Blog do Praetzel

Arquivo : Ricardo Gomes

Sanchez fica próximo do Santos. Será mais um bom reforço e time mais forte
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Alexandre Praetzel

Depois da chegada do costa-riquenho Bryan Ruiz, o Santos negocia a contratação do uruguaio Carlos Sanchez. Os contatos foram iniciados há vários dias, mas agora uma conversa foi marcada entre o diretor-executivo de futebol, Ricardo Gomes, e os representantes do jogador, para finalizar a negociação.

O blog fez contato com Gomes, que confirmou a reunião. “Tenho um encontro marcado para esta semana. Está próximo de um acerto”, afirmou.

Sanchez esteve na Seleção do Uruguai, que disputou a Copa do Mundo da Rússia. Sempre foi alternativa no banco de reservas. Aos 33 anos, está no Monterrey do México, desde 2015, com 108 jogos e 25 gols marcados. Atua como meia ou segundo volante.

Com os reforços de Ruiz e Sanchez, o Santos volta a ter um time bom, equilibrado nos três setores.

Uma formação futura pode ter Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz e Dodô; Alison(Pituca), Sanchez e Ruiz; Bruno Henrique, Gabriel e Rodrygo. Não haverá mais desculpas para a equipe não melhorar seu rendimento e lutar apenas para escapar da zona de rebaixamento.

A diretoria ainda pode buscar mais reforços para encorpar o elenco.


William queria ficar um ano no Santos. Ele nega atrito com Gomes e Dimas
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Alexandre Praetzel

William Machado deixou a gerência de futebol do Santos há dois dias. O ex-dirigente e ex-atleta pediu demissão para se dedicar a outro projeto na vida profissional. William chegou ao clube em janeiro deste ano para trabalhar junto com Gustavo Vieira, executivo contratado na ocasião. Gustavo saiu e William ficou. Após cinco meses, ele deixa a diretoria negando incompatibilidade com Ricardo Gomes e Sérgio Dimas, contratados para as mesmas funções. Num bate-papo rápido com o blog, William agradeceu a oportunidade e admitiu que esperava ficar mais tempo no cargo. Confira.

As chegadas de Ricardo Gomes e Sérgio Dimas te chatearam?

De jeito nenhum. Muito pelo contrário. São dois excelentes profissionais. O Dimas já tinha chegado há mais tempo. A gente precisava e precisava também de um executivo. O Ricardo deu até mais tranquilidade para eu poder sair e, ao mesmo tempo, ficou mais difícil, é até contraditório. Mais difícil porque ele conversou comigo, pediu para eu ficar e eu aprenderia muito com ele também, tenho certeza. Mais tranquilidade também por ele ter sido ex-atleta e ex-técnico. Ele tem uma bagagem muito grande de campo. Então, dá uma tranquilidade no sentido de ser um perfil que possa agregar muito. Então, não teve nenhuma incompatibilidade não de trabalho, muito pelo contrário.

Como avalia tua passagem pelo Santos? Valeu a pena?

Valeu a pena demais. Minha ideia quando aceitei, era ficar pelo menos um ano. Mas, planos a gente nunca sabe. Na verdade, a maioria dos planos não são cumpridos 100%, você faz alguns ajustes. Eu vejo o Santos passando por um processo de conhecimento do clube, essa gestão vendo algumas coisas, experimentando outras. Tudo na vida, precisa de tempo, até você colher certos frutos. Eu fiquei muito, muito feliz mesmo, com a oportunidade que me deram, com a confiança que tiveram. E acredito que foi um aprendizado mútuo e tenho certeza que, da minha parte, pelo menos, vou carregar essa experiência com muito carinho pelo resto da minha vida.

A direção do Santos não pretende contratar nenhum substituto. O time está no México, para dois amistosos. Perdeu para o Monterrey, neste sábado, por 1 a 0, e joga nesta terça-feira contra o Querétaro.


A noite de Ricardo Gomes e Cueva
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Alexandre Praetzel

O São Paulo goleou o Corinthians por 4 a 0, no Morumbi e garantiu sua permanência na primeira divisão do Brasileiro. O resultado demonstrou a ampla superioridade tricolor em campo. Ricardo Gomes escalou o time com três atacantes diante de um adversário que tinha quatro jogadores no meio-campo, mas perdia todas as divididas.

O treinador são-paulino foi muito bem. Em nenhum momento, a equipe foi ameaçada pelo Corinthians. Dominou o jogo com Cueva solto em campo e determinando todo o ritmo da partida. O peruano foi o grande destaque e desequilibrou perante corintianos entregues e batidos com facilidade. Se tivesse mais dez minutos de jogo, o São Paulo devolveria a goleada de 6 a 1, em 2015.

