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Strenger vê cenário difícil no Corinthians e promete combate à corrupção
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Alexandre Praetzel

O Corinthians terá votação para aprovação das propostas de mudança do estatuto, neste sábado, no Parque São Jorge. A principal determina o fim do ''Chapão'', que permitia que apenas a chapa mais votada elegesse todos seus membros. O blog conversou com o presidente do Conselho Deliberativo, Guilherme Strenger. Acompanhem.

Proposta de mudança na votação para conselheiros

''Para eleição dos conselheiros trienais serão constituídas chapas de 25 associados para concorrerem aos cargos em disputa de 200 conselheiros efetivos e 50 suplentes. Serão eleitas as chapas votadas, obedecendo-se os seguintes critérios: as oito chapas mais votadas preencherão os cargos de conselheiros trienais efetivos e as duas chapas remanescentes, que obtiverem a 9ª e 10ª classificação, preencherão as vagas referentes aos 50 conselheiros suplentes''.

Andrés Sanchez manda no clube ou isso terminou

''Esta pergunta você deve dirigir ao presidente Roberto de Andrade. Entretanto, infelizmente, nenhum clube está livre da interferência de ex-dirigentes. A solução para este problema é tornar o o clube cada vez mais democrático e transparente''.

Há corrupção no clube

''O que eu posso dizer na qualidade de presidente do Conselho Deliberativo é que, caso haja prova da ocorrência de corrupção no Corinthians, certamente tomarei todas as providências cabíveis. A corrupção não pode ser tolerada, devendo ser combatida rigorosamente em todas as áreas.''

Gestão de Roberto de Andrade

''Roberto de Andrade, desde o começo da sua gestão, vem procurando reduzir os custos e a dívida existente, para amenizar a crise. Isto tem um custo, que acaba refletindo na equipe de futebol. Evidentemente, quando a equipe não vai bem, começam a surgir críticas em relação à administração do presidente. Isto acontece em qualquer clube, mas no geral, entre erros e acertos, o presidente Roberto está trabalhando com responsabilidade''.

Pagamento e custos do estádio preocupam

''Com certeza, o pagamento e custos do estádio são preocupantes. Se, como dizem, o custo do estádio chegar ao valor de R$ 1,64 bilhão, o cenário se tornará extremamente difícil. O naming rights e os Cids não foram negociados. A situação realmente é complicadíssima, principalmente pelas notícias da imprensa, dando conta de que a construção do estádio estaria sendo investigada na Lava-Jato. Vamos aguardar e ver o que vai acontecer''.

Segundos dados de conselheiros, o Corinthians gasta R$ 7 milhões mensais com a operação da Arena. Só a limpeza, custa R$ 1,3 milhão num contrato com uma empresa do setor. Todas as rendas com bilheteria vão para um fundo para abatimento da dívida do estádio. A votação de sábado começa às 9h e termina às 17h. São esperados cerca de dois mil associados.


Titulares sempre. Time grande vive de títulos
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Alexandre Praetzel

A Copa do Brasil terá a definição dos semifinalistas nesta quarta-feira. Sete times da Série A e um da Série C estão na luta. Um torneio importante e valorizado para quem disputa e ganha, colocando mais uma faixa no peito e aumentando o prestígio para patrocinadores, sócios e torcedores.

Por isso, sou partidário da escalação de força máxima sempre. Titulares em campo. Os jogadores são bem tratados, treinados e têm tudo à disposição. Além dos confrontos interessantes, os estádios vão receber grandes públicos e os consumidores merecem ver o melhor de suas equipes.

Claro que respeito a decisão de quem poupa atletas e prioriza competição. Há o risco de ficar sem nenhuma, como aconteceu com o Santos, em 2015. No mais, tomara que sejam grandes jogos.

Como adoro palpites, vamos lá. Santos e Atlético-MG de um lado e Grêmio e Cruzeiro do outro. Não me elogiem ou crucifiquem se eu acertar ou errar. Afinal, o que vale é o futebol.


