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Diretor do Grêmio admite venda de jogador para pagar as contas
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Alexandre Praetzel

O Grêmio precisa vender um jogador para fechar as contas do clube, nesta temporada. Luan, Pedro Rocha e Ramiro aparecem como possíveis negociáveis, na janela européia do meio ano, com final em 31 de agosto. O blog entrevistou o diretor de futebol, Odorico Roman, sobre as finanças do tricolor, as chances de um grande título e o bom desempenho do time, enaltecido por todos em 2017. Confira a seguir.

Grêmio joga o melhor futebol do Brasil?

Grêmio está jogando um futebol envolvente, um futebol que não reconhece mando de campo. Isso é muito bom, mas o Corinthians também está jogando de forma muito competitiva, conseguindo bons resultados. A diferença de oito pontos é um pouco complicada, mas o time do Grêmio tem jogado um futebol bonito, sim.

O que mudou da perda do Gaúcho para agora, onde o Grêmio briga em três competições?

No Campeonato Gaúcho, houve um acidente de percurso porque o Novo Hamburgo encontrou uma forma de neutralizar o Grêmio em dois jogos, depois ganhou nos pênaltis. Mas o trabalho estava bem feito e os resultados estão vindo agora.

Luan será negociado ou continuará no Grêmio, nesta janela do meio do ano?

Difícil fazer uma previsão porque existem muitas sondagens. A gente sabe que quando vier uma proposta forte, não terá como segurar porque envolve os interesses do jogador, das partes que têm percentuais nos direitos econômicos dele. Então, é algo agora difícil de prever.

Grêmio precisa vender um jogador para fechar as contas?

As contas do Grêmio esse ano têm uma previsão orçamentária de R$ 60 milhões em vendas de jogadores. Se nós não conseguirmos fazer essa receita com a venda de jogadores, nós teremos que buscar alternativas, mas a previsão é com R$ 60 milhões em venda de atletas.

Algum jogador sairá este ano?

Chegando uma proposta que atenda os interesses do clube e do jogador, provavelmente, sim.

Corinthians está muito à frente dos outros, na qualidade técnica?

Eu entendo que o Corinthians está sendo muito efetivo. Está conseguindo, venceu seis jogos por 1 a 0, fazer um futebol defensivo e aproveitando a oportunidade que aparece. Agora, é possível buscar sim. Tem todo o segundo turno pela frente. Não são muitos jogos. Realmente, se a diferença se alastra, é difícil buscar. Mas é possível, Corinthians terá jogos complicados fora de casa. O campeonato não está definido.

Grêmio está pronto para ser campeão?

O time já ganhou um grande título ano passado. Esse ano, norteamos a busca por um time, um grupo que tivesse alternativas para algumas carências do ano passado. Conseguimos fazer isso. Agora, é jogar os campeonatos. Praticamente, estamos na semifinal da Copa do Brasil. O Grêmio está pronto para ser campeão. Se vai ser, vamos ver os próximos meses.

Na Copa do Brasil, o Grêmio enfrenta o Atlético-PR, nesta quinta-feira, em Curitiba. No primeiro jogo, fez 4 a 0 e pode perder por três gols, que estará classificado para as semifinais.

Na Libertadores da América, venceu o Godoy Cruz da Argentina por 1 a 0 e faz o confronto de volta, em Porto Alegre, dia 09 de agosto.

 


Venda de mando de campo é um absurdo e gera desequilíbrio técnico
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Alexandre Praetzel

O América-MG vendeu o mando de campo do jogo contra o Palmeiras para o ex-jogador Roni, hoje empresário de futebol. O clube mineiro abriu mão de atuar no seu estádio Independência para jogar no estádio do Café, em Londrina, em troca de R$ 700 mil de cota. A cidade paranaense é reduto de palmeirenses.

Isso é um absurdo para mim. Gera desequilíbrio técnico na competição. Outros times tiveram que enfrentar o América, em Belo Horizonte. Dirigentes do clube ainda pretendem negociar mais duas partidas diante de São Paulo e Flamengo, fora da capital mineira. Se o América não quer jogar diante da sua torcida, não merece disputar a Série A.

O Santa Cruz fez a mesma coisa. Vai enfrentar o Corinthians, em Cuiabá, também atrás de mais dinheiro.

O Santos recebeu o Flamengo na Arena Pantanal para quitar uma dívida com um empresário local. Mais um equívoco.

A CBF, que não gosta do Campeonato Brasileiro, apesar de organizá-lo, deveria proibir esta medida e determinar a escolha dos estádios no Conselho Arbitral, com todos os clubes envolvidos. Os presidentes informariam qual o estádio onde mandariam suas partidas e ponto final. A busca por dinheiro não pode beneficiar ninguém. Nem quem fatura, nem quem fica com torcida a favor, mesmo longe do seu estádio. Lamentável.


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