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Santos, Levir e a conta da justa eliminação
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Alexandre Praetzel

Sempre gostei de ver o Santos jogar e disse em janeiro que achava que o Santos seria campeão da Libertadores da América. Mantinha a imagem do time leve, dinâmico e veloz de 2015 e 2016. Mas, infelizmente, 2017 passou longe dos bons momentos santistas.

Até o início do Brasileiro, o Santos parecia travado. Os bons jogadores estavam mais ou menos e a coisa não fluía. Dorival Jr. garantia que estava tudo bem, mas o grupo não respondia dentro de campo. Dorival saiu e chegou Levir Culpi. O Santos passou tranquilo da primeira fase da Libertadores e começou a valorizar a invencibilidade no torneio sul-americano, mesmo sem jogar bem.

Levir tornou o Santos mais mecânico, pegador e dando a bola para o adversário. Preferiu atuar por resultados em detrimento da qualidade técnica. Ficou 17 jogos sem perder, mas com muita dependência de Vanderlei. O Santos já vinha jogando mal, só que Vanderlei garantiu muitas vitórias e evitou derrotas. Parecia que a conta ia chegar. E chegou.

Contra o Barcelona-EQU, em Guayaquil, o Santos foi ao ataque uma vez e marcou um gol. Depois, se retraiu e entregou o campo para os equatorianos. Tomou um sufoco gigantesco e cedeu o empate. Na Vila Belmiro, teve os desfalques de Renato e Lucas Lima, mas só isso não pode justificar um futebol tão pobre. Perdeu com justiça para um oponente mais organizado e ambicioso. Para mim, Levir tirou a transição ofensiva e robotizou o Santos. Quando saiu na frente, isso adiantou. Ontem, fracassou. Tomou o gol e foi para o desespero dos cruzamentos. Nenhuma jogada trabalhada e uma escalação discutível, com muita lentidão. Eliminação justa, pelo que não jogou como mandante. E para piorar, Bruno Henrique cuspiu no rosto de um adversário. Postura lamentável. Merece uma longa suspensão.

Ah, e tem a Vila Belmiro. Já não é alçapão há muito tempo. Doze mil pessoas para uma decisão de quartas-de-final da Libertadores? Um pensamento pequeno de toda a diretoria. Em Guayaquil, o Santos esteve num caldeirão com mais de 40 mil pessoas. E tem muita gente que defende a Vila para fazer política. O Santos é muito maior que eles. No Pacaembu, seriam 35 mil santistas.

Agora, é pensar em ficar no G4 do Brasileiro. Pouco para a projeção inicial, mas correto pelo decréscimo de todos nos últimos 40 dias.


São Paulo mostrou pouco com mais uma semana de treinos
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Alexandre Praetzel

O São Paulo teve duas semanas cheias para trabalhar e evoluir, mas acho que mostrou muito pouco, apesar de ter somado quatro pontos, nos últimos seis disputados. Foi inferior ao misto frio do Cruzeiro e não teve uma boa atuação contra o Avaí. Está com 23 pontos, na 16ª colocação. Com esse futebol, vai sofrer até o fim.

Na Ressacada, em determinados momentos do jogo, foi inferior, principalmente, no segundo tempo. A equipe parece estar sem confiança e alguns bons jogadores, tornam-se apenas razoáveis nos momentos de pressão. Os dois laterais, Buffarini e Edimar, erram muito mais que a maioria. Arboleda virou perigo nas duas áreas. Cueva esqueceu o futebol em 2016.

O debate sobre o goleiro voltou à tona. Sidão retornou sem ritmo e apresentando insegurança. Entregou a bola para Júnior Dutra matar a partida, mas o atacante avaiano errou, para sorte tricolor. Renan Ribeiro não vinha mal e poderia ter sido mantido. Foi uma escolha pessoal de Dorival Jr.

