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Perfil ganhou do trabalho nas contratações de treinadores no Brasil
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Alexandre Praetzel

A contratação de Cuca pelo Santos, foi fechada em poucas horas. O nome do treinador apareceu como uma opção alternativa aos conflitos políticos na diretoria, ora puxando para um nome, ora para outro, sem unanimidade. Reparem bem, não existia convicção e nem pensamento. Cuca foi lembrado como alguém que agradaria a todos, sem discussões ou debates. Seu currículo foi o mais importante, não os trabalhos recentes. E é assim que treinadores são contratados hoje no futebol brasileiro. Muito mais pelos perfis, ao invés do que podem trazer como novidade, inovação e, até mesmo, trabalho.

O Santos começou no acadêmico Osório(sabe armar times), passou pelo emergente Zé Ricardo(bom taticamente), esbarrou em Vanderlei Luxemburgo(para dar uma sacudida no vestiário) e terminou em Cuca, que não tem resistências entre os dirigentes. Zero de planejamento. Óbvio que a chegada de um profissional era urgente, mas o modo como o Santos tratou a questão, beira a futurologia. Cuca pode dar certo? Claro que sim, mas só pelo nome e pela forma de ''levar'' os jogadores, de acordo com os santistas do clube.

O Palmeiras viveu a mesma coisa. Trouxe o ''tático'' Eduardo Baptista, que não aguentou quatro meses, por pura pressão. Veio Cuca de volta, porque tinha sido campeão brasileiro, mas com os mesmos vícios do trabalho anterior. Não funcionou.

Deu dez jogos para ver se Alberto Valentim resistia, e parou por aí. Aí pensou em Mano Menezes(organizador) e Abel Braga(paizão), até chegar em Roger Machado. Um diferente do outro. Roger foi contratado por ser bom de treinos e dia a dia. Caiu em sete meses, porque o vestiário parou de produzir. Era hora do choque e chegada junto aos jogadores. Pronto, Felipão. Indiscutível pela história alviverde, currículo e comando.

O Botafogo ficou sem técnico, porque Valentim aceitou uma proposta árabe. Buscou Marcos Paquetá, com bons trabalhos fora do Brasil, mas longe do país, há muito tempo. Duvido que algum dirigente botafoguense tenha acompanhado Paquetá, recentemente. Trouxe a carreira, e não o trabalho.

O Vitória demitiu Vágner Mancini, devido aos maus resultados. O próximo treinador deverá ser um ''linha-dura'', para a equipe reagir e não ser rebaixada em 22 jogos. E assim será com o próximo clube, que dispensar seu treinador.

Talvez o Sport esteja indo no caminho contrário com Claudinei Oliveira. Com quatro derrotas consecutivas, o diretor-executivo Klaus Câmara se apressou em dizer que o trabalho de Claudinei é bom, apesar dos maus resultados recente. Vamos ver até quando.

Podem escolher. Bombeiro, motivador, tático, acadêmico, paizão, estudioso, defensivo, ofensivo, linha-dura, amigão. Em algum momento, você escutará isso, na busca por profissionais. O cara bom de ambiente hoje, é tão ou mais importante do que o vencedor do passado ou a aposta no futuro. O perfil ganhou do trabalho.


Santos precisa de técnico com urgência. Dirigentes batem cabeça
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Alexandre Praetzel

O Santos está com 16 pontos em 45 disputados, na Série A do Brasileiro. Pífio aproveitamento de 35,6%. O time pode entrar na zona de rebaixamento, nesta segunda-feira, se o Bahia empatar ou vencer o Atlético-MG. A campanha santista é ridícula, pelo elenco que o Santos tem. Não se brinca com futebol e a derrota para o América-MG deveria ligar o sinal de alerta. O Santos teve 30 finalizações, mas perdeu. Não colocou a bola na rede e o resumo é esse, apesar da superioridade na partida. O grupo de atletas é melhor do que alguns adversários. O mau momento deve ser colocado na conta da diretoria e no ex-técnico Jair Ventura, que não conseguiu consolidar um padrão de jogo, em sete meses de trabalho.

Esse tempo foi ainda mais perdido, quando a direção deixou para trocar o treinador, depois da Copa do Mundo. Foram 40 dias desperdiçados. Já nos amistosos no México, Jair reclamava que não tinha tempo para treinar, em meio à Copa do Mundo. Injustificável. E os dirigentes preferiram mantê-lo, apostando em bons resultados, mas bastaram dois empates para Jair sucumbir. Planejamento zero.

