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Real Madrid é uma Seleção, mas Grêmio poderia ter jogado mais
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Alexandre Praetzel

Óbvio que o Real Madrid sempre muito favorito contra qualquer time brasileiro. Neste sábado, confirmou sua ampla superioridade contra o Grêmio, conquistando mais um título mundial de clubes. O Real mandou no jogo e seu goleiro Navas não fez nenhuma defesa, apenas uma intervenção.

Modric deu o ritmo para a equipe espanhola e mandou na partida. Cada vez que o Real tinha a posse de bola, o Grêmio parecia que não tinha forças para acompanhar o adversário. A ausência de Arthur foi muito sentida pelo Grêmio porque ele sempre foi o condutor gremista, passando a bola com qualidade do meio para a frente. Jaílson e Michel ficaram expostos na inferioridade técnica e Luan foi muito bem marcado, sem espaços para tocar a bola e sair para os lados.

Agora, o Grêmio poderia ter jogado um pouco mais. Chegou algumas vezes no setor ofensivo, mas não deu continuidade às jogadas, preferindo o toque lateral ou para trás. Quando Maicon entrou e segurou um pouco mais a bola, o Grêmio até que conseguiu sonhar com alguma coisa melhor. Fernandinho não arriscou nenhuma vez, quando apareceu a mínima chance e Lucas Barrios foi um personagem nulo, além de ter virado de costas na barreira, na cobrança de Cristiano Ronaldo, no gol madrilenho. Aliás, Barrios se despediu após a partida e não irá renovar com o Grêmio.

O vice-campeonato mundial é correto pela diferença abissal entre os elencos. Só que a pobreza ofensiva demonstrada pelo campeão sul-americano foi constrangedora. Era possível sim, atacar mais e criar algum problema para o Real Madrid. De 2008 a 2017, são nove campeões europeus e um sul-americano. E a vantagem vai aumentar, porque os europeus estão muito à frente, técnica, tática e financeiramente. E sem essa de que os europeus não comemoram. Jogam sempre com força máxima e adoram as premiações.

Mas ficou uma pontinha de que o Grêmio tinha time para, pelo menos, criar e obrigar Navas a uma defesa. Isso foi surpreendente. Pelo menos, para mim.

O Grêmio fez uma temporada muito boa no quesito futebol e tem grupo para buscar novos títulos, em 2018. No Brasil e América do Sul.


Grêmio e Real Madrid. Jael pode ser o Gabiru de 2006
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Alexandre Praetzel

No dia 17 de dezembro de 2006, estava no Estádio de Yokohama, no Japão, cobrindo a final do Mundial de Clubes entre Inter e Barcelona. O Inter foi campeão com gol do contestado Adriano Gabirú, que entrou para a história do clube. Gabirú não era mau jogador, mas nunca conseguiu se firmar no Inter. Era vaiado e perseguido pela torcida.

O título do Inter era considerado improvável, antes da partida contra o esquadrão de Ronaldinho Gaúcho e cia. Nas semifinais, o Inter passou trabalho e venceu o Al Ahly do Egito por 2 a 1, enquanto o Barcelona bailou diante do América do México com um passeio de 4 a 0.

Na decisão, o Barcelona foi superior o jogo todo, mas o goleiro Clemer teve atuação muito boa. Quando o primeiro tempo terminou 0 a 0, o ambiente no estádio mudou. A torcida foi ficando mais confiante, o tempo foi passando e o Barcelona não criava muita coisa, na segunda etapa. Num contra-ataque, o Inter matou o jogo. Uma conquista espetacular e surpreendente, sim. Poucos colorados acreditavam.

Transfiro a análise para Grêmio e Real Madrid, neste sábado, em Abu Dhabi. As semifinais foram duras para os dois. O Real Madrid é muito superior, mas o Grêmio pode ganhar sim, adotando a mesma postura do rival, 11 anos atrás. O Grêmio tem qualidade técnica e coletiva e não precisa se expor tanto. Terá espaços para contra-atacar, como o Al Jazira teve e não aproveitou.

Para quem acredita em superstição, a final é um prato cheio para os gaúchos. Um confronto diante de um gigante espanhol e com nomes brasileiros de respeito como Marcelo e Casemiro, hoje na Seleção Brasileira. O melhor do mundo no adversário, assim como houve em 2006. E um jogador contestadíssimo, mas com a confiança do treinador: Jael.

