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Arquivo : Botafogo

O desafio de Loss e a firmeza de Aguirre. Jogos duros para Corinthians e SP
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Alexandre Praetzel

No retorno do Campeonato Brasileiro, dois jogos importantes para Corinthians e São Paulo, nesta quarta-feira.

O primeiro tem Osmar Loss mantido e precisando de resultados nos compromissos oficiais, depois de três partidas razoáveis nos amistosos contra Cruzeiro e Grêmio. Loss tem sido elogiado pelos jogadores e tem a confiança da diretoria. Terá as presenças de Cássio, Fagner e Renê Jr., desfalques no início do seu ciclo como técnico principal. O Corinthians precisa derrotar o Botafogo, para ter um fôlego maior na pontuação, abrindo espaço na da parte de baixo da classificação. Leva uma certa vantagem por jogar em casa e por ter o adversário estreando o treinador Marcos Paquetá. A formação carioca será ofensiva, mantendo uma previsão de jogo aberto na Arena corintiana. Aposto em Corinthians 1 a 0.

O tricolor vai ao Maracanã enfrentar o líder Flamengo. Acho que todos concordam que o São Paulo é a surpresa positiva da competição, com uma equipe consistente e podendo diminuir a diferença para o próprio Fla, caso vença. Diego Aguirre não se importa em atuar pelo escore simples e tem dado certo. O discurso e as atitudes do uruguaio, retomaram a grandeza são-paulina. A postura é outra. A dúvida é se a parada da Copa, pode ter tirado o ritmo dos atletas. Só que isso deve valer para todo mundo. Time por time, temos bons nomes dos dois lados. O São Paulo estreia o equatoriano Rojas, indicação de Aguirre. O rubro-negro terá a apresentação do colombiano Uribe e a titularidade de Marlos Moreno, depois da saída de Vinícius Jr. para o Real Madrid.

O confronto também marcará a primeira partida de Maurício Barbieri como treinador efetivo do Flamengo. A direção deu um novo contrato para Barbieri e retirou o termo Interino do seu perfil, no site do clube. Barbieri mereceu, por ter feito o time crescer e alterar a escalação, aproveitando o máximo dos seus principais jogadores. Promessa de bom jogo no Rio de Janeiro.

O blog aposta no empate. 1 a 1.


São Paulo com muita moral para o Choque-Rei. Mudou o quadro em oito jogos
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Alexandre Praetzel

O São Paulo confirmou a boa fase e fez 3 a 2 no Botafogo, alcançando a liderança do Brasileiro com 16 pontos, após oito rodadas. O tricolor pode ser ultrapassado pelo Flamengo, nesta quinta-feira, caso o time carioca vença o Bahia, no Maracanã. Mas isso deve ser o de menos, no momento. O São Paulo mudou a postura dentro de campo e a equipe compete bastante, durante todo o tempo.

É verdade que saiu perdendo para o Botafogo, num bonito chute de Leo Valencia contra Sidão. Em jogos anteriores, sair atrás no placar virava um parto para o São Paulo reagir. Parecia que o tricolor não tinha forças para reverter resultados negativos. Agora, isso mudou. O São Paulo foi para cima, empatou num pênalti bem marcado, virou com Diego Souza e fez o terceiro numa paulada de Everton, batendo em diagonal na meta de Jefferson. Aliás, Everton encaixou muito bem e os outros jogadores também melhoraram seus desempenhos. Ele não precisava ser substituído para a entrada de Valdívia. Assim que Everton saiu, o Botafogo descontou, numa infeliz coincidência.

O maior mérito de Diego Aguirre é o ajuste coletivo e a liberdade para os melhores atletas, tecnicamente. O São Paulo não precisa ser brilhante. Precisa ser competitivo, e isso está sobrando, de acordo com a filosofia do treinador.

O São Paulo chega com moral para o clássico diante do Palmeiras, sábado, no Allianz Parque. Nunca pontuou na casa do rival. Vai para o confronto com segurança e auto-estima elevada, tudo que faltou em outros Choques-Reis. É a hora do São Paulo, sem dúvida.


A vez do São Paulo contra o Botafogo. Jogo para se afirmar no Brasileiro
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Alexandre Praetzel

Chegou a vez do São Paulo confirmar a boa fase neste início de Campeonato Brasileiro. É o único invicto e vem de duas vitórias consecutivas, com um salto na classificação. É o quarto colocado com 13 pontos e vai atuar no Morumbi, com o apoio da torcida. O jogo é contra o Botafogo, às 21h, véspera de feriado. Projeção de bom público e tudo conspirando a favor.

