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Treinador de goleiros do Corinthians vê legado positivo e confiança em Loss
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Alexandre Praetzel

Mauri Lima está deixando o Corinthians. O treinador de goleiros vai integrar a comissão técnica de Fábio Carille, no Al Wedha, da Arábia Saudita . Aos 53 anos, com dez anos de Corinthians, Mauri resolveu aceitar o desafio de trabalhar numa escola diferente e implantar uma nova filosofia de trabalho. Em entrevista exclusiva ao blog, Mauri falou sobre seu legado, o desafio de Osmar Loss no clube e a vida que o espera no mundo árabe, além de escolher seus dois goleiros preferidos na Copa do Mundo. Confira a seguir.

Qual é o legado que deixas no Corinthians?

Acho que é um legado de um trabalho bem feito, vitorioso, um trabalho que não foi feito só dentro de campo. Toda uma equipe com funcionários, torcida, a interação, o conhecimento, o carinho de todos. Tudo aquilo que eu vivi aqui dentro desse CT. As pessoas me ajudando a construir as formas de trabalho, meio malucas, mas sempre comprando a ideia. De ter feito um trabalho bom com aqueles goleiros que passaram por aqui. A gente tem vários goleiros que estão jogando, que saíram e passaram por aqui. De ter deixado esses que aqui estão. Cássio numa seleção brasileira, Walter já mostrou a qualidade que tem, Caíque foi campeão brasileiro jogando, tem o Felipe e os demais que estão subindo da base, que a gente sempre traz para cá para poder fazer um trabalho no revezamento. Um legado de um trabalho grande, vitorioso, honesto e que procurou o máximo possível, colocar e fazer com que todos tivessem a condição de melhorar e crescer como profissional e homem, também.

O que mais pesou para seguir com Carille?

Na verdade, o Carille, no dia que ele saiu, ele disse que se tivesse possibilidade, queria que eu fosse com ele e perguntou o que eu achava. Falei para ele que a gente ia esperar. Aconteceu, ele fez o convite, houve a proposta. O lado financeiro é um lado que pesa, por caausa do tempo que nós temos também. Do profissional, da vida útil. Então, eu tenho 53 anos, posso trabalhar mais uns dez anos em alto nível e a vida que a gente leva, é essa. Um pouco desgastante. O treinador de goleiros, todos sabem. Também tenho minha família, minhas filhas. Então, uma filha já se formou em Arquitetura esse ano. A outra já entrou para a faculdade. É o começo para a minha filha mais nova. Então, nesse momento, a gente tem que pensar na família, naquilo que a gente pode fazer, porque as vezes a gente não faz as coisas pela gente, faz pelos nossos filhos e quem é pai, mãe, sabe disso. Foi uma coisa que optei, também para poder buscar uma escola diferente, aprender lá fora e tentar implantar o que nós fizemos aqui, na expectativa de que eles possam gostar. Nós sabemos que é uma vida diferente, mundo diferente, um trabalho que vai ser implantado. E por aquilo que o Carille disse pelo projeto, o que o mundo árabe está pensando, de quando começaram as contratações, abrindo a janela para várias contratações e, inclusive, para goleiros.

O que dizer de Osmar Loss no desafio de substituir Carille?

Osmar já é um profissional de qualidade, experiência, é um cara muito bom mesmo no trato com as pessoas e dentro de campo. Trabalho perfeito de fazer as partes que necessita para você colocar em prática, dentro do campo de jogo. É um desafio grande para ele, mas tenho certeza que ele vai conseguir alcançar esse objetivo dele, que é merecedor. As pessoas que estão com ele, sempre procurando ajudar, os atletas também. As vezes, as coisas não acontecem do jeito que a gente quer. A gente torce para que ele possa ter a felicidade de conseguir os objetivos dele. Pelo trabalho que ele está fazendo, os frutos serão colhidos. Pode ter certeza disso. As vezes, fica um peso pelo Carille ter saído, ter sido campeão paulista, brasileiro, e fica um pouco pesada essa parte. Eu acho que tem tudo para dar certo sim. Pela qualidade que ele é, como pessoa, profissional, e acredito que aos poucos ele vai implantar a filosofia dele e os atletas também vão entendendo aquilo que ele quer. A partir daí, as vitórias virão e os títulos também continuarão surgindo. Ele tem capacidade sim para seguir como comandante do clube.

