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Carille quis desviar o foco da derrota. Aguirre foi superior e SP também
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Alexandre Praetzel

Trabalhei em São Paulo e Corinthians, no Morumbi. Nos anúncios das escalações, dois times mais fechados e combativos. O tricolor com a volta de Petros. O Corinthians perdendo Rodriguinho no aquecimento e com Júnior Dutra, ao invês de Pedrinho.

Bola rolando e o São Paulo dando um banho de atitude, algo em falta pelos lados da Barra Funda, nos últimos clássicos. Congestionou o meio-campo, marcou a saída de bola e encaixotou o Corinthians. O São Paulo ganhava a primeira e a segunda bola. Jucilei, Petros e Liziero controlaram o meio e Trellez e Nene foram boas alternativas de ataque. No erro de Mantuan, Trellez venceu Gabriel na velocidade e bateu para Cássio defender e Nene conferir no rebote. 1 a 0 São Paulo, com justiça. O Corinthians não chegou ao ataque, nenhuma vez.

Na segunda etapa, o Corinthians teve que sair para o jogo e o São Paulo se resguardou, explorando os contra-ataques. Matheus Vital cresceu e Pedrinho entrou bem, mas faltou força ofensiva para o Corinthians agredir Sidão. O goleiro são-paulino fez apenas uma defesa em chute de Vital.

O jogo não foi bom tecnicamente, mas não dá para tirar os méritos da vitória do São Paulo. Taticamente, Diego Aguirre venceu Carille. Neutralizou as jogadas fortes do Corinthians e poderia ter ganho por um placar maior, se tivesse mais qualidade nas finalizações.

Carille tentou desviar o foco da derrota, acusando Aguirre de arrogância e soberba, por não ter lhe cumprimentado, antes da partida. Aguirre se desculpou no intervalo e o assunto parecia encerrado. Mas Carille insistiu na coletiva, lembrando até que os brasileiros são educados com os estrangeiros, mas o inverso não acontece. Mal, muito mal. Deveria ter reconhecido que foi inferior, da escalação aos 90 minutos. Tem que saber por que perde, também.

O blog avaliou os jogadores, pelas atuações. Primeiro o São Paulo. Confira abaixo.

Sidão – Só uma defesa e algumas intervenções. Nota 6,5.

Militão – Pilhado no início. Depois, jogou bem. Nota 6.

Arboleda – Ganhou todas por baixo e pelo alto. Bom jogo. Nota 7. 

Bruno Alves – No mesmo nível do companheiro. Nota 7. 

Reinaldo – Boa atuação. Sofreu com Pedrinho, nos últimos 15 minutos. Nota 6.

Jucilei – Técnico e combativo. Bom primeiro tempo, depois diminuiu o ritmo. Nota 6,5.

Petros – Jogou muito no primeiro tempo. Depois, só marcou. Nota 7.

Liziero – Muita personalidade e disposição. Bem. Nota 6,5.

Marcos Guilherme – Esforçado e competitivo. Nota 5,5.

Trellez – Atuação muito boa. Preocupou os zagueiros e ajudou no gol. Nota 7,5. 

Nene – Experiência e qualidade. Gol de posicionamento e oportunismo. Nota 7,5.

Lucas Fernandes – Fez mais que Marcos Guilherme. Teve a bola por mais tempo. Nota 6. 

Diego Aguirre – Escalou três volantes, mas não deixou de jogar. Mudou a atitude do time. Nota 7. 

Corinthians

Cássio – Nervoso com a zaga inédita. Quase evitou o gol. Nota 6.

Mantuan – Sentiu a pressão no primeiro tempo. Falhou no gol. Melhorou um poquinho, depois. Nota 4,5.

Pedro Henrique – Perdeu quase todas para Trellez. Mal. Nota 4. 

Henrique – Melhor que o companheiro. Sem comprometer. Nota 5,5. 

Sidicley – Bem no apoio. Regular na marcação. Nota 5,5. 

