Blog do Praetzel

Arquivo : candidatos

Neymar jogou menos que os dez indicados a melhor do mundo. Lista coerente
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Alexandre Praetzel

Neymar ficou fora da lista dos dez candidatos ao prêmio de Melhor do Mundo da Fifa. Particularmente, acho que sua presença seria uma surpresa, pelo desempenho na temporada, também prejudicado pela lesão no quinto metatarso do pé direito. Nas comparações com os outros jogadores, Neymar perdeu nas atuações ou nas conquistas. Seu único titulo foi a Liga Francesa.

Cristiano Ronaldo defende o troféu e ganhou a Champions League.

Messi é Messi e ganhou a Liga Espanhola.

Mbappé e Griezmann foram campeões do Mundo.

Varane foi campeão do Mundo e ganhou a Champions League.

Kane fez 52 gols na temporada e goleador da Copa do Mundo.

Hazard jogou mais que Neymar e terminou em terceiro no Mundial.

De Bruyne foi campeão inglês e terceiro no Mundial.

Salah foi melhor que Neymar, na temporada européia.

Modric foi vice-campeão Mundial e campeão da Champions League.

Como jogador, Neymar tem mais bola que muita gente, mas nos momentos decisivos e importantes, não brilhou. Óbvio que, aos 26 anos, ainda tem lenha para queimar e pode levar o troféu. Claramente, precisa de uma retomada e mais foco no futebol coletivo, também. Por isso, a lista foi coerente, acredito.

 


Eleição no Corinthians. Tuma ganhou nas entrevistas. Ezabella é o futuro
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Alexandre Praetzel

O Corinthians escolhe seu novo presidente para o próximo triênio, neste sábado, com a projeção de cerca de três mil votantes. Cinco candidatos concorrem ao cargo, em susbtituição a Roberto de Andrade. O atual mandatário foi bem no futebol, com dois títulos brasileiros e um paulista. Sua gestão foi marcada por algumas polêmicas, como o pedido de impeachment por parte de alguns conselheiros. Roberto passou ileso em fevereiro de 2017 e o time ajudou muito com as conquistas importantes. Resultados de campo encobrem muitos erros.

Roberto vai apoiar o ex-presidente Andrés Sanchez. Andrés comandou o Corinthians de 2007 a 2011 e foi o mentor da regra de um mandato de três anos, sem possibilidade de reeleição. Agora, pretende voltar ao poder. Seus adversários são Antonio Roque Citadini, Paulo Garcia, Romeu Tuma Jr. e Luiz Felipe Ezabella.

Participei de entrevistas com os cinco candidatos. Minhas impressões foram as seguintes:

Citadini tem experiência no clube e foi um bom vice-presidente de futebol. Perdeu por pouco para Roberto de Andrade, na eleição anterior. O problema é que se ganhar, pode não levar, pela sua função no Tribunal de Contas de São Paulo, exercendo cargo público.

Paulo Garcia tem história no Corinthians. A Kalunga, empresa da família, foi uma das primeiras patrocinadoras do time. Sempre quis ser presidente e quer se dissociar do irmão Fernando, empresário de jogadores e com forte entrada no clube. Assumiu que pagou do próprio bolso as dívidas de alguns sócios inadimplentes. Isso foi grave.

Romeu Tuma Jr. foi o único que apresentou um plano de gestão com metas estabelecidas e propostas para todas as áreas do clube. Se destacou nas entrevistas, mas cometeu um deslize, ao dizer que pretende dar calote na dívida do estádio, caso não haja um acordo com a Caixa Econômica Federal. Ele diz que foi mal interpretado e que o estádio foi construído para não ser pago.

Ezabella foi ponderado e mostrou bastante conhecimento sobre a instituição. Rompeu com o grupo de Roberto e Andrés e promete uma gestão transparente e equilibrada. Tem 39 anos e surge como nome para o futuro.

Andrés foi mais do mesmo. Respondeu a todas as perguntas com justificativas antigas. Não vê problemas com o estádio e nem com as finanças do clube. Diz ter certeza de que a Lava-Jato não o ameaça. Duílio Monteiro Alves será o homem forte do futebol. Para muitos, é considerado o favorito, mais pelo seu passado. Deixou claro que se ganhar, deixará a política.

Que o Corinthians possa viver um ambiente pacífico e democrático. Os candidatos admitem que o Corinthians perdeu credibilidade, recentemente, e precisa retomá-la com urgência. A questão financeira também é apontada como um desafio para o próximo mandatário.

A conferir.

 


O erro dos candidatos do Corinthians sobre o patrocínio do Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Estou participando das entrevistas com os candidatos à presidência do Corinthians, no programa “+90” dos canais Esporte Interativo, nesta semana. Entre tantas questões formuladas, as respostas sobre patrocínio são interessantes e equivocadas, principalmente, quando eles fizeram uma comparação com o Palmeiras.

Na avaliação dos candidatos, o Corinthians precisa de marcas fortes e com credibilidade no mercado. Não pode ser um “Outdoor” ambulante, com diversas empresas menores, ocupando os espaços da camisa e sem valores divulgados. Também concordo.

Agora, todos os presidenciáveis cutucaram a parceria Palmeiras/Crefisa, com frases como:

“O Palmeiras vive de favor para a Crefisa”.

“Se a Crefisa sair do Palmeiras, eles quebram”.

“Queremos um patrocínio diferente, não isso aí que a Crefisa faz com o Palmeiras”.

“O papel da Crefisa ultrapassa uma parceria. É uma associação política também, que envolve o Conselho do Clube”.

Respeito todas as opiniões sobre o assunto, mas a Crefisa hoje é responsável por 22% da receita total do Palmeiras. Se a empresa deixar o Palmeiras, o Clube não vai quebrar. Chamo a atenção para o erro de avaliação dos dirigentes rivais do Palmeiras. O alvi-verde está abrindo uma distância financeira não só pela Crefisa, mas com uma gestão no todo. O Allianz Parque quase sempre cheio, o sócio Avanti com bons números, o recebimento de cotas de TV nos prazos corretos, além de um elenco forte que pode gerar lucro com vendas de atletas, também. É preciso reconhecer a competência do adversário e tentar igualar, fora de campo.

Nos resultados do futebol, o Corinthians é o time da década. Esse sucesso precisa ser estendido para quem comanda a instituição.

O Corinthians tem as maiores cotas de TV(várias já antecipadas), um estádio com uma grande torcida(sem as bilheterias), o plano “Fiel Torcedor”(um sucesso também), mas os candidatos deixaram bem claro a situação financeira difícil, para os próximos anos.

Então, ao invés de alfinetar o tradicional rival, seria melhor pensar no futuro corintiano, e quem sabe, num grande parceiro. Porque, pelas declarações de todos, quem assumir o Corinthians, não terá vida fácil pela frente.

Não é achismo, nem anti-corintianismo. Isso é para os extremistas. É a realidade pura. Os “inimigos” também têm boas ideias e bons exemplos.


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