A realidade é que Hernanes carrega o São Paulo nas costas. Marca, tenta armar as jogadas e tem qualidade na bola parada. Foi o grande reforço do meio do ano e virou a esperança da torcida. O problema é a falta de parceria. Pratto precisa retomar a fama de goleador e os companheiros precisam ajudar. O Avaí tem equipe e elenco piores, mas se mostrou mais organizado.

Dorival Jr. terá mais cinco dias livres de preparação para enfrentar o Palmeiras. Outro jogo, rivalidade total e os adversários loucos para empurrarem o São Paulo à zona de rebaixamento. O São Paulo pode jogar mais, ainda que esteja sendo remontado no meio do campeonato. A ver.


Palmeiras decide tudo hoje para não passar o ano em branco. Quem diria?
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras deve ter uma formação inédita para o jogo do ano contra o Barcelona de Guayaquil, nesta quarta-feira, no Allianz Parque, decidindo uma vaga nas quartas-de-final da Libertadores da América. Cuca pretende escalar Tchê Tchê como lateral-direito e Guerra ao meio-campo. Se o treinador entender que Guerra não tem condições para 90 minutos, o venezuelano ficará na reserva e Keno começará a partida, com Dudu sendo recuado para a armação. Moisés será relacionado e a tendência é que seja aproveitado, durante o confronto.

O time do Palmeiras, com a obrigação de vencer por dois gols de diferença, terá Jaílson; Tchê Tchê, Mina, Luan e Egídio; Thiago Santos, Bruno Henrique e Guerra(Keno); Róger Guedes, Deyverson e Dudu.

Uma equipe com força física dos volantes e a velocidade de Róger Guedes e Keno. Deyverson vai trombar com os zagueiros adversários e pode superar a provável retranca equatoriana.

Cuca sabe o que tem em mãos. Agora, se no início do ano fizéssemos essa projeção de time para um confronto decisivo pela Libertadores, certamente estaríamos criticando. Foi o que restou de todas as mudanças e chegadas de reforços. Fernando Prass, Felipe Melo, Edu Dracena, Jean e Borja começaram a temporada como titulares absolutos. Três perderam as posições, um foi afastado e outro não pode jogar. O dinamismo do futebol e as preferências de cada treinador podem alterar, ou não, os rumos dos planejamentos diretivos.

Vamos aguardar. Um mata-mata de oitavas-de-final virou a sobrevivência para o Palmeiras, na temporada. Que consiga ultrapassar este 09 de agosto, ou possivelmente, algumas mudanças acontecerão.

 


Romero virou realidade no Corinthians. Merece crédito pelo trabalho
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Alexandre Praetzel

O Corinthians conseguiu sua maior vitória no ano, ao bater o Palmeiras por 2 a 0, no Allianz Parque. Um resultado conquistado com um futebol consolidado e sem sustos, diante do seu tradicional rival. Os zagueiros Pablo e Balbuena se consagraram com os cruzamentos palmeirenses e Guilherme Arana foi decisivo ao sofrer o pênalti do primeiro gol e marcar o segundo, fechando o placar.

Agora, gostaria de destacar Romero. A atuação do paraguaio ressaltou toda sua importância tática para a equipe. Romero não tem brilhantismo técnico e já teve momentos toscos com a bola, mas evoluiu bastante e merece crédito pela sua entrega e comprometimento em campo. É um jogador que marca e ataca com a mesma potência física. Participou dos dois lances de gols, com ótimos passes para Arana.

O zagueiro Pablo resumiu a importância de Romero numa frase para mim. “É um grande jogador. Nunca conseguiria fazer o que ele faz em campo, marcando e atacando com tanta força. É muito importante para o time”, definiu.

Estive numa entrevista coletiva no Corinthians, dias depois de sua contratação. Cumprimentou todos os jornalistas presentes, um por um, numa demonstração de educação diferente na classe futebolística. Demorou um pouco para se adaptar e quase foi negociado, como reserva do time campeão brasileiro, em 2015. Mas nunca se entregou. Treinou quieto e aguardou as oportunidades, trabalhando como nunca. Virou titular e ainda assim foi motivo de chacota por alguns jornalistas, injustamente.