Vitor Bueno é a revelação do Brasileiro. Meia quer fazer história no Santos
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Alexandre Praetzel

Vitor Bueno é a revelação do Campeonato Brasileiro. Aos 23 anos, o meia tornou-se titular do Santos com um ano e meio de clube. A trajetória repentina mostrou um meia de talento e gols bonitos. Com dez gols, luta pela artilharia da competição. Chegou para o Sub-23 do Santos, vindo do Botafogo de Ribeirão Preto. Após alguns treinos, foi promovido ao grupo principal pelo técnico Dorival Jr. Acompanhem a entrevista exclusiva ao blog.

Revelação do Brasileiro

''Não me considero ainda a revelação. Sei que sou um dos candidatos. Estou brigando por isso. Não é o meu objetivo principal, caso aconteça, vou ficar muito feliz e honrado''.

Mudança de patamar no Santos

''Foi tudo muito rápido. Cheguei mais ou menos ao Santos, um ano e três meses atrás. Professor Dorival acabou me puxando para a equipe principal, depois de um ou dois meses que estava no Sub-23 e as coisas aconteceram naturalmente. Não joguei muito no ano passado, mas foi bom. Me preparei para esse ano e está aí o resultado. Estou muito feliz com tudo que vem acontecendo''.

Substituto de Lucas Lima como principal meia

''Acho que são características diferentes. Nessa função agora que eu estou fazendo, estou jogando um pouco aberto, mas também posso fazer a função que ele faz, por dentro. Em alguns jogos, a gente troca. O professor passa essa liberdade para nós. Ele abre e eu venho por dentro. Caso aconteça dele sair e o professor me utilizar por dentro, não vou sentir porque sempre foi a minha posição''.

Luta pelo título brasileiro

''Não podemos largar. Sabemos que é muito difícil. São nove pontos em sete jogos, mas a gente já viu de tudo no futebol né. Então, vamos fazer o nosso. É claro, não sendo hipócrita em falar, temos que secar os de cima para caso eles tropecem, a gente ganhe os jogos e chegar''.

Favorito na Copa do Brasil

''Não dá para dizer. Temos equipes bastante qualificadas. Mas posso falar que viemos bem fortes para essa competição''.

Grupo completo estaria líder do Brasileiro

''Perdemos alguns jogadores para a seleção brasileira, alguns por lesão. Não que o nosso elenco também não seja um dos melhores. É diferente. Acho que é muito bom também, mas é difícil um jogador que sai, por exemplo, por alguma lesão ou seleção brasileira, e outro que entra até ganhar ritmo de jogo, ganhar essa confiança. Não é um ou dois jogos, precisa no mínimo quatro, cinco. Então, a gente sentiu um pouco isso. Com certeza, se estivesse completo, estaríamos numa melhor posição''.

Carreira no Santos ou transferência para o exterior

''Meu pensamento não é de sair agora, mas a gente sabe que tudo pode acontecer. Não é o meu pensamento. Quero ficar no Santos. Quero fazer história. Ganhar títulos para sim, depois, pensar no futebol europeu''.

Vitor Bueno renovou contrato com o Santos por cinco anos. O clube tem 60% dos direitos econômicos. O restante é dividido entre o jogador e seus empresários. O Santos é o quarto colocado no Brasileiro com 55 pontos, nove atrás do líder Palmeiras. Na Copa do Brasil, o time decide uma vaga nas semifinais contra o Inter, nesta quarta-feira, em Porto Alegre. No primeiro confronto, o Santos venceu por 2 a 1.


Ricardo Gomes e a crueldade dos são-paulinos
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Alexandre Praetzel

O São Paulo enfrenta o Fluminense, nesta segunda-feira, ameçado de rebaixamento no Brasileiro. Uma derrota deixará o tricolor com 36 pontos, um à frente do Vitória, 17º colocado. Se houver o resultado negativo, o culpado por esta situação já foi escolhido por muitos são-paulinos: Ricardo Gomes.