Vais trabalhar com goleiros árabes. Como é a escola deles?

A escola deles é de dificuldades, por aquilo que a gente vê em alguns jogos, até na própria Copa também. Mas como abriu brecha lá, até para poder contratar um goleiro estrangeiro, foi contratado um egípcio para o nosso time. Um goleiro de 25 anos. Então, a gente tem uma possibilidade de trabalhar com ele de uma forma, com uma idade boa, onde dá para corrigir e poder aprender. Primeiro ver como será a maneira de como cada um vai se encontrar, a qualidade técnica de cada um depois do começo do trabalho. Procurei ver vídeos de alguns que estão no clube para que a gente possa ter uma noção. Para falar a verdade, só chegando lá para a gente saber e ver o que nos espera. mas é uma parte que a gente vai ter que começar, praticamente do zero, mas de uma forma geral é bom, porque você vai implantando, o crescimento de cada um a cada dia e isso te dá uma tranquilidade grande do trabalho que você está fazendo. É procurar fazer, implementar trabalhos diferentes para que eles possam se sentir bem, dentro das condições de cada um. Sabemos também que existe todo um processo por causa da religião, dos horários das suas rezas. Então, a gente tem que adaptar tudo, para que nada saia do normal daquilo que é a vida deles lá, tanto na parte particular como na ligada ao futebol.

Quem é o melhor goleiro da Copa?

Está recheada de grandes goleiros, desta vez. Eu vi vários jogos. Gostei muito do Muslera, do Uruguai. Está sobressaindo e fazendo uma grande Copa. Gosto muito do Courtois, da Bélgica. Baita de um goleiro. Frio, qualidade técnica dele muito boa. Então, eu colocaria os dois, que estão se destacando de uma forma melhor. Têm outros com boas participações, mas esses dois eu tenho visto, acompanhado, com grandes atuações. O próprio Ochoa, do México, também. Acho que o nível está muito alto, em relação aos goleiros. A gente sabe que tem aqueles com qualidade inferior, mas no geral, o nível está altíssimo.

Mauri Lima participou de todos os títulos importantes do Corinthians, de 2009 a 2018. Chegou ao clube, em 2008, numa indicação de Antonio Carlos Zago, que havia trabalhado com ele, no Juventude.


Fagner não é um Zé Carlos de 98. Tem bola para aguentar a Copa do Mundo
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Alexandre Praetzel

Fagner será titular da Seleção Brasileira contra a Costa Rica, nesta sexta-feira. O lateral do Corinthians foi escalado, após Danilo sentir uma lesão muscular no quadril. Fagner fez seu último jogo, dia 29 de abril, diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte. Na ocasião, teve um problema muscular na coxa direita e ficou em recuperação até um dia antes de ser convocado para a Copa do Mundo, dia 21 de maio.

Aos 29 anos, a convocação de Fagner foi muito debatida e contestada. Talvez, ele não estivesse na lista de Tite, se Daniel Alves não se machucasse e ficasse fora do torneio. Com todo mundo em condições, Fagner fica entre os cinco principais laterais, ao lado de Daniel Alves, Danilo, Rafinha e Marcos Rocha. Se Mário Fernandes não tivesse se naturalizado russo, poderia estar a sua frente, também.

Por isso, Fagner não é um absurdo numa Copa do Mundo. Não é um Zé Carlos, chamado por Zagallo, em 1998, e presente na semifinal contra a forte Holanda, com a suspensão de Cafu. Na época, muitos duvidavam das condições de Zé Carlos para marcar Zenden e Overmars, pontas holandeses. Não foi mal, mas sabia que havia desconfiança em relação ao seu desempenho.

