Blog do Praetzel

Brasileiros cumprem seu papel na Libertadores. Vasco é mesmo o mais fraco
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Alexandre Praetzel

A fase de grupos da Libertadores da América chegará ao fim, antes da Copa do Mundo. Dos sete times brasileiros, parece que o Vasco é o único que ficará pelo caminho, ainda que tenha chances de classificação remotas. Quem ficar em terceiro lugar, jogará a Copa Sul-Americana. O blog fez uma avaliação do desempenho das equipes, projetando o que vem pela frente.

– Palmeiras é o primeiro classificado. Para muitos, integrante do grupo mais difícil da primeira fase. Passou bem por Junior de Barranquilha e Alianza Lima e fez quatro pontos em cima do Boca Juniors, com a grande vitória em La Bombonera. Com mais dois empates ou uma vitória, será primeiro do grupo. Ainda deixou o Boca pressionado.

– Corinthians fez sete pontos em nove e conseguiu uma ótima vitória sobre o Independiente, fora de casa. É o grande favorito para ser primeiro colocado, ganhando do Independiente ou Millonarios, em Itaquera. Sairá para enfrentar o Deportivo Lara da Venezuela, a grande surpresa do grupo, com seis pontos, um a menos que o Corinthians. Vai se classificar.

– Depois de uma estreia preocupante para o Real Garcilaso do Peru, o Santos fez três vitórias consecutivas e precisa de dois pontos em dois jogos ou de uma vitória para ser primeiro colocado. A classificação virá. Pega o Nacional, em Montevidéu, e fecha contra os peruanos, no Pacaembu. Num grupo ''chato'', Jair Ventura estabilizou o time e o Santos passou bem pelos seus adversários.

– Grêmio tem o confronto direto com o Cerro Portenho do Paraguai, terça-feira, em Porto Alegre. Ganhando, ultrapassa os paraguaios e assume a primeira posição. Os dois ainda terão o Monagas da Venezuela pela frente, mas o tricolor gaúcho jogará fora de casa. O Defensor do Uruguai ainda tem chances, mas perdeu para o Monagas e se complicou. O Grêmio tem mais time e é favorito para ser primeiro.

– Flamengo poderia e deveria estar mais tranquilo na classificação. Venceu o Emelec, fora, mas empatou duas em casa e parou no Santa Fé, em Bogotá. Não vem jogando bem e precisa derrotar o Emelec, no Maracanã, para não ter que buscar uma vitória contra o River Plate, em Buenos Aires. Torcerá para o River tirar pontos do Santa Fé. Hoje, pelo futebol que vem mostrando, o Flamengo corre riscos de ser eliminado, apesar de só depender de si. Decepciona.

– Cruzeiro fez 7 a 0 na Universidad do Chile e voltou à briga pela classificação. Uma vitória na hora certa pelo ótimo saldo de gols. São cinco pontos em 12 disputados e uma campanha bem abaixo do esperado. Tem Vasco e Racing pela frente. Ganhando um dos jogos, a tendência é se classificar, contando que o Racing derrote a La U. Pode jogar bem mais.

– Vasco é o time brasileiro mais fraco. Deu azar em cair num grupo muito difícil. Passou raspando pela pré-Libertadores e não conseguiu superar as adversidades técnicas de time e elenco. Zé Ricardo é o melhor que a equipe. E sem Paulinho, as coisas se complicaram ainda mais. Tem que lutar por vaga na Sul-Americana, porque parece que na Libertadores, não vai chegar. Uma pena, para um clube que precisa e muito das cotas dos torneios.

Como oponentes fora do Brasil, podemos destacar River Plate(recuperando-se com bom futebol), Racing(bom time e desempenho, mas perderá Lautaro Martínez) e Nacional de Medellín da Colômbia. Claro que depois da Copa do Mundo, muita coisa pode mudar e o mata-mata é um outro campeonato, mas já podemos elencar alguns bons atletas e times.


