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Zé Love vê Marinho no exterior, elogia Argel e não sabe se fica no Vitória
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Alexandre Praetzel

O Vitória garantiu presença na Série A do Brasileiro, após uma disputa intensa com Inter e Sport, até as últimas rodadas. Um dos personagens da campanha foi o atacante Zé Love. Mesmo chegando em agosto, o jogador ajudou o Vitória a ser o quinto ataque mais positivo da competição. Em conversa exclusiva com o blog, Zé Love analisa seu futuro e fala do companheiro Marinho, grande nome da campanha da equipe. Acompanhem abaixo.

Permanência no Vitória

''Ainda não sei porque meu contrato acabou no dia 15 de dezembro. Tem já uma conversa com o Vitória de renovação e eu fui muito feliz ali. Eu estava no mundo árabe e acabei chegando mais para o fim do campeonato e é difícil porque o futebol no mundo árabe não é dinâmico e você chega no Brasil, um futebol de força, tem que se recuperar totalmente. Graças a Deus, fui feliz, fiz gols e ajudei o Vitória a ficar na Série A. Estou esperando. Têm mais clubes interessados no meu trabalho e agora é esperar o final do ano''.

Clubes interessados

''Vou citar o Vitória no momento, até pelo fato do meu carinho e respeito pelo Vitória e também de tudo o que o Vitória fez por mim. Dos outros, ainda não é nada oficial, mais conversas. E estou muito feliz com meu desempenho nesse retorno e agora é esperar mesmo e deixar o meu futuro nas mãos de Deus''.

Vitória mereceu ficar na Série A

''Tenho certeza que sim. Pouca gente sabe, mas o Vitória foi o quinto ataque do Brasileiro. É difícil você pegar o quinto ataque do Brasileiro e lutar para não cair. Lógico que têm erros de planejamento, que às vezes acabam fazendo coisas erradas, mas isso faz parte do futebol. Creio que o Vitória lutou, brigou bastante e tenho certeza que a gente mereceu sim ficar na Série A''.

Argel renovou contrato

''Ótimo treinador. É um cara que levanta astral, motivador, que hoje no futebol isso é importante, dá muita confiança. Um cara que torcida e grupo abraçaram e tenho certeza que tem tudo para fazer um grande ano em 2017''.

Marinho

''Eu falo sempre com o Marinho. Nas redes sociais, fico brincando. É um personagem, um cara que tem um coração muito bom, moleque humilde, um grande jogador. Ele está tendo a oportunidade de ir para fora do país, ter um contrato melhor. Às vezes a gente não pode julgar o jogador por isso, a carreira é muito curta. Tenho certeza que ele pensa em fazer carreira fora, como todos pensam, mas ele tem contrato com o Vitória. Assumiu uma nova diretoria agora, eu não sei como vai ser. Converso sempre com ele, sempre de astral legal. Torço para ele seguir um caminho e ser muito feliz''.

Time de críquete

''Antes do jogo contra o Coritiba(penúltima rodada do Brasileiro), o Argel passou um vídeo para a gente de uns jornalistas gaúchos dizendo que o Barradão era um lixo e que o Vitória era um time de críquete, um time do Nordeste sem torcida, acabando com o clube e torcedor. Isso aí foi ótimo porque serviu de motivação para todo mundo e serviu também para eles respeitarem um clube como o Vitória, com história, estrutura. Um time que não deve nada a ninguém, paga rigorosamente em dia. Então, serviu um pouco de lição para não falar bobagem em hora errada''.

Santos de 2010 o colocou no mercado

''Sou um cara eternamente grato ao Santos. Quando eu era criança, era torcedor santista. Depois, fiquei mais ainda porque foi um time que me deu totalmente o meu nome no futebol. Devo tudo ao Santos e hoje sou o Zé Love por causa do Santos. Falo direto com o Neymar, a gente criou uma família ali dentro e graças a Deus, sempre estamos juntos''.

Zé Love está com 28 anos. Começou na base do Palmeiras, mas chamou atenção como um 12º jogador do time do Santos de 2010, com Neymar, Ganso e Robinho. Em 2011, foi campeão da Libertadores da América como titular, ao lado de Neymar.


Guto Ferreira confirma contato do Corinthians, sem evolução nas conversas
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Alexandre Praetzel

Guto Ferreira confirmou que foi procurado pelo Corinthians, nos últimos dias. Não houve evolução nas conversas entre a diretoria corintiana e o empresário do treinador, Adriano Spadotto. Guto está satisfeito no Bahia, mas não descarta o Corinthians, em outra oportunidade. O técnico levou o Bahia de volta à Série A, em 2017, e promete buscar resultados maiores à frente da equipe. Leia abaixo a entrevista exclusiva concedida ao blog.

Corinthians

''O Corinthians até procurou meu representante, mas eu tenho contrato com o Bahia. Houve procura, mas não houve evolução nas conversas''.

Pensou em trocar de time

''Quem não quer trabalhar num clube como o Corinthians? Mas eu tenho um compromisso com o Bahia. Não é só questão de eu querer, estou feliz no Bahia. Tenho identificação grande com o torcedor e também aspiro um dia trabalhar no Corinthians. Isso passaria por uma série de situações e acabou não evoluindo''.