Fagner entra numa situação bem melhor, num confronto de fase de grupos. Importante, mas não decisivo. Tem bola, experiência e a total confiança do treinador para suportar a pressão do Mundial. Isso pesa bastante. Precisa dosar na marcação, diminuindo a virilidade nas divididas sobre os adversários. Ficou marcado por isso, em jogos do Brasileiro.

No Corinthians, Fagner tem 239 jogos e sete gols marcados. Ganhou dois Brasileiros e dois Paulistas. Na seleção, antes da Copa, foram quatro partidas.

 


Lucca nega atrito com Carille no Corinthians e quer coisas grandes no Inter
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Alexandre Praetzel

Lucca deixou o Corinthians e foi emprestado ao Inter, no início do Brasileiro. Virou titular e pretende deixar o passado corintiano para trás. Nome importante como alternativa no elenco que conquistou o título, em 2015, Lucca perdeu espaço no Corinthians, depois da sua renovação de contrato, em 2016. Passou para a reserva e acabou emprestado para a Ponte Preta, onde foi bem, em 2017. Voltou ao Corinthians, mas fez apenas nove jogos e seguiu para Porto Alegre. Em entrevista exclusiva ao blog, Lucca negou problemas com Fábio Carille, evitou falar do Corinthians atual e projetou coisas grandes pelo Inter. Acompanhem.

Como estás vendo a tua retomada no Inter?

Tudo bem, estou me sentindo bem. Podendo ajudar a equipe. Estamos numa sequência boa. Ficou um gostinho um pouco amargo contra o São Paulo, porque tivemos as melhores oportunidades.

Inter está mostrando um futebol para brigar na parte da cima do Brasileiro, ao invés de apenas permanecer?

Cara, meu pensamento em nenhum momento passa só por permanecer. Quero coisas grandes, minha equipe quer coisa grande. Nós, lá dentro, pensamos assim e vamos em busca das vitórias que a gente precisa para alcançar o nosso objetivo.

Por que você não teve uma sequência normal no Corinthians, depois ter renovado contrato em 2016, após ter sido campeão em 2015?

Não sei. Quem poderia responder melhor, eram as pessoas que estavam no comando. Eu, em todo o momento, procurei respeitar. Não é muito da minha índole, reclamar, fazer algum tipo de gesto ou entrevista reclamando de alguma coisa. Procuro trabalhar. Futebol, as pessoas que estão no comando acabam tendo que escolher por alguns atletas e as escolhas foram de outros atletas. Normal. Procurei trabalhar para estar à disposição e não consegui ter sequência. Agora, estou tendo essa sequência e está sendo muito importante para mim.

Você teve algum desentendimento com Carille no Corinthians?

Nenhum. O que eu tenho para falar desse cara são só coisas boas. É um cara sensacional, uma pessoa espetacular. Não tive nenhum problema com ele. Depois que eu voltei, o pessoal de 2017 deu dois títulos para ele. Então, nada mais justo do que ele confiar nos jogadores que deram isso para ele. Então, sem problema nenhum. Vamos acabar com isso. Professor, um grande abraço, boa sorte e estou na torcida. Você já provou e não precisa provar mais nada para ninguém. Você é sensacional.

Você teria lugar no Corinthians de hoje?

Não sei. Prefiro não falar sobre isso. Meu pensamento é só no Inter.

Pelo Inter, Lucca tem oito jogos e um gol marcado. Ele está emprestado até dezembro. Tem contrato com o Corinthians até junho de 2019.


Corinthians ganhou um ponto. Santos “perdeu” dois. Gabigol não matou o jogo
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Alexandre Praetzel

Corinthians e Santos empataram em 1 a 1, na Arena corintiana. O resultado foi injusto para o Santos, pelo desempenho das duas equipes. Gabriel Barbosa, o Gabigol, perdeu dois gols incríveis, que certamente, dariam a vitória ao Santos. Walter ainda fez boas defesas contra Rodrygo e Vanderlei pegou um bom chute de Pedrinho. Resumindo, o Corinthians ganhou um ponto e o Santos “perdeu” dois, pelas circunstâncias do clássico.