Jael está com 29 anos. Teve passagens discretíssimas por Atlético-MG e Flamengo. Rodou por vários times menores e parou no futebol chinês. Foi um pedido de Renato Gaúcho. Se machucou e perdeu metade da temporada, mas Renato deu chances a ele. Nunca teve brilhantismo técnico e foi fundamental no primeiro jogo da decisão da Libertadores, quando cabeceou a bola para Cícero concluir e dar a vitória ao tricolor, diante do Lanús.

Não duvidem que Jael possa ser o personagem da final. Só o Grêmio é capaz de produzir fatos tão inesperados com atletas desprezados pelos times grandes. Vai que o jogo fica truncado e Jael decide numa bola parada, superando Sérgio Ramos? É muito difícil, mas não impossível.

Depois do que eu passei, em 2006, acredito em qualquer coisa no futebol. Por isso, nunca dá para duvidar, ainda mais do Grêmio, mesmo reconhecendo que a vantagem técnica do Real Madrid é gigantesca.


Grêmio tricampeão com autoridade e futebol. Renato merece uma estátua
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Alexandre Praetzel

O Grêmio conquistou a Libertadores da América pela terceira vez com autoridade. Jogando na casa do Lanús, fez um primeiro tempo de excelência, abrindo 2 a 0 e praticamente definindo a partida. O tricolor gaúcho colocou a bola no chão e envolveu a marcação até com certa facilidade. Ainda levou um gol de pênalti, mas Marcelo Grohe não fez nenhuma defesa na segunda etapa.

Luan foi um monstro mais uma vez. Sempre que a bola passou por ele, saiu alguma boa jogada. O gol marcado foi de grande nome do futebol, costurando os marcadores e tocando com muita categoria na saida do goleiro Andrada. Arthur também deu ritmo ao time, enquanto esteve em campo, demonstrando muita maturidade com pouco mais de 20 anos de idade.

Título merecido com um grupo recheado de jogadores menosprezados em outros clubes, como Cortez, Léo Moura, Maicon, Fernandinho e Cícero, contratado para apenas quatro partidas e autor do gol da vitória, no primeiro confronto. Mérito gigantesco de Renato Portaluppi. O primeiro profissional brasileiro a ser campeão da América como atleta e treinador. Merece uma estátua mesmo, como já foi pedido por ele. Assumiu com jeito folclórico e cheio de desconfiança, mas um ano e meio depois, foi campeão da Copa do Brasil e Libertadores da América. E com o Grêmio consistente e mostrando bom futebol.

Agora, não dá para duvidar que o Grêmio possa encarar o Real Madrid, na disputa do Mundial Interclubes, em dezembro. O Grêmio terá um primeiro adversário dia 12 e passando, pegará os espanhóis na decisão. Lembrando que Renato foi campeão mundial em 1983, fazendo os dois gols do Grêmio na vitória de 2 a 1 sobre o Hamburgo da Alemanha.

Realmente, não dá para duvidar. Parabéns Grêmio.


Auxiliar de Roger chega do Cruzeiro para o Palmeiras. Elenco é elogiado
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Alexandre Praetzel

O novo auxiliar-técnico do Palmeiras vem do Cruzeiro. James Freitas foi convidado por Roger e aceitou. Está na comissão técnica de Mano Menezes e se integra ao Verdão, em 2018. James trabalhou com Roger no Grêmio, em 2015 e 2016. Passou também por Inter, Juventude, Luverdense-MT e Guarany do Paraguai. O blog conversou com James, sobre a vinda dele para o Palmeiras. Acompanhem.

Como será o desafio de trabalhar no Palmeiras?

Será ótimo. Muito orgulhoso do convite do Roger e de trabalhar num clube vencedor como o Palmeiras.

O estilo de Roger combina com a origem do Palmeiras de mais toque de bola?

Sim. O Palmeiras sempre foi um time de futebol bem jogado. Tudo a ver com o estilo e filosofia do Roger.

Esperas enfrentar mais pressão que Grêmio e Cruzeiro?

