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Inter voltará para a Série A. Time e elenco precisam de reforços
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Alexandre Praetzel

O Inter estará de volta à Série A do Brasileiro. Abriu dez pontos para o quinto colocado e cinco para o segundo, faltando sete rodadas para o fim da competição. Veremos em qual rodada isso irá se confirmar. Não fez mais que a obrigação. Começou de maneira irregular, com muitos altos e baixos, achando que atropelaria os adversários. Iniciou sua afirmação mesmo, nas últimas quatro partidas do primeiro turno, quando não saiu mais do G4.

O time é superior aos demais, tecnicamente, mas foi sofrível em algumas partidas. Fez apenas um ponto em seis disputados contra o Boa Esporte, por exemplo. Ainda passou dificuldades diante de CRB, Luverdense e Paysandu. Terá que ser reforçado para a Série A, em qualidade e quantidade. Do elenco atual, podemos fazer algumas observações.

-Danilo Fernandes é bom goleiro, mas demonstrou momentos de insegurança e até desatenção em alguns jogos. Acho que deveria ter uma sombra mais experiente, tipo Fernando Prass;

-Os laterais Cláudio Winck e Alemão gostam só de apoiar. São frágeis na marcação e não inspiram confiança. No lado esquerdo, Uendel é titular absoluto. Carlinhos não acrescenta. O jovem Iago deve ser o reserva imediato;

-Os zagueiros Victor Cuesta e Klauss podem seguir normalmente. O argentino mostrou que foi um bom reforço. Danilo Silva, Ernando, Léo Ortiz e Tales, são todos médios para baixo. Reservas e olhe lá;

-Rodrigo Dourado fez um campeonato muito bom, mantendo sua boa média. Charles serve para elenco. Edenílson precisa ficar. Camilo é bom jogador. Eu renovaria com D’Alessandro, mas sem deixá-lo como dono do time. Valdemir e Juan são apostas a longo prazo. O setor de meio-campo é o que mais precisa de reforços;

-No ataque, tentaria incluir Sasha em alguma troca. Tem mercado e interessados no centro do país. Pottker e Leandro Damião foram bem. Nico Lopez pode evoluir mais. No restante, Carlos, Diego e Joanderson, não mostraram muita coisa, quando escalados. Joanderson merece mais tempo.

Guto Ferreira é bom treinador e vai permanecer. O desafio será fazer o Inter não sofrer nem ameaça de rebaixamento, em 2018. Será obrigado a manter a equipe sempre entre as dez primeiras, para o pesadelo não voltar. É assim que funciona no futebol brasileiro, infelizmente. Afinal, historicamente, Inter e Grêmio se repetem em todos os títulos e derrotas e o Grêmio já caiu duas vezes para a Série B.


Inter está mal e chega como zebra contra o Brasil de Pelotas
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Alexandre Praetzel

Escrevi neste espaço, dia 13 de maio, que o Inter estava começando a Série B com enorme desconfiança sobre seu potencial e capacidade de retornar à Série A, com tranquilidade. Nove rodadas se passaram e o Inter teve apenas uma boa atuação, na vitória sobre o Londrina, na abertura da competição. O time ocupa a sexta posição com 14 pontos e 51,9% de aproveitamento. Números baixos para um elenco com folha salarial de R$ 7 milhões mensais.

Antonio Carlos Zago foi dispensado na terceira rodada e Guto Ferreira chegou como uma espécie de “salvador da pátria”. Não se viu nada de novo. Guto se defende, alegando desgastes dos atletas e falta de tempo para treinar. Soa como desculpa. A equipe poderia estar melhor ajustada e escalada, com um mínimo de criatividade e ofensividade. Assistir o Inter jogar, virou um filme de terror. Jogadores “queimando” a bola, se escondendo e com pouca atitude.

O cenário mudou. O Inter passou de favorito a um candidato igual aos outros, na luta pelo acesso. Os adversários começam respeitando, mas depois concluem que o “gigante” não é tão grande assim e partem para o ataque. América-MG, Santa Cruz e Paraná Clube fizeram isso e não venceram por detalhes.

Hoje, o Inter enfrenta o Brasil, em Pelotas. O xavante tem o mesmo treinador há cinco anos e está disputando a Série B, pela segunda vez consecutiva. Os pelotenses são favoritos e o Inter virou zebra. Uma derrota colorada vai deixar o ambiente péssimo e turbinar ainda mais a forte pressão no clube.