Se antes do jogo, avaliávamos a pressão maior em cima de Jair Ventura, parece que Loss equilibrou esse nível, depois da partida. O Corinthians começou com uma formação mais ofensiva, com a volta de Romero, Pedrinho aberto e a presença de Roger como referência na área. O Santos manteve sua escalação, com três atacantes. O primeiro tempo foi nivelado e o Santos teve a grande chance com Gabriel, ao desviar a bola por cima da meta, quase na risca do gol. Uma oportunidade absurdamente perdida.

No segundo tempo, logo no início, Gabriel ficou cara a cara com Walter e bateu para fora, desperdiçando mais uma chance imperdível. Como quem não faz, leva, o Corinthians abriu o placar com Roger, em bola tocada por baixo, após vencer a marcação de Lucas Veríssimo. O Corinthians a la Corinthians, superando dificuldades e a superioridade do adversário. Só que o time cansou de novo e o Santos partiu para o empate. Rodrygo cresceu, criando jogadas perigosas e atormentando a vida de Balbuena e Mantuan.

De tanto insistir, Rodrygo cruzou e Victor Ferraz igualou o escore, de cabeça, nas costas de Rodriguinho, que fazia a cobertura na grande área. Empate justo pela atuação santista. Depois, o Santos ainda pressionou e terminou o jogo mais perigoso. Loss sacou Pedrinho, novamente, mas Rodriguinho poderia ter saído antes. O meia parece bastante desgastado.

Em linhas gerais, Jair Ventura respira mais no cargo, com o Santos melhor do que o adversário. Loss marca passo em termos de resultados com uma vitória, um empate e três derrotas. É preciso tranquilidade porque não seria fácil para ninguém substituir Fábio Carille.


Grêmio foi sortudo no sorteio da Libertadores. Dérbi nas quartas
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Alexandre Praetzel

As oitavas-de-final da Libertadores da América foram sorteadas pela Conmebol. A próxima fase reserva bons jogos e duelos interessantes. Na avaliação do blog, o Grêmio foi o mais sortudo. Pega Estudiantes de La Plata e depois cruza com Tucumán-ARG ou Nacional-COL. É favorito contra qualquer um dos três, apesar da tradição do Estudiantes e do título recente dos colombianos.

Na outra ponta, River Plate e Racing farão dois jogos pegados, com favoritismo do River. O Santos encara o Independiente e terá parada dura. Hoje, os argentinos são melhores. Caminho difícil para os santistas.

No outro lado, Corinthians e Palmeiras se deram bem. Colo-Colo e Cerro Portenho disputam o torneio todos os anos, mas seus times são bens inferiores aos brasileiros. Pela lógica, teremos dois Dérbis eletrizantes nas quartas, quem sabe repetindo 1999 e as semifinais de 2000. Acredito que Corinthians e Palmeiras não deixarão passar essa oportunidade.

Embaixo, teremos Cruzeiro e Flamengo. Grandes confrontos que já decidiram a Copa do Brasil, duas vezes. Agora, me parecem dois elencos bem equilibrados. Os dois têm potencial para chegar tanto na Libertadores, quanto Copa do Brasil e Brasileiro. Tenho certeza de que o Cruzeiro não queria o Flamengo e vice-versa. Se pudessem escolher, pulariam esse duelo. Quem passar, deve enfrentar o Boca, favorito diante do Libertad-PAR, mesmo que tenha ficado em segundo no grupo do Palmeiras.

O blog projeta Grêmio X Nacional-COL e River Plate X Independiente, de um lado.

Corinthians X Palmeiras e Flamengo X Boca Juniors, do outro.

A única certeza é de que serão partidas fortes e competitivas. Tudo a partir de oito de agosto. Até lá.


Loss, Pedrinho não pode sair. E Kazim não pode entrar
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Alexandre Praetzel

O Corinthians perdeu o terceiro jogo em quatro disputados sob o comando de Osmar Loss. O técnico, efetivado pelo presidente Andrés Sanchez, resolveu escalar o time com três meias e apenas um atacante de lado, na derrota para o Flamengo. Contra o América-MG, o Corinthians venceu com sofrimento e não foi bem, com a mesma formação.