Foi a noite de Ricardo Gomes. Criticado pela maioria da torcida, pegou um São Paulo desmanchado e lutando para não cair. Claro que muita coisa precisa ser corrigida, mas Ricardo sempre foi o menos culpado. Tem capacidade técnica e tática, apesar da sua limitação física, algo que não deve importar às pessoas. Ricardo merecia um grande resultado e mais respeito por parte de todos. Conseguiu.


Ricardo Gomes e a crueldade dos são-paulinos
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Alexandre Praetzel

O São Paulo enfrenta o Fluminense, nesta segunda-feira, ameçado de rebaixamento no Brasileiro. Uma derrota deixará o tricolor com 36 pontos, um à frente do Vitória, 17º colocado. Se houver o resultado negativo, o culpado por esta situação já foi escolhido por muitos são-paulinos: Ricardo Gomes.

O treinador teve um AVC, em 2011, e ficou com pequenas sequelas. Nada que o limitasse a comandar uma equipe, mesmo com a pressão diária que esses profissionais sofrem. Ricardo estava bem no Botafogo. Vinha iniciando uma recuperação do alvi-negro e recebeu o convite para retornar ao São Paulo. No clube carioca ele tinha toda uma estrutura montada para desenvolver o trabalho e o respeito pela sua limitação. Ricardo topou o desafio, acreditando que voltaria ao São Paulo de 2009, multi-campeão, organizado em todos os setores e sem intrigas políticas.

Foi apresentado pelo presidente Leco como um amigo e com um contrato por tempo indeterminado. Ledo engano. Não foi aceito da forma esperada pelo grupo de atletas e pegou um grupo com vários componentes pouco comprometidos e dando de ombros para a situação preocupante. O que aconteceu? Estourou na conta do treinador. Chiliques e críticas das mais desumanas contra sua capacidade física e verbal, pela afasia que o acomete, admitida e revelada pelo próprio Ricardo.

A maioria dos são-paulinos quer um técnico que fique berrando e gesticulando à beira do campo. Ricardo não fazia isso e não fará. Não é milagreiro com um time medíocre e um grupo com opções carentes. A responsabilidade pela sua contratação é da DIREÇÃO. Mas o crucificado já foi determinado e será dispensado, se o São Paulo perder.

Torço por Ricardo Gomes. Um sujeito do bem e que tem encarado todas as perguntas e questionamentos com clareza e sinceridade, sempre de cabeça erguida. Algo que dói na mente perversa de muitos “seres” humanos. Torcedores ou não.


Casares quer gestão radical e profissional no SP após mau desempenho
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Alexandre Praetzel

A derrota do São Paulo para o Santos deixou os tricolores mais preocupados ainda com o futuro imediato do time. Críticas e reclamações contra atuações de jogadores e trabalho de Ricardo Gomes aumentaram bastante. A equipe só não entrou na zona de rebaixamento pelos resultados negativos dos concorrentes diretos. Após a partida, o blog entrevistou Júlio Casares, ex-vice-presidente de Marketing e Comunicação, nas gestões de Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar. Leiam abaixo.

Causas da situação difícil do São Paulo

“Eu entendo que é um conjunto de fatores. Não há nada isolado, mas o fundamental foi o mau planejamento do futebol. Você não adequou o bom investimento com jogadores que correspondessem às expectativas, que suprissem posições, que estivessem adequados à necessidade de calendário e o que ficou claro é que o orçamento robusto que o São Paulo tem para a área de futebol está aquém da necessidade. É só analisar o orçamento modesto, mais humilde, mais equilibrado de vários clubes que estão na frente do São Paulo na tabela. Então acho que são fatores que pesam bastante, principalmente na questão do planejamento, na contratação de jogadores, de alguns que vieram com lesão, outros que não tinham a condição de defender a camisa do São Paulo. Mas isso é uma questão do passado. Nós temos que olhar para o futuro e lutar nessas oito partidas que ainda restam”.

Ricardo Gomes deve permanecer

“A questão do Ricardo Gomes é algo que a diretoria de futebol, com exclusividade,  que deve avaliar. O Marco Aurélio Cunha é um cara bastante experiente. Não tenho dúvida que ele tem que analisar isso, até juntamente com o técnico. Eu entendo que nós temos oito jogos, são oito decisões e o perfil do Ricardo não é o perfil de você causar um impacto e reverter o processo, criando situações com energia para que o São Paulo pudesse sair de oito partidas para uma reversão de quadro. Enfim, essa é uma decisão exclusiva do Marco Aurélio Cunha, mas acho realmente que hoje o Ricardo não o perfil de corresponder nessa energia de mudança de quadro. Mas se a decisão do futebol optar pela continuidade do trabalho dele, algo natural, cabe ao elenco, direção, comissão técnica, torcedores, abraçarem o time e tentar fazer com que cada jogo desses oito restantes seja uma verdadeira decisão. Mas nós precisaríamos ter um espírito de uma reversão de quadro e hoje eu não sei se o Ricardo Gomes reúne essas condições. Tenho grandes dúvidas dessa capacidade hoje, que é mais psicológica do que qualquer outra coisa”.

