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Expulsões dominaram Palmeiras e Fla. Jogo abaixo do esperado
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Flamengo fizeram um jogo abaixo do esperado, com empate em 1 a 1, no Allianz Parque. O Palmeiras até começou bem, pressionando, e obrigando Diego Alves a uma defesa excelente, em cabeceio de Willian. Logo depois, nova bola aérea e o gol de Willian, após ajeitada de Bruno Henrique. Willian tem sido o jogador mais importante do Palmeiras, com gols importantes e boas participações. É um atacante pouco valorizado pelo seu custo-benefício.

Atrás no placar, o Flamengo foi para o confronto e deixou o jogo bem equilibrado. O Palmeiras recuou e deu terreno para o adversário. Aliás, Roger Machado gosta de administrar resultados, quando o Palmeiras larga na frente. Eu, particularmente, acho um erro. Apesar de ter mais espaço para trabalhar, o Flamengo só criou um lance perigoso, em toque de cabeça de Éverton Ribeiro para intervenção de Jaílson.

No segundo tempo, o Palmeiras teve duas chances claras para matar o jogo, mas parou em Diego Alves e na lentidão de Moisés para fazer o gol. E como quem não faz, leva, o Flamengo empatou com Thuler, de cabeça, superando Thiago Martins pelo alto. Com o empate, o Flamengo cresceu. Depois, Roger Machado fez algumas mudanças e o Palmeiras recuperou o gás, atacando um pouco mais. Ah, Felipe Melo poderia ter sido expulso, com entrada violenta sobre Vinícius Jr.

Aos 46 minutos, confusão generalizada, após empurrões entre Dudu e Cuéllar. O árbitro Bráulio Machado assistiu tudo passivamente e expulsou três jogadores de cada lado, corretamente. Pelo Palmeiras, Dudu, Jaílson e Luan. No Flamengo, Cuéllar, Jonas e Henrique Dourado. Neste bolo, Dudu mostrou descontrole e Jaílson extravasou seu nervosismo. O goleiro está pronto para perder a posição para Prass ou Weverton.

Final de partida com o Flamengo mantendo oito pontos de vantagem sobre o Palmeiras. Num campeonato tão equilibrado, dá para tirar. O que pouca gente esperava era a irregularidade do Palmeiras em 12 rodadas. Poderia estar ao lado do Flamengo, se não cometesse tantos erros.

Vamos ver como será a retomada do Brasileiro, a partir de 16 de julho. Provavelmente, muitos times mudarão em posições e nomes importantes. A conferir.


Flamengo tem time para abrir 11 pontos sobre o Palmeiras. Jogo forte
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Flamengo fazem um bom aperitivo para a Copa do Mundo, na última rodada do Brasileiro, antes do recesso para o Mundial. O Palmeiras faz uma campanha regular para o seu potencial e vai enfrentar o líder, com aproveitamento muito bom e com jogadores em bom nível, como Éverton Ribeiro e Lucas Paquetá. Claro que o desfalque de Diego pesa, mas o Flamengo está bem estruturado na parte tática e confiante, dentro de campo.

Será um confronto difícil para o Palmeiras, mesmo no Allianz Parque. O empate diante do Ceará, irritou a torcida. O Flamengo passou sem sustos pelo Paraná e manteve a evolução. Desde que Maurício Barbieri foi colocado no cargo de técnico, o Flamengo evoluiu e parece mais ajustado do que o Palmeiras. O confronto cresce na medida que o Flamengo pode abrir 11 pontos para o Palmeiras, caso consiga a vitória. Promessa de bom jogo e estádio lotado.

O blog avaliou jogador por jogador, adotando o momento, como critério principal. Acompanhem.

Jaílson  X  Diego Alves

Marcos Rocha  X  Rodinei

Edu Dracena  X  Léo Duarte

Thiago Martins  X  Thuler

Victor Luís  X  Renê

Felipe Melo  X  Cuellar

Bruno Henrique  X  Jean Lucas

Moisés  X  Lucas Paquetá

Hyoran  X  Éverton Ribeiro

Dudu  X  Vinícius Jr.