Claramente, o Corinthians melhorou com Roger na frente, no lugar de Jadson, machucado. Com uma referência, o Corinthians atacou mais o Flamengo e teve alguém para tabelar com Pedrinho e segurar a bola na frente. Antes, o Corinthians ficou muito recuado e assistiu o Flamengo jogar.

Loss pode adotar um estilo próprio. Não precisa querer repetir Fábio Carille, até porque isso será muito difícil. Não fique preso ao trabalho vitorioso do antecessor. Pode ter luz própria e fazer o simples.

O simples é manter Pedrinho em campo. Deixe o menino jogar. Foi o único a tentar alguma jogada diferente e puxar o Corinthians para o ataque. É melhor deixá-lo se exaurir do que substituí-lo. Num lance, Pedrinho pode decidir. Já deu mostras de que é diferenciado.

Contrário senso, não aposte em Kazim. O centroavante estava fora dos planos, recentemente. Lançá-lo, pareceu pensamento mágico, de que ele poderia supreender. Não. A novidade seria a entrada de Matheus Matias, jovem e com bons treinamentos. Não deu para entender a opção de Loss.

Ah, e ele gostou do desempenho do time. Carille não hesitava em apontar as falhas e erros, depois dos jogos. É preciso saber por que ganha e por que perde. Loss tem tempo para aprender isso. Mas o Corinthians terá que esperar.

 


Barbieri e Loss chamam tanta atenção quanto Fla e Corinthians
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Alexandre Praetzel

Flamengo e Corinthians chamará atenção neste domingo, não só pela grandeza do jogo. Nos túneis, estarão dois jovens profissionais do futebol, comandando as equipes. Maurício Barbieri, 36 anos, e Osmar Loss, 42 anos. Nomes da nova geração e vistos como promissores no cenário brasileiro.

Barbieri substituiu Carpegiani e assumiu o cargo de técnico interino. Em 14 jogos, Barbieri melhorou o rendimento do Flamengo, chegando às quartas-de-final da Copa do Brasil e oitavas da Libertadores da América. No Brasileiro, tem 17 pontos em 24 disputados, com 70,8% de aproveitamento. Os números de Barbieri pressionam a diretoria a efetivá-lo, mas isso não é admitido pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello, oficialmente. O certo é que jogadores que não vinham bem, começaram a render com Barbieri. Éverton Ribeiro é o principal exemplo e Lucas Paquetá e Vinícius Jr., são duas afirmações. Parece que os boleiros se sentem mais à vontade com nomes menos experientes. Não sei se Barbieri vai dar certo, mas é certo que o Flamengo melhorou com ele. Ainda assim, os rubro-negros não garantem Barbieri. E acho que, publicamente, isso não irá acontecer.

Do outro lado, Loss vai para seu quarto jogo à frente do Corinthians. Perdeu os dois primeiros e ganhou o terceiro. Provavelmente, terá altos e baixos, neste início de trabalho. Não seria fácil para nenhum jovem, receber a incumbência de pegar o Corinthians, imediatamente. Loss conhece o clube e o pensamento dos dirigentes e atletas. Claro que vai precisar de resultados, disputando três competições, após a Copa. Por isso, foi importante receber a garantia pública do presidente Andrés Sanchez, de que ele será o técnico até 2019. Veremos agora como as coisas funcionarão dentro de campo. Carille deixou o Corinthians bem colocado em todos os setores. Loss será cobrado pela manutenção, no mínimo.

Hoje, esperamos um bom jogo no Maracanã. E certamente os dois treinadores receberão muita atenção. Recentemente, isso seria impossível de ver, em duas potências nacionais como Flamengo e Corinthians. O futebol brasileiro tem novas ideias, resta saber se os dirigentes são capazes de executá-las e não mudarem, nos primeiros tropeços.

O blog aposta num empate de 1×1.


Erro de Mantuan fez jus à má atuação do Corinthians. Derrota justa em POA
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Alexandre Praetzel

Osmar Loss conheceu sua segunda derrota em dois jogos no comando técnico do Corinthians. O time perdeu para o Inter por 2 a 1, de virada, justamente. O Corinthians abriu o placar aos quatro minutos do primeiro tempo e recuou, como fez em outras ocasiões. Carille já adotava essa postura e Loss repetiu.