Diego Aguirre melhorou o conjunto da equipe e alguns jogadores cresceram individualmente, como Nene e Diego Souza. O uruguaio trabalha forte e evita reclamações sobre ausências de atletas. Prefere valorizar o dia a dia e apoiar quem está à disposição. Sem muita frescura, tratando todo mundo igual e se preparando para os enfrentamentos. Assim, recuperou a confiança do grupo e o São Paulo evoluiu, claramente. Não é um time brilhante, mas parece que todos sabem o que têm que fazer, dentro de campo. Por enquanto, mérito do treinador.

O São Paulo pegará um Botafogo, que fez apenas um ponto em nove disputados, fora do Rio de Janeiro. O tricolor é favorito, sem dúvida. O Botafogo tem um time inferior ao ano passado, apesar de ter sido campeão carioca.

Jogador por jogador, o blog fez sua avaliação, pelo momento.

Sidão  X  Jéferson

Régis  X  Marcinho

Arboleda  X  Yago

Anderson Martins  X  Igor Rabello

Reinaldo  X  Moisés

Jucilei  X  Rodrigo Lindoso

Petros  X  Aguirre

Nene  X  Matheus Fernandes

Marcos Guilherme  X  Léo Valencia

Diego Souza  X  Kieza

Everton  X  Ezequiel

Diego Aguirre  X  Alberto Valentim

9×3 São Paulo. O blog aposta na vitória do São Paulo por 2 a 1.


Botafogo e Santos quebraram a bola. Podiam jogar mais
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Alexandre Praetzel

Botafogo e Santos deixaram muito a desejar, no primeiro jogo das quartas-de-final do Paulista. Pouca criação e desempenho bem abaixo do esperado.

O Santos até perdeu um gol incrível com Rodrygo, depois da defesa do goleiro, após chute de Gabriel. Mas foi só. Foram quase 80 minutos de toques para o lado, bolas longas e falta de infiltrações nas áreas adversárias.

É verdade que o Santos jogou na quinta-feira e o Botafogo descansou. Mas nada justifica tantos erros e a falta de ambição. Parecia que as duas equipes aceitariam um 0 a 0, antes da bola rolar. Um dos piores jogos do Estadual. E numa fase decisiva.

Na Vila Belmiro, o Santos é favorito, mas precisa melhorar muito. Botafogo chega de sangue doce.


Qual o critério para contratar um técnico? Galo e Botafogo parecem perdidos
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Alexandre Praetzel

Nos últimos cinco dias, Atlético-MG e Botafogo demitiram seus técnicos. Oswaldo de Oliveira caiu pelo mau desempenho do time e a briga com o repórter Léo Gomide, da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte. Felipe Conceição perdeu o emprego pelas eliminações na Copa do Brasil e Taça Guanabara. A curiosidade é que esses dois nomes foram bancados por dois novos presidentes. Sérgio Sette Câmara preferiu não mexer em Oswaldo e Nelson Mufarrej efetivou Felipe, achando que teria o mesmo sucesso de Jair Ventura, ex-auxiliar e técnico do time.

Um início de temporada capenga acabou com as convicções dos dois mandatários. Agora, buscam novos profissionais no mercado. E aí eu pergunto. Qual o critério para contratar um treinador?

Para mim, valem currículo, títulos, competência e, principalmente, trabalho. Oswaldo tinha os dois primeiros, mas perdeu os outros dois quesitos. Felipe só tinha o último e precisava de respaldo.

Hoje, existem vários nomes disponíveis, mas onde Galo e Botafogo fizeram contatos? O Galo sondou Cuca e Abel Braga e ouviu dois nãos. Dois nomes vitoriosos e com lastros para comandar vestiários e elencos experientes. Com as recusas, parece que o Galo ficou sem opções.

O Botafogo consultou Cuca e Marcelo Oliveira, de trajetórias recentes ruins, mas com três brasileiros e uma Copa do Brasil, de 2013 a 2016. Nessa, os currículos falaram mais alto, mas Cuca recusou e Marcelo pediu um salário fora da realidade botafoguense. Cuca indicou Alberto Valentim, ex-auxiliar do Palmeiras. Valentim é um pouco mais experiente do que Felipe. Será que vão apostar em outro auxiliar? Soaria bem incoerente, aos olhos da torcida.