Willian  X  Henrique Dourado

Roger Machado  X  Maurício Barbieri

6×5 Flamengo e um empate na defesa, para o blog. No placar, o blog aposta num empate em 2 a 2.


Projeção para a Copa. 4 favoritos, duas incógnitas, uma supresa e 5 azarões
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Alexandre Praetzel

A Copa do Mundo vai começar nesta quinta-feira com Rússia e Arábia Saudita. Os donos da casa foram muito mal nos amistosos preparatórios e vão levantar as mãos para o céu, se conseguirem passar da primeira fase, num grupo que ainda tem Uruguai e Egito. Como sempre, o blog faz suas projeções para o torneio. Cobri três Copas do Mundo e acho que esse Mundial deverá ser mais tático e ofensivo, em relação aos três anteriores.

Favoritos 

Brasil – chega em alta. Time bom no individual e coletivo. Neymar está recuperado e faz a diferença.

Alemanha – defende o título e renovou um pouco. Passeou nas eliminatórias e tem um conjunto fortíssimo. Seu técnico terá que quebrar o tabu de vencer dois mundiais consecutivos.

Espanha – jogadores muito bons e uma forma de jogar diferente. Talvez, a seleção mais técnica da Copa. Quer apagar o vexame de 2014, quando caiu na primeira fase.

França – jogo físico muito forte e time dinâmico. Tem menos experiência do que os adversários, mas pode compensar com a vitalidade. Treinador não empolga.

Incógnitas

Argentina – depende demais de Messi. Se ele estiver bem, pode chegar, mas ficou enfraquecida em relação a 2014. Defesa não ajuda e Sampaoli não acerta.

Portugal – campeão europeu e com boa geração. Mas também vive de Cristiano Ronaldo. Será seu último Mundial e isso pode ajudar. Em 2014, foi um fiasco.

Supresa

Bélgica – muita gente ironiza a geração belga, mas o time tem jogadores talentosos e mais experientes. Hazard é o nome. Uma hora, eles vão acertar. Pode ser agora.

Azarões

Uruguai – sempre tradicional e competitivo. Suarez e Cavani têm bons coadjuvantes. Dependendo do caminho, pode surpreender, repetindo 2010.

Polônia – volta ao Mundial, após duas Copas. Time tem nomes experientes e bem colocados no futebol europeu, com destaque para Lewandowski. Deve passar em primeiro lugar.

Colômbia – teve sua melhor colocação em 2014 e tem bom grupo, com jogadores talentosos. James Rodriguez é o destaque. Falta tradição e isso pode pesar.

Senegal – seleção com quase todos os convocados atuando na Europa. Tem bons meias e atacantes, como Mané. Terá que superar Polônia e Colômbia na primeira fase.

Inglaterra – promete uma nova mentalidade e bom futebol. Geração boa, mas inexperiente. Quer apagar últimos vexames.

O blog também escolhe seus classificados para a segunda fase, pela ordem de colocação, e projeta os craques da Copa. Confira a seguir.

Grupo A – Uruguai e Rússia

Grupo B – Espanha e Portugal

Grupo C – França e Dinamarca

Grupo D – Argentina e Croácia

Grupo E – Brasil e Sérvia

Grupo F – Alemanha e Suécia

Grupo G – Bélgica e Inglaterra

Grupo H – Polônia e Senegal

Candidatos a craques da Copa: Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, Iniesta e Hazard.

 

 

 


Empresário de Rodrygo diz que jogador está negociado com o Real Madrid
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Alexandre Praetzel

O empresário de Rodrygo, Nick Arcuri, negou que o menino tenha abandonado a concentração do Santos, e desistido da viagem para o Rio de Janeiro, onde o time enfrenta o Fluminense, nesta quarta-feira.