Ralf – Envolvido no primeiro tempo. Burocrático no segundo tempo. Nota 5. 

Gabriel – Tentou jogar mais do que marcar. Não conseguiu. Perdeu na velocidade para Trellez, no gol. Nota 4. 

Maycon – Anulado no primeiro tempo. Apareceu mais depois. Nota 5,5. 

Matheus Vital – Tentou algo diferente, apesar de bem marcado. Nota 6. 

Emerson Sheik – Correria com a bola, mas sem atacar. Nota 5. 

Júnior Dutra – Errou tudo que tentou. Nota 3,5. 

Pedrinho – Perigoso e rápido. Melhorou o time. Nota 6.

Lucca – Entrou, mas não acrescentou. Nota 4,5. 

Fábio Carille – Escalou mal. Perdeu o meio-campo e não arrumou soluções. Atitude com Aguirre foi desnecessária. Nota 4. 

São Paulo tem boa vantagem. Jogo de quarta-feira ficou ainda maior.


Palpite para SP e Corinthians. Desfalques prejudicam demais o clássico
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Alexandre Praetzel

O São Paulo luta contra o retrospecto negativo diante do Corinthians, nos últimos anos. Sempre que pega o rival, o tricolor acaba perdendo ou sendo eliminado de uma competição. Há seis clássicos que o tricolor não vence, com três derrotas e três empates. Parece ser uma boa oportunidade para ganhar, devido aos desfalques corintianos. É verdade que o São Paulo não terá Rodrigo Caio, Cueva e Valdívia, mas o Corinthians perde também e muito sem Fagner, Balbuena, Jadson e Romero, além de Clayson, dúvida para a partida.

O ataque são-paulino vai enfrentar uma defesa inédita e pode levar vantagem. Em contra-partida, o São Paulo vai se confrontar com um time bem armado e bem definido na sua forma de atuar, independentemente de quem seja escalado. Projeção de bom duelo, no Morumbi, com mais de 30 mil pessoas, sem dúvida.

O blog comparou nome por nome e traz suas escolhas (em negrito o melhor), pelo momento. Confira abaixo.

Sidão  X  Cássio

Militão  X  Mantuan

Bruno Alves  X  Pedro Henrique

Arboleda  X  Henrique

Reinaldo  X  Sidicley

Jucilei  X  Gabriel

Liziero  X  Maycon

Nene  X  Matheus Vital

Lucas Fernandes  X  Rodriguinho

Marcos Guilherme  X  Pedrinho

Trellez  X  Júnior Dutra

Pelo blog, 6×5 para o Corinthians.

O São Paulo deve tomar a iniciativa. Diego Aguirre sabe que é preciso aproveitar o fator local e dar confiança aos jogadores.

O Corinthians seguirá especulando, tentando ser letal nos contra-ataques, com muita marcação e movimentação.

O blog aposta num placar de 1×1.


Palmeiras e Corinthians são melhores que Santos e São Paulo
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Alexandre Praetzel

O Corinthians reverteu a desvantagem para o Bragantino, conseguindo a classificação para as semifinais do Paulista. O resultado de 2 a 0 foi conquistado com um bom primeiro tempo e boa postura do time, com as quatro mudanças de Fábio Carille. O meio-campo funcionou com Ralf, Maycon, Matheus Vital e Rodriguinho, criando oportunidades para aumentar o placar. O Bragantino ameaçou duas vezes em duas bolas aéreas, espelhando o problema defensivo corintiano. É algo que precisa ser corrigido.

Agora, o Corinthians enfrentará o São Paulo, com o jogo de ida no Morumbi e a volta em Itaquera. O Palmeiras pega o Santos, com os dois confrontos no Pacaembu.

Claro que nos quatro clássicos, pode haver surpresas. São Paulo e Santos têm condições de equilibrar as partidas, mas numa análise fria, Corinthians e Palmeiras são favoritos à final. Os times são melhores, possuem mais opções de elenco e são mais definidos taticamente. Já vimos equipes piores endurecerem, mas historicamente, os melhores saem vencedores.