E nessas horas, o torcedor tem muita influência nas decisões diretivas. Alguns jogam nomes na rede social para ver a repercussão. Dependendo do barulho, positivo ou negativo, contatos avançam ou não. O mercado oferece todo tipo de treinador. Adilson Batista, Vanderlei Luxemburgo, Jorginho, Dunga, Celso Roth, Felipão, Milton Mendes, Cuca, Marcelo Oliveira, Falcão, Jorginho “Cantinflas” e outros, estão à espera de propostas. A maioria já passou por vários clubes e querem grandes salários e garantias de trabalho.

Quantos desses nomes, a galera aprovaria? Alguns têm história, títulos e competência, mas esqueceram do trabalho. Outros trabalham muito, mas não conseguem resultados. Então, a escolha do técnico depende muito hoje da simpatia dos torcedores, uma certa identificação com o Clube e muito mais resultados do que trabalhos. É assim que eu vejo.

Se não houver nenhuma opção livre, vai da intuição do presidente ou do valor que ele pode pagar. Carille e Jair Ventura surgiram assim, com paciência e respaldo. Sem isso, podem colocar qualquer um, que permanecerá se vencer ou será mais um na conta dos demitidos, se acumular derrotas. Esse é o Brasil.


Mirassol e Palmeiras foi maior que Flamengo e Botafogo
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Alexandre Praetzel

Há anos que vemos o futebol carioca se deteriorar, através do Campeonato Estadual. De grandes clássicos e com uma fórmula de disputa atrativa, recentemente, o Cariocão hoje é uma penúria financeira. Sem o Maracanã e com os clubes cheios de birra para faturar, as rendas são rídiculas e o público pagante é pífio, perto do que já vimos em décadas passadas.

Sábado, Flamengo e Botafogo decidiram uma vaga na final da Taça Guanabara, primeiro turno do Estadual(que é sinônimo de título) para parcos 5.460 pagantes e 6.955 presentes, com renda de R$ 257.600,00, em Volta Redonda. Ticket médio de R$ 47,17. Não pode. Não dá. É vergonhoso. Mas quem se importa, no Rio de Janeiro?

O presidente da FERJ, Rubens Lopes, acha que é o maior torneio do Brasil. E os dirigentes dos participantes ouvem e não contestam essa barbaridade. O Engenhão recebeu a outra semifinal entre Boavista e Bangu. Reparem bem, o maior estádio sediou o menor jogo. O grande clássico foi para o interior. Não pode dar certo. E Fla e Botafogo não conseguiram entrar em acordo. Não se ajudam e preferem esse cenário lamentável.

A agonia financeira domina Botafogo, Vasco e Fluminense. A única exceção é o Flamengo, que consegue pagar suas contas e, finalmente, adotou uma postura racional na administração. O Botafogo parece querer seguir o mesmo caminho, ainda que sofra com receitas bem menores. Vasco e Fluminense estão em sérias dificuldades. O Flu teve menos de mil pagantes em duas partidas da primeira fase. Um quadro deprimente.

Ainda no sábado, às 19h, Mirassol e Palmeiras se enfrentaram em Mirassol, pela sexta rodada. Público pagante de 11.966 torcedores para arrecadação de R$ 667.048,00. Ticket médio de R$ 55,74. O dobro de público do clássico carioca e quase três vezes o valor arrecadado.

O Paulista também perdeu muito do seu valor, mas ainda respira com clubes mais organizados e situação financeira melhor. Mas não dá para aceitar que um Flamengo e Botafogo leve uma goleada dessas de um jogo do interior de São Paulo, mesmo com a força da torcida palmeirense.

Senhores presidentes dos grandes cariocas, não farão nada? Continuarão pagando para jogar um campeonato que não atrai ninguém? Nunca pensei que veria isso. Grandes marcas do futebol brasileiro jogando às moscas. E aceitando, isso que é mais triste.


Chape foi gigante. São Paulo não mereceu mais que 50 pontos
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Alexandre Praetzel

Terminou o Campeonato Brasileiro de 2017. Acompanhei a última rodada com total atenção. Comentei o empate entre Santos e Avaí, na Vila Belmiro. O time catarinense esteve vivo até o final, precisando de um gol para permanecer na Série A. Não conseguiu pela falta de qualidade dos seus jogadores. Volta para a Série B, com Coritiba, Ponte Preta e Atlético-GO.

O grande destaque foi a Chapecoense. Um ano depois da tragédia que vitimou diretoria, comissão técnica e elenco, a Chape está classificada para a pré-Libertadores e consegue sua melhor colocação nos pontos corridos, com a oitava posição. Um resultado espetacular por tudo que a Chape passou. Montou um grupo às pressas, conviveu com troca de treinadores e viveu a pressão de não ser rebaixada, porque esse era o grande desafio: não cair, depois de tudo. O trabalho merece ser enaltecido. É um recomeço de verdade. Vida longa à Chapecoense.