''Estou surpreso com todas essas informações. Rodrygo está em casa, pronto para jogar. Estamos aguardando a assinatura do Rodrygo com o Real Madrid. O que Rodrygo mais quer é jogar pelo Santos amanhã'', afirmou, em entrevista ao Esporte Interativo.

Nick confirmou que a negociação com o Real Madrid está fechada. ''Santos está protegido pelo valor que deseja de 40 milhões de euros pela sua parte. Os médicos vieram ao Brasil, Rodrygo fez exames e tudo foi acordado. Só estamos aguardando as assinaturas dos contratos'', ressaltou.

Perguntei a ele por que o acordo verbal não foi comprido pelo Santos. Nick respondeu: ''Ele ia treinar, tomar banho, dar uma coletiva e viajar. Fiquei magoado. Está uma situação que parece que estamos criando problemas, sendo que a negociação está concretizada. Temos que proteger o atleta. Se ele entra em campo e se machuca? Já houve isso com outros jogadores. Será uma das maiores vendas da história''.

Com a negociação fechada e acordada com o Real Madrid, Rodrygo ficará no Santos até junho de 2019, segundo o empresário.


Maicon: “SP precisa de títulos. Apelido de “Deus da zaga” não atrapalhou”
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Alexandre Praetzel

Nesta terça-feira, o São Paulo enfrenta o Vitória, abrindo a 12ª rodada do Brasileiro, antes da parada para a Copa do Mundo. Quem pretende ir ao Morumbi, é o zagueiro Maicon. O ex-jogador tricolor atua pelo Galatasaray da Turquia, e está em férias no Brasil. Em entrevista exclusiva ao blog, Maicon acha que o São Paulo precisa de títulos para acabar com qualquer tipo de pressão, nega que o apelido de ''Deus da zaga'' tenha lhe incomodado e revela que o Brasil voltou a ser respeitado no futebol europeu, com a Seleção Brasileira de Tite. Acompanhem.

Como você está vendo o São Paulo, neste momento?

No ano passado, eu acho que o São Paulo passou um momento bastante delicado, assim como no ano retrasado. Esse ano, o São Paulo não começou o Paulista tão bem, como esperado, mas no Brasileiro, começaram bem. Perderam apenas um jogo e quatro pontos em dois jogos, na semana passada, pontos bastante importantes para quem quer brigar por título. Tenho certeza que o São Paulo tem tudo para fazer um grande campeonato Brasileiro.

Você viveu lá dentro. Tem algo, além do futebol, que atrapalha o São Paulo?

Títulos. Faltam títulos. A melhor resposta são títulos. Um clube como o São Paulo não pode viver sem títulos. eu costumo falar que o São Paulo e alguns times brasileiros têm a mania de falar que a gente tem que classificar para a Libertadores. Acho que essa mentalidade tem que mudar. A gente tem que ganhar um título e classificar para a Libertadores. Eu acho que esse é o principal objetivo. É um objetivo que a gente estipulou na Turquia. Ser campeão para ir para a Liga dos Campeões. Não ficar em segundo para ir ao torneio. Então, acho que essa mentalidade do futebol brasileiro e do povo brasileiro, tem que mudar. A gente tem que começar a pensar em ser campeão para ir à Libertadores e não segundo ou terceiro. Eu acho que começa por aí.

O apelido de ''Deus da zaga'', te atrapalhou no São Paulo?

Não, acho que não. Isso aí são coisas de torcedores. Eu acho que a gente não pode levar para dentro de campo. Quando a gente entra em campo, são jogadores normais. Isso não afetou em mim e acho que não afeta jogador nenhum. A gente não pode deixar subir para a cabeça. Eu sou um jogador que sempre tive os pés no chão, trabalho sempre honestamente, duro, e não deixei me afetar com apelido ou com qualquer outro tipo de brincadeira.

A diferença do futebol europeu para o sul-americano, cada vez aumenta mais?