Essa é a realidade colorada. O quadro indica hoje que o Inter pode ser o primeiro Grande a passar dois anos seguidos na segunda divisão. A conferir.


Inter começa a Série B sob desconfiança
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Alexandre Praetzel

Dirigentes e técnicos dos participantes da Série B colocaram o Inter como principal favorito a uma das vagas de acesso para a Série A, nesta temporada. No entanto, não é bem assim. O time gaúcho começa a competição sob desconfiança da torcida e imprensa e precisando de um choque de realidade para acabar com o trauma do ano passado.

O vice-campeonato estadual para o Novo Hamburgo mostrou uma equipe ainda cheia de dúvidas. O esquema com três volantes não funcionou durante todo o torneio, com atuações regulares e vitórias difíceis contra os adversários do interior. Claro que o chileno Gutiérrez e o atacantes Marcelo Cirino e Pottker vão acrescentar, mas estão sem entrosamento com os demais.

O técnico Antonio Carlos Zago segue dizendo que o Inter está em formação e superando as sequelas do rebaixamento, mesmo às portas da abertura da segunda divisão. O volante Fabinho, defenestrado pelos colorados, foi reconduzido e começa a partida diante do Londrina, neste sábado. Será um confronto igual, provavelmente.

Os 11 do Inter são Daniel; William, Léo Ortiz, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Dourado, Fabinho, Felipe Gutiérrez e D’Alessandro; Marcelo Cirino e Nico López. No papel, uma boa formação, mas que precisa provar sua grandeza e superioridade técnica frente a times mais acostumados com esse tipo de disputa. A conferir.


Zago quer trio do Juventude e permanências de Nico e Seijas no Inter
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Alexandre Praetzel

Antonio Carlos Zago, novo técnico do Inter (Crédito: Ricardo Duarte/Internacional.com.br)

Antonio Carlos Zago, novo técnico do Inter (Crédito: Ricardo Duarte/Internacional.com.br)

Antonio Carlos Zago assumiu o comando técnico do Internacional. O treinador terá o desafio de reconduzir o colorado à Série A do Brasileiro, em 2018. Em 2008, Zago foi gerente de futebol do Corinthians e responsável pela montagem do grupo, que jogou a Série B daquele ano. Agora, vive situação parecida em outra função. Na entrevista exclusiva ao blog, Zago revelou seu modelo tático e admitiu que pode trazer jogadores do Juventude, seu clube em 2016. Leia abaixo.

Choque de um time grande na Série B

“O pensamento é fazer o mesmo trabalho do Corinthians, em 2008. É mais um grande na Série B e pretendo recolocar o Inter o mais rápido possível na Série A. No Corinthians, era uma realidade diferente porque muitos jogadores venciam o contrato no final de 2007. Aqui, quase a maioria vence em 2018, 19 e 20. Em cima das reuniões, vamos analisar caso a caso. Haverá mudanças até porque o time esse ano não teve o espírito de competição que uma grande equipe deve ter”.

Nico Lopez e Seijas

“Considero dois bons jogadores. Seijas mais experiente, talvez não vinha sendo aproveitado na sua posição, jogando num tripé no meio. Ele ainda pode jogar pelo lado esquerdo numa linha de quatro, mais aberto. Nico estava muito tempo parado, chegou depois e ficou parado mais um tempo. Aí demora para se adaptar. Os problemas eram vários. Talvez tenha faltado mais carinho, ele é um pouco introvertido. Conheço Nico desde a época da Roma, quando eu era auxiliar. Foi emprestado para a Udinese, foi muito bem e acabou voltando para o Nacional do Uruguai. Conto com ele”.

Reforços do Juventude

“Nunca escondi que vários jogadores cresceram comigo. Se tiver que indicar os dois zagueiros Klaus e Juan, 22 anos, vou indicar. Eles têm condições de atuar em qualquer clube do Brasil. Tiveram um crescimento muito grande contra grandes adversários. O goleiro Elias também, apesar de o Inter estar bem servido de goleiros. Roberson é um jogador diferente. Tenho admiração e se aparecer alguma oportunidade, trarei um ou dois porque são jogadores de confiança”.

Valdívia em ação no duelo contra o Fluminense (Crédito: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC.)

Valdívia em ação no duelo contra o Fluminense (Crédito: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC.)

Outros clubes querem jogadores do Inter

“Não discutimos nomes ainda. Valdívia e Nico Lopez manifestaram o desejo de permanecer no Inter. Conto com os dois em 2017. Ainda vamos discutir o planejamento total”.