Bahia

''Tivemos um projeto que iniciamos no meio do ano. Primeiro estágio era o acesso e o objetivo foi alcançado mesmo com todas as dificuldades em pegar o time no meio da competição. Agora, existe um planejamento dentro da Série A, onde temos o objetivo de fazer um ano de 2017 bom e vamos trabalhar por esses objetivos''.

Competitividade

''Nós estamos trabalhando para montar um time competitivo. Se não for competitivo no futebol mundial, não se estabelece. Tem muita gente trabalhando para termos um time assim. Têm jogadores que o clube está procurando renovar e também contratar. Tudo são passos. Em se tratando do Bahia, o torcedor quer sempre o melhor e nós também. Temos estágios a serem percorridos e o mínimo é permanecer na Série A. Depois, estando bem, o objetivo é chegar mais longe, dentro de um processo evolutivo. Vamos estruturar a equipe. Tem duas competições regionais onde o Bahia tem que trabalhar bem''.

Estudar ou não como técnico

''Eu acho que cada um faz as suas escolhas. Vou responder com uma frase que me marcou: Você faz suas escolhas e as suas escolhas fazem você. Para aqueles que pensam que não precisa estudar, eles devem ter uma linha de pensamento e alguma diretriz. Não estou buscando nenhuma receita de bola, não. Vou lá ver o que está sendo diferente. Vou conhecer estrutura física, pessoal, parte de mídia, marketing, como se realiza o jogo e o futebol, o que ocorre dentro e em que condições está acontecendo. Fui lá observar. Não fui para me pós-graduar. Sempre se assimila alguma coisa. Quero estudar e aprender sempre. Quem sabe desta maneira consigo com o exercício da prática, gerar uma teoria com uma base de prática mais qualificada''.

Preconceito com futebol nordestino

''Não vou falar em resistência da mídia. O Bahia teve uma repercussão importante na Série B. O Bahia busca se reorganizar a cada dia, com mais crescimento. Me impressiona a participação dos torcedores nos jogos, famílias dentro dos estádios. Não há violência na torcida. Estou falando do Bahia. Não posso falar pelos outros. À medida que os resultados vão sendo alcançados, a repercussão vai aumentando, não importa onde você esteja trabalhando. Logicamente, o eixo Rio-SP repercute mais pelos principais meios de comunicação. Algo normal''.

Pronto para time grande

''Eu acho que o Bahia já é em termos de pressão e tamanho em torcida e massa associativa. Pode não estar entre os 12 grandes, mas é bicampeão brasileiro. Estou pronto sim. Não tenho medo. Vamos trabalhar muito, buscar mais e mais conhecimento para conseguir atingir objetivos ao final de cada temporada. É uma responsabilidade muito grande, mas não tenho medo''.

Não ter sido ex-jogador atrapalha

''É um ser humano igual aos outros. Não dificulta em nada. Se for ver esse lado, tenho dois auxiliares ex-jogadores que participam de toda a integração de trabalho. Acho que as linhas de pensamentos, onde existem acadêmicos muito bons profissionais que conseguem transformar teoria em prática. Existem medianos e ruins. Há ex-jogadores com posturas acadêmicas e são qualificados e outros que não conseguem ter comando. São tantas características para ser tornar um treinador com resultado final, isso que teria que ser debatido. Quais esses perfis? Liderança, postura, conhecimento. Uns mais teóricos e outros mais práticos. O que vale é a capacidade, independentemente de onde ele vem''.

Viagem à Alemanha

''Fiquei 17 dias por lá, agora em dezembro. Assisti três jogos da primeira e um jogo da segunda divisão. Jogo muito intenso, alinhado, muito tático. Os caras não ganharam a Copa à toa. Você vê muito planejamento de anos para cá. A Bundesliga, dentro do trabalho de formação, as academias são classificadas em uma, duas e três estrelas. As cotas de TV são repassadas para esta academia, de acordo com tua classificação. Ano a ano tem uma fiscalização da Confederação em cima de predicados e resultados. O que mais impressiona é a questão cultural, como todos exercem as funções. Não há interferência externa. O Hoffenheim, por exemplo. Tem um CT só para Sub-12, 13 e outro CT para 13, 14 e 15 com três campos e prédio de cinco andares com toda estrutura. Tem um outro CT para 17, 18 e 19 e um outro para Sub-23 e time principal. Tem treinamento até de visão periférica, para aprimorar reflexo e escolha rápida. Uma arena para 32 mil pessoas. O técnico tem 29 anos e o diretor esportivo, pouco mais de 30. O Hoffenheim seria a Chapecoense, aqui no Brasil, pelo tamanho, estrutura e repercussão''.

Aos 51 anos, Guto Ferreira tem contrato com o Bahia, até dezembro de 2017. A multa rescisória é de R$ 1 milhão. Guto surgiu no futebol trabalhando na base de São Paulo e Inter. Treinou Inter, Ponte Preta e Chapecoense, até chegar ao Bahia, entre outras equipes.