Aumenta porque o nível competitivo lá fora, é maior. O que te pedem assim, o nível físico é maior. Então, é um futebol bastante moderno. Eles estudam muito, estão sempre fazendo coisas novas. O Brasil precisa evoluir muito, mas não fica tanto atrás. Eu acho que em cada país, cada lugar, tem seu estilo de jogo. Não é à toa também que o Brasil é uma das melhores seleções do mundo, mesmo com jogadores lá fora, mas tem uma das melhores do mundo. Eu acho que o Brasil ainda vai chegar lá, se Deus quiser.

Na Europa, o respeito voltou ou o Brasil ainda é visto com uma certa desconfiança por causa de 2014?

Eu que convivi com várias pessoas de várias nacionalidades, o respeito com a vinda do Tite e a essa nova seleção, voltou. Eles respeitam mais o Brasil, temem, e acham que o Brasil pode ser campeão. Eu concordo com eles. Acho que o Brasil tem tudo para ser campeão, mas futebol muda da água para o vinho. Brasil voltou a ter o respeito dos europeus.

Pensas em permanecer na Europa ou retornar ao Brasil?

Eu pretendo ficar meus próximos três anos na Europa e depois regressar ao Brasil. É meu país de origem, onde eu vou morar. Nos próximos três anos, pretendo continuar na Europa.


O que falta para Barbieri ser efetivado no Fla? Ele é interino até no site
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Alexandre Praetzel

O Flamengo é líder do Brasileiro com 26 pontos em 33 disputados, aproveitamento de 78,8%. São oito vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Marcou 20 gols e levou seis. Tudo isso com o comando de Maurício Barbieri. O profissional do clube é considerado por muitos, o grande responsável pela campanha rubro-negra, além de ter levado o Fla às oitavas-de-final da Libertadores da América e quartas da Copa do Brasil.

Aos 37 anos, Barbieri ainda é tratado como técnico interino, até mesmo no site oficial do Flamengo. Você acessa e busca informações sobre o profissional, e lá está a foto de Barbieri com a denominação ''Técnico Interino''. Não deixa de ser uma curiosidade o fato da diretoria não tratar Barbieri como treinador principal. Com os números alcançados, Barbieri já merecia o cargo.

Será que um outro profissional assumirá o time, após a Copa do Mundo? Muita gente fala nos bastidores que o lugar está sendo guardado para Cuca, que vai atuar como comentarista de TV, no Mundial. Mas os dirigentes silenciam sobre o assunto.

Em outros clubes, já aconteceram situações onde os ''interinos'' estavam bem, foram substituídos por mais experientes, e a equipe desandou. O maior exemplo foi o Palmeiras de 2009, comandado por Jorginho. Na ocasião, Jorginho teve aproveitamento de 76,19%, em sete partidas, deixando o Palmeiras em segundo lugar no Brasileiro, até a chegada de Muricy Ramalho, que não conseguiu classificar o Verdão nem para a Libertadores da América.

Barbieri é jovem, mas tem uma certa experiência. Foi técnico principal do Audax Rio, Red Bull Brasil, Guarani e Desportivo Brasil. No Flamengo, são dez vitórias em 17 jogos. Uma marca que pouca gente esperava. Talvez, por isso, nem o presidente Eduardo Bandeira de Melo e seus dirigentes, queiram cravar sua efetivação. Vão esperando os resultados e, enquanto estiver dando certo, ele vai ''ficando''.

 

 


Palmeiras “perdeu” dois pontos para o Ceará. Mais foco contra os menores
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras ''perdeu'' dois pontos, ao invés de ter ganho um, no empate de 2 a 2 com o Ceará, em Fortaleza. Isso sempre será mencionado, quando um grande deixar de vencer, com a partida na mão. O Palmeiras abriu 2 a 0 no placar, deu uma relaxada, recuou e deixou o Ceará tomar conta da partida. Parecia que o jogo seria uma mera formalidade, depois do Palmeiras fazer o segundo gol. Tem também o mérito cearense, que foi buscar o resultado, mesmo com um time inferior. Parabéns ao técnico Lisca, que superou Roger Machado.