Modelo de jogo

“Você deve ter uma defesa consistente, forte, defender em bloco. Equipe compacta, saída para o contra-ataque. Ter o controle do jogo. Trabalho muito em cima disso. Meu principal desafio será recuperar a auto-estima do Inter”.

Ex-jogador não precisa estudar como técnico

“Eu acho que precisa estudar e muito. Todos falam sobre isso nos últimos dois anos e essa é a tecla mais batida. Há cursos na CBF, Uefa. Educação é o alicerce de tudo na nossa vida. Jogador precisa passar por um período de estudos para que ele possa vir a ser um grande treinador no futuro”.

Perfil de reforços

“Sete ou oito devem ser contratados e outros sairão. Isso é normal no futebol. Quero uma mescla entre experientes e mais jovens, jogadores de força”.

Número de jogadores no elenco

“Na Europa, trabalha-se com 26 jogadores, no máximo. Aqui, pretendo trabalhar com 32, dando atenção também para a base”.

Pronto para um time grande, após passagem rápida pelo Palmeiras em 2010

“É um período diferente na minha carreira. Em 2010, tinha passado só pelo São Caetano para chegar ao Palmeiras. Se fosse hoje, não teria aceitado porque não estava preparado. Hoje, estudei, fiz cursos na Uefa e me sinto pronto para qualquer equipe do futebol brasileiro”.

Rodízio ou formação definida

“Difícil ter formação definida hoje. Tens a base e é importante atuar em cima da base da equipe, mas procuro trabalhar com todos os jogadores do mesmo jeito. O tratamento será o mesmo para todos. O jogador tem que estar pronto para ser escalado a qualquer momento”.

Série B

“É um campeonato difícil. Cada Estado tem uma equipe forte. Competitivo, corrido, viagens longas e desgastantes. Tem que estar preparado. Não vamos enfrentar moleza e o Inter será o time a ser batido”.

Rebaixamento do Inter surpreendeu

“Os trabalhos das equipes menores estão crescendo muito e isso atrapalha a vida dos grandes. Trabalham com profissionalismo, inteligência, estrutura e isso dificulta. O Inter chegou a ser líder e depois teve uma queda impressionante. Não sei o que aconteceu”.

Maior desafio da carreira

“Sem dúvida, é o maior desafio da minha carreira. Estou numa outra profissão. No início não, porque depois fui auxiliar por seis nos. Espero fazer o meu trabalho da melhor forma possível”.

Os primeiros reforços colorados podem vir do Palmeiras numa troca do lateral-direito William pelo volante Arouca, o meia argentino Alione e o atacante Rafael Marques.

Antonio Carlos treinou São Caetano e Palmeiras, antes de estudar na Europa e ser auxiliar na Roma e Shaktar Donetsk da Ucrânia. Voltou ao Brasil, em 2015, para assumir o Juventude. Levou o time caxiense de volta à Série B, em 2017. Está com 47 anos.

 


Guarani sonha com volta à Série A com muito trabalho e confiança em 2017
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Alexandre Praetzel

O Guarani conseguiu o acesso à Série B, em 2017. Agora, o clube busca uma reestruturação financeira, com possibilidades de ter um elenco forte para o ano que vem. O blog conversou com o coordenador de futebol, Marcus Vinicius, sobre os planos do Bugre. Acompanhem.

Situação financeira do Guarani

“Situação financeira é muito difícil. O Guarani só conseguiu fazer esse campeonato da Série C de uma forma legal, graças à ajuda de um investidor, que na verdade é quem interviu na questão do leilão do Brinco de Ouro, estádio do Guarani. Então, graças também ao trabalho da diretoria e dos conselheiros, o Guarani conseguiu manter seus salários em dia, seus fornecedores em dia, premiações, tudo o que foi combinado, foi pago, nesses seis meses. Tudo com muito sacrifício, com bastante dificuldade. A questão financeira não foi superada não. O Guarani precisa continuar trabalhando com os pés no chão, contando com a ajuda de investidores, sócios-torcedores e demais fontes de renda para que consiga se manter e recuperar a sua credibilidade, que é o mais importante. Uma das maiores dificuldades na hora de contratar jogadores, era justamente por isso. Há seis meses atrás, a fama do Guarani era de clube que não pagava. Hoje, tem a fama de um clube que paga seus compromissos. Provavelmente, isso nos facilite na sequência”.