Leão vê desafio na Lusa e critica: quem passou dos 50 é tido como obsoleto
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Alexandre Praetzel

Emerson Leão está de volta ao futebol. Aceitou trabalhar de graça como gerente de futebol da Portuguesa. Aos 67 anos, Leão quer ajudar a Lusa, onde treinou o time em duas oportunidades. Em entrevista exclusiva ao blog, Leão falou sobre o desafio numa nova função e outros assuntos relativos ao futebol atual. Leia abaixo.

Diretor da Portuguesa

''Eu diria que todo prazer é um desafio. Eu encaro como um prazer e um auxílio aos amigos. Eu acho que não podemos virar as costas para a Portuguesa, de forma nenhuma. Lá estive por duas vezes e fui feliz. Está na hora de dar minha parte de colaboração. Aguardamos todos e aceitamos ajuda de todos''.

Portuguesa tem solução

''Se não tivesse, não participaria. Se não tivesse esperança e desafio, também não. Eu acho que está na hora de levantarmos um pouco e caminharmos na hora certa. Tem desconfiança? Vai ter muita desconfiança. A colônia está esperando alguma coisa com uma renovação e nós vamos estar lá para ajudar''.

Momento difícil da Lusa

''Você não chega de um dia para o outro ou de um ano para o outro na situação que ela chegou. Ela vem decaindo e eles não tiveram a oportunidade e a inteligência de perceber que a decadência estava chegando. Os grandes pensadores e colaboradores da Portuguesa também não souberam se renovar e os filhos não corresponderam àquilo que os pais esperavam deles na Portuguesa. Então que nasçam e nasceram alguns novos portugueses, alguns novos filhos e nós podemos auxiliar essa nova geração com nossa experiência. Aceitamos esse desafio de alma aberta. Não vamos lá para saber quanto vai aumentar o bolso, mas sim o quanto nós podemos ajudar''.

Longo tempo fora do futebol

''Eu ''estou'' fora do futebol, podemos assim dizer. Quando você toma uma decisão, tem que caminhar junto com essa decisão, independentemente do tempo que irá demorar para você acertar. Eu fiz alguns desafios na minha vida particular. Precisei desses anos para sentá-la. Agora, estava começando a me incomodar o tanto de horas paradas que eu tinha e eu sou dinâmico, veloz e isso quem me fez foram meus professores e eu sempre procurei ser um bom aluno com o futebol. Então, nós temos a obrigação de passar para os novos alunos''.

Ainda é técnico

''Não sou técnico, mas posso estar técnico a qualquer momento. Depende da sedução. Depois de 50 anos de trabalho no futebol, você tem o direito de escolher também''.

Estudar como técnico no futebol

''O Renato(Portaluppi) disse que futebol é igual a uma bicicleta, quem sabe, sabe e não vai esquecer. Quem não sabe, vai estudar. Vai estudar para depois pedir conselho para aquele que aprendeu a andar de bicicleta porque aqueles mestres antigos que ensinam. O bom pintor, escultor, escritor, professor, qual a idade deles? Estão obsoletos? Não. Inteligência adquirida através dos anos, ela sempre será preservada com algumas particularidades de modernismo. É que agora pegou uma moda que a pessoa passou dos 50 anos, é obsoleta. Meus amigos, homem de 50 faz um monte de filhos''.

Rogério Ceni como técnico

''Eu acho que tem tudo para dar certo. Ele é tão confiante naquilo que ele vai fazer que ele disse que foi jogador de um time só e será treinador de um time só. A responsabilidade aumentou. Agora, ele vai ter a oportunidade do poder de decisão. Tem hora que vai ficar sozinho e tem que dizer sim e não, inclusive para alguns amigos que jogaram com ele. Parece que ele já começou''.

Futebol atual

''Eu acho que é um outro esporte. Quando se jogava na época de 70 e as anteriores que eu era só torcedor, jogava-se um futebol diferente. Eu acho que o futebol hoje modificou muito, está numa mutação muito grande e se nós não voltarmos a pensar naquilo que nós fomos, acho que vai demorar muito para gente recuperar a hegemonia. Hegemonia não se recupera ganhando campeonato regional. Se recupera ganhando dois campeonatos consecutivos mundiais''.

Messi ou Cristiano Ronaldo

''Os dois. Eu acho que um é mais técnico, mais craque, que é o Messi, logicamente. Conduz a bola, parece que ela está colada no seu pé. Maravilhoso. Ronaldo é goleador. Os dois num time só, o treinador ficava sorrindo o tempo todo''.

Nível dos goleiros atuais

''Tem uma geração, só que eles não conseguiram ainda ter a confiança geral. Não tem 100% de aceitação. Está na hora de nós começarmos a colocar à prova toda essa aceitação e temos de fazer novos grandes goleiros. Eles são maiores, têm mais treinamentos, uma série de coisas. Agora, têm que ter mais inteligência, que às vezes está faltando''.

Tite na Seleção

''Eu acho que chegou a vez dele. Foi merecedor da vez dele. Então, ele tem que aproveitar a onda. Se a onda está boa, segue nesse ritmo''.

Brasil favorito na Copa de 2018

''Não. Nós sempre fomos favoritos em todas as Copas, agora não somos mais em nenhuma Copa. Só você ver o índice de aceitação. Agora, parece que vai ser melhor. Quando a gente entra por baixo, a gente sempre sai por cima''.