Acredito que a pressão seja parecida. Cruzeiro e Grêmio sempre entram em campo com pressão por vitórias e conquistas de títulos.

Como defines o elenco do Palmeiras?

O elenco é bom. Tem jogadores de bom nível técnico.

És a favor do aproveitamento da base? Palmeiras chegou a todas as decisões de categorias.

Esse é um assunto de política interna. Não tenho conhecimento do planejamento estratégico do clube.

Há muita diferença em trabalhar com Mano Menezes e Roger?

São ótimos técnicos, com visões parecidas em alguns aspectos e diferentes em outros. Aprendi muito com ambos. São técnicos de primeira linha do futebol brasileiro, profissionais muito capacitados. Podem dirigir equipes em qualquer lugar do mundo.

James está com 49 anos. Além dele, Roger Machado terá Roberto Ribas como outro auxiliar. O preparador físico também pode mudar. Omar Feitosa ainda não tem permanência garantida com a nova comissão técnica.


Grêmio na final da Libertadores. Tricolor fez o certo, atacando no Equador
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Alexandre Praetzel

Conforme previsto neste espaço, o Grêmio confirmou o favoritismo e fez 3 a 0 no Barcelona-EQU, na primeira partida pelas semifinais da Libertadores da América. O time brasileiro foi muito melhor porque é mais time que os equatorianos. Renato Portaluppi não colocou todo mundo lá atrás, esperando ser atacado, como fizeram Palmeiras e Santos, erroneamente.

É verdade que o Barcelona facilitou o trabalho, falhando nos dois primeiros gols, mas o Grêmio teve competência e qualidade para aproveitar as duas oportunidades. Luan foi cirúrgico nos dois gols marcados e Edilson bateu uma falta do lado contrário da barreira mal armada pelo goleiro Banguera.

Ainda é preciso ressaltar, e muito, a defesa espetacular de Marcelo Grohe em chute à queima-roupa do atacante Ariel, dentro da pequena área. Foi um reflexo e uma percepção absurda do goleiro, na maior defesa do ano no futebol mundial. Ali, o Barcelona poderia diminuir o placar para 2 a 1. Grohe fez o milagre e, em seguida, o tricolor chegou ao terceiro gol, praticamente, liquidando a fatura.

Agora, é pensar no River Plate ou Lanús. Tudo bem que tem o segundo jogo, em Porto Alegre, mas nem os próprios equatorianos imaginam uma virada histórica. O problema deles é o Grêmio. E o Grêmio não irá entregar a vaga, dentro da sua casa e com 50 mil gremistas. Por isso, Grêmio na final.

Ah, e como joga Luan!! Sem ele, o Grêmio beira o time comum. Com sua presença, parece que os companheiros também crescem bastante de produção. Luan sobra entre os quatro semifinalistas e pode ser o fator de desequilíbrio do Grêmio para conquistar sua terceira Libertadores da América.


Grêmio é favorito contra o Barcelona. Luan sobra entre os semifinalistas
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Alexandre Praetzel

O Grêmio é favorito para passar pelo Barcelona de Guaiaquil, nas semifinais da Libertadores da América. Digo isso pelo grupo de jogadores que o Grêmio montou, talvez o melhor dos últimos dez anos, quando disputou a decisão em 2007, perdendo para o Boca Juniors-ARG.

É verdade que o time teve queda de produção, desde que Luan se machucou e ficou ausente por mais de 30 dias. Priorizou a Libertadores em vários momentos e perdeu a grande chance de disputar o título brasileiro em igualdade com o Corinthians, com uma equipe superior. Agora chegou a hora da verdade para o tricolor. Renato Portaluppi foi campeão da Copa do Brasil no ano passado, mas não conseguiu levar o Grêmio ao bicampeonato, parando no Cruzeiro, nas semifinais da atual temporada. Armou um time com um futebol vistoso e competente, até a metade do ano. Aí, parece que as ideias estagnaram. Pedro Rocha foi negociado com o Spartak da Rússia e o Renato demorou para encontrar um substituto ideal. Apostou em Fernandinho e a configuração tática ficou mais próxima da anterior.