O treinador teve um AVC, em 2011, e ficou com pequenas sequelas. Nada que o limitasse a comandar uma equipe, mesmo com a pressão diária que esses profissionais sofrem. Ricardo estava bem no Botafogo. Vinha iniciando uma recuperação do alvi-negro e recebeu o convite para retornar ao São Paulo. No clube carioca ele tinha toda uma estrutura montada para desenvolver o trabalho e o respeito pela sua limitação. Ricardo topou o desafio, acreditando que voltaria ao São Paulo de 2009, multi-campeão, organizado em todos os setores e sem intrigas políticas.

Foi apresentado pelo presidente Leco como um amigo e com um contrato por tempo indeterminado. Ledo engano. Não foi aceito da forma esperada pelo grupo de atletas e pegou um grupo com vários componentes pouco comprometidos e dando de ombros para a situação preocupante. O que aconteceu? Estourou na conta do treinador. Chiliques e críticas das mais desumanas contra sua capacidade física e verbal, pela afasia que o acomete, admitida e revelada pelo próprio Ricardo.

A maioria dos são-paulinos quer um técnico que fique berrando e gesticulando à beira do campo. Ricardo não fazia isso e não fará. Não é milagreiro com um time medíocre e um grupo com opções carentes. A responsabilidade pela sua contratação é da DIREÇÃO. Mas o crucificado já foi determinado e será dispensado, se o São Paulo perder.

Torço por Ricardo Gomes. Um sujeito do bem e que tem encarado todas as perguntas e questionamentos com clareza e sinceridade, sempre de cabeça erguida. Algo que dói na mente perversa de muitos ''seres'' humanos. Torcedores ou não.


Jair Ventura elogia trabalho do Botafogo e evita falar em 2017
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Alexandre Praetzel

O Botafogo começou o Brasileiro como um dos candidatos ao rebaixamento, segundo grande parte da imprensa esportiva. Problemas financeiros, mau início do torneio e um grupo modesto de jogadores indicavam uma situação difícil para o time. No entanto, o Botafogo se tornou a grande surpresa da competição. Começou uma recuperação com Ricardo Gomes e deslanchou com Jair Ventura, após a ida de Ricardo para o São Paulo. Nesta entrevista exclusiva ao blog, Jair fala da reação alvi-negra, do trabalho da diretoria e da importância do pai Jairzinho, o eterno ''Furacão da Copa de 70''. Aos 37 anos, Jair pode levar o Botafogo à Libertadores da América, em 2017. Acompanhem.

Campanha do Botafogo, após problemas e desconfianças

''Estávamos incomodados com a posição do Botafogo na tabela. Nenhum profissional quer ser marcado na carreira por um rebaixamento. Então, começamos a trabalhar cada vez mais, já que não estávamos fazendo o suficiente para sair do rebaixamento. Começamos a fazer algumas coisas diferentes com mais empenho, mais trabalho, mais dedicação, cada um na sua área, e com muito sacrifício, entrega nos treinos e jogos, conseguimos dar esse passo, sempre pensando jogo a jogo. Alcançamos a pontuação para escapar do rebaixamento e estamos em busca de algo melhor na competição''.

Modelo de jogo e trabalho

''Depende do que você tem em mãos para usar. Minha filosofia e esquema de jogo têm que se adequar ao meu elenco. Não posso ter um sistema pré-definido se eu não tenho jogadores com aquelas características. Toda filosofia, metodologia e aplicação têm que ser mutável de acordo com seu elenco. Cabe ao treinador tirar de cada jogador o que eles têm de melhor e automaticamente buscar os bons resultados. Tem que se adequar com a característica dos seus jogadores. Todo treinador tem sua ideia, mas se o seu elenco não tiver as características, você tem que pensar algo diferente''.

Mereces ser o técnico em 2017

''Como já falei anteriormente, trabalho com metas. Alcançamos a primeira, que era livrar o Botafogo da zona de rebaixamento. Agora, passou a ser levar o time o mais alto possível na tabela. Ainda não conversei com a diretoria sobre o ano que vem. Estou preocupado com o próximo jogo. Vamos ver no final do ano como é que vai ficar a minha situação''.