Romero não é nenhum primor e talvez não entre na lista dos 100 melhores da história do Corinthians. Agora, num futebol brasileiro cada vez mais nota 6, é fundamental ter atletas conscientes das suas limitações e sempre buscando aprimoramento e superação. Esse é Romero.

Como costumo brincar no programa “+90” do Esporte Interativo, com dez Romeros, dá para ser campeão. Acho que não é mais brincadeira.


Fábio Carille é melhor do que o time do Corinthians
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Alexandre Praetzel

No Brasil, ainda temos a cultura do “treinadorismo”. Dirigentes entregam o vestiário e aceitam um comando paralelo no departamento de futebol. O técnico indica, manda e desmanda e a diretoria só observa. O Corinthians, me parece, foge a essa regra, atualmente. Fábio Carille foi efetivado em dezembro, após serviços prestados por vários anos ao clube.

Óbvio que houve desconfiança. Afinal, a temporada de 2016 foi ruim, com quatro treinadores e maus resultados. Mas Carille chegou com seu jeito simples, sem reclamações, com um modelo de jogo definido e afirmação em pouco tempo, com a conquista do Campeonato Paulista. Todo mundo sabe que o Corinthians não tem dinheiro para grandes investimentos e ficou para trás na comparacão com os rivais. No entanto, Carille fez a diferença e ficou superior ao time.

Adaptou a tática ao que tinha no elenco. Padrão defensivo forte, força física, equilíbrio entre os setores e contando também com fases muito boas de Jô, Rodriguinho e Guilherme Arana e o espírito guerreiro de Pablo, Gabriel e Romero. Um feijão com arroz bem preparado, sem brilhantismo, mas com grande eficiência. Carille ainda é didático e resume cada desempenho com verdade, respeitando todo mundo.

O Corinthians tem dez pontos em 12 disputados, no Brasileiro. Por palpite, acho que não será campeão, mas certamente irá incomodar os adversários, como fez no segundo tempo contra o Santos, sem deixá-los respirar.

Carille é melhor do que o time do Corinthians. E tem o grupo na mão. Esse é meu resumo.


Inter começa a Série B sob desconfiança
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Alexandre Praetzel

Dirigentes e técnicos dos participantes da Série B colocaram o Inter como principal favorito a uma das vagas de acesso para a Série A, nesta temporada. No entanto, não é bem assim. O time gaúcho começa a competição sob desconfiança da torcida e imprensa e precisando de um choque de realidade para acabar com o trauma do ano passado.

O vice-campeonato estadual para o Novo Hamburgo mostrou uma equipe ainda cheia de dúvidas. O esquema com três volantes não funcionou durante todo o torneio, com atuações regulares e vitórias difíceis contra os adversários do interior. Claro que o chileno Gutiérrez e o atacantes Marcelo Cirino e Pottker vão acrescentar, mas estão sem entrosamento com os demais.

O técnico Antonio Carlos Zago segue dizendo que o Inter está em formação e superando as sequelas do rebaixamento, mesmo às portas da abertura da segunda divisão. O volante Fabinho, defenestrado pelos colorados, foi reconduzido e começa a partida diante do Londrina, neste sábado. Será um confronto igual, provavelmente.

Os 11 do Inter são Daniel; William, Léo Ortiz, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Dourado, Fabinho, Felipe Gutiérrez e D’Alessandro; Marcelo Cirino e Nico López. No papel, uma boa formação, mas que precisa provar sua grandeza e superioridade técnica frente a times mais acostumados com esse tipo de disputa. A conferir.


Renato, é bom estudar para saber por que o Grêmio joga tão pouco!
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Alexandre Praetzel

No dia 08 de dezembro de 2016, Renato Portaluppi levou o Grêmio à conquista da Copa do Brasil, pela quinta vez. Nos festejos do título, disparou: “Quem precisa aprender, estuda, vai pra Europa…Quem não precisa, vai pra praia. Quem sabe, sabe. Quem não sabe, vai estudar”. A declaração gerou polêmica porque estudiosos ganharam espaço no futebol brasileiro em detrimento a técnicos boleiros, caso de Renato.