O Palmeiras começou o jogo muito bem. Foi eficiente e rápido, aproveitando uma bola aérea e uma falha do zagueiro Luiz Otávio. Aí, parou. O Ceará ganhou terreno, diminuiu e continuou em cima.

No segundo tempo, Lisca voltou com Elton no lugar do meia Reina. O Ceará deu espaços, sem aproveitamento do Palmeiras, que poderia ter matado o confronto com Hyoran, na cara do goleiro Everson, após ótimo passe de Willian. Roger Machado preferiu apostar na vantagem e tirou Dudu e Lucas Lima. O Ceará permaneceu no campo palmeirense e chegou à igualdade com o oportunismo de Elton.

Um resultado amargo para o Palmeiras e uma vitória para o Ceará. O tropeço é ainda pior, porque o Ceará perdeu para Flamengo, Grêmio e Cruzeiro, todas as derrotas, em casa.

O elenco do Palmeiras é bom, mas o grupo precisa de foco nos jogos menores. Se mantiver essa postura, o Palmeiras não será campeão brasileiro. Afinal, os três pontos valem em todos os confrontos. Quarta-feira, tem o líder Flamengo.


Lisca pega o Palmeiras e crava: “Qual técnico não é “bombeiro” no Brasil?”
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras enfrenta o Ceará, neste domingo, como favorito no Castelão, em Fortaleza. Será o duelo de um dos melhores times do Brasil contra o lanterna do Brasileiro. No comando técnico cearense, estará Lisca, retornando ao clube no seu segundo jogo, após empatar com o Botafogo, quarta-feira, no Rio de Janeiro. Lisca volta ao Ceará para tentar manter a equipe na Série A, como fez em 2015, garantindo o Vozão na Série B, depois de dez confrontos decisivos. Em entrevista exclusiva ao blog, Lisca vê muita motivação em pegar o Palmeiras, admite a possibilidade de mudanças no elenco e faz uma avaliação real da situação dos treinadores no Brasil. Confira a seguir.

Como enfrentar um dos melhores times do Brasil, na situação atual do Ceará?

E um dos maiores investimentos da América. É difícil em qualquer circunstância. Na atual, é um jogo de importância muito grande para a gente porque nós temos que pontuar o mais rápido possível. Sabemos que temos a parada da Copa e isso vai ser importante para uma reestruturação do trabalho e enfrentar o Palmeiras é uma motivação grande também. Pela grandeza do adversário, pela importância que um resultado positivo daria para a sequência do nosso trabalho. É um jogo que motiva o jogador ao natural e o próprio torcedor do Ceará também. Tem muito torcedor palmeirense aqui, então é enfrentar na dificuldade para achar uma grande oportunidade para iniciar o processo de pontuação no campeonato e depois usar a parada de 40 dias para reestruturar o trabalho.

Com o atual elenco, é possível permanecer na Série A?

Quando eu cheguei aqui no Ceará, já ouvi uma grande discussão sobre a formatação do elenco, se havia ou não a necessidade de reforços. Acho que isso é uma discussão que existe em todos os clubes, ainda mais nesse momento num ano atípico que tem a Copa do Mundo, a parada. Times que estão na frente também estão pensando em se reforçar e se reestruturar. Tem a questão da janela que abre para fora. Então, é o momento muito ativo de movimentação no mercado. E o Ceará é o último colocado. Automaticamente, passa por um processo de reavaliação que já vinha antes da minha chegada. Alguns processos já encaminhados, algumas situações bem adiantadas. Depois desses dois jogos, contra Palmeiras e Atlético-MG, com certeza as coisas vão mexer dentro do clube.