Agora, o Santos entrou em ritmo de urgência, para contratar um novo comandante. Osório, Luxemburgo ou Zé Ricardo, são os cotados. Perfis diferentes, mas quem se importa? Quando Jair foi dispensado, o Santos já deveria ter um profissional acertado para substituí-lo. Neste momento, o presidente Peres bate cabeça com seu vice, Orlando Rollo, e Ricardo Gomes fica no meio do tiroteio verbal. E ainda há o Conselho de Gestão, com sete membros, que precisa aprovar o nome escolhido. Tudo difícil e burocrático. Se continuar assim, há grandes chances de fracasso na Copa do Brasil e Libertadores da América. Hoje, o Santos é franco-atirador, apesar dos bons jogadores.

 


Romero arrebenta no Corinthians. Bruno Henrique faz o mesmo no Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Sempre fui um defensor de Romero. Não pelo brilhantismo técnico, até porque ele não tem, mas pela entrega, comprometimento e trabalho tático. O paraguaio deixa tudo em campo, quando se trata de comportamento nos jogos. Nunca vi o Corinthians perder por Romero, só ganhar. E neste domingo, ele fez três gols na goleada de 4 a 1, sobre o Vasco, chegando a cinco em duas partidas, com os dois gols diante do Cruzeiro, na última quarta-feira.

Dos três gols de hoje, todos foram de categoria. O primeiro, num chute seco em diagonal, após belo passe de Jadson. O segundo, com um toque de letra na bola, depois de cruzamento de Pedrinho. O terceiro, sem pressa e afobação, com um tapa na bola, na saída de Martín Silva. Óbvio que Romero não é o melhor jogador do Corinthians, tecnicamente, mas passa a ser o mais importante no contexto geral. Ocupa todos os espaços, ajuda na marcação, troca passes e ainda conclui. Pronto. Esse é o resumo do momento atual de Romero. Sua importância é fundamental. E o Corinthians que se mexa para renovar seu contrato, com vencimento daqui a um ano.

No Palmeiras, o grande destaque foi Bruno Henrique, no placar de 3 a 0, sobre o Paraná Clube. Em sete dias, Bruno Henrique fez quatro gols em duas partidas, algo inédito na sua carreira. Bruno Henrique vai mostrando que pode ser mais do que apenas um volante, que marca e guarda posição. Bate faltas muito bem e chuta bem fora da área. Aliás, o chute do primeiro gol foi preciso e lembrou o futebol de 20 anos atrás, onde víamos isso em todos os domingos. Hoje, parece algo raro, fazer gols longe da área. No segundo dele, um toque deslocando o goleiro Tiago Rodrigues, no rebote do chute de Artur. Mais uma ótima atuação, para consolidar sua importância entre os titulares.

Ah, impossível não falar do golaço de Lucas Lima. Uma ''chicotada'' na bola, também de fora da área, no ângulo esquerdo do goleiro Tiago Rodrigues. Gol de Copa do Mundo, sem dúvida.

Um belo domingo de gols bonitos e ótimos desempenhos. Isso sempre tem que ser ressaltado. Quem trabalha sério, merece elogios.


Osório ou Zé Ricardo no Santos. Medalhão x Emergente voltam ao debate
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Alexandre Praetzel

O Santos pretende anunciar seu novo técnico até este domingo. Após muitas consultas e conversas, dois nomes foram definidos como preferenciais. Juan Carlos Osório e Zé Ricardo.

O colombiano já treinou o São Paulo com bom trabalho e forma de jogar e deixou a Seleção do México, nesta semana, depois de levá-la às oitavas-de-final. É um profissional valorizado e conhecedor de futebol. Tem proposta da Seleção colombiana e nunca escondeu o desejo de treiná-la.

Zé Ricardo surgiu como tantos no Brasil, de forma emergencial, após bom trabalho na base do Flamengo. Foi campeão estadual em 2017, mas caiu porque o Fla foi eliminado na Libertadores e tinha caído de rendimento. Recuperou o Vasco no Brasileiro e pediu demissão, antes da Copa do Mundo. Já mostrou que é bom treinador.

Vejam bem, dois perfis diferentes. Um medalhão e um emergente. Dois competentes, acredito. Agora, Zé Ricardo é bem parecido com Jair Ventura, em quase tudo. Talvez, Zé seja mais ofensivo no padrão tático. Osório seria mais impactante, ainda mais vindo de um Mundial, e com gosto pelo ataque, algo que os santistas adoram.

