Valentim é um pouco mais experiente do que Felipe. Será que vão apostar em outro auxiliar? Soaria bem incoerente, aos olhos da torcida.

E nessas horas, o torcedor tem muita influência nas decisões diretivas. Alguns jogam nomes na rede social para ver a repercussão. Dependendo do barulho, positivo ou negativo, contatos avançam ou não. O mercado oferece todo tipo de treinador. Adilson Batista, Vanderlei Luxemburgo, Jorginho, Dunga, Celso Roth, Felipão, Milton Mendes, Cuca, Marcelo Oliveira, Falcão, Jorginho “Cantinflas” e outros, estão à espera de propostas. A maioria já passou por vários clubes e querem grandes salários e garantias de trabalho.

Quantos desses nomes, a galera aprovaria? Alguns têm história, títulos e competência, mas esqueceram do trabalho. Outros trabalham muito, mas não conseguem resultados. Então, a escolha do técnico depende muito hoje da simpatia dos torcedores, uma certa identificação com o Clube e muito mais resultados do que trabalhos. É assim que eu vejo.

Se não houver nenhuma opção livre, vai da intuição do presidente ou do valor que ele pode pagar. Carille e Jair Ventura surgiram assim, com paciência e respaldo. Sem isso, podem colocar qualquer um, que permanecerá se vencer ou será mais um na conta dos demitidos, se acumular derrotas. Esse é o Brasil.


Edimar admite “peso” da camisa do SP, mas espera 2018 muito melhor
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Alexandre Praetzel

Dois jogos, um empate e uma derrota. Um ponto em seis disputados. Esse foi o começo do São Paulo, no Paulista. Óbvio constatar que não é fácil apresentar bom desempenho com apenas 12 dias de trabalho, atuando quarta-feira e domingo, no congestionado calendário brasileiro. Jornalistas devem chegar a essa conclusão. Mas para os torcedores, a análise é passional e os seis anos sem títulos são colocados a cada ponto perdido e tropeços da equipe. O São Paulo foi vaiado no Morumbi, após empatar em 0 a 0 com o Novorizontino. O blog entrevistou o lateral Edimar, de contrato renovado e titular de Dorival Jr. Aos 31 anos, Edimar admitiu que a camisa tricolor pesa, acreditando que o grupo vai superar a pressão inicial. Confira o bate-papo a seguir.

Seis anos sem títulos pesa, mesmo que a maioria não estivesse aqui?

Pesa porque é o São Paulo. Acostumado a ganhar títulos, a história fala por si só. Claro que vestir essa camisa realmente é muito pesado. Sabemos do tamanho e temos feito de tudo para que a gente possa fazer um 2018 muito melhor do que foi o 2017 e trazer esta alegria que a torcida espera de nós.

Quando o torcedor vaia já no segundo jogo, ele vaia com razão?

Eu não sei se é com razão. O que nós temos que falar é que a torcida tem nos apoiado e isso é muito verdade. Agora, temos que ter consciência e saber separar as coisas. Dez dias de trabalho, você não tem como botar tudo em prática, mas também não pode servir de desculpa. Então, acho que tem que ter uma balança aí. Mas como falei, não pode servir de desculpa. Temos que fazer um 2018 muito mais diferente do que foi 2017, sem passar sofrimentos e colocar o São Paulo no seu lugar devido.

Numa comparação com os três rivais paulistas, tu colocarias o São Paulo em qual nível?

Não adianta a gente fazer uma campanha excelente no Paulista e chegar lá na frente e voltar para trás. Nós queremos buscar a classificação e aí sim, o São Paulo mostra sua força. Sabemos que temos um grupo muito qualificado e agora ficar comparando forças com Palmeiras, Corinthians e Santos é meio difícil porque temos um campeonato muito difícil e todas as equipes têm qualidade. O São Paulo também e vamos fazer um 2018 bem diferente.

Há vários nomes da base. É o momento deles ou eles têm que esperar um pouco?

Dorival tem feito uma seletiva muito boa. Os meninos têm muita qualidade. Sabemos que jogar no São Paulo é muita pressão, cobrança, mas sabemos que temos que ter um pouco de paciência. Como eu falei, futebol se resume a vitórias. Se tivéssemos vencido, a história e a conversa seriam outras.

O São Paulo volta a campo, quarta-feira, contra o Mirassol, fora de casa. Sábado, enfrenta o Corinthians, no Pacaembu. Dorival deve promover a estreia do zagueiro Anderson Martins.


Diretor do Santos elogia Levir e ainda sonha com o título brasileiro
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Alexandre Praetzel

O Santos aposta tudo na reta final do Brasileiro para tentar encostar no Corinthians, pelo menos. São oito pontos atrás do líder e a aposta na matemática e nos próximos confrontos para ainda sonhar com o título. Do presidente Modesto Roma Jr., passando pela diretoria e jogadores, todos acham que é possível buscar o rival. O blog entrevistou o diretor-executivo, Dagoberto dos Santos, sobre esta possibilidade e o pensamento para 2018. Confira a seguir.