A diferença financeira pesa demais ou isso não pode servir como desculpa?

Sempre é bom ter mais dinheiro para investir, poder investir em jogadores de qualidade, ter um plantel mais equilibrado, boas opções, que não caia muito o nível entre um jogador titular e reserva. Hoje em dia, as equipes estão jogando muitas competições, então tem muitas equipes com três jogadores por posição, de boa qualidade. O Palmeiras é um exemplo. Fica mais fácil, mas não pode servir como desculpa. Se não, os times de maior dinheiro ganhariam sempre e não é assim que acontece no futebol. E os times de menor orçamento têm que se reinventar, achar dentro das situações de jogo, da parte de estratégia, qualidade coletiva, organização, aproveitar a oportunidade de poder mudar de patamar, profissionalmente. Tudo isso é importante para o jogador.

Teu trabalho anterior no Ceará foi tão difícil como esse?

Meu trabalho no Ceará, em 2015, tinha um objetivo similar, que era não cair, com circunstâncias diferentes. Antes, eram dez jogos, estávamos na Série B, um outro nível de competição. Agora, é Série A. São 28 jogos que faltam, com uma parada de 40 dias, com uma janela aberta, com mercado que vai mexer muito, com as equipes mexendo muito nos seus plantéis. São circunstâncias bem diferentes, mas objetivos comuns.

Achas que tens que mudar o rótulo de ''Salvador'' para times em más atuações?

Todo o projeto e sonho de um treinador, é um trabalho a médio e longo prazo. Uma estruturação, um início de temporada. Isso é o que todos nós buscamos, mas no futebol brasileiro isso é quase uma utopia. Qual treinador hoje no futebol brasileiro que não é bombeiro? É uma pergunta que eu te faço. Dentro do que a gente vê no mercado, treinadores que ontem foram campeões, amanhã já não estão trabalhando nos clubes. Então, a nossa média de permanência num clube de futebol brasileiro é três meses e 17 dias, algumas vezes você consegue estender mais, algumas vezes você consegue voltar no clube que já passou, como é o meu caso aqui no Ceará, como foi também no Náutico, na Ulbra, no Inter, Luverdense. Então, é uma realidade do mercado. Algumas vezes que a gente começa o ano também, não tem o planejamento financeiro estabelecido. Começa o ano, com investimento menor, os Estaduais estão cada vez mais com investimentos menores. Principalmente, os clubes médios e pequenos, para depois um investimento maior. Então, é difícil para um treinador começar a temporada e dar sequência, porque aqui há um imediatismo enorme de resultados. Acho que, desde que iniciei minha carreira, o nosso trabalho é hoje muito jogo a jogo, resultado e nós vamos nos adaptando. Hoje, a oportunidade aparece também para mim, dentro da dificuldade. Sou um treinador que começou cedo e estou buscando meu espaço no mercado e as oportunidades que têm aparecido são dentro dessas circunstâncias, mas também é positivo, porque dentro dessas circunstâncias, as pessoas chamam quem tem capacidade e experiência e qualidade para reverter essas situações. Então, a gente tem que se preparar para todo o tipo de trabalho e no momento, o que tem aparecido, são essas situações.

O Ceará tem quatro pontos em quatro empates, após dez partidas. Lisca é o terceiro técnico do ano. Marcelo Chamusca e Jorginho(com apenas três partidas, deixou o clube), foram os anteriores.


Números dão razão ao jogo “feio” do SP. Aguirre está certo, no momento
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Alexandre Praetzel

O São Paulo quebrou o tabu de 13 jogos sem vitória, desde a inauguração da nova Arena da Baixada, estádio do Atlético-PR, em 1999. O tricolor fez 1 a 0, gol de Nene, cobrando pênalti.