Trabalhar com poucos recursos em divisões inferiores

“É preciso usar criatividade e ter muito conhecimento de mercado, boas fontes. Nosso diretor executivo, Rodrigo Pastana, é uma pessoa extremamente capacitada e conhecedor do futebol, principalmente do futebol paulista. Junto com o treinador Marcelo Chamusca e sua equipe, a gente teve bastante criatividade em buscar alternativas, atletas com perfil que a gente pensava e dentro do nosso orçamento. Então, é preciso muito conhecimento e muita paciência para se formar um elenco em divisões inferiores com poucos recursos. Graças a Deus, a gente conseguiu”.

Time e grupo mais fortes em 2017

“Sim, é possível. Até porquê, Série B tem outro orçamento. O clube já tem cota de TV, deve ter um aumento considerável de sócios, patrocínios, tudo ajuda. Você sabe que é uma mudança de patamar de uma Série C para a Série B, querendo ou não, embora ainda não seja o que a gente imagina para o futuro do Guarani, mas já é um grande passo. Com certeza, com essa melhora no orçamento, já é possível sim você ter um grupo mais qualificado”.

Guarani voltará a ser grande pelas diferenças financeiras atuais

“Sim, eu acredito que o Guarani pode recuperar seu espaço. Claro que isso demanda tempo, muita fé, confiança e muito trabalho. Mas o Guarani, pela história, camisa, torcida e patrimônio que tem, eu tenho certeza que pode sim se recuperar. O primeiro passo foi dado que era o time voltar a disputar uma competição de nível, porque o Guarani não é um clube de Série C, muito pelo contrário, está muito longe disso. Voltando à Série B é o primeiro passo para voltar a ser grande, sonhar com Série A. Tem que ter cautela, dar um passo de cada vez, mas eu acredito sim porque tem muita história, muita força e outros grandes da história do futebol brasileiro já chegaram na Série C com ameaça até de fechar as portas, com muitas dificuldades. Fluminense, Vitória e Bahia. Você vê que hoje são clubes recuperados e que estão aí brigando na elite do futebol. O Bahia não está na Série A, mas está brigando para subir e estava na Série A, há dois anos atrás. Então, é possível sim porque a camisa do Guarani é tão grande, tão forte quanto destes clubes que citei e tem uma história muito bonita. Voltará a ser grande sim. Não tenho dúvida disso”.

Base voltou a ser forte pela falta de investimentos

“A base do Guarani sempre foi muito forte, historicamente. Necessita se reajustar, se readequar e principalmente, receber um aporte financeiro para se modernizar em todos os sentidos, físico e humano. O Guarani consegue revelar jogadores ao natural e tem sido assim. A gente teve alguns jogadores aproveitados nesse elenco que subiu. Têm alguns nomes que estão se destacando na base e certamente terão oportunidades em breve. Então, o Guarani pela história acaba revelando mesmo com condições mais precárias de trabalho. Ainda sim, eu acredito que com um investimento e uma atenção um pouco maior, será possível a base ser forte, embora não tenha deixado de ser forte”.

O Guarani disputa as semifinais da Série C contra o ABC-RN. No primeiro confronto, perdeu por 4 a 0, em Natal. Neste domingo, precisa vencer por cinco gols de diferença no segundo jogo, em Campinas, para chegar à decisão diante de Boa Esporte ou Juventude. Em 2017, além da Série B, o Guarani estará na A2 do Paulista.


Thiago Ribeiro revela depressão e não descarta voltar ao Santos
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Alexandre Praetzel

O Bahia luta para retornar à Série A e se reforçou bastante nesta temporada. O atacante Thiago Ribeiro foi um dos contratados para a campanha, mas não vem sendo aproveitado. Thiago sempre foi nome forte no mercado e espera ser reintegrado na reta final da temporada. Em entrevista exclusiva ao blog, Thiago admitiu ter sofrido de depressão, há dois anos, atrapalhando seu desempenho. Leiam abaixo.

Situação no Bahia

“Estou emprestado ao Bahia até 31 de dezembro. Estou afastado há três meses e meio. Venho treinando separado do elenco principal. Pelo que está caminhando aí, até terminar o meu vínculo, vai continuar assim. Vamos aguardar para ver o que acontece. Se ainda eu posso ser reintegrado, se me chamam para integrar o elenco nesta fase final da Série B. Então, estou no aguardo. Essa é a minha situação atual aqui no Bahia. Eu ainda tenho mais um ano de contrato com o Santos, até 31 de dezembro de 2017. Já para o ano que vem, não sei como será o meu futuro. Depois que eu fui afastado, alguns clubes do Brasil e exterior demonstraram interesse em mim. Porém, não deu negócio. Para a Fifa conta que já joguei em três clubes nessa temporada. Na verdade, eu joguei em dois, Atlético-MG e Bahia, mas quando eu saí do Atlético, meu vínculo retornou ao Santos e o Santos me repassou para o Bahia. Então, para a Fifa conta que eu joguei no Atlético, no Santos e Bahia. Não se pode mais jogar em mais de três clubes numa temporada. Então, vou cumprir o contrato com o Bahia até dezembro, independentemente de ser reintegrado ou não, e depois vou definir meu futuro para o ano que vem. Se volto ao Santos ou vou para outro clube”.