Com Luan recuperado, parece que os próprios companheiros também retomaram a empolgação e os bons desempenhos. O Grêmio poderia jogar o melhor futebol do Brasil, mas foi ao Equador sem essa condição porque sofreu com o calendário nacional. Ainda assim, é superior ao Barcelona. Em 180 minutos, tem bola e time para eliminar os equatorianos, mesmo que o adversário tenha passado por Palmeiras e Santos, decidindo fora de casa.

Marcelo Grohe; Edilson, Geromel, Kannemann e Cortez; Michel, Arthur, Ramiro e Luan; Fernandinho e Barrios é a formação gremista. Todos os titulares presentes e um banco reforçado com Cícero, jogador acostumado a grandes confrontos e vice-campeão com Renato, no Fluminense, em 2008.

Renato foi o maior jogador da história do Grêmio. Ganhou a Libertadores e o Mundial em 1983 e foi vice-campeão da América, em 1984. Amadureceu como treinador e afastou um pouco a fama de boleirão. Mas ainda é contestado e sabe que um título continental pode transformá-lo em grande nome durante muitos anos. Parece que esse é o momento.


Luan e Lucas Lima. Jogadores à vontade, clubes desesperados
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Alexandre Praetzel

Tenho acompanhado as novelas sobre as renovações de contrato de Luan e Lucas Lima. O Grêmio corre contra o tempo para tentar negociá-lo e não vê-lo sair de graça.. O presidente Romildo Bolzan Jr. está preocupado com a situação, para Luan não virar um novo Ronaldinho Gaúcho.

Em fevereiro de 2001, acompanhei todo o processo envolvendo a conturbada negociação para Ronaldinho Gaúcho permanecer no Grêmio. Na época, RG recusou as ofertas tricolores e assinou um pré-contrato com o Paris Saint Germain, em segredo. O ex-presidente José Alberto Guerreiro apostava na Justiça Desportiva, mas o Grêmio perdeu o processo, e Ronaldinho saiu livre, sem nenhuma compensação financeira. Um prejuízo histórico e irreparável para o Grêmio.

Luan é a maior revelação gremista, desde Ronaldinho Gaúcho. Tem compromisso até 17 de setembro de 2018. Recusou o Spartak Moscou e ainda não entrou em acordo com o Grêmio. Seu empresário, Jair Peixoto, não tem boa relação com os dirigentes. A discussão se arrasta. Em março de 2018, Luan poderá assinar um pré-contrato e sair livre do Grêmio, em setembro. Este é o grande temor de Bolzan Jr. O Grêmio detém 60% dos direitos econômicos de Luan.

Lucas Lima terminará sua passagem pelo Santos, no final do ano, caso decida não ficar na Baixada. O Santos já entregou uma gorda proposta de renovação, mas ainda não obteve resposta. Lucas Lima está com a faca e o queijo na mão. Vai esperar até o último minuto por quantias do exterior, para definir seu futuro. Se não surgir nada, Lucas vai se decidir sobre o Santos. O clube tem 10% dos direitos econômicos do meia.

Presidentes reclamam da Lei Pelé, mas não conseguem se proteger, pela falência financeira das instituições. Sou a favor de uma indenização de 10 a 15% ao clube, caso o atleta não aceite renovar contrato. Por exemplo, sete meses antes do final, o atleta avisa o clube se irá renovar ou não. Ele indeniza o clube em 10 ou 15% do valor total gasto com ele, em luvas e salários. Pode ser uma merreca, mas pelo menos, haverá alguma compensação. Do jeito que está, o jogador leva muita vantagem. A tal escravidão virou balela, há muito tempo. Hoje, se o clube quiser rescindir com o atleta, antes do prazo final do contrato, tem que pagar o valor integral. A disparidade ficou muito grande e gerou muito comodismo por parte da categoria. O cara assina por cinco anos e pode se encostar, tranquilamente.

Mexam-se dirigentes, ao invés de reclamarem dos jogadores. A Lei está com eles. O prejuízo, com vocês.


Henrique vê Grêmio com jogo coletivo forte e elogios a Luan
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Alexandre Praetzel

Grêmio e Cruzeiro repetem a semifinal da Copa do Brasil, em 2017. No ano passado, o tricolor gaúcho eliminou os mineiros com vitória em Belo Horizonte e empate, em Porto Alegre, terminando com o título do torneio, pela quinta vez. A decisão da vaga para a final, começa nesta quarta-feira. O blog entrevistou Henrique, capitão do Cruzeiro. O volante acredita que serão confrontos equilibrados, destacando Luan, melhor jogador do adversário. Confira.