Participação do pai na carreira

''O meu pai não tem participação na minha carreira, ele tem participação na minha vida. Um grande ídolo, um cara que admiro bastante, não só como jogador, mas como pessoa, de um caráter fantástico, íntegro, um cara que preza muito pela verdade, um grande exemplo para mim. Me deu educação, sempre me cobrou muito, é um cara competitivo, herdei isso dele. Fico feliz em ser filho de um grande ídolo, ele é uma grande inspiração. Só vejo coisas boas nisso. Ele é meu grande ídolo''.

Futuro imediato do Botafogo, apesar das dificuldades

''O futuro do Botafogo é bem promissor. O trabalho do presidente Carlos Eduardo Pereira e toda a diretoria. Pegaram o Botafogo numa situação muito difícil, financeiramente. E hoje, o Botafogo está voltando aos trilhos, graças ao trabalho do presidente e diretoria. Estão pagando em dia, cumprindo com todas as obrigações, premiações de jogadores. Isso ajuda muito no mercado para estarmos cada vez mais fortes, com novos patrocínios, na captação de atletas. Só tenho a parabenizar o presidente e toda a diretoria por estarem conseguindo organizar toda a parte extra-campo, o que dá tranquilidade para a gente dentro do campo. Isso é benéfico para todos''.

Jovens treinadores no mercado

''Tem espaço para todo mundo. Acho que não tem que ser só com treinadores jovens e nem só com medalhões. Tem espaço para todos. Não é porque o treinador é jovem, que ele não é preparado, e não é por ser experiente que ele está desatualizado. Trabalhei com treinadores com uma idade mais avançada e que estão super atualizados, que buscam coisas novas, saber o que tem de moderno. E tem jovens que não estudam tanto. Não podemos rotular. Temos jovens treinadores preparados e outros que ainda não estão. Assim como temos experientes atualizados e outros, nem tanto. Tem espaço para todo mundo, desde que estejam sempre buscando o melhor''.

Botafogo vai à Libertadores da América

''Nosso objetivo inicial foi alcançado, que era chegar a pontuação para nos livrar do rebaixamento. Agora, vamos pensar jogo a jogo para tentar levar o Botafogo o mais alto possível na tabela. No fim do campeonato, vamos ver o que nos espera''.

O Botafogo tem 47 pontos e hoje estaria classificado para a pré-Libertadores, em 2017. O time pega o Atlético-MG, neste domingo, na Arena Botafogo.

 


Palmeiras encaminha contratação de Raphael Veiga do Coritiba
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UOL Interação

O Palmeiras já começa a se preparar para fazer contratações pensando na próxima temporada. O primeiro nome que pode aparecer no clube é do meia Raphael Veiga, do Coritiba.

O clube deve pagar R$ 10 milhões por 60% dos direitos econômicos de Raphael Veiga e ainda ceder jogadores. A negociação deve incluir os atacantes Leandro e Vinicius.

O reforço Raphael Veiga assinará com o Palmeiras um contrato com duração de cinco anos.


Casares quer gestão radical e profissional no SP após mau desempenho
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Alexandre Praetzel

A derrota do São Paulo para o Santos deixou os tricolores mais preocupados ainda com o futuro imediato do time. Críticas e reclamações contra atuações de jogadores e trabalho de Ricardo Gomes aumentaram bastante. A equipe só não entrou na zona de rebaixamento pelos resultados negativos dos concorrentes diretos. Após a partida, o blog entrevistou Júlio Casares, ex-vice-presidente de Marketing e Comunicação, nas gestões de Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar. Leiam abaixo.