Palmeiras foi gigante na Bombonera. Do time ao resultado
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras volta de Buenos Aires com uma vitória espetacular sobre o Boca Juniors, em La Bombonera. Ontem, aqui mesmo no blog, escrevi que o jogo poderia ser um ''divisor de águas'' para o time e acho que pode ser mesmo, depois da conquista dos três pontos e a classificação antecipada para as oitavas-de-final da Libertadores da América.

O Palmeiras competiu bastante, dividiu todas as jogadas e teve uma postura digna de um confronto deste tamanho. Já trabalhei quatro vezes na Bombonera. A pressão é enorme, desde a chegada ao estádio até o desenrolar do jogo. Ganhar por 2 a 0 e da maneira que foi, é digno de elogios e de uma cobrança positiva, a partir de agora.

Os palmeirenses reclamavam de uma certa indolência e desânimo dentro de campo, algo visto após a perda do Paulista. Ontem, os jogadores deram a resposta com atitude e bola, porque o Palmeiras jogou futebol e atacou o Boca na sua casa. Óbvio que sofreu e poderia ter levado um ou dois gols, se não fosse Jaílson. Mas isso faz parte do jogo. Do outro lado, estava o virtual campeão argentino e a melhor equipe do país. Mais do que a vitória, o Palmeiras deixou o Boca sob pressão, correndo riscos de eliminação na primeira fase.

Não sei se o Palmeiras ganhará algum título em 2018, mas o elenco precisa justificar tamanho, nome e qualidade em partidas assim. Nos jogos grandes, surgem as provas de que é possível encarar qualquer adversário. E o Palmeiras deu um recado. Resta saber se manterá esse ritmo e pegada para o que vem pela frente. A maratona é grande, cheia de duelos importantes.

Cabe ao elenco e ao técnico Roger Machado. Ontem, todos foram muito bem, do goleiro à última substituição. Lucas Lima fez o que se espera, participando, se aproximando da área e marcando um gol de qualidade técnica. Até Hyoran apareceu, sem sentir o jogo. Resultado e postura indiscutíveis de um time que estava merecendo as críticas e que pode manter esse padrão e ainda entregar mais ao seu torcedor.


Cássio evita derrota do Corinthians em Salvador. Empate foi bom resultado
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Alexandre Praetzel

O Corinthians volta de Salvador com um bom resultado na abertura das oitavas-de-final da Copa do Brasil. O time de Fábio Carille não teve boa atuação e ficou no 0 a 0 com o Vitória, no Barradão. Desde o início da partida, o Corinthians teve mais posse de bola, mas parecia desgastado e sem muita força para superar a marcação do Vitória. A equipe de Vágner Mancini começou mais recuada e dando campo ao Corinthians, esperando algum erro. Em duas oportunidades, quase fez o gol, mas parou em Cássio. O goleiro corintiano foi o melhor em campo. O Corinthians só chutou uma bola a gol, com Rodriguinho. Jadson não foi bem e Clayson perdeu o duelo com Juninho e Zé Welison. No final da primeira etapa, Ralf saiu machucado e Gabriel entrou.

Depois do intervalo, os dois times voltaram mais intensos e atacando mais. Os espaços foram aparecendo, muito mais pelo lado do Corinthians. Yago, Neílton e Denílson incomodaram a defesa corintiana, com bons contra-ataques. Eles exigiram três defesas de Cássio e poderiam ter marcado, se tivessem mais qualidade nas finalizações. Do outro lado, Caíque só fez uma defesa, em chute de Romero.

Em linhas gerais, o Corinthians pode comemorar a igualdade, decidindo a classificação diante de sua torcida, sem gol qualificado. O Vitória perdeu a grande chance de pressionar o Corinthians, no jogo de volta. O confronto está aberto, mas o Corinthians é favorito pela força do elenco e por atuar em casa.