Problemas enfrentados

“Eu passei por um problema muito sério que teve início no final de 2014, quando ainda jogava pelo Santos. Passei por uma depressão muito severa mesmo, onde me afetou muito, minha parte psicológica, física. Eu emagreci muito no ínicio deste problema, perdendo sete quilos. Foi uma fase onde eu fiquei quase dois meses e meio sem jogar no Santos, até porque eu estava vindo de lesão também, quando isso começou. Depois, precisei de um tempo para me recuperar fisicamente para voltar a ficar à disposição. Passei por esse sério problema. Isso durou um ano e oito meses. Até a minha chegada no Bahia, nos primeiros meses, eu ainda estava passando por parte desse problema de depressão. Graças a Deus, bem melhor do que aquele início em 2014, mas ainda enfrentando essa dificuldade. Isso mexeu muito comigo, com meu psicológico, meu físico também, como eu falei. Acabou me atrapalhando muito. Só eu e Deus sabemos tudo o que eu passei nesse tempo. Consegui superar esse problema, essa adversidade. Hoje estou com muita disposição, muito motivado, feliz e alegre para voltar a jogar de novo em alto nível, coisa que não consegui nesses dois últimos anos, por causa desse problema que eu passei. Então, hoje estou totalmente recuperado e pronto para fazer uma das coisas que eu mais amo que é jogar futebol”.

Valeu a pena ir para o Bahia

“Eu não me arrependo de ter vindo jogar no Bahia, não. Desde que o Bahia procurou meu empresário, eu fiquei sabendo do interesse, gostei desta possibilidade, deste novo desafio, até porque o Bahia é um clube de tradição, duas vezes campeão brasileiro e vem se estruturando muito bem. Tem um projeto muito legal para a sequência. Não me arrependo de ter vindo e disputado a Série B. Entendi naquele momento que eu aceitei a proposta, que seria uma boa oportunidade para mim. Jogar, ter uma sequência. No início do ano pelo Atlético, não estava tendo essa sequência. Comecei o ano como titular no Atlético, mas tive uma lesão, fiquei afastado, me atrapalhou muito. Como o Atlético contratou vários atacantes, entendi que eu poderia não ter tanto espaço para jogar, com eu gostaria. Então, acabei entendendo ser uma boa oportunidade jogar no Bahia. Não me arrependo não”.

Bahia vai subir

“Eu acredito que o Bahia tem grandes chances de subir. Ainda faltam sete jogos e tem totais condições para conseguir o acesso. Procurar melhorar a regularidade nessa fase final de competição, principalmente fora de casa. Se não melhorar o desempenho fora de casa, o acesso fica em risco. Agora, se melhorar fora e com o desempenho em Salvador, tem tudo para conseguir o acesso”.

2017

“Espero com fé em Deus que seja um grande ano para mim. Graças a Deus, hoje estou totalmente recuperado da depressão. Me sinto totalmente motivado, feliz, alegre, para fazer o meu trabalho, que é jogar futebol. Então, eu projeto um grande ano para mim, onde vou me esforçar o máximo para voltar a jogar em alto nível, como sempre foi ao longo da minha carreira. Sobre clubes, ainda não tenho idéia sobre isso porque a temporada ainda não terminou, justamente nessa época os clubes começam a se movimentar. Meu empresário está trabalhando para meu futuro ficar definido. Ainda tenho mais um ano de contrato com o Santos. Sou jogador do Santos. Não sei se retorno ao Santos, para cumprir o último ano de contrato ou se vou partir para outro clube. São situações que têm que ser resolvidas. Acredito que até o final de dezembro, tudo estará resolvido e eu terei idéia de que clube vou jogar em 2017”.

Thiago Ribeiro está com 30 anos. O Bahia é 6º colocado na Série B com 49 pontos, três atrás do Londrina, 4º colocado. O time enfrenta o Oeste, em Barueri, neste sábado à tarde.


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