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Palmeiras contesta TJD-SP sobre pedido de adiamentos de julgamentos
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Alexandre Praetzel

Publiquei ontem no blog que o TJD prejudicou o Palmeiras, com o julgamento de Jaílson, Dudu e Felipe Melo, sendo realizado 23 dias após o clássico diante do Corinthians. Não entendi por que tanta demora, se a partida ocorreu na primeira fase e o resultado saiu durante o mata-mata. Jaílson foi punido com três jogos de suspensão, um já cumprido.

Nesta terça-feira, o assessor de imprensa da Federação Paulista de Futebol, Lucas Reis, procurou o blog para colocar a versão do Tribunal. Lucas enviou a cronologia dos fatos, até o dia 19 de março. Segundo o órgão, foram os advogados do Palmeiras que pediram o adiamento do processo. Leiam abaixo.

24/02 – Acontece o clássico entre Corinthians e Palmeiras;

27/02 – TJD-SP, após avaliação, convoca atletas para esclarecimento no dia 05 de março;

28/02 – Palmeiras solicita adiamento para o dia 12 de março, já que jogaria contra o São Caetano, dia 05;

28/02 – TJD-SP solicita, então, que os jogadores sejam ouvidos no dia 06 de março, terça-feira, dia seguinte ao jogo;

28/02 – Palmeiras reforça o adiamento para o dia 12 de março, justificando que 06 de março era dia da reapresentação do elenco e início de preparação para o clássico contra o São Paulo, dia 08 de março;

12/03 – Alexandre Mattos e atletas do Palmeiras são ouvidos pelo TJD-SP;

12/03 – Procurador avalia os depoimentos e apresenta denúncia;

19/03 – Julgamento acontece no TJD-SP.

O blog pediu à assessoria do Palmeiras, a posição do Departamento Jurídico do clube. Os advogados do Verdão contestam a versão do Tribunal.

''O departamento jurídico do Palmeiras contesta afirmação do TJD e informa que compareceu em duas ocasiões ao julgamento do goleiro Jaílson, que havia sido marcado pelo TJD e acabou sendo adiado minutos antes de seu início nas duas vezes, por decisão do próprio órgão. Era interesse do Palmeiras que o goleiro Jaílson fosse julgado o mais rápido possível pelo lance ''de campo'' e seguisse o trâmite normal para a deliberação sobre as declarações dos atletas. A justificativa dada pelo TJD para o cancelamento dos julgamentos foi de que o órgão preferia fazer as duas análises conjuntamente''.


São Paulo pode igualar maior seca do Paulista. São Caetano é bem arrumado
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Alexandre Praetzel

O São Paulo conquistou o Campeonato Paulista pela última vez, em 2005. Foi um torneio de pontos corridos, com um turno só. O técnico era Emerson Leão, que passou novamente pelo clube, em 2011. O blog pediu a opinião do treinador, sobre as causas deste jejum.

''Entendo que isso ocorreu e vem ocorrendo, há muito tempo. Não foi só uma coisa. Coincidência, é que depois que o ex-presidente Juvenal assumiu, não ganhou mais. Vários treinadores sendo substituídos, infinitos jogadores, sem nunca se formar uma raiz. Eu acho que a identificação do que era o São Paulo, terminou há muito tempo. Está na hora de começar de novo do zero porque é um excelente Clube, muito bom de trabalhar'', afirmou Leão.

De lá para cá, se foram 12 anos sem levantar o Estadual. Lembro que os tricolores sempre trataram o Paulista como um objetivo menor, porque o São Paulo tinha ganho Libertadores e Mundial de Clubes e empilhou três Brasileiros consecutivos, o único a fazer isso, na história. Só que nos confrontos decisivos, sempre atuava com os titulares. O discurso era para julgamento externo.

Agora, o Estadual pode ser a salvação do ano. A diretoria trocou o técnico outra vez e o time está longe de um padrão. Diego Aguirre vai para uma decisão no seu segundo jogo à beira do gramado, precisando vencer o São Caetano, para não amargar outra eliminação. O uruguaio não terá Cueva e Rodrigo Caio. Ele deve escalar Sidão; Militão, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Jucilei, Liziero e Nene; Marcos Guilherme, Trellez e Valdívia. No papel, uma formação ofensiva contra um adversário que virá fechado.

O interessante é que nomes caros como Petros e Diego Souza viraram reservas. E Raí falou na busca por reforços para o restante do ano. Pressão grande dentro e fora de campo. Um tropeço hoje vai determinar a maior seca de títulos estaduais, igualando a série de 1957 a 1970, anos da construção do Estádio Morumbi.

