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Arquivo : Boca Juniors

Fla e Boca são pesadelos no sorteio da Liberta. Cerro e Tucumán são fracos
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Alexandre Praetzel

O sorteio das oitavas-de-final da Libertadores da América será nesta segunda-feira, em Luque, no Paraguai. Teremos cinco brasileiros no pote 1, como primeiros colocados dos grupos, na primeira fase. Palmeiras, Grêmio, Corinthians, Cruzeiro e Santos poderão disputar a segunda partida em casa, diante das suas torcidas. Mas qual o tamanho desta vantagem? Pode-se dizer que pequeno, porque qualquer um deles pode pegar Flamengo ou Boca Juniors, no mata-mata.

Os dois ficaram nas segundas posições. O Flamengo está invicto com duas vitórias e quatro empates. O rubro-negro pode ser um oponente terrível, por tudo que representa, assim como o clube argentino. Fico curioso e imagino que qualquer dirigente ou técnico escolheria outros adversários possíveis. Lembrando que o Boca Juniors tem seis títulos de Libertadores e o Flamengo, uma conquista. É possível termos Flamengo e um grande brasileiro e Boca x River Plate.

O Flamengo lidera o Campeonato Brasileiro e o Boca Juniors foi campeão argentino. Tecnicamente, os dois times não tiveram grandes desempenhos. O Boca passou na última rodada. Só que o mata-mata é outro torneio e poderemos ter novidades.

Recentemente, tivemos um segundo colocado na fase de grupos que foi campeão: o San Lorenzo, em 2014.

Parece que será bom enfrentar Cerro Portenho do Paraguai ou Tucumán da Argentina, teoricamente, os times mais fracos do Pote 2.

Nesta fase, a Libertadores terá equipes que somam 35 títulos do torneio. Independiente(7), Boca Juniors(6), Estudiantes(4), Grêmio(3), Santos(3), River Plate(3), Cruzeiro(2), Nacional-COL(2), Corinthians(1), Flamengo(1), Palmeiras(1), Racing(1) e Colo-Colo-CHI(1).

Os jogos de ida serão apenas em agosto.


Boca Juniors na dependência do Palmeiras. Não deixa de ser uma surpresa
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Alexandre Praetzel

Quando houve o sorteio dos grupos da Libertadores da América, apontávamos a chave do Palmeiras como uma das mais difíceis da primeira fase. Boca Juniors e sua tradição sul-americana, com vários títulos. Junior de Barranquilha, sempre um time técnico e complicado de enfrentar na Colômbia e o Alianza Lima, com sua grandeza interna, apesar de ser o mais fraco. Passadas cinco rodadas, o Palmeiras está classificado. Só depende de um empate nesta quinta-feira, em Lima, para ser o primeiro colocado.

Por incrível que pareça, o Boca Juniors ficou na “mão” do Palmeiras, o que não deixa de ser uma grande surpresa. Conseguiu o empate em Barranquilha, chegando aos seis pontos. O Junior tem sete. Na última rodada, o Junior pegará o Palmeiras, no Allianz Parque, e o Boca recebe o Alianza, em La Bombonera. Se o Junior derrotar o Palmeiras, elimina os argentinos.

O Boca é o virtual campeão argentino e foi apontado como um dos favoritos ao título da Libertadores. Quando vemos o time em campo, não há nada disso. Uma equipe sem muita inspiração e pouco espírito competitivo. Longe dos grandes esquadrões boquistas. Se cair fora, será um grande vexame, pelo investimento que foi feito e por toda a expectativa sobre o elenco.

Agora, para qualquer time, é melhor ter o Boca eliminado na primeira fase ou deixá-lo vivo para as oitavas-de-final, correndo o risco de enfrentá-lo no mata-mata, através do sorteio?

Um dilema para os torcedores debaterem e um assunto para Roger Machado e os jogadores evitarem. Certamente, haverá o discurso de que o Palmeiras tem que vencer todos os adversários, sem se preocupar com os outros.

Claro que se os palmeirenses pudessem escolher, não gostariam de pegar o Boca Juniors, na próxima fase. Se o Boca Juniors se classificar, pode reagir e se preparar melhor, durante a parada para a Copa do Mundo. A rodada decisiva será muito interessante. A conferir.