O Sr. acha que o Santos tem força e futebol para buscar o Corinthians?

Creio que sim. Nossa proposta é essa mesmo. Temos futebol suficiente para poder chegar na ponta.

Por que o Sr. tem essa convicção?

Porque eu vejo isso na vontade e na determinação do grupo.

Por que outros times não conseguiram encostar mais no Corinthians?

Vamos fazer nossa parte. Eu não vou fazer um comentário sobre a qualidade do meu adversário, mas da nossa parte nós temos vontade, determinação e futebol para chegar na ponta.

Santos mudou muito com Levir? É mais pragmático e resultadista?

Houve algumas mudanças, mas o Santos é aquele clube que tem vocação para o ataque e vontade de vencer sempre. E isso alinhou muito com a forma e o estilo do próprio Levir.

Levir não é mais defensivo?

Não acho que seja não. Ele está demonstrando isso no futebol que está apresentando.

Ricardo Oliveira renovará contrato ou a situação ficou complicada, após ele reclamar da logística no Equador?

Não, não tem nada a ver uma coisa com a outra. Ele está estudando nossa proposta e se der tudo certo, faremos a renovação sim.

Santos vai mudar muito para 2018, no time e elenco?

Santos nunca faz nada demais. Faz o necessário. Nós estamos planejando nosso grupo para 2018 e até o final do ano, nós teremos o planejamento concluído.

Sua permanência depende da reeleição do presidente Modesto Roma Jr.?

Minha permanência depende do presidente, não de mim.

Dagoberto dos Santos tem contrato até o final de 2017. O presidente Modesto Roma Jr. será candidato à reeleição. Ricardo Oliveira e Lucas Lima têm propostas de renovações de contratos, mas ainda não houve nenhuma definição. O Santos volta a jogar na próxima quinta-feira, contra a Ponte Preta, em Campinas.

 


Só a força da torcida, não salvará o SP. Time não reage na pressão
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Alexandre Praetzel

Estive no Morumbi para acompanhar São Paulo e Ponte Preta. Novamente, a torcida tricolor deu um show, apoiando o time, durante os 90 minutos. O São Paulo fez um bom primeiro tempo e mereceu a vantagem, com bonito gol de Hernanes, cobrando falta. A Ponte Preta não ameaçou em nenhum momento.

No segundo tempo, quando o São Paulo fez 2 a 0, em gol de Bruno Alves, na falha do goleiro Aranha, o jogo parecia liquidado. Comentei com um colega, que o resultado poderia determinar a saída de Gilson Kleina, pressionado na Ponte. Afinal, o São Paulo estava encostando na própria Ponte Preta, na parte de baixo da classificação.

Aí, num lance, tudo mudou. A Ponte descontou no pênalti cometido por Jucilei e cresceu com a expulsão do volante. Com um a mais, a Macaca tomou conta da partida e transformou o Morumbi num cenário de apreensão e temor para os são-paulinos. O empate parecia questão de tempo e chegou com cabeceio fatal de Léo Gamalho. Antes, o centroavante já tinha exigido grande defesa de Sidão.

O resultado acabou sendo justo pelo que as duas equipes fizeram, quando tiveram oportunidades. Agora, com dez, Dorival Jr. demorou a recompor o meio-campo e ficou sem velocidade para o contra-ataque. Marcinho entrou, quando Gomez deveria ser o escolhido, para fortalecer a marcação e impedir o domínio da Ponte. O São Paulo ficou acuado e não teve saída de jogo.

Já vi grandes times serem rebaixados e o São Paulo mostra sinais claros de queda. A equipe tropeça contra concorrentes diretos e é forçada a buscar pontos diante de adversários muito mais qualificados. Hernanes carrega o São Paulo nas costas e os demais parecem anestesiados em momentos de pressão.

Para piorar, a troca de farpas entre Rodrigo Caio e Cueva, só revela como o ambiente interno não é legal, mesmo que Dorival e Hernanes tenham minimizado o episódio. Nestas horas, bons jogadores viram mais ou menos e os razoáveis se transformam em ruins. Fato é que o São Paulo luta, corre, mas empaca no Z4. Tem time para não cair, mas outros também tinham e foram rebaixados. Parece que chegou a hora do tricolor. Só a força do torcedor, não salvará. A ver.


São Paulo mostrou pouco com mais uma semana de treinos
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Alexandre Praetzel

O São Paulo teve duas semanas cheias para trabalhar e evoluir, mas acho que mostrou muito pouco, apesar de ter somado quatro pontos, nos últimos seis disputados. Foi inferior ao misto frio do Cruzeiro e não teve uma boa atuação contra o Avaí. Está com 23 pontos, na 16ª colocação. Com esse futebol, vai sofrer até o fim.