É uma semifinal parelha ou o Grêmio joga um futebol diferente da maioria?

Claro que eles têm um bom futebol, mas decisões são muito iguais, a vontade. As vezes, nem sempre a equipe que está despontando, vai ser melhor numa partida. A partida é de igual para igual, duas grandes equipes, que estão acostumadas a jogar essa competição. Então, vejo a igualdade porque se tratando de decisão, a igualdade é muito grande.

Em 2016, o Grêmio eliminou o Cruzeiro com autoridade nas semifinais. O quadro mudou?

Claro que foi no primeiro jogo. O segundo jogo foi muito parelho. No primeiro, eles foram superiores e por isso, venceram. Mas hoje é outro momento. Nós vamos jogar como decisão, como jogo importantíssimo para nós e vamos buscar o resultado, sabendo que é fora de casa.

O que você destacaria no Grêmio? O Luan é um nome diferenciado?

Claro. Hoje, um dos melhores jogadores do Brasil na atualidade, é o Luan. O coletivo deles é muito envolvente, trabalham muito bem a bola, não ficam nervosos com a bola no pé. Então, é um jogo de um time equilibrado, que sabe jogar e nós vamos trabalhar para jogar de igual para igual.

A postura é de um time fechado em Porto Alegre ou tentar partir para cima?

Nós vamos jogar nosso jogo. Muitas vezes, você vai só para se defender e acaba sofrendo mais ainda. Então, você tem que jogar o jogo, da maneira que tem que ser jogado, sabendo que vamos ter nossos momentos, como o Grêmio também terá dentro da partida. Quando tivermos nosso momento, vamos tentar aproveitar da melhor forma possível.

Grêmio e Cruzeiro fizeram a decisão da Copa do Brasil, em 1993, com título mineiro. O Cruzeiro levantou a taça, quatro vezes: 93, 96, 2000 e 2003. O Grêmio é o atual campeão e o maior vencedor, com cinco conquistas: 89, 94, 97, 2001 e 2016.


Diretor do Grêmio admite venda de jogador para pagar as contas
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Alexandre Praetzel

O Grêmio precisa vender um jogador para fechar as contas do clube, nesta temporada. Luan, Pedro Rocha e Ramiro aparecem como possíveis negociáveis, na janela européia do meio ano, com final em 31 de agosto. O blog entrevistou o diretor de futebol, Odorico Roman, sobre as finanças do tricolor, as chances de um grande título e o bom desempenho do time, enaltecido por todos em 2017. Confira a seguir.

Grêmio joga o melhor futebol do Brasil?

Grêmio está jogando um futebol envolvente, um futebol que não reconhece mando de campo. Isso é muito bom, mas o Corinthians também está jogando de forma muito competitiva, conseguindo bons resultados. A diferença de oito pontos é um pouco complicada, mas o time do Grêmio tem jogado um futebol bonito, sim.

O que mudou da perda do Gaúcho para agora, onde o Grêmio briga em três competições?

No Campeonato Gaúcho, houve um acidente de percurso porque o Novo Hamburgo encontrou uma forma de neutralizar o Grêmio em dois jogos, depois ganhou nos pênaltis. Mas o trabalho estava bem feito e os resultados estão vindo agora.

Luan será negociado ou continuará no Grêmio, nesta janela do meio do ano?

Difícil fazer uma previsão porque existem muitas sondagens. A gente sabe que quando vier uma proposta forte, não terá como segurar porque envolve os interesses do jogador, das partes que têm percentuais nos direitos econômicos dele. Então, é algo agora difícil de prever.

Grêmio precisa vender um jogador para fechar as contas?

As contas do Grêmio esse ano têm uma previsão orçamentária de R$ 60 milhões em vendas de jogadores. Se nós não conseguirmos fazer essa receita com a venda de jogadores, nós teremos que buscar alternativas, mas a previsão é com R$ 60 milhões em venda de atletas.

Algum jogador sairá este ano?

Chegando uma proposta que atenda os interesses do clube e do jogador, provavelmente, sim.