Neymar será melhor do mundo

''Depende com quem ele competir e depende daonde ele estiver. Ele já não é uma novidade no mundo. Já está jogando há algum tempo no Barcelona, o maior time do mundo e não conseguiu. Desta vez, nem citado foi''.

O último trabalho de Leão como técnico foi o São Paulo, em 2011 e 2012. Como jogador, Leão foi campeão brasileiro três vezes por Palmeiras e Grêmio, além de disputar quatro Copas do Mundo, participando do tri mundial, em 1970, no México.


Lateral do Palmeiras pode ser emprestado para a Chapecoense
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras pode ceder o primeiro jogador por empréstimo à Chapecoense. O blog apurou que o Verdão foi procurado pelos catarinenses, que seguem sua busca por reforços para remontar seu grupo de jogadores, após a tragédia aérea na Colômbia.

O pedido foi por João Pedro. O lateral-direito foi reserva durante toda a temporada, disputando apenas uma partida como titular. Em 2017, a situação deve se repetir com a presença de Jean e a provável permanência de Fabiano, emprestado pelo Cruzeiro. Se João Pedro acertar valores, o Palmeiras irá liberá-lo.

O Palmeiras foi elogiado pelos dirigentes da Chape por ser um dos clubes que está ajudando bastante, não só com a possibilidade de negociações de atletas.

Até o momento, a Chapecoense contratou o zagueiro Douglas Grolli do Cruzeiro. Ele disputou o Brasileiro pela Ponte Preta.

 

 


Executivo da Chape prevê “loucura” no primeiro jogo e time “forte” em 2017
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Alexandre Praetzel

Vinte dias depois da tragédia aérea que vitimou a Chapecoense, o clube tenta se reestruturar o mais rápido possível. Um novo presidente foi escolhido e o técnico Vágner Mancini contratado para comandar a nova equipe. Na execução do departamento de futebol, o responsável será Rui Costa. O ex-diretor do Grêmio conversou com o blog com exclusividade e expôs as dificuldades e desafios para recolocar a Chapecoense em campo, com um calendário recheado de grandes competições, em 2017, e com o forte apelo da comunidade, esperando rever o time do coração. Acompanhem abaixo.

Modelo de reestruturação da Chape

''É um modelo voltado para a identificação do perfil do trabalho do clube, implantado há quatro anos. Orçamento, contratações. Sempre respeitei bastante esta filosofia. É preciso fazer uma integração muito grande. Puxar um ex-jogador para a gerência e ter como convicção o que eu penso e manter o padrão competitivo. É um grande desafio que nunca foi enfrentado no Brasil. Uma reconstrução para contratar mais de dez atletas em 20 dias. Muito complicado. Não tem que contratar só um jogador para cada posição. São dois ou mais por posição. Trabalho muito próximo com o jurídico pelos grandes números de contratos, também''.

Ajuda de outros clubes

''Alguns clubes estão ajudando concretamente. Não na quantidade que muitos anunciaram. É um processo do nosso lado. Estamos escolhendo o que nós queremos e não abrimos mão disso. Não estamos com qualquer lista de jogador que não será aproveitado em outros clubes. Se fosse assim, já teríamos 25 reforços. Terão que se enquadrar num orçamento muito rígido. Cruzeiro, Palmeiras, Sport e Atlético-MG estão com gestos diferentes de apenas ceder jogadores. O São Paulo também com a possibilidade de nos emprestar o meia Daniel, mas não podemos esperar muito tempo. Quando tem ajuda, é de qualidade a partir do nosso planejamento''.

Jogadores querem atuar na Chape

''Sinto que sim. Tenho falado com jogadores de todos os patamares. Jovens, de certa experiência no futebol, de mais idade, até na Europa. Tem que discutir tudo na parte financeira. Estão falando comigo com sinceridade. Quase todos mostram entusiasmo em jogar aqui. São profissionais e levam em conta algumas situações financeiras, algo que acho normal''.

Será difícil não ser rebaixado

''Te diria que vamos lutar muito para montar uma equipe competitiva. Com esse cenário, devemos ficar longe disso. Agora, toda reestruturação é complicada. Você chega no vestiário com vários jogadores que nunca jogaram juntos em três meses. Não será fácil para o Mancini. A prioridade é sermos competitivos. Gostaria de conquistar títulos, mas temos a racionalidade de sabermos que precisamos ter um time capaz de fazer uma boa pré-temporada e termos um grupo competitivo de qualidade e quantidade''

Clima na cidade

''No primeiro dia que eu entrei na cidade foi impressionante. Percebia a tristeza das pessoas na rua. Convivendo mais, as pessoas conversam contigo com esperança. Começam a sorrir, pensar no time, falar de futebol. Volta a fazer parte da rotina de uma forma mais participativa. A memória e honra ficarão eternizadas. Os sentimentos estão migrando para ver o time voltar à campo. A vida tem que continuar e a mudança para uma energia maior vai nos ajudar bastante''.

Primeiro jogo em 2017

''O jogo será uma loucura. Estádio cheio, uma emoção que eu nunca tenha sentido no futebol. Só o fato de o time entrar em campo, fardados como profissionais da Chape, será uma loucura. Será a primeira vitória, sem dúvida''.