Causas da situação difícil do São Paulo

''Eu entendo que é um conjunto de fatores. Não há nada isolado, mas o fundamental foi o mau planejamento do futebol. Você não adequou o bom investimento com jogadores que correspondessem às expectativas, que suprissem posições, que estivessem adequados à necessidade de calendário e o que ficou claro é que o orçamento robusto que o São Paulo tem para a área de futebol está aquém da necessidade. É só analisar o orçamento modesto, mais humilde, mais equilibrado de vários clubes que estão na frente do São Paulo na tabela. Então acho que são fatores que pesam bastante, principalmente na questão do planejamento, na contratação de jogadores, de alguns que vieram com lesão, outros que não tinham a condição de defender a camisa do São Paulo. Mas isso é uma questão do passado. Nós temos que olhar para o futuro e lutar nessas oito partidas que ainda restam''.

Ricardo Gomes deve permanecer

''A questão do Ricardo Gomes é algo que a diretoria de futebol, com exclusividade,  que deve avaliar. O Marco Aurélio Cunha é um cara bastante experiente. Não tenho dúvida que ele tem que analisar isso, até juntamente com o técnico. Eu entendo que nós temos oito jogos, são oito decisões e o perfil do Ricardo não é o perfil de você causar um impacto e reverter o processo, criando situações com energia para que o São Paulo pudesse sair de oito partidas para uma reversão de quadro. Enfim, essa é uma decisão exclusiva do Marco Aurélio Cunha, mas acho realmente que hoje o Ricardo não o perfil de corresponder nessa energia de mudança de quadro. Mas se a decisão do futebol optar pela continuidade do trabalho dele, algo natural, cabe ao elenco, direção, comissão técnica, torcedores, abraçarem o time e tentar fazer com que cada jogo desses oito restantes seja uma verdadeira decisão. Mas nós precisaríamos ter um espírito de uma reversão de quadro e hoje eu não sei se o Ricardo Gomes reúne essas condições. Tenho grandes dúvidas dessa capacidade hoje, que é mais psicológica do que qualquer outra coisa''.

São Paulo se perdeu como clube na gestão

''Eu acho que o modelo de gestão, não só do São Paulo, mas de outros clubes, que ainda fica voltado para determinadas teorias do futebol antigo, eles sucumbiram, exauriram. Eu acho que hoje a gestão deve ser profissional ela voltada sempre para a produtividade, para o custo-benefício, para o orçamento equilibrado, dentro das linhas que a receita oferece. Eu acho que hoje não é só o São Paulo. Esse quadro de gestão mais ligado unicamente ao presidente, ele fica cada vez mais enfraquecido. O São Paulo precisa compartilhar mais as decisões e caminhar para um modelo empresarial. Não tem outra saída''.

Ameaça de rebaixamento

''Claro que todos nós ficamos preocupados, até porque o São Paulo não é um clube que tem o hábito de frequentar essa incômoda posição na tabela. Então para nós é uma coisa diferente, difícil de confrontar, com o todo o respeito com aquelas equipes que circundam, o São Paulo ficar se comparando, fazendo contas com aquelas equipes. Então realmente é um momento muito delicado. É uma preocupação, mas mesmo assim eu acredito que o São Paulo tem grandes chances de escapar, mas não tira o resultado trágico, mesmo que o São Paulo se recupere. Quando você faz uma análise de custo-benefício, do investimento, foi realmente pífia essa participação do São Paulo no Campeonato Brasileiro. Mas eu tenho esperança de que o clube vá se afastando de cada rodada. Temos jogos aqui no Morumbi importantes para fazermos pontos e esse momento agora não adianta nós protestarmos, discutirmos, claro, temos que ser críticos, mas temos que apoiar o time de futebol, abraçar a camisa do São Paulo, a tradição, a história desse clube vencedor e fazer de cada jogo desses oito restantes, uma decisão. O time teria que entrar, na minha visão, com a performance um pouco mais equilibrada para que a gente consiga três pontos na maioria dos jogos, porque senão realmente, nós vamos ter aí uma situação difícil. Mas eu não acredito que caia, eu acredito que o São Paulo escape. Infelizmente, numa outra análise, têm clubes piores que o São Paulo. O São Paulo não vem jogando bem, mas tem clubes abaixo que também não vem jogando bem. Eu assisti alguns jogos e acho que por essa combinação de situações, ele tem condições de escapar. Mas que fique um sinal vermelho, fortemente vermelho, para que o São Paulo planeje melhor, pense melhor e compartilhe melhor as suas decisões. No futebol ficou provado que a vontade pessoal, a vontade de uma pessoa não pode suplantar a vontade da coletividade, mais do que isso, o estudo técnico, planejado, de você enxergar o futebol. Mas vamos agora apoiar a equipe e com certeza o São Paulo sai dessa decisão. Saindo dessa decisão é um alívio, nunca comemoração. Não há o que comemorar esse ano com essa performance tão ruim do time de futebol''.