Quase cinco meses depois, Renato deveria dar uma olhadinha no continente europeu ou por aqui mesmo, na América do Sul. O Grêmio não tem jogado nada sob o seu comando. É verdade que perdeu Douglas por lesão e Wallace, negociado com o Hamburgo-ALE. Mas também recebeu reforços de qualidade, como Lucas Barrios e Gata Fernandez. Miller Bolaños voltou a jogar bem (se machucou, recentemente). Mas Renato se atrapalhou todo. Parece que não consegue criar variações táticas e extrair o máximo de seus jogadores. Luan, de grande talento, é um desânimo em campo. Fica a impressão de que é um treinador de curto prazo, com capacidade para mobilizar um grupo num tiro curto. Foi assim na Copa do Brasil. Arrumou a defesa, criou um ambiente mais competitivo e bateu campeão, com méritos. Agora, o encanto diminuiu bastante. O tricolor é previsível, não tem mais a pegada de antes e organiza poucas jogadas de ataque.

O Grêmio vai classificar para as oitavas-de-final da Libertadores na chave mais fraca do torneio. Mesmo assim, foi inferior ao Deportes Iquique-CHI, em três tempos dos dois jogos. Somou quatro pontos contra o Guarani-PAR, sem muito entusiasmo e deve golear o finado Zamora-VEN, na última rodada. Mas o futebol apresentado é preocupante. O Grêmio poderia e deveria jogar mais. Culpar “nana neném”, “a carne é fraca” ou a arbitragem, é puro discurso vazio. O Grêmio, com um elenco muito superior, não conseguiu vencer o Novo Hamburgo em três partidas e foi eliminado nas semifinais do Gaúcho, torneio que priorizou em relação a um confronto da Libertadores. Um vexame, sem dúvida.

O futebol pode apresentar surpresas e o Grêmio vencer a Libertadores, no final do ano. Ainda tem a Copa do Brasil, a partir das oitavas, diante do Fluminense. Afinal, historicamente, o Grêmio consegue ser campeão com times limitados, mas não, mal treinados. Hoje, essa é a realidade.

Quem sabe, não é hora de estudar um pouco, hein Renato! Talvez, descubra as causas do mau futebol gremista. Nunca é tarde.


Lugano diz que não forçará renovação e crê em algum título do SP em 2017
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Alexandre Praetzel

Diego Lugano encerra seu contrato com o São Paulo, em dezembro. O ídolo tricolor ainda não foi procurado pela diretoria e garante que não forçará nenhuma decisão. Em entrevista exclusiva ao blog, Lugano revelou seu sentimento atual em relação ao time, projetou a conquista de um título e comparou a equipe com os rivais estaduais. Leia abaixo.

Vais renovar o contrato com o São Paulo?

“Não sei. Na verdade, eu falei desde que cheguei, que estou muito grato por esta segunda oportunidade no São Paulo, com a história que eu tenho como profissional, ser humano, jogador. Eu tenho honra e não gosto de colocar minha imagem, prestígio, idolatria, em meu benefício. Eu faço o contrário. Procuro não falar do tema, procuro ficar afastado. Que seja uma decisão fria e inteligente, realista da diretoria, do Rogério. Como eu falei até agora, procuro ser um cara que transmite bons valores para o grupo do São Paulo, muito além do que beneficia a mim, que acho que para mim seria o mais importante”.

É importante disputar a Copa Sul-Americana?

“Talvez, os clubes brasileiros não dão a transcedência que tem a Copa Sul-Americana, porque obviamente é o segundo torneio em importância na América. Projeta o clube, jogadores, a nível internacional. Nós estrangeiros, que estamos acostumados a ter um olhar muito mais latino-americano do que os brasileiros, que só olham para o Brasil, gostamos, queremos e vamos fazer o possível para a gente chegar longe, se possível ser campeão porque terá muito prestígio a nível local e também a nível internacional”.