Em Palmeiras e Santos, será o duelo de um time amadurecido, com possibilidades de variações, contra um adversário ainda em transição, buscando uma forma de atuar. O próprio Jair Ventura admite que o Santos vasculha o mercado, atrás de um meia “diferente”. O Palmeiras tem Lucas Lima e Guerra, mais Scarpa, esperando liberação judicial. O Santos tem Vecchio e Jean Mota. Na primeira fase, Palmeiras 2×1, no Allianz Parque.

Em Corinthians e São Paulo, o melhor técnico do Brasil terá pela frente um treinador recém chegado. Óbvio que existe vantagem. O Corinthians defende o título e Carille não hesitou em alterar a formação titular, para tirar alguns atletas da zona de conforto. Segue competitivo, apesar de alguns tropeços. O São Paulo está recomeçando um trabalho com a chegada de Diego Aguirre. Provavelmente, o tricolor jogará no erro do adversário, sem muita exposição. Será o confronto de um grupo entrosado contra um São Paulo ansioso por vitórias. O Corinthians não perde há seis clássicos para o rival.

Projeções de boas partidas, com os quatro grandes chegando, repetindo a temporada de 2015.


Chedid admite boa relação com o Corinthians e vê decisão só dentro de campo
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Alexandre Praetzel

O Bragantino joga por um empate para eliminar o Corinthians, no segundo confronto pelas quartas-de-final do Paulista. A partida será nesta quinta-feira, em Itaquera. No primeiro jogo, o Bragantino venceu por 3 a 2, como mandante, no Pacaembu. A decisão de atuar em São Paulo gerou muita repercussão negativa pelo fato do Corinthians ter o apoio maior do torcedor. No entanto, o Bragantino foi bem e conseguiu derrotar o adversário, surpreendendo todo mundo. O blog entrevistou o presidente do Bragantino, Marquinhos Chedid, sobre a projeção para os 90 minutos decisivos e a relação com o Corinthians, depois de tantas negociações entre os dois clubes. Acompanhem.

Te incomoda, quando dizem que o Corinthians teve o melhor adversário por todas as negociações de jogadores que vocês já fizeram?

Nós temos uma relação muito boa com o Corinthians, com o presidente Andrés. É uma relação fora do campo. Muitas vezes, o Bragantino precisou muito do Corinthians, o Corinthians ajudou o Bragantino, o Bragantino ajudou o Corinthians. Vê quanto que fez com o Paulinho, Romarinho, o próprio Felipe e vários jogadores. Isso faz parte do futebol, mas dentro de campo é outra coisa. Os jogadores que decidem dentro do campo. Nós damos motivação. Foi uma bela vitória. A relação fora de campo é de amizade e de respeito. Dentro de campo, os jogadores decidem o que é melhor.

Se o Bragantino eliminar o Corinthians, ainda será uma zebra?

Vão dizer que é, né. Mas tudo é possível. Está colocado, o Corinthians precisa fazer 2 a 0. Na Copa do Brasil de 2014, ganhamos do Corinthians por 1 a 0, no Mato Grosso e perdemos por 3 a 1, em São Paulo. Tudo é possível. Quem esperava uma vitória do Bragantino? Podemos nos comportar bem em Itaquera e conseguir um bom resultado. O Corinthians é o Corinthians, um time de camisa e tradição e merece todo o respeito.

O Bragantino respondeu em campo no primeiro jogo?

Dentro de campo, o Bragantino mostrou que não vendeu o jogo. Para parte da imprensa, que criticou como venda. O Bragantino não abriu mão da parte técnica, porque o Bragantino é um time de 90 anos, campeão paulista, vice-campeão brasileiro, revelou um monte de jogadores. Dentro das quatro linhas, ganhou o jogo. Eu falei na Federação, eu gosto de jogar no Pacaembu. Foi gostoso, né. 3 a 2.

Se o Bragantino empatar, estará classificado. Se houver uma derrota por um gol de diferença, a decisão da vaga será nos pênaltis.