O jogo esteve longe de ser bom, mas mostrou um São Paulo competitivo novamente, desde o início do Brasileiro. A receita de Diego Aguirre é curta e grossa: joga-se por uma bola e fecha a defesa. Muitos podem não gostar desta forma de atuar, só que os números estão ao lado do uruguaio. Claro que, quando enfrenta um adversário superior como o Palmeiras, as coisas podem dar errado. Algo normal numa competição tão disputada.

O São Paulo chegou a 20 pontos em 33 disputados e é o segundo colocado, três atrás do líder Flamengo. Quem apostaria nisso, antes do campeonato começar? Quase ninguém. O próprio Raí admite que o São Paulo está construindo algo positivo.

Agora, o São Paulo pega o Vitória, terça-feira. Se vencer, certamente vai para o recesso da Copa do Mundo, entre os quatro primeiros colocados. Um alento para quem viu o grande clube apenas comemorar permanência na Série A, nas duas últimas temporadas.


Raí projeta SP forte, nova fase em clássicos e aposta em Aguirre/Jardine
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Alexandre Praetzel

O São Paulo enfrenta o Atlético-PR, neste sábado, tentando se aproximar do líder Flamengo, no Brasileiro. Após dez rodadas, o tricolor tem 17 pontos, com aproveitamento de 56,7%. Para muitos são-paulinos, o time faz campanha acima do esperado. Em entrevista exclusiva ao blog, Raí prevê um São Paulo forte, retomada em clássicos, uma construção para um clube mais fortalecido e a confiança em Diego Aguirre, no comando da equipe. Acompanhem.

São Paulo tem time e elenco para brigar por títulos?

Já estivemos na liderança, com méritos. Seguimos perto dos líderes. Temos que seguir melhorando para termos chances de títulos. Se ainda não temos elenco para esse objetivo, falta pouco. Seja um prata da casa que se imponha, alguém em recuperação que se firme ou um ou outro que chegue e se encaixe bem. Falta pouco.

A campanha no Brasileiro te surpreende?

Não, queremos muito mais!

Você acha que está sendo um bom executivo como foi jogador?

Não dá para comparar, mas sei que posso fazer uma diferença importante, em vários pontos. Trabalho para isso.

Politicamente, conselheiros tentam interferir e influenciar no teu trabalho?

Não, mas são pessoas importantes no sistema, temos que saber ouví-los também. Já com dirigentes e companheiros diretos, tenho um estilo participativo para tomada de decisões.

São Paulo vai mudar a fotografia do time na parada para a Copa do Mundo?

A fotografia será parecida, mas tenho certeza que as mudanças serão para o time ficar ainda mais forte.

Por que o São Paulo sofre em clássicos, na tua opinião?

Clássicos têm um componente emocional forte, onde o retrospecto recente tem um peso. Devagar, já começamos a mudar isso. Uma nova fase se anuncia.

Como Clube, o São Paulo está bem ou a situação é difícil?

O São Paulo FC pode estar muito melhor, mas em comparação a outros grandes clubes brasileiros, estamos bem. Falta reunir forças para a grande mudança. Isso se constrói.

Você fica até o fim da gestão?

Meu contrato vai até o fim de 2019. A gestão vai até o final de 2020. Veremos…

Teme perder Aguirre, depois da Copa?

Não! O sinto muito entusiasmado e motivado com o futuro próximo do São Paulo FC e, com o que ele pode contribuir para isso. Sempre com André Jardine ao seu lado.

Raí foi o melhor jogador da história do São Paulo, para muitos. Como executivo, assumiu em dezembro de 2017, com carta-branca para implantar trabalho e filosofia. Em 2018, o São Paulo caiu para o Corinthians, nas semifinais, e para o Atlético-PR, na quarta fase da Copa do Brasil. Está na segunda fase da Copa Sul-Americana e disputa a Série A do Brasileiro.

Nos clássicos do Paulista, uma vitória, um empate e uma derrota para o Corinthians, mais duas derrotas para Santos e Palmeiras. No Brasileiro, uma vitória sobre o Santos e uma derrota para o Palmeiras.