Projeção de jogo complicado. Pintado arrumou o São Caetano e poderia ter vencido por um escore maior, na primeira partida. O blog aposta em 1 a 0 para o São Paulo e a decisão da vaga nos pênaltis.

 


TJD prejudicou o Palmeiras, com julgamento 23 dias depois do Dérbi
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras foi muito prejudicado pelos auditores do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo. A expulsão de Jaílson foi julgada 23 dias depois do clássico contra o Corinthians. Num campeonato com 18 datas e menos de quatro meses de disputa, os julgamentos não podem demorar tanto assim.

O fato de Jaílson ser punido por três partidas(uma já cumprida), está presente nos critérios relativos aos artigos em que ele foi denunciado. Tudo dentro do Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Agora, esperar três semanas para julgar, durante fases decisivas do campeonato, é um prejuízo absurdo a qualquer equipe. Desta vez, o escolhido foi o Palmeiras. As penas devem ser determinadas imediatamente aos fatos. Não é possível ficar à mercê da agenda dos nobres auditores.

Agora, Jaílson desfalcará o time no jogo de volta contra o Novorizontino e no primeiro confronto das semifinais. Não que Fernando Prass ou Weverton não possam substituí-lo, o problema é a demora para anunciar tal punição. Se o julgamento fosse feito numa data mais próxima à realização da partida, haveria muito mais Justiça, sem dúvida.

Fica a sugestão para o Tribunal não interferir tanto na competição. O resto é pura má vontade.


Grenal espelhou a gestão correta contra a mediocridade geral colorada
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Alexandre Praetzel

A segunda vitória consecutiva do Grêmio sobre o Inter, apenas espelhou a ampla vantagem técnica e de pensamento de futebol de um lado contra o outro. O Grêmio mudou sua forma de gestão com Romildo Bolzan Jr. e sempre olhou para frente, preparando o clube para voltar a ser vencedor, depois de 15 anos sem títulos nacionais e internacionais. Não ficou tocando flauta no rival, com a queda para a Série B. Trabalhou para transformar o Grêmio num time muito respeitado, dentro e fora de campo.

Óbvio que muitas contratações foram e são discutíveis como Cortez, Léo Moura, Cícero, Jael e Hernane. Mas encaixaram bem num vestiário com comando e sintonia entre comissão técnica e diretoria. Há paciência e não há extremismos diante de maus desempenhos ou resultados negativos. O Grêmio amadureceu com o sofrimento e agora atropela seu principal adversário. Será campeão gaúcho, depois de sete anos. A diferença entre um e outro nunca foi tão grande a curto prazo, também pela mediocridade geral colorada.

No Inter, a preocupação é com puro poder. Vários grupos políticos contaminando o Conselho Deliberativo e o clube. Não há união. O absolutismo de alguns dirigentes, maiores do que o próprio Inter, na visão deles, dilapidou tudo de bom que foi feito, a partir de 2003. O Inter começou em 1909, mas esses ''colorados'' acham que foi fundado na década de 2000. As consequências invadem o vestiário. Clube sem dinheiro, direção fraca, contratações com poucos critérios e um discurso derrotista, que desanima até um bom jogador como D'Alessandro. Não olharam para a frente. Viveram a sequência de títulos, como se isso fosse durar para sempre. Muita soberba e arrogância.

O Grenal desta quarta-feira colocará frente a frente, novamente, um time de futebol contra uma instituição entregue. Pelo menos, nas suas atitudes. Trabalhei em todos os Grenais de 1995 a 2007. Os melhores sempre venceram, na maioria dos clássicos. Mas os piores sempre deixavam alguma coisa em campo, mesmo que perdessem. Hoje, isso não acontece. Pela grandeza do Grêmio e pela postura pequena do Inter.


Romero reconhece Bragantino superior e pede mais finalizações em Itaquera
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Alexandre Praetzel

O Corinthians precisa de dois gols de diferença para eliminar o Bragantino, quinta-feira, no jogo de volta das quartas-de-final do Paulista. Na derrota por 3 a 2, no Pacaembu, os jogadores admitiram a má atuação e prometem uma resposta mais forte, em Itaquera. Entre erros de posicionamentos defensivos e espaços para os contra-ataques adversários, o técnico Fábio Carille não gostou do que viu e vai cobrar uma reação imediata. O blog entrevistou Romero, que negou que fez falta em Alex Alves, no primeiro gol corintiano. O paraguaio acha que o gol de Pedrinho, manteve o Corinthians na briga pela vaga, nas semifinais. Confira.

O Bragantino mereceu a vitória?

Eu acho que sim. Acho que o Bragantino fez um primeiro tempo muito bom, a gente ficou muito abaixo, acho que por causa do calor também, mas não é desculpa. A gente ficou muito com a bola e não conseguiu finalizar. A gente tem que melhorar isso.