Acredito que o debate Medalhão x Emergente, voltou ao futebol brasileiro. Felipão é o principal exemplo, depois de Eduardo Baptista e Roger Machado não darem certo. Cuca funcionou, na primeira passagem. Os dirigentes adoram estas discussões e decidem, de acordo com as redes sociais, na maioria das vezes.

No modo Medalhão, temos Felipão, Abel Braga, Mano Menezes, Tite, Luxemburgo, Marcelo Oliveira, Dorival Jr., Cuca, Fábio Carille, Levir Culpi, Oswaldo de Oliveira, Dunga, Carpegiani, Geninho e Renato Gaúcho. Todos com títulos importantes e currículos.

No modo Experiência, temos Diego Aguirre, Roger Machado, Eduardo Baptista, Jorginho, Vagner Mancini, Gilson Kleina, Claudinei Oliveira, Enderson Moreira, Adilson Batista, Marcos Paquetá, Guto Ferreira, Cristóvão Borges, Milton Mendes, Ney Franco, Antonio Carlos Zago e Fernando Diniz. Alguns com títulos estaduais.

No modo Emergente, temos Zé Ricardo, Jair Ventura, Alberto Valentim, Rogério Ceni, Thiago Larghi, Maurício Barbieri, Tiago Nunes, Osmar Loss, Odair Hellmann, Milton Cruz e Lisca.

Muitos são contratados por trabalhos recentes ou alguns resultados rápidos. Outros, porque viram sustentação das diretorias, nos vestiários. Muitos seguram o ambiente e conseguem controlar os elencos, cada vez mais mimados e super protegidos. Tudo para dar um ''choque'' e tentar reagir no curto prazo. Criaram a ideia de que os emergentes precisam assumir só no início dos trabalhos, porque não aguentam momentos de pressão.

E assim, segue a roda. Tudo na base do perfil, esquecendo competência e trabalho. É o que eu penso e vejo, com 26 anos de profissão no dia a dia.

 


Palmeiras aposta em “choque” e história com Felipão
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Alexandre Praetzel

Luiz Felipe Scolari está de volta ao Palmeiras, com contrato até dezembro de 2020. Será a terceira passagem pelo clube. Nas outras duas, títulos da Libertadores da América, Copa do Brasil duas vezes, Copa Mercosul e Torneio Rio-São Paulo. Em 2012, saiu com o time na zona de rebaixamento do Brasileiro, com o Palmeiras terminando o ano rebaixado. Seis anos depois, volta como ''Salvador da Pátria''. A diretoria apostou muito mais no ''choque'' ao elenco e na história vitoriosa do treinador.

Felipão chegará ao vestiário e ninguém baterá de frente com ele ou dará de ombros para qualquer determinação. O técnico tem lastro e carta-branca para escalar o time e mudar o elenco, barrando quem ele quiser. A acomodação rotineira do grupo, visível em 2018, vai acabar. Certamente, quem não estiver rendendo, vai para o banco de reservas. Um ambiente mais arejado e com todo mundo se cobrando, talvez recoloque o Palmeiras no rumo das conquistas.

No momento, a aposta é no currículo e na história de Felipão. Muita gente ainda o vê como o grande culpado da derrota de 7 a 1 para a Alemanha, em 2014. Isso será difícil vencer.

Em quatro anos, Felipão buscou o recomeço no futebol chinês, onde foi campeão com o Guangzhou Evergrande. Óbvio que a diferença entre o futebol brasileiro e chinês, é gritante. Felipão terá que provar se ainda é um bom estrategista e tático, dentro de campo, no calendário entupido do Brasil.

Eu, particularmente, acho que é um pensamento mágico. Mas só um profissional com o perfil de Felipão para romper a ''zona de conforto'' dos jogadores. Quem sabe, dá certo.


Abel Braga: “Não gosto de pegar trabalho no meio. É uma filosofia”
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Alexandre Praetzel

Abel Braga só voltará a trabalhar em janeiro de 2019. Ele fez essa revelação a mim, hoje pela manhã, quando perguntei se ele poderia assumir algum clube, principalmente, o Palmeiras. Confira a resposta.