Jogo contra o Boca Juniors pode ser o “divisor de águas” do Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Nada melhor do que o Boca Juniors como adversário e o jogo marcado para La Bombonera, para o Palmeiras mudar o cenário sobre as atuações do time. Estamos no dia 25 de abril, o Palmeiras foi vice-campeão paulista, é líder do seu grupo na Libertadores com sete pontos contra cinco do Boca Juniors, e tem quatro pontos em duas partidas na Série A do Brasileiro. Em termos de resultados, muitos se dariam por satisfeitos numa chegada a uma final e bem colocados em outras duas competições. O discurso pode ser esse, mas a realidade mostra um sinal de alerta.

O Palmeiras está sendo cobrado por um futebol melhor porque tem capacidade para entregar algo a mais. Não é uma análise exagerada. O elenco palmeirense é um dos melhores, senão o melhor, e muitos treinadores gostariam de tê-lo. Agora, o desempenho deixa a desejar.

Coletivamente, o Palmeiras é espalhado, não tem compactação e cede espaços aos adversários. Isso já deveria ter sido melhorado. Algumas vitórias aconteceram muito mais na base do individualismo, numa jogada só. Claro que é importante você ter alguém para decidir, mas isso está cada vez mais raro, no equilíbrio que existe hoje no Brasil. Então, o coletivo tem que funcionar. É preciso virar a página do Paulista. O Palmeiras anda de cabeça baixa e tem que reagir.

Por isso, o confronto em Buenos Aires pode ser um ''divisor de águas'', para ser bem clichê mesmo. É uma partida num estádio adverso, onde poucos conseguem vencer. Uma vitória encaminha a classificação em primeiro lugar e um empate não pode ser desprezado. O Palmeiras tem a possibilidade de mudar a atitude em campo e provar que o grupo não é bom, apenas no papel. Se voltar da Argentina com mais três pontos, pode ser a retomada da confiança e de toda a expectativa positiva do início do ano.

Eu escalaria uma formação mais fechada. A tendência é que Roger Machado defina Jaílson; Marcos Rocha, Antonio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Keno(Moisés), Borja e Dudu.

Jogo bom, adversário gigante e torcida contra. Se os jogadores não se motivarem com isso para dar uma resposta ao torcedor, quando será que isso acontecerá? Vamos conferir a partir das 21h45.


Hernanes nega negociação e descarta retorno ao São Paulo, neste momento
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Alexandre Praetzel

A possibilidade de Hernanes voltar ao São Paulo, neste momento, é nula. Essa foi a definição a respeito das especulações e informações divulgadas sobre o retorno do meia ao tricolor. Hernanes foi emprestado ao São Paulo, de julho a dezembro de 2017, com 19 jogos disputados e nove gols marcados. Foi o responsável direto pela permanência do São Paulo, na Série A do Brasileiro.

Em contato com o blog, a assessoria do jogador deixou claro que Hernanes não pensa em retornar e que não foi procurado por ninguém do São Paulo. Acompanhem a nota enviada ao blog.

''Hernanes começou a pré-temporada muito bem, marcando gols em amistosos e atuando como titular. Depois, Hernanes ficou fora de uma sequência de quatro jogos, dos sete jogos já disputados. No primeiro jogo do chinês, ele sentiu uma contratura muscular e a lesão piorou, a partir do segundo jogo. O treinador chileno Manuel Pelegrini deu oportunidade para o marfinense Gervinho atuar e ele foi bem, sendo mantido pelo técnico. No fim de semana passado, Hernanes foi titular e jogou 88 minutos. Só três estrangeiros podem ser relacionados para as partidas. Hoje(terça-feira), é a primeira rodada da Copa da China contra um time da terceira divisão e os estrangeiros não podem ser utilizados para equiparar os confrontos. Então, Hernanes não estará em campo. Desde que voltou para a China, Hernanes não recebeu nenhum contato de ninguém da diretoria do São Paulo. Não houve nada e é absurdo dizer que Hernanes abriria mão de salário, porque não foi procurado, obviamente. Falar ou mencionar qualquer possibilidade de retorno ao São Paulo é precipitado. Hernanes garante que está satisfeito com seu momento no Hebei Fortune. Hernanes tem contrato até o final de 2019''.