Traumas

''Não podemos confundir entusiasmo com a capacidade de fazer a leitura correta das coisas. Nunca vamos comparar jogadores que se foram com os próximos. Esse é um ano de transição em que a gente pode ser submetido a grandes desafios, grandes provas. Início complicado. Acho que conseguiremos passar por esses desafios, mas a partir da entrada em campo, a cobrança será a mesma. Não pode achar que está tudo errado. É preciso entender o que está sendo reconstruído''.

A Chapecoense contratou o zagueiro Douglas Grolli, do Cruzeiro, até o momento. O meia Daniel do São Paulo deve ser o próximo reforço. A diretoria pediu à Federação Catarinense o adiamento da sua primeira partida no Estadual para a segunda semana de fevereiro. A Chape vai disputar o catarinense, Libertadores da América, Recopa Sul-Americana, Copa do Brasil, Primeira Liga e Série A do Brasileiro, em 2017.

 


Milton Mendes defende estudos e aprendizagem na Europa
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Alexandre Praetzel

O futebol brasileiro entrou em debate sobre a capacidade dos técnicos. Alguns ex-jogadores acham que a competência pode vir pela experiência e vivência na carreira. Outros entendem que o estudo de outros treinamentos e formas de atuar é importantíssimo para a afirmação de um profissional. Milton Mendes encaixa-se no segundo grupo. Em entrevista exclusiva ao blog, Milton defende novas ideias e aprendizados na Europa, onde tem residência, desde 1987. Leia abaixo.

Pouco tempo nos times

''Não penso que tenha ficado pouco tempo nos clubes. Se você perceber o meu currículo, verá que eu tenho feito trabalhos bons e com bom prazo, como no Paraná, onde saí por conta das dificuldades financeiras. Mas nos demais, como Ferroviária, Atlético-PR e Santa Cruz, tive trabalhos importantes e com conquistas. Ficamos por períodos normais para o padrão brasileiro diante das dificuldades de cada clube. Assim é o futebol no Brasil. Por ordem natural das coisas, houve trocas, mas só vejo como trabalho mais curto o do Japão, já que realmente não consegui uma boa adaptação. Portanto, as trocas são normais, apesar de não concordar e ter projeto para pelo menos, dois anos. Mas no Brasil é mais complicado, Penso que a mentalidade dos diretores está mudando e logo teremos clubes que conseguirão levar até a maturidade plena, um projeto a médio e longo prazo''.

Modelo de jogo

''Você não pode taxar um modelo. Isso vai pelos jogadores que tens. Eu prefiro o 4-2-3-1. É um esquema de muitas variantes e que pode fazer com que o modelo mude dentro do jogo, conforme o adversário. Este é o que eu mais gosto, mas é utópico sem conhecer o elenco, as opções nas categorias de base. O clube precisa apresentar os seus objetivos e analisar se as condições que oferecem são compatíveis. A partir daí, organizar-se e cumprir as etapas necessárias para se alcançar os objetivos propostos''.

Qual o grupo de técnicos onde se encaixas

''Me coloco no grupo de técnicos que estuda e gosta de auxiliar e ver o progresso dos atletas, equipe e Clube. Gosto que meus atletas saibam e entendam o porquê de cada treino, seus deveres táticos, para que possam cumprir suas funções baseados não em ordens e sim em entendimento da parte tática individual e da equipe. Me considero um técnico preparado para o diálogo e que evolui em cada trabalho que fiz. Quero dar o melhor para o futebol e penso estar numa condição de igualdade com todos, tendo ideias e conceitos europeus (onde fui formado), mas sem esquecer a realidade brasileira. Prática a teoria se completam e sou desta opinião sempre''.

Técnico brasileiro está desatualizado

''Não penso que esteja desatualizado. Acha que falta oportunidade ao treinador brasileiro de ver novos cenários. Eu tenho contato de gente diferente, estando aqui na Europa, posso sempre trocar experiências. Estou para ir ao Monaco do treinador Leonardo Jardim e aprendi muito também com profissionais no Japão. São todos capazes, mas nosso curso de treinadores no Brasil precisa melhorar e dar legitimidade aos que estudam. Isso fará com que nossos treinadores se aperfeiçoem, já que na maioria são todos muito bons. Vendo novas metodologias e experiências, todos evoluem''.

Projeção para 2017

''Quero estar num clube que me possibilite colocar em prática um trabalho moderno, integrado e apoiado por todo o departamento de futebol profissional do clube. Que priorize a formatação e estabilização de um modelo de jogo e suas variantes, a ascensão e afirmação de jovens valores das categorias de base. Obviamente que estes objetivos estão diretamente ligados a três fatores:

– Planejamento coerente com a realidade do clube;

– Cumprir à risca o planejamento;

– Ter o tempo de acordo com o planejado para se alcançar os objetivos propostos.

Estes seriam sonhos para meu futuro clube.