Entre as decepções, Atlético-MG e São Paulo ganharam de goleada. O Galo foi um arremedo de equipe, desde o início da competição. Teve três técnicos e conseguiu um pouco de regularidade com Oswaldo de Oliveira. Chegar à Libertadores, via G9, é protocolar, mas sem o que comemorar. Temporada ruim e torcida pelo Flamengo.

O São Paulo parou nos 50 pontos, mesma pontuação de 2013, quando também foi ameaçado de rebaixamento. Muito pouco, mas a realidade tricolor. A diretoria negociou bons valores em meio ao torneio e ainda demitiu Rogério Ceni, gerando insegurança no vestiário. Dorival Jr. assumiu sob pressão e com quase um time de contratações. Remontou a equipe, mas o sofrimento era esperado. Em nenhum momento, a Libertadores foi algo real, pelas atuações. Pelo G9, sim. Mas só por isso.

Nos últimos cinco anos, o São Paulo lutou contra três quedas. Esse papo de “time grande não cai”, é uma falácia. Planeja mal e brinca com o futebol, que a queda vem à galope. O torcedor foi o craque do ano, mas ele não entra em campo. É preciso ter consideração com quem apoiou em todos os momentos. Porque uma hora, todo mundo larga de mão. Não se brinca com o sentimento de quem paga ingresso. Que 2018 seja bem melhor.

Para fechar, parabéns ao Vasco, sétimo colocado e na pré-Libertadores e uma vaia para o Botafogo, que despencou nas rodadas finais, entregando uma vaga praticamente certa no torneio sul-americano.


Bruno Silva garante foco no Botafogo, mas não descarta ida para o Cruzeiro
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Alexandre Praetzel

Bruno Silva está entre os três melhores meias do Campeonato Brasileiro. Em qualquer enquete que elege os destaques da competição, aparece o nome do jogador do Botafogo. Aos 31 anos, Bruno pode trocar o time carioca pelo Cruzeiro, a partir de janeiro de 2018. O blog entrevistou Bruno com exclusividade, sobre a real possibilidade deste negócio. Confira a seguir.

Você vai para o Cruzeiro ou fica no Botafogo?

Cara, eu ainda não defini. Tem o interesse do Cruzeiro. Estão conversando com meu empresário, mas como eu falei desde o começo, eu estou focado em ajudar o Botafogo, a colocar o Botafogo na Libertadores, novamente. Acho que esse ano, a gente fez uma campanha que deixou um pouco a desejar. Não tem nada ainda definido. Agora, vamos conversar. A cabeça sempre esteve no Botafogo. Nunca mudei meu foco, quando falaram em certo momento que eu fiz corpo mole. Fico feliz pelo interesse. Acho que é normal, é sinal que meu trabalho foi bem feito. Vamos sentar, conversar e ver o que é melhor para todo mundo.

Veio tarde o reconhecimento do teu futebol, após passagens por alguns clubes?

Sim. Eu jogava em posição diferente também. Na Ponte Preta, Chapecoense e no próprio Atlético-PR, eu era o primeiro volante, que não tinha muita liberdade para sair. Com o Jair, acho que ele descobriu esse meu potencial. Nos treinos, ele pede para eu passar e eu consigo fazer isso. Fiz seis gols no Brasileiro para um volante. Sou volante. Muita gente fala que sou meia, mas não sou meia. Então, fiquei feliz pelo meu ano, pelo campeonato que eu pude fazer e ajudar o Botafogo. Continuar dando sequência agora numa posição que eu me sinto muito bem, que eu gosto muito de jogar.

Botafogo tem um novo presidente e os investimentos não devem aumentar. Isso influi na tua decisão de permanecer ou não?

Tenho contrato com o Botafogo. A gente não pode esquecer disso também. Independentemente de qualquer coisa, sou jogador do Botafogo. Como eu falei, tem o interesse. Estão conversando, mas hoje estou falando como jogador do Botafogo. Cruzeiro já procurou o Botafogo. Então, acho que é continuar trabalhando essa semana que tem aí. Quando acabar e a gente conseguir nosso objetivo, vamos conversar e ver o que é melhor para todo mundo.

Algum clube de São Paulo te procurou?

Não. Por enquanto, só o Cruzeiro falou com meu empresário.