''Alexandre, tudo bem? Você sabe que eu não gosto de falar, se fui ou não procurado. O que importa é que agora, eu não posso…não posso não, poder eu poderia, mas não. Deixei o Fluminense por um motivo muito pessoal. Vou dar esses cinco meses para minha família. Começar um novo trabalho novo aí, vamos ver onde vai ser, em janeiro. Então, é deixar tudo em novembro, mais ou menos acertado. Esse é meu pensamento cara. Então, vieram já outros convites. Eu não gosto de pegar do meio. Gosto de criar estratégia, mesmo objetivos, meu caminho, meu e dos meus jogadores, né. Porque sempre fica alguma coisa do que sai. Cada um tem sua filosofia. Então, não acho legal, sabe? É de estranhar, porque o Roger é um cara sensacional, muito bom treinador e não ter continuado o trabalho. É um pouco duro, ainda mais que eu fiz uma amizade muito boa com ele, durante a Copa, naquele programa da Fox. É pena. É assim cara. Tiveram três chances lá, a bola não entra, é complicado. Estoura sempre no mesmo lado. Abraço''.

Abel treinou o Fluminense, desde a temporada passada, e deixou o clube, neste ano.


Novo técnico tem que romper a “zona de conforto” dos jogadores palmeirenses
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras demitiu o terceiro técnico em um ano e meio. Roger Machado caiu, após a derrota para o Fluminense. Antes, Eduardo Baptista e Cuca, sucumbiram com os desempenhos ruins do time. Ainda houve a saída de Alberto Valentim, depois de dez partidas, na reta final de 2018. Então, são quatro profissionais que não deram certo.

É curioso. O Palmeiras oferece toda estrutura física e financeira, tem um bom elenco, mas as coisas não andam. O time começa o ano como favorito e não emplaca. Será que só os treinadores são responsáveis?

Acho que os jogadores têm grande parcela de culpa. Me parecem acomodados, na sua grande maioria, surfando na onda da gestão. Contratos longos, salários e premiação em dia, mas pouco resultado e atitude em campo. Estão na chamada ''zona de conforto''. A impressão é de que os boleiros pensam que vão ganhar a hora que quiserem. Isso já acabou há muito tempo. Se não competirem, correrem e mostrarem vontade e gana, ficarão pelo caminho.

Um exemplo claro. O Palmeiras vencia o Ceará por 2 a 0, antes da Copa. Levou o empate do lanterna do Brasileiro e os atletas saíram dizendo que foi um bom resultado, mesmo assim. Um conformismo irritante, sem cobranças. Roger ainda disse que o time estava próximo do ideal, mesmo perdendo para o Flu. Ninguém pode mais fugir da realidade. Hoje, o futebol está em todos os lugares e todo mundo vê o que acontece no campo. A diretoria é muito culpada, com pouco posicionamento e um vestiário anestesiado.

Acredito que o novo técnico tenha que ser alguém com esse perfil. Forte na cobrança, atitude e ambiente. Quem vier, terá que romper com os mimos aos jogadores. Quem joga em clube grande, tem que focar nos títulos, sempre. O novo treinador precisa escalar quem busca algo mais e quem entende o tamanho do Palmeiras.

Hoje, está muito fácil para quem chuta a bola. Costumo dizer que o futebol está nos ''pés'' dos boleiros. Eles determinam muita coisa. Fazem uma boa jogada e tudo bem. Não, não pode ser esse simplismo. Quem assumir o Palmeiras, terá que ''atacar'' isso. Do contrário, empatar com o Ceará, será sempre bom.


Palmeiras precisa da atitude do São Paulo
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Alexandre Praetzel

A derrota para o limitado Fluminense mostrou que o Palmeiras terá sérias dificuldades para conquistar um título, em 2018. O time não consegue engrenar e virou um participante igual aos outros, acabando com seu favoritismo inicial. O Palmeiras poderia e deveria jogar bem mais, mas parece que não se esforça para isso. Não falta vontade, e sim, mais atitude e gana para vencer.

O maior exemplo está ao lado do clube. O São Paulo era um grupo insosso, sem vibração, entregue a cada dificuldade encontrada. Diego Aguirre chegou e o ambiente mudou. O treinador começou a extrair o máximo dos atletas e tratou todo mundo com igualdade, cobrando atuações e desempenhos compatíveis com a grandeza tricolor. Teve a resposta dos atletas, que mostram mais comprometimento do que futebol e colocam o São Paulo, na vice-liderança do Brasileiro.

No Palmeiras, há nomes mais valorizados, mas sem a vibração do adversário. Alguns jogadores parecem que estão cumprindo contrato. Ganhar é apenas uma alternativa, não é obrigação. E isso passa pelo comando técnico, também. Quem não está a fim de lutar e competir por vitórias, tem que sobrar. Quem está jogando mal, tem que esquentar o banco de reservas. Roger Machado precisa adotar uma igualdade de tratamento para todo mundo, para ainda pensar numa reação no Brasileiro e não se entregar nos mata-matas.