 


Romero reconhece Bragantino superior e pede mais finalizações em Itaquera
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Alexandre Praetzel

O Corinthians precisa de dois gols de diferença para eliminar o Bragantino, quinta-feira, no jogo de volta das quartas-de-final do Paulista. Na derrota por 3 a 2, no Pacaembu, os jogadores admitiram a má atuação e prometem uma resposta mais forte, em Itaquera. Entre erros de posicionamentos defensivos e espaços para os contra-ataques adversários, o técnico Fábio Carille não gostou do que viu e vai cobrar uma reação imediata. O blog entrevistou Romero, que negou que fez falta em Alex Alves, no primeiro gol corintiano. O paraguaio acha que o gol de Pedrinho, manteve o Corinthians na briga pela vaga, nas semifinais. Confira.

O Bragantino mereceu a vitória?

Eu acho que sim. Acho que o Bragantino fez um primeiro tempo muito bom, a gente ficou muito abaixo, acho que por causa do calor também, mas não é desculpa. A gente ficou muito com a bola e não conseguiu finalizar. A gente tem que melhorar isso.

Na proposta do Bragantino, o placar foi justo?

Sim, porque eles fizeram os gols. No futebol, é isso. Quem faz os gols, é merecedor da vitória. Então, eles fizeram e a gente pecou em algumas jogadas de combinações.

A Confederação Paraguaia liberou você e o Balbuena para jogarem na quinta?

Sim, a gente joga na quinta e se apresenta na sexta. Primeiramente, estávamos para viajar na quinta, aí o Corinthians pediu um dia a mais para ficarmos e jogarmos a partida de volta.

A vantagem de um gol do Bragantino preocupa demais?

O gol do Pedrinho(o segundo do Corinthians), acho que foi importante. Com esse gol, a gente ficou mais tranquilo, mas a gente tem que fazer o nosso trabalho em casa. Ganhar é o primeiro objetivo, para ir para os pênaltis. Se a gente fizer dois gols, estaremos classificados. Então, a vaga está aberta e a gente vai fazer de tudo para classificar.

Se o Corinthians vencer por um gol de diferença, a decisão da vaga vai para os pênaltis. Se houver vitória por dois gols ou mais, o Corinthians se classifica nos 90 minutos. Ao Bragantino, basta o empate.

Balbuena e Romero estão convocados para a Seleção do Paraguai, nesta data Fifa. Ficarão de fora do primeiro jogo da semifinal, se o Corinthians chegar lá.


Bragantino respondeu no campo à inversão de mando
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Alexandre Praetzel

O Bragantino foi merecidamente criticado por ter mandado o primeiro jogo contra o Corinthians, no Pacaembu. Saiu de Bragança e preferiu a parte financeira. A renda foi de R$ 607.694,00 para 14.153 pagantes. O lucro será de R$ 280 mil. Um valor abaixo da expectativa, mas com resposta muito forte, dentro de campo.

O Bragantino jogou muito bem e poderia ter vencido o Corinthians por um placar  maior que 3 a 2, algo admitido até por Fábio Carille. O time de Marcelo Veiga marcou bastante e explorou as bolas aéreas. Destaque para jovem Ítalo, que entrou e superou a pegada corintiana. Grande vitória e projeção de outro ótimo confronto para quinta-feira, em Itaquera.

Do lado corintiano, faltou atenção nos principais lances e criatividade com a posse de bola. Maycon foi o único a se salvar, além de Pedrinho, que deu nova dinâmica à equipe.  O meio-campo, um setor muito presente do time, foi bem neutralizado.

A disputa está aberta, mas o Bragantino deixou de ser zebra.