Corinthians está muito à frente dos outros, na qualidade técnica?

Eu entendo que o Corinthians está sendo muito efetivo. Está conseguindo, venceu seis jogos por 1 a 0, fazer um futebol defensivo e aproveitando a oportunidade que aparece. Agora, é possível buscar sim. Tem todo o segundo turno pela frente. Não são muitos jogos. Realmente, se a diferença se alastra, é difícil buscar. Mas é possível, Corinthians terá jogos complicados fora de casa. O campeonato não está definido.

Grêmio está pronto para ser campeão?

O time já ganhou um grande título ano passado. Esse ano, norteamos a busca por um time, um grupo que tivesse alternativas para algumas carências do ano passado. Conseguimos fazer isso. Agora, é jogar os campeonatos. Praticamente, estamos na semifinal da Copa do Brasil. O Grêmio está pronto para ser campeão. Se vai ser, vamos ver os próximos meses.

Na Copa do Brasil, o Grêmio enfrenta o Atlético-PR, nesta quinta-feira, em Curitiba. No primeiro jogo, fez 4 a 0 e pode perder por três gols, que estará classificado para as semifinais.

Na Libertadores da América, venceu o Godoy Cruz da Argentina por 1 a 0 e faz o confronto de volta, em Porto Alegre, dia 09 de agosto.

 


Edílson elogia Corinthians, mas vê o Grêmio com o melhor futebol do Brasil
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Alexandre Praetzel

O Grêmio empatou com o São Paulo e viu a desvantagem para o líder Corinthians, aumentar de seis para oito pontos, no Campeonato Brasileiro. Apesar disso, os jogadores acham que é possível alcançar o adversário, sem esquecer também da Copa do Brasil e da Copa Libertadores da América. O blog entrevistou o lateral Edílson, ex-lateral do Corinthians, sobre essa disputa particular e o modelo de jogo tricolor, elogiado por treinadores e atletas adversários. Acompanhem a seguir.

A vantagem de oito pontos do Corinthians em relação ao Grêmio, te surpreende?

Eu acho que eles estão fazendo o que ninguém fez ainda no Campeonato Brasileiro, abrir esta margem de pontos tão grande no primeiro turno. Mas não surpreende não, porque é uma equipe bem treinada, conheço o Carille da época que eu jogava lá. Mas acho que tudo isso ainda é muito cedo para dizer que eles serão campeões ou não. Tem muito campeonato pela frente.

Vocês sentem que o Grêmio joga o melhor futebol do Brasil?

A gente sente sim. A gente trabalha para isso. A gente vê, além de nós termos a auto-consciência do futebol que a gente vem apresentando, a gente vê elogios de adversários, jogadores e técnicos. Então, acho que isso é o trabalho, é a nossa equipe. Saber que esse toque de bola é fundamental no jogo atual. A equipe está de parabéns por fazer isso, tanto dentro quanto fora de casa, que é muito difícil também.

O Grêmio é um time mais afeito ao mata-mata da Copa do Brasil e Libertadores, ao invés do Brasileiro?

Eu acho que não. A gente está vivíssimo nas três competições. Na Copa do Brasil, faltam cinco jogos. Na quinta-feira, a gente tem uma decisão contra o Atlético-PR, onde a gente tem uma vantagem muito boa (4 x 0 no jogo de ida). Depois, a gente está muito bem na Libertadores e no Brasileiro também, estamos na segunda colocação e como eu disse, a gente está na 16ª rodada ainda e tem muito para acontecer. O futebol é muito dinâmico e as equipes vão crescer no segundo turno. A gente espera fazer nossa parte para que as coisas aconteçam naturalmente.

Em 2015, você viveu um desmanche no Corinthians. O Grêmio pode passar por isso*?

Isso eu não sei. Isso a gente deixa para a diretoria. Acredito que todo futebol bem feito, bem visto, traz sim uma visibilidade maior para a equipe e acredito que haverá propostas ao natural.

* Os jovens Luan e Pedro Rocha aparecem como possíveis nomes negociáveis, nesta janela européia do meio do ano. Ramiro também já foi sondado. A direção do Grêmio admite a necessidade de venda, para fechar as contas, sem prejuízo, nesta temporada.