Modelo de gestão ideal

''Eu não tenho dúvida que o São Paulo precisa ter uma gestão profissional, radical. Radical que eu digo é com diretores, presidente, com algumas diretorias remuneradas, com conselho de Administração ou comitê executivo, como queiram chamar. Que cumpram o exame e a apuração de metas delineadas para o plano, de forma que a cada bimestre esses números sejam discutidos como qualquer empresa cobra resultados dos seus funcionários. Acho que o jogador tem que ter um salário fixo, não muito alto e um percentual por resultado, classificação, performance, variáveis importantes que compostas possam contribuir para ele um salário médio importante. Se o clube avançou na tabela, está no G4, se teve uma classificação xy no Paulista, se ele se classificou  para a Libertadores, nós temos que criar itens por bônus de resultados. Quantos jogos o atleta consegue atuar pelo São paulo porque você não pode assumir um salário altíssimo e o jogador viver no Refis. Faz dois, três jogos e volta para o Refis. Então, isso tudo tem que estar previsto no contrato. Claro que isso não é tão fácil, porque uma contusão é uma contusão, ninguém se machuca porque quer, mas acho que a performance de um atleta deve ser entendida durante a competição e nós temos que criar um salário fixo de mercado e variáveis que contemplem outros objetivos. De forma clara, temos que ter governança corporativa, temos que ter uma decisão compartilhada com o conselho deliberativo e com esse conselho de administração e o São Paulo agora passa por uma reformulação do Estatuto. É prioritário discutir esses assuntos. O São Paulo precisa realmente dar uma guinada e o São Paulo sempre foi na sua história um clube de vanguarda, que trouxe novidades. Não tenho dúvidas que todos os líderes, conselheiros, sócios, dirigentes devem olhar de perto essas questões. Nós precisamos ter funcionários ou diretores remunerados em áreas estratégicas, temos que ter o presidente remunerado, tudo de acordo com o Profut, com a legislação, mas como qualquer empresa de mercado, cobrar por metas bimestrais ou trimestrais ou avaliações que esse conselho vai fazer. Isento, que pode ser formado por pessoas de dentro ou fora do São Paulo, mas que exerçam não só a fiscalização, o acompanhamento, avaliação e a cobrança de resultados, compartilhando com o conselho deliberativo. Nós não podemos mais ter jogadores com salários altos e produzindo pouco, sem comprometimento. Nós precisamos de contra-partidas. Isso tudo precisa de uma política, filosofia. Ter uma integração maior com a base, um exemplo do São Paulo hoje. Nós conhecemos aí os resultados que o São Paulo tem, revelando atletas. Mas eles precisam jogar também, no momento certo e oportuno de lançar jogadores. Por que não ter uma meta de jogar o Paulista com quatro, cinco garotos no time principal? Será que eles não corresponderiam mais do que alguns nomes hoje do time principal? Então temos que ter uma política do diretor e comissão técnica da base sendo integrados realmente na direção de futebol profissional. Eles têm que fazer parte da equipe. O que se produz em Cotia tem que garantir a revelação de atletas para o São Paulo ter conquistas dentro de campo e rentabilidade com seu patrimônio. Portando, é a profissionalização que vai tirar o São Paulo de interesses políticos, individuais, de grupos, porque o São Paulo é maior do que qualquer pessoa, grupo e interesse pontual. Urge uma profissionalização. Salve o tricolor paulista.