Metodologia de trabalho

''Tenho como objetivo construir uma relação sólida com os atletas baseada em confiança e respeito mútuo, formando um grupo forte e participativo. Quero ter e proporcionar a todos os atletas do grupo, novos conhecimentos e experiências que sejam marcantes e importantes para o crescimento profissional de cada um. Considero fundamental ouvir e estimular o diálogo com todos porque sempre será mais fácil e rápido implantar uma metodologia de trabalho com sucesso, tendo total apoio e entendimento das obrigações, deveres e direitos de cada atleta e integrantes da comissão técnica. Cito como exemplo o depoimento de um atleta do Santa Cruz, que disse que voltou a ter vontade de jogar futebol porque tinha liberdade para participar e auxiliar nas decisões, entendendo e aceitando bem o que era trabalhado nos treinamentos, possibilitando um melhor desempenho nos jogos''.

Residência na Europa

''Resido na Europa desde 1987. Encerrei lá minha carreira de atleta e iniciei a de treinador. Sempre que tenho um intervalo no trabalho entre um clube e outro, procuro recarregar as baterias, trocar experiências, observar jogos e treinos de vários clubes em diversos países, buscando me atualizar com profissionais que trabalham com diversas metodologias, o que me permite extrair muitas novas ideias para adaptar a realidade do meu próximo trabalho, sempre buscando melhorias. Também penso ser importante ter um comparativo do nível em que me encontro em relação ao que vem sendo trabalhado nos principais centros de futebol do mundo, conhecer estruturas dos CTs. Exemplifico através do recente estágio que fiz com Jorge Jesus no Sporting de Lisboa, visita que farei na próxima semana para conhecer estruturas de dois clubes chilenos, assistir treinos e jogos, além de projetos para estar acompanhando Leonardo Jardim no Mônaco e Diego Simeone no Atlético de Madrid''.

Milton Mendes está com 51 anos. Encerrou sua carreira como jogador em 2000 e tornou-se treinador no mesmo ano. Em 2016, comandou o Santa Cruz, conquistando o Campeonato Estadual e a Copa do Nordeste.

 


Gabigol. Fábula e “humilhação” em 120 dias na Europa
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Alexandre Praetzel

Gabriel Barbosa foi negociado com a Inter de Milão por 18 milhões de euros só para o Santos e chegou à Itália como grande jogador, em agosto. A transação foi considerada excelente para o Santos e o menino de 20 anos, desembarcando como grande nome na Europa.

Bastaram quatro meses e meio para a fábula virar um debate cada vez mais rotineiro no Brasil: jovens estão prontos para o desafio europeu? Gabigol, apelido criado na base do Santos pelo número de gols marcados, desembarcou com status de projeto de craque, medalha de ouro olímpico no peito e convocações para a Seleção principal. Titular na Vila Belmiro e duas vezes campeão paulista. Ainda faturou mais de R$ 30 milhões na negociação. Preço e currículo de gente grande. Sua apresentação foi destacada e a estreia cercada de muitas expectativas pelo clube milanês.

Os dias foram passando e o já ex-técnico da Inter, o holandês Frank de Boer, acalmava a todos, pedindo paciência com Gabriel. Em algumas partidas, nem o relacionou. Veio o italiano Stefano Pioli e a situação piorou. O treinador entregou o assunto para a diretoria.

Aí, veio a pá de cal, no meu entender. O empresário de Gabriel, Wagner Ribeiro, afirmou que seu pupilo estava sendo humilhado no clube, projetando o empréstimo para outras equipes.

Isso só pode ser brincadeira. Gabriel assinou cinco anos de contrato com um dos maiores clubes do mundo. Recebeu seus valores integralmente e só precisa cumprir com suas obrigações. Após 120 dias, Ribeiro fala em humilhação. Como assim? Estava estipulado que Gabriel seria titular absoluto? Que não precisava treinar bem? Ora, esse caso entra para as histórias mal contadas. Ou só tem gente ruim na Inter ou Gabriel e Wagner acharam que o garoto seria o dono do time.

O pior para Gabriel é que o time da Inter é fraco e está no meio da tabela do Italiano e eliminado na primeira fase da Liga Europa. Se com tudo isso, Gabriel não consegue nem ser relacionado, a culpa é só dos italianos?

Na hora de assinar o contrato, estava tudo certo. Agora, virou humilhação? E tem gente que ainda crava: o dinheiro não traz felicidades. Mesmo com mais de R$ 30 milhões na conta.


Zago quer trio do Juventude e permanências de Nico e Seijas no Inter
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Alexandre Praetzel

Antonio Carlos Zago, novo técnico do Inter (Crédito: Ricardo Duarte/Internacional.com.br)

Antonio Carlos Zago, novo técnico do Inter (Crédito: Ricardo Duarte/Internacional.com.br)

Antonio Carlos Zago assumiu o comando técnico do Internacional. O treinador terá o desafio de reconduzir o colorado à Série A do Brasileiro, em 2018. Em 2008, Zago foi gerente de futebol do Corinthians e responsável pela montagem do grupo, que jogou a Série B daquele ano. Agora, vive situação parecida em outra função. Na entrevista exclusiva ao blog, Zago revelou seu modelo tático e admitiu que pode trazer jogadores do Juventude, seu clube em 2016. Leia abaixo.