Na Ressacada, em determinados momentos do jogo, foi inferior, principalmente, no segundo tempo. A equipe parece estar sem confiança e alguns bons jogadores, tornam-se apenas razoáveis nos momentos de pressão. Os dois laterais, Buffarini e Edimar, erram muito mais que a maioria. Arboleda virou perigo nas duas áreas. Cueva esqueceu o futebol em 2016.

O debate sobre o goleiro voltou à tona. Sidão retornou sem ritmo e apresentando insegurança. Entregou a bola para Júnior Dutra matar a partida, mas o atacante avaiano errou, para sorte tricolor. Renan Ribeiro não vinha mal e poderia ter sido mantido. Foi uma escolha pessoal de Dorival Jr.

A realidade é que Hernanes carrega o São Paulo nas costas. Marca, tenta armar as jogadas e tem qualidade na bola parada. Foi o grande reforço do meio do ano e virou a esperança da torcida. O problema é a falta de parceria. Pratto precisa retomar a fama de goleador e os companheiros precisam ajudar. O Avaí tem equipe e elenco piores, mas se mostrou mais organizado.

Dorival Jr. terá mais cinco dias livres de preparação para enfrentar o Palmeiras. Outro jogo, rivalidade total e os adversários loucos para empurrarem o São Paulo à zona de rebaixamento. O São Paulo pode jogar mais, ainda que esteja sendo remontado no meio do campeonato. A ver.


Cássio destaca Corinthians eficiente e pede: “tem de se impor contra Inter”
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Alexandre Praetzel

O Corinthians vive uma semana decisiva em duas competições. Enfrenta o Inter, nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Itaquera, podendo empatar por 0 a 0 para se classificar para as oitavas de final da Copa do Brasil. No domingo, irá receber o São Paulo com vantagem de dois gols, para tentar confirmar sua presença na final do Campeonato Paulista. O blog entrevistou o goleiro Cássio com exclusividade. Ele projetou os dois confrontos, falou sobre a postura do time e minimizou o rótulo de “Quarta força” no Estado. Acompanhem abaixo:

O jogo contra o Inter será mais difícil do que o confronto diante do São Paulo?

“É difícil. Como a gente está pensando jogo a jogo, teve uma evolução boa nos últimos jogos, mas contra o Inter, será um jogo difícil. É na nossa casa, tenho certeza que o nosso torcedor vai lotar o estádio, vai ajudar a empurrar a equipe. O Inter é um time qualificado, mas com todo o respeito, nós vamos jogar diante da nossa torcida e temos que nos impor e buscar a classificação”.

Os resultados do Corinthians são melhores do que as atuações do time?

“Eu acho que sim. Em momentos, se tu fores considerar estatisticamente, de repente, vai te responder essa pergunta. Muitas vezes, a gente não tem a maior posse de bola. Em alguns jogos, a gente estava errando muitos passes, não estava conseguindo segurar a bola, controlar os jogos, deixava muito os adversários nos atacar. Hoje, já tem uma consistência. Contra o São Paulo e o Inter, a gente conseguiu controlar, errar menos passes, criar mais oportunidades e tendo mais chances de gols. Lógico, concordo contigo. Às vezes, têm jogos que a gente vai jogar por uma bola, se defender e fazer o gol. A gente cansou de perder partidas tendo dez chances, contra o Inter foi o jogo que a gente teve mais chances claras e conseguiu fazer um gol. Contra o São Paulo, a gente teve duas, três e conseguimos marcar dois gols. Ficamos felizes pela eficiência, porque no final das contas o que se vê são as vitórias. O que mantém a tranquilidade na equipe são as vitórias”.

É natural projetar uma final entre Corinthians e Ponte Preta, pelas vantagens obtidas?

“Muito próxima até, mas até a gente não confirmar essa classificação, a gente não pode falar. A outra semifinal, a gente tem que deixar de lado. Temos que focar na nossa decisão. Demos um grande passo, mas tem a segunda partida. Vamos respeitar a equipe do São Paulo, pensar no Inter, e no final de semana fazer o melhor para confirmar a vaga na final”.

O título paulista será uma resposta pelo rótulo de “Quarta força” do Estado?

“Não, não. A gente respeita muito, respeito tua opinião. Se fala muito, mas teoricamente o Palmeiras é a equipe que mais investiu, teoricamente é o favorito. Em outros anos, a gente contratou mais e se tornou o favorito, mas eu penso que no conjunto geral, não interessa a qualidade individual dos jogadores. Interessa o comprometimento com a equipe. Os jogadores que chegaram estão com grande comprometimento e isso faz a diferença. Muitas vezes, tu vês os 11 jogadores defendendo, um cai, o outro tenta cobrir a função. O que vale é o grupo. De maneira alguma, não é demérito nenhum, cada um tem sua opinião e nós jogadores sempre acreditamos que a gente pode chegar cada vez mais longe e trabalhamos para isso acontecer”.

Cássio é um dos líderes da equipe e remanescente do grupo campeão da Libertadores da América e Mundial, em 2012. Em 2017, levou apenas 11 gols, ajudado pela boa defesa composta por Balbuena e Pablo.


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