 


Bragantino é o Linense de 2017. A vergonha do Paulista
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Alexandre Praetzel

O Bragantino vai enfrentar o Corinthians no Pacaembu, como mandante do primeiro jogo das quartas-de-final do Campeonato Paulista. O clube de Bragança Paulista, que subiu da Série A2 e, merecidamente, conseguiu a classificação, agora abre mão do equilíbrio técnico e da chance de chegar às semifinais, por uma renda maior. Seus torcedores terão apenas dois mil ingressos. A medida favorece o Corinthians, sem dúvida. O Linense fez o mesmo em 2017, pegando o São Paulo duas vezes no Morumbi, e eliminado facilmente. Em 2018, o Linense já foi rebaixado. Assim como critiquei o Linense e não entendi a postura da diretoria, dou a mesma ênfase ao Bragantino. Lamentável.

Ressalto que Corinthians e São Paulo não têm nada a ver com isso. Essa possibilidade de inversão ou venda de mando de campo, está prevista no regulamento da competição. Um absurdo, mas aceito pela maioria. O Palmeiras berrou com o presidente Maurício Galiotte, mas o protesto chega com atraso. Galiotte quer mudança da regra para 2019. Acho que não vai levar.

Os diretores da Federação deveriam ser os primeiros a exigir confrontos lá e cá. Cada um na sua casa. Não. Falam numa “democracia” e vontade dos clubes, mas prejudicam seu próprio torneio. Uma pena, ainda mais quando começam os jogos mais interessantes.


Palmeiras e Corinthians são os melhores e favoritos à final do Paulista
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Alexandre Praetzel

Terminou a primeira fase do Campeonato Paulista e tivemos seis times repetindo a classificação de 2017 para as quartas-de-final. Além dos quatro grandes, Novorizontino e Botafogo, passaram Bragantino e São Caetano, duas equipes que vieram da Série A-2. Foram marcados 193 gols em 96 partidas. A média foi de 2,01 gols por jogo, uma das mais baixas dos últimos anos. Reflexo do pouco tempo de preparação, satisfação com o resultado mínimo e forte postura defensiva, sempre pensando em primeiro não perder, para depois pensar em ganhar.

O Palmeiras terminou em primeiro lugar no geral, com 26 pontos. Corinthians chegou aos 23 e o Novorizontino alcançou a terceira posição, com 20 pontos. Santos e São Paulo, com 18 e 17 pontos, deixaram a desejar, com 50% e 47,2% de aproveitamentos.

Acredito que os desempenhos de Palmeiras e Corinthians indicam uma superioridade em relação aos demais. Novorizontino e Bragantino não devem impor muitas dificuldades, apesar das boas campanhas.

O Santos tenta se definir como equipe, com a filosofia de Jair Ventura. O São Paulo virou uma incógnita, estreando um novo treinador. Botafogo e São Caetano são perfeitamente “batíveis”. No entanto, podem crescer, pelas dúvidas de Santos e São Paulo. Óbvio que num mata-mata, surpresas podem acontecer, como ocorreu com a Ponte Preta eliminando Santos e Palmeiras e perdendo a decisão para o Corinthians, no ano passado.

Se os quatro gigantes vencerem seus dois confrontos cada, na próxima fase, teremos Palmeiras X São Paulo e Corinthians X Santos, nas semifinais.

Nos clássicos, um torneio à parte, o Corinthians fez sete pontos, o Palmeiras somou seis, o Santos quatro e o São Paulo, nenhum ponto.

Por tudo que eu vi, Palmeiras e Corinthians são melhores que os demais. O Verdão, pela qualidade técnica e força do elenco. O Corinthians, pela forma definida de atuar, consistência tática e um técnico muito bom. Por isso, pela lógica, Palmeiras e Corinthians são os favoritos à final.

A partir do próximo fim de semana, começam os mata-matas. Projeções de jogos mais qualificados e disputados. E para quem acha que o Paulista não vale nada, só perguntar para são-paulinos e ponte-pretanos, que já viram seus treinadores demitidos. Ganhar passa a ser obrigação. Perder, vira quase tragédia. Esse é o pensamento, mesmo que os torneios sejam desvalorizados pela maioria.