São Paulo está pronto para ganhar um título importante?

“É o que eu falei no começo do ano. Eu sinto que esse São Paulo está fazendo tudo bem para brigar pelos quatro títulos que vamos disputar este ano e com algum vamos ter que ficar porque a gente vai evoluindo, com energia, num time que vai voltar a ser vencedor e jogadores que querem vitórias. Então, todo grande título tem esse começo. Começar desse jeito que o São Paulo está agora e, na verdade, tenho muita certeza que esse grupo vai deixar São Paulo num nível mais alto, ganhando títulos. Pode ser o Paulista e Sul-Americana, outra oportunidade muito boa que a gente tem para gravar o nome no clube”.

Como está o São Paulo em relação a seus rivais no Estadual?

“Efetivamente, só na hora que se enfrentarem que a gente e vocês, vamos saber até onde o São Paulo está preparado para chegar. Além do nível técnico, emocional, estado anímico, força mental, que o time tem que ter para ser campeão, eu acho que o São Paulo está se preparando para isso. Acho que o São Paulo não é menor que nenhum rival, pelo menos, aqui em São Paulo. A gente tem que mostrar, quando chegar a hora certa. Não adianta nada você falar antes, chegar como favorito, chegar desvalorizado, porque só naquela hora que a gente vai saber de verdade se estamos em condições ou não de brigar por coisas importantes”.

O que achaste do Linense mandar seu jogo no Morumbi? Já tinhas visto isso?

“Eu já vi muito isso a nível internacional. O jeito de você sustentar um time é com dinheiro. Têm times menores como o Linense, que nesse jogo teve a oportunidade de arrecadar. É a realidade do futebol profissional. Eu já tinha visto isso antes, sim. Talvez não no Brasil. É uma realidade, obviamente, de um time que está tentando salvar suas finanças. Acho que isso é totalmente justificável e São Paulo saiu beneficiado por esta dificuldade do time adversário. Outra vez, outro time pode ser beneficiado”.

Lugano está com 36 anos. Retornou ao São Paulo, em janeiro de 2016. Na sua volta ao tricolor, Lugano já fez mais de 40 partidas. Na primeira passagem, completou 176 jogos e foi campeão da Libertadores da América, Mundial, Brasileiro e Paulista.


Diretor do SP vê Éverton Ribeiro longe do clube, mas time forte no Paulista
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Alexandre Praetzel

O São Paulo se posicionou oficialmente sobre o interesse no meia Éverton Ribeiro. O tricolor foi apontado como forte interessado no repatriamento do atleta, hoje nos Al-Ahli dos Emirados Árabes. O blog conversou com o diretor de futebol, José Jacobson, a respeito do assunto, possibilidades de conquistar o título paulista, contratação de um goleiro e desempenho da equipe. Leia abaixo.

Éverton Ribeiro

“Há três, quatro meses atrás, o empresário Robson Ferreira ligou para mim, dizendo que o Éverton estava insatisfeito nos Emirados, que queria voltar para o futebol brasileiro e que gostaria de jogar num clube como o São Paulo, clube do coração dele. Quando ele falou isso para nós, aceitamos, mas falamos que tínhamos um teto salarial, que não poderíamos furar. O São Paulo tem um planejamento bem clássico neste ano. Passei para nosso advogado, Alexandre Pássaro, que conhece o Éverton e ligou para ele. Aí o Éverton disse a ele que não era bem assim, que ele tinha contrato lá, que ele não podia sair de uma forma errada e tudo mais, acabou o assunto. Agora, voltou essa conversa, que o São Paulo tinha interesse. Na verdade, não voltamos a falar nem com o empresário, nem com o atleta. Como surgiu a informação que eram São Paulo e Palmeiras os interessados, Palmeiras descartou imediatamente porque estava sendo bem servido, pelo que vimos na imprensa. São Paulo também disse que não tinah interesse, aí apareceram Flamengo, Cruzeiro e outros clubes. Então, o fato hoje é que não temos interesse nele, a não ser que ele se enquadre no perfil financeiro do São Paulo, porque ele é um bom jogador, protagonista. O São Paulo não o procurou e se procurarmos, vamos conversar da forma como estou colocando”.