São Paulo se perdeu como clube na gestão

“Eu acho que o modelo de gestão, não só do São Paulo, mas de outros clubes, que ainda fica voltado para determinadas teorias do futebol antigo, eles sucumbiram, exauriram. Eu acho que hoje a gestão deve ser profissional ela voltada sempre para a produtividade, para o custo-benefício, para o orçamento equilibrado, dentro das linhas que a receita oferece. Eu acho que hoje não é só o São Paulo. Esse quadro de gestão mais ligado unicamente ao presidente, ele fica cada vez mais enfraquecido. O São Paulo precisa compartilhar mais as decisões e caminhar para um modelo empresarial. Não tem outra saída”.

Ameaça de rebaixamento

“Claro que todos nós ficamos preocupados, até porque o São Paulo não é um clube que tem o hábito de frequentar essa incômoda posição na tabela. Então para nós é uma coisa diferente, difícil de confrontar, com o todo o respeito com aquelas equipes que circundam, o São Paulo ficar se comparando, fazendo contas com aquelas equipes. Então realmente é um momento muito delicado. É uma preocupação, mas mesmo assim eu acredito que o São Paulo tem grandes chances de escapar, mas não tira o resultado trágico, mesmo que o São Paulo se recupere. Quando você faz uma análise de custo-benefício, do investimento, foi realmente pífia essa participação do São Paulo no Campeonato Brasileiro. Mas eu tenho esperança de que o clube vá se afastando de cada rodada. Temos jogos aqui no Morumbi importantes para fazermos pontos e esse momento agora não adianta nós protestarmos, discutirmos, claro, temos que ser críticos, mas temos que apoiar o time de futebol, abraçar a camisa do São Paulo, a tradição, a história desse clube vencedor e fazer de cada jogo desses oito restantes, uma decisão. O time teria que entrar, na minha visão, com a performance um pouco mais equilibrada para que a gente consiga três pontos na maioria dos jogos, porque senão realmente, nós vamos ter aí uma situação difícil. Mas eu não acredito que caia, eu acredito que o São Paulo escape. Infelizmente, numa outra análise, têm clubes piores que o São Paulo. O São Paulo não vem jogando bem, mas tem clubes abaixo que também não vem jogando bem. Eu assisti alguns jogos e acho que por essa combinação de situações, ele tem condições de escapar. Mas que fique um sinal vermelho, fortemente vermelho, para que o São Paulo planeje melhor, pense melhor e compartilhe melhor as suas decisões. No futebol ficou provado que a vontade pessoal, a vontade de uma pessoa não pode suplantar a vontade da coletividade, mais do que isso, o estudo técnico, planejado, de você enxergar o futebol. Mas vamos agora apoiar a equipe e com certeza o São Paulo sai dessa decisão. Saindo dessa decisão é um alívio, nunca comemoração. Não há o que comemorar esse ano com essa performance tão ruim do time de futebol”.