Palmeiras foi gigante na Bombonera. Do time ao resultado
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras volta de Buenos Aires com uma vitória espetacular sobre o Boca Juniors, em La Bombonera. Ontem, aqui mesmo no blog, escrevi que o jogo poderia ser um “divisor de águas” para o time e acho que pode ser mesmo, depois da conquista dos três pontos e a classificação antecipada para as oitavas-de-final da Libertadores da América.

O Palmeiras competiu bastante, dividiu todas as jogadas e teve uma postura digna de um confronto deste tamanho. Já trabalhei quatro vezes na Bombonera. A pressão é enorme, desde a chegada ao estádio até o desenrolar do jogo. Ganhar por 2 a 0 e da maneira que foi, é digno de elogios e de uma cobrança positiva, a partir de agora.

Os palmeirenses reclamavam de uma certa indolência e desânimo dentro de campo, algo visto após a perda do Paulista. Ontem, os jogadores deram a resposta com atitude e bola, porque o Palmeiras jogou futebol e atacou o Boca na sua casa. Óbvio que sofreu e poderia ter levado um ou dois gols, se não fosse Jaílson. Mas isso faz parte do jogo. Do outro lado, estava o virtual campeão argentino e a melhor equipe do país. Mais do que a vitória, o Palmeiras deixou o Boca sob pressão, correndo riscos de eliminação na primeira fase.

Não sei se o Palmeiras ganhará algum título em 2018, mas o elenco precisa justificar tamanho, nome e qualidade em partidas assim. Nos jogos grandes, surgem as provas de que é possível encarar qualquer adversário. E o Palmeiras deu um recado. Resta saber se manterá esse ritmo e pegada para o que vem pela frente. A maratona é grande, cheia de duelos importantes.

Cabe ao elenco e ao técnico Roger Machado. Ontem, todos foram muito bem, do goleiro à última substituição. Lucas Lima fez o que se espera, participando, se aproximando da área e marcando um gol de qualidade técnica. Até Hyoran apareceu, sem sentir o jogo. Resultado e postura indiscutíveis de um time que estava merecendo as críticas e que pode manter esse padrão e ainda entregar mais ao seu torcedor.


Jogo contra o Boca Juniors pode ser o “divisor de águas” do Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Nada melhor do que o Boca Juniors como adversário e o jogo marcado para La Bombonera, para o Palmeiras mudar o cenário sobre as atuações do time. Estamos no dia 25 de abril, o Palmeiras foi vice-campeão paulista, é líder do seu grupo na Libertadores com sete pontos contra cinco do Boca Juniors, e tem quatro pontos em duas partidas na Série A do Brasileiro. Em termos de resultados, muitos se dariam por satisfeitos numa chegada a uma final e bem colocados em outras duas competições. O discurso pode ser esse, mas a realidade mostra um sinal de alerta.

O Palmeiras está sendo cobrado por um futebol melhor porque tem capacidade para entregar algo a mais. Não é uma análise exagerada. O elenco palmeirense é um dos melhores, senão o melhor, e muitos treinadores gostariam de tê-lo. Agora, o desempenho deixa a desejar.

Coletivamente, o Palmeiras é espalhado, não tem compactação e cede espaços aos adversários. Isso já deveria ter sido melhorado. Algumas vitórias aconteceram muito mais na base do individualismo, numa jogada só. Claro que é importante você ter alguém para decidir, mas isso está cada vez mais raro, no equilíbrio que existe hoje no Brasil. Então, o coletivo tem que funcionar. É preciso virar a página do Paulista. O Palmeiras anda de cabeça baixa e tem que reagir.

Por isso, o confronto em Buenos Aires pode ser um “divisor de águas”, para ser bem clichê mesmo. É uma partida num estádio adverso, onde poucos conseguem vencer. Uma vitória encaminha a classificação em primeiro lugar e um empate não pode ser desprezado. O Palmeiras tem a possibilidade de mudar a atitude em campo e provar que o grupo não é bom, apenas no papel. Se voltar da Argentina com mais três pontos, pode ser a retomada da confiança e de toda a expectativa positiva do início do ano.

Eu escalaria uma formação mais fechada. A tendência é que Roger Machado defina Jaílson; Marcos Rocha, Antonio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Keno(Moisés), Borja e Dudu.

Jogo bom, adversário gigante e torcida contra. Se os jogadores não se motivarem com isso para dar uma resposta ao torcedor, quando será que isso acontecerá? Vamos conferir a partir das 21h45.


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