Hernanes fará 33 anos, no dia 29 de maio.


Corinthians melhorou o elenco. Carille varia bem a forma de jogar
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Alexandre Praetzel

O Corinthians foi o único time que conseguiu duas vitórias seguidas no início do Brasileiro. Bateu Fluminense, em casa, e Paraná Clube, em Curitiba. Nos dois jogos, alternou a escalação. Em relação a 2017, quando sobrou no campeonato, fazendo 47 pontos em 57, no primeiro turno, o Corinthians tinha um elenco inferior, acredito. Fábio Carille tem rodado mais seus atletas, por ter Libertadores ao mesmo tempo e por entrar na Copa do Brasil, nas oitavas-de-final. Hoje, o treinador tem mais opções para variar o esquema tático.

Saíram Guilherme Arana, Pablo e Jô. Chegaram Henrique, Sidcley, Juninho Capixaba e Marllon, para o setor defensivo . O zagueiro se firmou rapidamente ao lado de Balbuena e tem jogado bem. Sidcley foi uma grata surpresa, com desempenho muito bom. Juninho Capixaba começou mal e perdeu espaço, mas tem potencial para se recuperar. Ralf e Emerson Sheik(eu não contrataria) ainda acrescentam e Matheus Vital foi a melhor contratação. Roger nem estreou e o garoto Matheus Matias é visto como boa aposta.

Se Carille quisesse escalar uma formação só com reservas, teria Valter; Mantuan, Pedro Henrique, Marllon e Juninho Capixaba; Ralf, Maycon, Jadson e Marquinhos Gabriel; Pedrinho e Roger. Sobrariam ainda Danilo, Emerson Sheik, Júnior Dutra e Matias. Parece que a política de reforços passou por Carille, que sabe muito mais do que os dirigentes, a respeito das necessidades do grupo.

O treinador mostra que sabe extrair o máximo de cada atleta. Do meio para a frente, é possível adaptar alguns esquemas às características dos jogadores. Se em 2017, havia uma dependência fortíssima de Jô, parece que isso já ficou para trás. É difícil o Corinthians repetir a campanha do primeiro turno do ano passado. Mas se fizer 40 pontos, com a forma de jogar eficiente e as alternativas que acrescentou ao vestiário, poderá se tornar favorito de novo a levar o Brasileiro.

 

 


Zeca é ótimo reforço para o Inter. Só precisa ser justo e profissional
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Alexandre Praetzel

O Inter anunciou a contratação de Zeca, num contrato de quatro temporadas. O clube gaúcho fechou o negócio com o Santos, envolvendo o atacante Eduardo Sasha na troca. O Inter ficará com 50% dos direitos econômicos, assim como o Santos permanecerá com a mesma fatia de Zeca.

Zeca processou o Santos, alegando atraso no pagamento do FGTS e ameaças a sua integridade e da família. Isso começou em outubro de 2017, mas Zeca sofreu derrotas seguidas nos tribunais. A ascensão e o bom futebol de Sasha no Santos, abriram uma porta para a transação com Zeca e ''salvaram'' a carreira do lateral, neste momento. Zeca não tinha mais para onde correr. Flamengo, Palmeiras, Girona da Espanha e Corinthians, mostraram-se interessados na sua contratação, mas desistiram por determinações dos seus advogados. Ou Zeca entrava em acordo com o Santos(algo distante), ou esperava uma negociação de algum time com o próprio Santos. O Inter quis contratá-lo, Zeca retirou o processo na Justiça e todos seguiram suas vidas.

Zeca fará 24 anos, no dia 16 de maio. Pelo Santos, disputou 137 jogos e marcou quatro gols. É um atleta de qualidade e tem condições de recomeçar e mostrar seu bom futebol no Inter. Chega e joga, rapidamente. Certamente, é um dos melhores da posição no Brasil. Tomou uma decisão equivocada e ficou parado por seis meses. Agora, precisa colocar a cabeça no lugar e voltar a cumprir suas funções, com profissionalismo. Qualidade, ele tem.