O São Paulo está com 36 pontos, na 14ª posição do Brasileiro. Três pontos apenas do Inter, 17º colocado. Segunda-feira, enfrenta o Fluminense, no Rio de Janeiro.


Oswaldo de Oliveira é bilhete lotérico do Corinthians em ebulição
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Alexandre Praetzel

Oswaldo de Oliveira volta ao Corinthians por uma preferência pessoal de Roberto de Andrade. Em 2013, após a saída de Tite, Roberto já queria contratar Oswaldo, mas perdeu a escolha para o presidente Mário Gobbi, que trouxe Mano Menezes, na ocasião. Com isso, Roberto deixou o departamento de futebol corintiano. Agora, aproveitou que tem a caneta e definiu o retorno do técnico.

Como repórter, acompanhei mais próximo o trabalho de Oswaldo no Santos e Palmeiras nos dois anos anteriores. Foi vice-campeão paulista em 2014 e 2015, perdendo para o Ituano e para o Santos, respectivamente. Foi dispensado do time da Vila Belmiro por divergências com a diretoria e caiu no Palmeiras pelo mau início do Brasileiro. Houve legados pequenos e nada que fosse muito destacado, ao contrário do trabalho no Botafogo, em 2013, quando foi campeão carioca e levou o time à Libertadores da América.

A rejeição ao nome de Oswaldo é gigantesca na torcida, sócios e conselheiros. Isso é um problema para o presidente. Na primeira série de derrotas, todo o conflito virá à tona. É assim no futebol brasileiro, infelizmente. Particularmente, acho um bilhete lotérico. A chance de dar certo é pequena.

Oswaldo gosta de jogadores experientes e já não tem a mesma paciência em lidar com os jovens. O Corinthians terá um grupo limitado em 2017, devido a situação financeira difícil e o trabalho do treinador será triplicado. Taticamente, o Corinthians foi muito forte nos últimos anos, característica bem diferente das formações de Oswaldo.

É um resgaste do passado, por um profissional campeão em 1999 e 2000, mas dispensado em 2004. Aos 65 anos, talvez Oswaldo tenha seu maior desafio da carreira, dirigindo um Corinthians em ebulição. A conferir.

 


Milton Cruz recusa contrato de dois meses com o Sport
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Alexandre Praetzel

Após perder Oswaldo de Oliveira para o Corinthians, o Sport Recife está atrás de um novo treinador. A diretoria tentou contratar Milton Cruz, ex-jogador do clube e ex-coordenador técnico do São Paulo.

''O pessoal do Sport me ligou, mas quiseram fazer um contrato de dois meses porque haverá eleições em dezembro. Aí não dá. Quero algo que eu possa trabalhar com tempo'', afirmou Milton Cruz, em conversa com o blog.

Milton Cruz espera por propostas para iniciar sua carreira como treinador. No São Paulo, comandou o time ocasionalmente, levando o tricolor à Libertadores da América, no Brasileiro de 2015.


Galiotte promete estrutura forte no futebol e Palmeiras saudável em 2017
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Alexandre Praetzel

O futuro presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, apresentou seu projeto de gestão para o biênio 2017/2018. Entre as principais, o fortalecimento do clube financeiramente com a profissionalização da instituição e a manutenção de uma estrutura forte no departamento de futebol.

Galiotte quer as permanências de Cuca e Alexandre Mattos e pretende definir estas questões, após o Brasileiro e Copa do Brasil, independentemente das conquistas de títulos ou não.

O dirigente será candidato único na eleição de novembro para o biênio 2017/18. Ele já teve sua candidatura aprovada pelo Conselho Deliberativo do Palmeiras, com 165 votos dos 203 conselheiros presentes em reunião na última segunda-feira (10).

Leiam abaixo o documento divulgado por Galiotte aos conselheiros e sócios.