 


Alessandro nega divergência com Andrés e admite dificuldades para contratar
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Alexandre Praetzel

Alessandro Nunes foi vencedor como jogador do Corinthians e aumentou suas conquistas, também como executivo do clube. Homem forte do departamento de futebol do ex-presidente Roberto de Andrade, Alessandro seguirá no Corinthians, na gestão de Andrés Sanchez. Alessandro será o gerente de futebol, com Duílio Monteiro como diretor e o ex-vice-presidente Jorge Kalil, como diretor-adjunto. Em entrevista exclusiva ao blog, Alessandro negou qualquer tipo de problema com Andrés, admitiu dificuldades para contratar e que será muito difícil ser bicampeão paulista ou brasileiro. Acompanhem.

Apenas para deixar bem claro. Você fica no Corinthians, com a nova diretoria?

A gestão já está, talvez, completando um mês. Eu acho que as coisas estão bastante claras e se houver alguma mudança, também não compete a mim dizer. Mas está tudo tranquilo, graças a Deus. Está muito bem.

Você tem boa relação com o presidente Andrés? Sempre chegou para a mídia que vocês tiveram um estremecimento na gestão do Roberto de Andrade, quando você comandava o futebol.

Esse negócio de homem forte do futebol é meio estranho. Não existe isso. Existe uma equipe, um departamento, profissionais trabalhando. Eu, graças a Deus, tenho uma boa relação com todos eles, nesses dez anos que já estou aqui no Corinthians. Me sinto muito à vontade para dizer isso. O próprio tempo, por si só, já diz a relação que eu tenho e a identidade que eu tenho com o clube. Então, estou muito feliz, muito tranquilo, bem, acredito que eles também. A gestão está começando, um longo trabalho a ser feito nesses três anos, e que o melhor aconteça sempre para o clube, não tenha dúvida.

Está mais difícil contratar neste momento? A situação financeira do clube é boa, normal?

A situação financeira não pode ser um direcionamento para o lado positivo ou negativo na hora de contratar. As contratações vão sempre acontecer. Muitas delas, a gente vai acertar. Infelizmente, em algumas, erraremos. É normal no futebol. Nem tudo se conquista com bons resultados. A vida financeira do clube ainda não é muito boa, mas com certeza vai melhorar em algum momento. É o que a gente espera, no futuro. E também não vai ser isso o fato positivo nas contratações. Sempre estarão relacionadas com o resultado dentro do campo.

A contratação de um centroavante é prioridade ainda ou vocês estão esperando passar o tempo, um pouco?

Não. A gente não está esperando passar um pouco o tempo, não. Infelizmente, não dá para mais inscrever em algumas competições. A Libertadores já encerrou até a primeira fase. O Paulista, também traz pouquíssimo tempo para realizar alguma coisa nesse sentido, mas a gente estará sempre olhando, se houver alguma boa oportunidade. Infelizmente, não tem sido nada fácil você encontrar bons atacantes no mercado, estão muito valorizados, inclusive. O próprio presidente, recentemente, deu uma entrevista de que não dá para você pagar um salário estilo europeu. Isso aí você quebra os outros 30 jogadores que você tem no elenco. A gente tenta manter um padrão para que o relacionamento seja o mais saudável possível, não só financeiro, mas técnico também.

Vocês apostaram muito no Juninho Capixaba. O início dele não foi dos melhores. Preocupa?

Não, não preocupa. É normal. Só a gente buscar num histórico recente, quantos atletas que, infelizmente, tiveram um pouquinho de dificuldade no início. O sucesso foi um pouco mais tardio. É normal que um jovem como ele, que trocou uma camisa muito importante no cenário brasileiro a uma muito pesada, oscilar um pouquinho, ter suas dificuldades. Olhando para trás, a gente vê que grandes atletas que conquistaram títulos aqui dentro, também passaram por esse processo. Ele é um atleta muito promissor, muito técnico, jovem, ao seu tempo, as coisas se encaixarão para ele, com certeza.

Kazim pode deixar o Corinthians, a qualquer momento?