Choque de um time grande na Série B

''O pensamento é fazer o mesmo trabalho do Corinthians, em 2008. É mais um grande na Série B e pretendo recolocar o Inter o mais rápido possível na Série A. No Corinthians, era uma realidade diferente porque muitos jogadores venciam o contrato no final de 2007. Aqui, quase a maioria vence em 2018, 19 e 20. Em cima das reuniões, vamos analisar caso a caso. Haverá mudanças até porque o time esse ano não teve o espírito de competição que uma grande equipe deve ter''.

Nico Lopez e Seijas

''Considero dois bons jogadores. Seijas mais experiente, talvez não vinha sendo aproveitado na sua posição, jogando num tripé no meio. Ele ainda pode jogar pelo lado esquerdo numa linha de quatro, mais aberto. Nico estava muito tempo parado, chegou depois e ficou parado mais um tempo. Aí demora para se adaptar. Os problemas eram vários. Talvez tenha faltado mais carinho, ele é um pouco introvertido. Conheço Nico desde a época da Roma, quando eu era auxiliar. Foi emprestado para a Udinese, foi muito bem e acabou voltando para o Nacional do Uruguai. Conto com ele''.

Reforços do Juventude

''Nunca escondi que vários jogadores cresceram comigo. Se tiver que indicar os dois zagueiros Klaus e Juan, 22 anos, vou indicar. Eles têm condições de atuar em qualquer clube do Brasil. Tiveram um crescimento muito grande contra grandes adversários. O goleiro Elias também, apesar de o Inter estar bem servido de goleiros. Roberson é um jogador diferente. Tenho admiração e se aparecer alguma oportunidade, trarei um ou dois porque são jogadores de confiança''.

Valdívia em ação no duelo contra o Fluminense (Crédito: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC.)

Valdívia em ação no duelo contra o Fluminense (Crédito: MAILSON SANTANA/FLUMINENSE FC.)

Outros clubes querem jogadores do Inter

''Não discutimos nomes ainda. Valdívia e Nico Lopez manifestaram o desejo de permanecer no Inter. Conto com os dois em 2017. Ainda vamos discutir o planejamento total''.

Modelo de jogo

''Você deve ter uma defesa consistente, forte, defender em bloco. Equipe compacta, saída para o contra-ataque. Ter o controle do jogo. Trabalho muito em cima disso. Meu principal desafio será recuperar a auto-estima do Inter''.

Ex-jogador não precisa estudar como técnico

''Eu acho que precisa estudar e muito. Todos falam sobre isso nos últimos dois anos e essa é a tecla mais batida. Há cursos na CBF, Uefa. Educação é o alicerce de tudo na nossa vida. Jogador precisa passar por um período de estudos para que ele possa vir a ser um grande treinador no futuro''.

Perfil de reforços

''Sete ou oito devem ser contratados e outros sairão. Isso é normal no futebol. Quero uma mescla entre experientes e mais jovens, jogadores de força''.

Número de jogadores no elenco

''Na Europa, trabalha-se com 26 jogadores, no máximo. Aqui, pretendo trabalhar com 32, dando atenção também para a base''.

Pronto para um time grande, após passagem rápida pelo Palmeiras em 2010

''É um período diferente na minha carreira. Em 2010, tinha passado só pelo São Caetano para chegar ao Palmeiras. Se fosse hoje, não teria aceitado porque não estava preparado. Hoje, estudei, fiz cursos na Uefa e me sinto pronto para qualquer equipe do futebol brasileiro''.

Rodízio ou formação definida

''Difícil ter formação definida hoje. Tens a base e é importante atuar em cima da base da equipe, mas procuro trabalhar com todos os jogadores do mesmo jeito. O tratamento será o mesmo para todos. O jogador tem que estar pronto para ser escalado a qualquer momento''.

Série B

''É um campeonato difícil. Cada Estado tem uma equipe forte. Competitivo, corrido, viagens longas e desgastantes. Tem que estar preparado. Não vamos enfrentar moleza e o Inter será o time a ser batido''.

Rebaixamento do Inter surpreendeu

''Os trabalhos das equipes menores estão crescendo muito e isso atrapalha a vida dos grandes. Trabalham com profissionalismo, inteligência, estrutura e isso dificulta. O Inter chegou a ser líder e depois teve uma queda impressionante. Não sei o que aconteceu''.

Maior desafio da carreira

''Sem dúvida, é o maior desafio da minha carreira. Estou numa outra profissão. No início não, porque depois fui auxiliar por seis nos. Espero fazer o meu trabalho da melhor forma possível''.

Os primeiros reforços colorados podem vir do Palmeiras numa troca do lateral-direito William pelo volante Arouca, o meia argentino Alione e o atacante Rafael Marques.

Antonio Carlos treinou São Caetano e Palmeiras, antes de estudar na Europa e ser auxiliar na Roma e Shaktar Donetsk da Ucrânia. Voltou ao Brasil, em 2015, para assumir o Juventude. Levou o time caxiense de volta à Série B, em 2017. Está com 47 anos.

 


Palmeiras e Inter estudam troca de jogadores
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Inter abriram negociações para uma troca entre jogadores.

O lateral-direito William deve vir para o Palmeiras por empréstimo até dezembro de 2017.