Na proposta do Bragantino, o placar foi justo?

Sim, porque eles fizeram os gols. No futebol, é isso. Quem faz os gols, é merecedor da vitória. Então, eles fizeram e a gente pecou em algumas jogadas de combinações.

A Confederação Paraguaia liberou você e o Balbuena para jogarem na quinta?

Sim, a gente joga na quinta e se apresenta na sexta. Primeiramente, estávamos para viajar na quinta, aí o Corinthians pediu um dia a mais para ficarmos e jogarmos a partida de volta.

A vantagem de um gol do Bragantino preocupa demais?

O gol do Pedrinho(o segundo do Corinthians), acho que foi importante. Com esse gol, a gente ficou mais tranquilo, mas a gente tem que fazer o nosso trabalho em casa. Ganhar é o primeiro objetivo, para ir para os pênaltis. Se a gente fizer dois gols, estaremos classificados. Então, a vaga está aberta e a gente vai fazer de tudo para classificar.

Se o Corinthians vencer por um gol de diferença, a decisão da vaga vai para os pênaltis. Se houver vitória por dois gols ou mais, o Corinthians se classifica nos 90 minutos. Ao Bragantino, basta o empate.

Balbuena e Romero estão convocados para a Seleção do Paraguai, nesta data Fifa. Ficarão de fora do primeiro jogo da semifinal, se o Corinthians chegar lá.


Botafogo e Santos quebraram a bola. Podiam jogar mais
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Alexandre Praetzel

Botafogo e Santos deixaram muito a desejar, no primeiro jogo das quartas-de-final do Paulista. Pouca criação e desempenho bem abaixo do esperado.

O Santos até perdeu um gol incrível com Rodrygo, depois da defesa do goleiro, após chute de Gabriel. Mas foi só. Foram quase 80 minutos de toques para o lado, bolas longas e falta de infiltrações nas áreas adversárias.

É verdade que o Santos jogou na quinta-feira e o Botafogo descansou. Mas nada justifica tantos erros e a falta de ambição. Parecia que as duas equipes aceitariam um 0 a 0, antes da bola rolar. Um dos piores jogos do Estadual. E numa fase decisiva.

Na Vila Belmiro, o Santos é favorito, mas precisa melhorar muito. Botafogo chega de sangue doce.


Bragantino respondeu no campo à inversão de mando
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Alexandre Praetzel

O Bragantino foi merecidamente criticado por ter mandado o primeiro jogo contra o Corinthians, no Pacaembu. Saiu de Bragança e preferiu a parte financeira. A renda foi de R$ 607.694,00 para 14.153 pagantes. O lucro será de R$ 280 mil. Um valor abaixo da expectativa, mas com resposta muito forte, dentro de campo.

O Bragantino jogou muito bem e poderia ter vencido o Corinthians por um placar  maior que 3 a 2, algo admitido até por Fábio Carille. O time de Marcelo Veiga marcou bastante e explorou as bolas aéreas. Destaque para jovem Ítalo, que entrou e superou a pegada corintiana. Grande vitória e projeção de outro ótimo confronto para quinta-feira, em Itaquera.

Do lado corintiano, faltou atenção nos principais lances e criatividade com a posse de bola. Maycon foi o único a se salvar, além de Pedrinho, que deu nova dinâmica à equipe.  O meio-campo, um setor muito presente do time, foi bem neutralizado.

A disputa está aberta, mas o Bragantino deixou de ser zebra.

 


Palmeiras na semifinal. Pura eficiência, camisa e um pouco de sorte
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Alexandre Praetzel

Comentei a vitória do Palmeiras por 3 a 0 sobre o Novorizontino. Para quem não acompanhou o jogo, parece que foi um vareio de bola e um resultado fácil. Não foi assim, pelo contrário. Além da maior qualidade técnica palmeirense, a camisa pesou bastante e a eterna sentença de que se o time pequeno não fizer, o grande vai lá e define o jogo. Houve isso em campo.

Nos primeiros 15 minutos, o Novorizontino teve duas chances claras de gols, acertando a trave e fazendo Jaílson salvar uma bola com o ''olho''. Goleiro e time bom precisam ter sorte. E tiveram. O Palmeiras ''entrou'' na partida, lá pelos 20 minutos, com o pênalti bem marcado a seu favor e convertido por Dudu. Em seguida, Willian poderia ter aumentado o placar, mas parou no goleiro Oliveira. Uma primeira etapa equilibrada, onde o pênalti deixou o Verdão em vantagem.