Modelo de gestão ideal

“Eu não tenho dúvida que o São Paulo precisa ter uma gestão profissional, radical. Radical que eu digo é com diretores, presidente, com algumas diretorias remuneradas, com conselho de Administração ou comitê executivo, como queiram chamar. Que cumpram o exame e a apuração de metas delineadas para o plano, de forma que a cada bimestre esses números sejam discutidos como qualquer empresa cobra resultados dos seus funcionários. Acho que o jogador tem que ter um salário fixo, não muito alto e um percentual por resultado, classificação, performance, variáveis importantes que compostas possam contribuir para ele um salário médio importante. Se o clube avançou na tabela, está no G4, se teve uma classificação xy no Paulista, se ele se classificou  para a Libertadores, nós temos que criar itens por bônus de resultados. Quantos jogos o atleta consegue atuar pelo São paulo porque você não pode assumir um salário altíssimo e o jogador viver no Refis. Faz dois, três jogos e volta para o Refis. Então, isso tudo tem que estar previsto no contrato. Claro que isso não é tão fácil, porque uma contusão é uma contusão, ninguém se machuca porque quer, mas acho que a performance de um atleta deve ser entendida durante a competição e nós temos que criar um salário fixo de mercado e variáveis que contemplem outros objetivos. De forma clara, temos que ter governança corporativa, temos que ter uma decisão compartilhada com o conselho deliberativo e com esse conselho de administração e o São Paulo agora passa por uma reformulação do Estatuto. É prioritário discutir esses assuntos. O São Paulo precisa realmente dar uma guinada e o São Paulo sempre foi na sua história um clube de vanguarda, que trouxe novidades. Não tenho dúvidas que todos os líderes, conselheiros, sócios, dirigentes devem olhar de perto essas questões. Nós precisamos ter funcionários ou diretores remunerados em áreas estratégicas, temos que ter o presidente remunerado, tudo de acordo com o Profut, com a legislação, mas como qualquer empresa de mercado, cobrar por metas bimestrais ou trimestrais ou avaliações que esse conselho vai fazer. Isento, que pode ser formado por pessoas de dentro ou fora do São Paulo, mas que exerçam não só a fiscalização, o acompanhamento, avaliação e a cobrança de resultados, compartilhando com o conselho deliberativo. Nós não podemos mais ter jogadores com salários altos e produzindo pouco, sem comprometimento. Nós precisamos de contra-partidas. Isso tudo precisa de uma política, filosofia. Ter uma integração maior com a base, um exemplo do São Paulo hoje. Nós conhecemos aí os resultados que o São Paulo tem, revelando atletas. Mas eles precisam jogar também, no momento certo e oportuno de lançar jogadores. Por que não ter uma meta de jogar o Paulista com quatro, cinco garotos no time principal? Será que eles não corresponderiam mais do que alguns nomes hoje do time principal? Então temos que ter uma política do diretor e comissão técnica da base sendo integrados realmente na direção de futebol profissional. Eles têm que fazer parte da equipe. O que se produz em Cotia tem que garantir a revelação de atletas para o São Paulo ter conquistas dentro de campo e rentabilidade com seu patrimônio. Portando, é a profissionalização que vai tirar o São Paulo de interesses políticos, individuais, de grupos, porque o São Paulo é maior do que qualquer pessoa, grupo e interesse pontual. Urge uma profissionalização. Salve o tricolor paulista.

O São Paulo está com 36 pontos, na 14ª posição do Brasileiro. Três pontos apenas do Inter, 17º colocado. Segunda-feira, enfrenta o Fluminense, no Rio de Janeiro.


Luizão vê erro de planejamento no São Paulo e defende Ricardo Gomes
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Alexandre Praetzel

O ex-atacante Luizão, campeão da Libertadores da América pelo São Paulo e hoje empresário de Carlinhos e João Schimit, conversou com o blog sobre o momento delicado do clube, dentro e fora de campo. Acompanhem a entrevista.

Momento do São Paulo

“Olha, acho que isso é um reflexo do ano né. O ano não foi bem programado, essas brigas de diretoria, mudança de treinador, jogadores que ainda não se encaixaram na equipe do São Paulo. Acho que o São Paulo, com todo o carinho e respeito que eu tenho, precisa que acabe o ano logo para começar o ano novo de 2017”.

Queda da imagem do clube

“Eu acho que as administrações anteriores vêm de um passado. O São Paulo sempre foi um clube de respeito, não tinha confusão, não tinha nada, sempre foi um clube modelo. A gente vê o São Paulo passando uns momentos conturbados. Então, é o reflexo disso tudo”.

Risco de rebaixamento

“Correr, corre. Está próximo ali né, mas tem equipe para sair desta situação”.

Ricardo Gomes

“Olha, o Ricardo chegou e pegou uma bomba. É difícil cobrar o treinador. Treinador você tem que cobrar quando ele pega um time desde o começo, começa um ano com os jogadores que ele quer, que ele pode escalar, que pede para contratar. Então, é difícil dizer algo sobre o Ricardo, neste momento”,

Marco Aurélio Cunha

“Ele não joga, mas ajuda né. Ajuda muito. O Marco foi meu diretor quando eu tinha 15, 16 anos de idade. Então, tenho um carinho muito grande por ele e espero que ele continue no São Paulo para trazer esta honra de campeão novamente”.

Carlinhos e João Schimit

“Carlinhos tem mais um ano de contrato. Esse ano e mais outro ano. O João tem contrato até o meio do ano que vem. A tendência é que a gente sente e tente se acertar”.

O São Paulo está na 12ª colocação do Brasileiro com 34 pontos, quatro à frente do Cruzeiro, 17º colocado. O tricolor recebe o Flamengo, neste sábado, no Morumbi.


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