O Inter receberia o volante Arouca e o meia argentino Alione por empréstimo pelo mesmo período e o atacante Rafael Marques com contrato a terminar no final do ano que vem.

O Inter vai reformular o grupo e quer nomes experientes para a disputa da Série B do Brasileiro.

O Palmeiras busca um lateral-direito, após a volta de Fabiano para o Cruzeiro. Lucas retorna do clube mineiro, mas pode ser negociado novamente.


Vice licenciado do Corinthians critica o presidente e sua conduta
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Alexandre Praetzel

Jorge Kalil pediu licença da vice-presidência do Corinthians. Aos 61 anos, conselheiro desde 1980 e vitalício, a partir de 2002, Kalil sentiu que deveria se afastar, após um episódio lamentável na área interna do Parque São Jorge. O blog conversou com ele com exclusividade e apresenta agora a razão do seu afastamento e as críticas ao presidente Roberto de Andrade. Acompanhem.

Pedido de licença

''Por motivo de saúde. Estava tendo alguns problemas com algumas pessoas no Corinthians. Algumas pessoas estavam me fazendo mal na saúde e no emocional. A gota d'água foi no sábado, dia 03 de dezembro. Estava no clube e pedi a um diretor para falar com um sócio. Disseram que não era possível. Outro conselheiro veio falar comigo sobre o presidente e discordei. Esse conselheiro veio em direção a mim com o dedo em riste e o ouvidor do clube tomou partido pelo agressor. Tive uma arritmia cardíaca e passei o fim de semana em observação. Tive que tomar remédio para dormir. As pessoas no Corinthians não são mais importantes do que a saúde. Isso são fatos que vêm da administração do nosso presidente. Jamais tomaria esta atitude por desacordos, embora tenha muitos. Respeito o presidente e o regime é presidencialista. Se assim for, respeito a hierarquia. Jamais me insurgi, mas discordo de uma série de condutas''.

Desacordos

''O presidente não fez uma reunião de diretoria neste ano. Como pode governar, sem os seus pares? Se eu tiver que falar com o presidente, tenho que ir à concessionária dele. Não nos consulta para nada. Contratou um treinador sem passar pelo diretor de futebol. Nomeou diretores sem comunicar os vice-presidentes. Ele disse que vice-presidente não tem muita função. Quando contratou o atleta Jô, perguntei a ele sobre o pagamento de R$ 1.750.000,00 de comissão ao empresário. Ele respondeu que é praxe e eu não concordei, evidentemente. Como não temos voz, isso tudo causou problemas emocionais e de saúde. Tomara Deus que a arritmia não volte mais''.

A favor ou contra do impeachment

''Quero o melhor para o Corinthians, com qualquer decisão''.

Oswaldo de Oliveira

''É minha opinião pessoal como torcedor. Eu teria outros nomes como prioridades''.

Flávio Adauto e Alessandro

''Não tenho nada a comentar. É precoce analisar Adauto e Alessandro o conheço como ex-atleta. O tempo dirá se eles foram competentes ou não. Foram escolhas exclusivas do presidente''.

Andrés Sanchez

''Não tenho nada contra ele. Foi um dos maiores presidentes da história. Penso que no momento, ele está afastado das decisões do Corinthians. Qualquer coisa em contrário, não é do meu conhecimento. Creio que ele tem apoiado o Roberto''.

Clube rachado

''Corinthians sempre foi complicado politicamente. Nunca houve apenas situação. Sempre houve oposição. Isso é salutar em qualquer regime. O momento é turbulento porque há descontentamento por parte de integrantes da situação e oposição e há também concordância da gestão por parte da oposição. Isso faz parte do regime democrático''.

Situação financeira

''Sempre preocupará. A condição para o Corinthians ter um grande time dependerá da situação financeira. Sou radicalmente favorável a profissionalização de vários setores do clube. Um economista renomado para cuidar das contas do Corinthians, reconhecendo a competência do atual, Emerson Piovesan. Principalmente, no jurídico, marketing, financeiro, futebol e categorias de base. O presidente não é favorável a isso. Talvez o errado seja eu''.

Estádio

''Gostaria muito de ver o resultado da auditoria que foi contratada. Sou favorável a aguardar todos os resultados da auditoria e todos os outros estudos que estão feitos para saber se houve ou não superfaturamento. Nenhuma atitude deve ser tomada, antes dos resultados concretos, inclusive estudar a possibilidade e debater no Conselho, a possível suspensão do pagamento para a construtora''.

2017

''Dias melhores virão. O Corinthians é o maior de todos. É muito forte. Voltará ao lugar de onde nunca deveria ter saído. A situação será mais díficil, mas para o Corinthians tudo é possível''.

Sonho de ser presidente

''Qualquer especulação nesse sentido só atrapalha o clube. Minhas três razões da vida são minha família em primeiro lugar, acima de tudo. A seguir, vem a medicina e somente depois viriam alguns amigos e o Corinthians. Nesse momento, não penso nisso''.

Jorge Kalil não quis se manifestar sobre o nome do conselheiro que o agrediu verbalmente e o ouvidor que concordou com o ato. Kalil tem história no clube e foi diretor médico da gestão de Vicente Matheus e membro do CORI(Conselho de Orientação Fiscal).