No momento, o Palmeiras é um participante, com 23 pontos em 45 disputados. Tem bola para ganhar? Sim. Só no nome? Jamais.


Hudson valoriza trabalho de Aguirre, pelo crescimento do São Paulo
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Alexandre Praetzel

O São Paulo vive um momento muito bom, está jogando bem, e chegou à vice-liderança do Campeonato Brasileiro, com méritos. Desde a chegada do técnico Diego Aguirre, o time cresceu em todos os setores e começou a incomodar os adversários. O uruguaio tem aproveitado o elenco da melhor forma possível e deu uma cara nova à equipe. Antes de começar a Série A, muita gente não imaginava que o São Paulo pudesse estar na segunda colocação. O blog conversou com Hudson. O volante vê méritos em Aguirre, mudança de atitude do grupo e luta pelo título, como realidade. Confira.

Você está vivendo sua melhor fase no São Paulo? O clássico exemplifica isso?

Eu acho que o time está crescendo, num momento importante, contra adversários diretos. Contra o Flamengo e Corinthians, foi assim. A gente está crescendo rodada a rodada, em momentos importantes. Isso dá uma confiança a mais para nós seguirmos nossa caminhada. A caminhada é longa para caramba e a gente sabe disso.

Houve mudança de atitude em relação ao início do ano?

A gente tem que dar um pouco de mérito para o Aguirre porque ele…acho que não era nem culpa do Dorival, mas quando chega uma peça nova, as coisas começam a acontecer de uma maneira melhor. Ele é um cara que está incentivando muito a gente, que está passando muita confiança e a gente está conseguindo levar isso para dentro de campo. As vitórias estão vindo, os resultados estão vindo. Clássico a gente sempre tinha muita dificuldade, já estamos mudando a história. Então, a gente espera fazer rodada a rodada, jogo a jogo com calma e construir o São Paulo grande, como sempre foi.

Após 14 jogos, a vice-liderança é uma surpresa para vocês?

Não. Surpresa não é porque é um grupo de qualidade. Se a gente for olhar peça por peça, são jogadores de qualidade. Mas pela fase que o São Paulo vivia, as vezes até é uma surpresa. Mas para a gente não é não, que a gente está trabalhando muito forte e está trabalhando para estar numa posição, até melhor.

A luta pelo título é uma realidade?

A gente tem que brigar pelo título sempre. Eu acho que o São Paulo não pode nunca entrar numa competição, se não for para brigar pelo título. A gente está buscando isso, jogo a jogo.

Como é atuar como um primeiro volante, mudando um pouco a função?

Me sinto tranquilo. Eu faço as duas funções muito bem. Me sinto bem para fazer as duas funções, tanto de primeiro como de segundo volante. O Jucilei é mais primeiro. Então, ele não tem tanta chegada na frente. Com o Liziero, eu já revezo um pouco mais. Eu tenho que ficar um pouco mais para ele poder sair. Mas são dois jogadores de excelente qualidade. O São Paulo só ganha, tendo jogadores como eles.

 

 


Neymar jogou menos que os dez indicados a melhor do mundo. Lista coerente
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Alexandre Praetzel

Neymar ficou fora da lista dos dez candidatos ao prêmio de Melhor do Mundo da Fifa. Particularmente, acho que sua presença seria uma surpresa, pelo desempenho na temporada, também prejudicado pela lesão no quinto metatarso do pé direito. Nas comparações com os outros jogadores, Neymar perdeu nas atuações ou nas conquistas. Seu único titulo foi a Liga Francesa.

Cristiano Ronaldo defende o troféu e ganhou a Champions League.

Messi é Messi e ganhou a Liga Espanhola.

Mbappé e Griezmann foram campeões do Mundo.

Varane foi campeão do Mundo e ganhou a Champions League.

Kane fez 52 gols na temporada e goleador da Copa do Mundo.

Hazard jogou mais que Neymar e terminou em terceiro no Mundial.

De Bruyne foi campeão inglês e terceiro no Mundial.

Salah foi melhor que Neymar, na temporada européia.

Modric foi vice-campeão Mundial e campeão da Champions League.

Como jogador, Neymar tem mais bola que muita gente, mas nos momentos decisivos e importantes, não brilhou. Óbvio que, aos 26 anos, ainda tem lenha para queimar e pode levar o troféu. Claramente, precisa de uma retomada e mais foco no futebol coletivo, também. Por isso, a lista foi coerente, acredito.