Bruno Silva disputou 110 jogos pelo Botafogo e marcou 14 gols. Ele tem contrato até dezembro de 2018 e a multa rescisória é de R$ 20 milhões. O Botafogo tem 40% dos direitos econômicos. O restante é da Ponte Preta. Bruno Silva recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Palmeiras e não joga a última partida contra o próprio Cruzeiro, talvez, seu futuro time.


Corinthians perdeu a pegada e virou um time previsível, apesar da liderança
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Alexandre Praetzel

Escrevi aqui neste espaço, ontem, que o Corinthians entraria em campo pressionado pela primeira vez no Brasileiro, contra o Botafogo, no Rio de Janeiro. Líder com 59 pontos, o time de Fábio Carille sentiu a chegada próxima de dois rivais na classificação. Uma diferença que chegou a 12 e 14 pontos para Santos e Palmeiras, hoje caiu para seis pontos, com 24 a disputar e o confronto direto com o Verdão, em Itaquera.

Assisti atentamente ao jogo diante do Botafogo. O Corinthians teve alguns lampejos de qualidade, mas se mostrou bem distante do organizado conjunto do primeiro turno. A equipe perdeu a pegada e a recomposição rápida, características recentes muito fortes dos jogadores. Hoje, o Corinthians parece desgastado e previsível. Leva contra-ataques aos montes, com defesa exposta e meio-campo aberto, algo impensável anteriormente. É verdade que teve um pênalti a seu favor, não marcado pela arbitragem, mas em nenhum minuto foi superior ao Botafogo.

Relaxamento, falta de foco, soberba? Acho que não. O Corinthians chegou ao seu limite técnico. De um elenco limitado tecnicamente, que crescia com um jogo coletivo consistente, começou a padecer porque não conseguiu novas táticas e ideias, quando os adversários passaram a neutralizá-lo. E nomes normais, que viveram ótimas fases num time organizado, voltaram à realidade e caíram de produção, assim que começaram os tropeços. Óbvio que a vantagem ainda é boa. A questão é se o Corinthians irá conseguir administrá-la corretamente. Pegará Ponte Preta fora e Palmeiras, em casa. Poderá começar o confronto em Campinas, apenas três pontos à frente do Santos, que pega o São Paulo, sábado. Tudo é projeção, é verdade, mas o momento corintiano inspira cuidados. E isso se vê e ouve nas declarações de Carille.

Afinal, se o Corinthians perder o título mais ganho da história do Brasileiro, certamente se tornará também o maior vexame do nosso futebol interno. O que era inatingível, virou possibilidade, faltando oito rodadas.


Corinthians e Botafogo. Primeiro jogo com o líder mais pressionado
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Alexandre Praetzel

O Corinthians vive seus primeiros momentos de pressão no Campeonato Brasileiro. Entrará em campo nesta segunda-feira, sabendo que não pode perder para o Botafogo, tumultuando a campanha incontestável na competição.

Depois que fez 47 pontos em 57 disputados no primeiro turno, o Corinthians ficou tão distante de seus adversários, que parecia imbatível. Se falou até em título invicto, antes de perder para Vitória e Atlético-GO, duas equipes na zona de rebaixamento. Agora, parece que o Corinthians perdeu o encanto. Os números do segundo turno são ruins com três vitórias, três empates e quatro derrotas. Doze pontos ganhos em 30 disputados. A queda de produção do time é real e Fábio Carille não criou alternativas para a forma de jogar, já manjada pelos outros participantes.

Acho que o Corinthians será campeão e só depende de si. Até um empate será um bom resultado, subindo a vantagem para sete pontos, com 24 a jogar. O confronto será bem interessante porque o líder quer convencer e manter a tranquilidade diante de uma equipe muito comprometida, que busca a vaga direta para a Libertadores da América, em 2018.

Cássio; Fagner, Pedro Henrique, Balbuena e Guilherme Arana; Gabriel, Maycon, Rodriguinho e Jadson; Romero e Jô. Esta formação já foi considerada a melhor do Brasil. Eu nunca achei isso, mas a eficiência apresentada foi absurda. O coletivo sempre foi muito forte, superando as deficiências técnicas. Quando o conjunto não resolveu mais, a falta de qualidade apareceu com clareza.

Repito: o Corinthians só depende de si, mas nunca, em nenhum instante, entrou em campo enxergando os rivais logo atrás. Sempre tem a primeira vez. Resta saber se o Corinthians vai se abalar ou seguir sua caminhada tranquila rumo ao sétimo troféu de campeão. O Brasil estará de olho.