O Inter acertou e reforça a equipe com acréscimo, pelo menos, nas laterais. A conferir.


São Paulo já desvalorizou Diego Souza. Jogador também precisa se ajudar
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Alexandre Praetzel

O São Paulo gastou R$ 10 milhões para contratar Diego Souza, considerando o jogador um grande reforço para 2018. Ele recebeu a camisa 9 e chegou ao Morumbi com status de convocável para a Copa do Mundo, após atuar pelo Sport, com gols importantes e chamados do técnico Tite. Quatro meses depois, Diego Souza já é negociável. Perdeu espaço entre os titulares e viu o técnico Diego Aguirre dizer, após o empate contra o Ceará: ''Conto com Diego Souza, mas ele tem ofertas. Será decidido dentro do clube. Ele é importante, mas depende da postura dele também''.

Aguirre foi apresentado no dia 12 de março. Quarenta e um dias depois, o treinador já não conta com Diego Souza. Já o deixou fora de uma partida por opção. Num curto prazo, Aguirre concluiu que Diego não serve. Ou quando negociava, já o avisaram que Diego Souza estava mal? Mas o que fazer para recuperar o investimento? A contratação foi uma convicção de Raí e cia, em dezembro. O blog lista a má administração do assunto e os erros cometidos, abaixo.

– Dorival Jr. não pediu a contratação de Diego Souza. Foi um nome contratado pelo clube. O treinador queria escalá-lo como meia, vindo detrás;

– Diego Souza foi trazido como centroavante, porque se vendeu a ideia de que ele poderia ir para a Copa do Mundo, como jogador de área. Chegou fora de forma;

– Aguirre já decretou que Diego Souza perdeu espaço no grupo. Assim, o São Paulo dificilmente vai recuperar o dinheiro investido na sua contratação;

– Diego Souza não se ajuda. Há quem diga que não interage com os companheiros, não treina com tanta disposição e mostra-se desanimado.

Agora, emprestá-lo para qualquer clube e ainda pagar boa parte do salário, mostrará que a diretoria do São Paulo está brincando com a gestão. O Vasco tentou, o São Paulo pediu o garoto Evander na troca. O Vasco não quis, num primeiro momento.

Neste instante, o papel do treinador não deveria ser a tentativa de recuperar o jogador, tecnicamente? O São Paulo era mais forte nas suas direções, recentemente. Parece que até isso perdeu, com decisões como essa.

Num futebol, onde os clubes brasileiros sofrem com a falta de dinheiro, diariamente, gastar R$ 10 milhões num jogador de 33 anos e desvalorizá-lo rapidamente, é valorizar a incompetência. De todos os lados.


Corinthians sobra. Palmeiras para o gasto. São Paulo confuso
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Alexandre Praetzel

Segunda rodada do Brasileiro e jogos fracos, tecnicamente, com exceção de Paraná e Corinthians.

Trabalhei na partida e vi Fábio Carille poupar Ralf, Maycon e Clayson, escalando Gabriel, Jadson e Matheus Vital. O Corinthians foi pressionado no início, por um Paraná ávido em voltar à Série A e comemorando o fato de receber um grande adversário no seu estádio, novamente. No entanto, quando o Corinthians conseguiu colocar a bola no chão, fez o primeiro gol com Rodriguinho e ampliou em seguida em bonita jogada de Sidcley, talvez o melhor em campo. Dois a zero em dois minutos. Isso minou a confiança do Paraná e deixou o Corinthians à vontade. Na segunda etapa, o Paraná não mudou sua postura e deu espaços para o contra-ataque. O Corinthians chegou aos 4 a 0, em dois lances de Clayson, fazendo um gol e dando o passe para Gabriel. Carille pode mudar algumas peças e o modo de atuar não se modifica. O Corinthians é o time mais tático do Brasil e larga com duas vitórias, algo que não fez em 2017, quando sobrou no primeiro turno. Alerta ligado para os adversários.