Ah, é uma pergunta muito vaga, né. Ele pode sair, se chegar uma oferta excepcional para ele, para o clube. Ele pode ficar, se não chegar nenhuma questão interessante. Está participando dos jogos, normalmente. Não participa da Libertadores por um aspecto que todos vocês já sabem(suspensão de cinco jogos). Então, está inserido normalmente dentro do contexto de trabalho do departamento de futebol.

Você foi vencedor como jogador. Como dirigente, é difícil ganhar um bicampeonato, mesmo que a base de trabalho mantida?

É difícil ser campeão. Bicampeão, então, é muito mais difícil ainda. As conquistas são bem difíceis, não tenha dúvida. Ano passado, foi um ano bem importante pelas conquistas que tivemos. Esse ano, é um ano de muito trabalho, mais ainda, do que o ano passado. É a afirmação para muitos profissionais. A gente espera que a gente consiga chegar aos nossos resultados. A gente sabe quais são eles, quais as dificuldades, os nossos desafios, mas chegar ao topo e levantar um caneco, a gente nunca consegue precisar.

No Paulista, o Corinthians é o primeiro do grupo A, com 17 pontos, e o terceiro na classificação geral. Na Libertadores da América, o time estreou com empate diante do Millonarios da Colômbia, em Bogotá.

 

 


Rodriguinho agradece reconhecimento e ainda sonha com Copa do Mundo
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Alexandre Praetzel

Rodriguinho se firmou no Corinthians. De jogador contestado até 2015, o meia conseguiu apresentar boas atuações nos últimos dois anos e ganhou a confiança de todos. Nos clássicos diante de Palmeiras e Santos, foi bem mais uma vez. Definido como um meia inferior à maioria, Rodriguinho evoluiu, manteve o foco nos treinamentos e foi fundamental nos títulos Paulista e Brasileiro, em 2017. Agora, sabe que o desafio é manter o bom desempenho para ainda sonhar com uma convocação para a Seleção Brasileira, às portas da Copa do Mundo da Rússia. Numa conversa exclusiva com o blog, Rodriguinho agradeceu o reconhecimento atual e espera que Tite esteja acompanhando suas atuações. Confira.

Você acha que deveria ser mais valorizado por todos, pelo teu desempenho atual?

Eu acho assim, que eu sou muito feliz aqui no Corinthians. Tenho carinho enorme por esse time. Fico feliz aí pelas suas palavras. Acho que o reconhecimento vem na hora certa, o merecimento né. Acho que isso pode acontecer em breve.

Por que você cresceu tanto no Corinthians? Você tem quase 30 anos e explodiu tarde. 

Primeiro, isso é uma coisa bem complicada. Eu venho do Nordeste, não é um grande centro. Então, até conseguir chegar no Corinthians, a batalha foi muito grande. Até conseguir meu espaço aqui, porque jogar num time como o Corinthians, com a expressão que tem, é muito difícil. Aos poucos, fui cavando meu espaço. Agora, estou muito feliz de estar tendo esse reconhecimento de todos. Eu espero poder evoluir mais ainda, porque eu tenho muito futebol pela frente.

Tite comentou contigo que você ainda está nos planos dele?

Não, mas eu já vi outras entrevistas dele. Falou que ele monitora vários outros jogadores também. Como eu já tive oportunidade outras vezes, então creio que ele deve estar observando, assim como ele vê muitos jogos. Eu estou esperançoso que as coisas possam acontecer. Estou trabalhando e me dedicando bastante para que esse ápice possa chegar.

Pelo teu futebol atual, é possível uma convocação para a Copa do Mundo?

Na minha opinião, sim. Eu tenho que estar esperançoso, trabalhando bastante para que isso possa acontecer. Espero que ele possa estar vendo e que eu possa cavar meu lugar lá.

Rodriguinho fará 30 anos no dia 27 de março. Em quatro temporadas e meia no Corinthians, fez 141 jogos e marcou 25 gols. Teve uma convocação para a Seleção Brasileira de Tite.