No segundo tempo, início igual. Novorizontino pressionando e mais duas oportunidades desperdiçadas. O Palmeiras respondeu com Willian perdendo de novo, na frente de Oliveira. Roger Machado resolveu mexer e mexeu bem. Lucas Lima e Borja saíram para as entradas de Guerra e Keno. O Palmeiras melhorou a transição do meio para o ataque, mas também cometeu erros de posicionamentos defensivos. O jogo era morno até Marcos Rocha lançar e Willian contar com a falha de Oliveira, para fazer 2 a 0 e liquidar o confronto, aos 31 minutos. O Novorizontino cansou e deu espaços, bem aproveitados para o Palmeiras fechar a conta com Keno, aos 43 minutos.

Resultado gigantesco, que coloca o Palmeiras na semifinal, apesar do segundo confronto, no Allianz Parque. Sem desrespeito ao time bem treinado por Doriva, mas o Novorizontino não conseguirá devolver o escore. Apenas, por uma razão. O Palmeiras é muito superior e, provavelmente, vencerá novamente.


São Paulo foi constrangedor. Aguirre errou
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Alexandre Praetzel

O São Paulo foi constrangedor contra o São Caetano, no primeiro jogo das quartas-de-final do Paulista. O tricolor não teve atitude, nem futebol e poderia ter perdido por um placar maior. Derrota por 1 a 0, saiu barato.

Diego Aguirre escalou mal, com Nene, Cueva e Diego Souza juntos. O tricolor foi uma equipe pesada, lenta e sem padrão. Levou vários contra-ataques e Jean evitou alguns gols.

André Jardine estava ao lado de Aguirre, mas parece que o uruguaio não quis ouví-lo, porque não havia motivos para mudar a escalação que deu certo diante do CRB-AL. Inexplicável.

Para piorar, o São Paulo cansou bastante, confirmando o erro em atuar neste sábado, pela falta de força do clube na Federação Paulista. Mas isso não justifica mau desempenho.

Terça-feira, a volta será dura. O São Caetano mostrou que pode segurar a vantagem. Pintado foi muito bem.


São Paulo e Palmeiras na abertura do mata-mata. Palpites e projeções
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Alexandre Praetzel

As quartas-de-final do Campeonato Paulista começam neste sábado. O São Paulo pega o São Caetano no Anacleto Campanella e o Palmeiras enfrenta o Novorizontino, no Ismael Di Biasi.

Diego Aguirre estreia no comando técnico tricolor e deve manter a mesma base do time que eliminou o CRB-AL da Copa do Brasil. O provável São Paulo terá Jean; Militão, Rodrigo Caio, Arboleda e Júnior Tavares; Jucilei, Petros e Cueva; Marcos Guilherme, Diego Souza e Valdívia. O uruguaio encara o desafio de começar um trabalho, na largada dos jogos decisivos. Verdade que o São Paulo atuou bem nas duas últimas partidas, mas não será fácil.

No São Caetano, o técnico Pintado parece ser melhor que a equipe. Depois que ele assumiu, na quinta rodada, o São Caetano deslanchou e conseguiu a classificação. Pintado esteve no São Paulo, em 2017, e conhece bem o pensamento de gestão e filosofia do tricolor. É bom lembrar que o Azulão veio da Série A-2. O nome mais conhecido é o meia Chiquinho, ex-Corinthians.

O blog aposta num jogo equilibrado. Palpite de 1×1.

Em Novo Horizonte, projeção de um confronto interessante. O time de melhor campanha frente o terceiro colocado no geral. Em 180 minutos, o Palmeiras tem todo o favoritismo, mas não terá facilidades em campo. Roger Machado vai escalar sua força máxima com Jaílson; Marcos Rocha, Antonio Carlos, Thiago Martins e Victor Luís; Felipe Melo, Bruno Henrique e Lucas Lima; Dudu, Borja e Willian. Claro que a ausência de Scarpa é um prejuízo, pelo crescimento do atleta, mais adaptado ao clube. O Verdão vem de duas vitórias consistentes sobre São Paulo e Ituano.

Do outro lado, o treinador Doriva pretende manter o modo de jogo, atacando o Palmeiras. O destaque é o atacante Alisson Safira, autor de quatro gols na primeira fase. Eu escalaria Safira na minha Seleção do torneio, até o momento.

Tomara que seja um duelo interessante. O blog palpita vitória do Palmeiras. 2×1.

Aproveitando, deixo registrada a minha Seleção da primeira fase do Paulista com Vanderlei; Régis(São Bento), Antonio Carlos, Balbuena e Victor Luís; Alison, Gabriel, Felipe Melo e Rodriguinho; Safira(Novorizontino) e Borja.