No Pacaembu, o Palmeiras não fez um bom jogo, mas conseguiu a vitória de 1 a 0 sobre o Inter. Foi um confronto parelho até nas chances desperdiçadas. O Inter teve um impedimento mal marcado, num gol anulado de Leandro Damião. Roger Machado manteve Lucas Lima, com desempenho razoável mais uma vez. Edu Dracena voltou e deu mais segurança para Antonio Carlos, seu companheiro de zaga. Em alguns momentos, o Palmeiras parece abatido e lento, dentro de campo. A perda do Paulista não pode mais servir como justificativa. O Brasileiro é longo e o time pode jogar mais. Isso tem sido unanimidade entre os palmeirenses. O resultado foi melhor que a atuação e quatro pontos em seis disputados, são interessantes sobre Botafogo e Inter. Quarta-feira, será uma pedreira diante do Boca Juniors, pela Libertadores.

Em Fortaleza, o São Paulo foi confuso contra o Ceará. Diego Aguirre gosta do rodízio e testou outra formação. O São Paulo criou pouco e não teve nem força, nem velocidade, para conseguir alguma chance de gol. Everton foi discreto na sua estreia. Na volta do intervalo, Aguirre passou para o esquema com três zagueiros, com Valdívia e Nene, sem centroavante. O São Paulo até chutou duas bolas a gol, mas se mostrou descompactado e devagar na recomposição. O limitado Ceará teve a melhor oportunidade, com Felipe Azevedo batendo para defesa de Sidão. Aguirre precisa de tempo para ajustar a equipe e definir seu esquema de jogo. O São Paulo sofre com a lentidão e não aproveita contra-ataques. Em pontos, são quatro conquistados, mas as atuações não empolgaram. Agora, terá tempo para treinar, fora da Copa do Brasil.

 


Palmeiras e Inter estão devendo mais futebol. Verdão ainda é favorito
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Inter já fizeram grandes jogos pelo Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil. Na década de 70, tiveram dois grandes times e foram protagonistas. Se enfrentaram nas semifinais em 74, 78 e 79, com o Palmeiras levando a melhor nos dois primeiros anos e o Inter ganhando o Brasileiro invicto, depois. Óbvio que o futebol mudou(para pior) e os clubes se alternaram em altos e baixos. Nos anos 80, os dois foram mal. Nos anos 90, o Palmeiras teve três esquadrões. Nos anos 2.000, foi a recuperação colorada. Agora, o Palmeiras sobra na questão financeira e no elenco, diante de um Inter repleto de interrogações, após retornar da Série B.

O que esperar desse confronto? Acho que o Palmeiras é superior. Tem mais equipe, melhores jogadores e técnico. Não está provando dentro de campo e a única esperança colorada para um bom resultado, é a oscilação palmeirense, desde as semifinais do Paulista. Foram dois jogos apenas regulares contra o Santos, um partida boa e outra ruim frente o Corinthians e a perda do título estadual, além dos desempenhos abaixo da média nos enfrentamentos com Boca Juniors e Botafogo. Vai pegar um Inter pressionado e questionado diariamente pela inconstância em jogos maiores, ainda mais depois da eliminação da Copa do Brasil para o Vitória. Em 2016, foram quatro duelos, com três vitórias do Palmeiras e uma do Inter. O Palmeiras é favorito mais uma vez.

Na comparação, jogador por jogador, o blog avalia pelo momento.

Jaílson  X  Marcelo Lomba

Marcos Rocha  X  Edenílson

Antonio Carlos  X  Klaus

Edu Dracena  X  Cuesta

Diogo Barbosa  X  Iago

Felipe Melo  X  Rodrigo Dourado

Bruno Henrique  X  Gabriel Dias

Moisés  X  Patrick

Dudu  X  D'Alessandro

Keno  X  Nico López

Borja  X  Pottker

Roger Machado  X  Odair Hellmann

10×2 Palmeiras. Nos últimos anos, nunca houve uma diferença tão grande como agora, apesar do Palmeiras não estar jogando bem.

O blog dá o palpite para o jogo: Palmeiras 2×1.