Estás satisfeito com o desempenho do time?

“Muito. O planejamento que nós fizemos no fim do ano passado, estamos seguindo à risca. O Rogério Ceni, comissão técnica e diretoria, estamos contratando justamente jogadores por posições, protagonistas, que vêm para somar. Quando eles não têm muito nome, como Tomás e Edimar, são jogadores que foram muito bem estudados pelo Rogério e por nós. Estamos muito satisfeitos. O São Paulo não compra mais jogadores de baciada. O São Paulo hoje estuda muito e está fazendo esse trabalho. Eu acho que o resultado está aparecendo. Temos feito algumas partidas que não fomos muito bem, mas na essência geral, estamos conseguindo atingir os objetivos”.

São Paulo contratará um novo goleiro?

“Não. Nós temos quatro goleiros, sendo que hoje o Renan está jogando um pouquinho mais, o Denis está num segundo momento, o Renan está recebendo a oportunidade que precisa por parte da comissão técnica. Estamos muito satisfeitos sim. O São Paulo está no caminho certo”.

São Paulo tem time para ser campeão paulista?

“Tem time sim. Os times não estão nivelados com muita diferença. O Palmeiras tem um elenco maior que os outros clubes, mas eu acredito que dentro de campo, dá para brigar. Não será fácil. Santos perdeu da Ponte Preta. Corinthians empatou com o Botafogo. Não tivemos facilidades contra o Linense, Palmeiras também não. Hoje, o São Paulo está no caminho certo. Estamos nesse caminho”.

O São Paulo não ganha o Paulista, desde 2005. O tricolor venceu o Linense por 2 a 0, no confronto de ida, pelas quartas-de-final. Sábado, pode perder por um gol, que estará classificado para as semifinais. Na Copa Sul-Americana, o tricolor estréia contra o Defensa Y Justicia da Argentina, quarta-feira, fora de casa.

 


Palmeiras e Santos. Elenco e time
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras será campeão brasileiro de 2016. Não tenho e nunca tive dúvidas sobre isso. É o elenco mais consistente do país. Os reservas com Vágner; Fabiano, Edu Dracena, Tiago Martins e Egídio; Arouca, Gabriel, Cleiton Xavier e Allione; Rafael Marques e Barrios vestiriam várias camisas de outros times brasileiros.

Entre os titulares, Mina, Vitor Hugo, Moisés, Tchê Tchê e Gabriel Jesus são candidatos à seleção do campeonato.

Agora, destaco também a formação principal do Santos. Completo, vejo o Santos como um TIME muito bom do torneio. Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique(machucado), Luiz Felipe(machucado) e Zeca; Thiago Maia, Renato, Vitor Bueno e Lucas Lima; Copete e Ricardo Oliveira. Gabriel Barbosa ainda foi embora no meio do ano e foi bem substituído por Copete. O Santos fez quatro pontos contra o Palmeiras, em dois confrontos.

Então, desde 2003, quando o Cruzeiro conquistou o primeiro Brasileiro de pontos corridos com várias opções no grupo, a regra é essa. Talvez, o Flamengo de 2009 tenha sido uma exceção. No mais, quem consegue sustentar e manter um elenco com 26 jogadores de bom nível, sem perda de conjunto e qualidade, conseguindo administrar o vestiário, vai bater campeão no final da temporada. Não precisa ser o melhor tecnicamente. Pode ser o mais competitivo.

Palmeiras tem um elenco com bons nomes. Santos ficou só com um time. Uma menção honrosa ao Flamengo e Atlético-MG, que perderam rendimento nas últimas rodadas.