No entanto, há jogos em que a equipe será empurrada para a defesa, e foi isso que aconteceu, em Porto Alegre. O Corinthians deu a bola para o adversário e apenas marcou. É verdade que o Inter não criou muito, mas teve mais posse de bola e acampou no campo corintiano.

No segundo tempo, o panorama não mudou. O Inter continuou em cima e o Corinthians especulava um contra-ataque. Odair Hellmann sacou o lateral-esquerdo Iago e colocou o atacante Nico López. Patrick foi para a lateral e o Inter ganhou espaço pelos lados, ainda com vantagem no meio-campo. Dominou a partida e empatou com o oportunismo de Leandro Damião, sem chances para Walter. O goleiro evitou a virada em chute de Rodrigo Moledo, na sua frente. Antes, Matheus Vital perdeu a única chance de gol criada pelo Corinthians, cabeceando para defesa de Danilo Fernandes. Pouco, muito pouco para o Corinthians. Loss tentou deixar o time mais ofensivo, mas o Inter seguiu dono do jogo.

Nos acréscimos, o erro do garoto Mantuan, com colaboração de Walter. Parece que faltou comunicação. Mantuan foi matar a bola e escorregou, permitindo a conclusão de Rossi, com Walter fora do gol. O menino desabou, mas o goleiro também ajudou. Mantuan recebeu o apoio de todos os companheiros e alguns adversários e precisa levantar a cabeça. O empate estava praticamente definido e seria um ponto ganho para o Corinthians.

Por linhas tortas, a virada do Inter deu justiça ao placar. Resta ao Corinthians reagir e jogar mais. Loss vai seguir a linha de Carille ou vai implantar seu modelo e filosofia? O Corinthians pode atuar de outras maneiras, sem dúvida. Caberá ao treinador.

 


Presidente que trabalhou com Loss no Inter o elogia e prevê sucesso
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Alexandre Praetzel

O Corinthians enfrenta o Inter, neste domingo, no estádio Beira-Rio. Será o segundo jogo de Osmar Loss, no comando técnico da equipe. Loss começou suas atividades como treinador da base, no próprio Inter. Quem trabalhou com ele, foi o ex-presidente Giovani Luigi. Avesso a entrevistas, Luigi concordou em falar com o blog, elogiou Loss, projetou uma boa carreira para ele e ainda comentou sobre o momento de reconstrução do Internacional. Confira a seguir.

O Sr. conhece Osmar Loss dos tempos do Inter e trabalhou com ele. O Sr. acha que ele está pronto para o desafio de comandar o Corinthians?

Ele trabalhou comigo quando eu era vice-presidente e um pedaço de quando eu estava iniciando na presidência. É um jovem, que se preparou muito, dedicado, passou por todas as esferas do futebol, desde os meninos. Isso, sem dúvida, ajuda muito. Trabalhou sempre num clube grande. Daqui do Inter acabou indo para o Corinthians, também passando pela base e conquistando a Copa São Paulo Júnior. Tem feito um grande trabalho. Posso dizer que é de caráter e como pessoa para lidar com o grupo, excepcional. Acredito que nesses anos que se passaram, eu já convivo mais com ele há cinco, seis anos, deve ter se aperfeiçoado mais. Está pronto, na minha avaliação. De longe, vejo que ele tem todas as condições de fazer um grande trabalho no Corinthians.

O Sr. acha que um clube grande do Brasil consegue sustentar um profissional tão jovem no comando?

Isso depende muito de dois fatores fundamentais. Um, que o presidente do clube e o vice de futebol não deixem entrar opiniões de conselheiros, outras pessoas, dentro do vestiário. O vestiário deve ser comandado pelos profissionais que estão ali e pelos cargos políticos normais e o presidente do clube. Também o grupo de jogadores, que tem uma cultura de reagir de formas diferentes. O Loss já vinha trabalhando com o Carille, tem convivido com o grupo, o tempo todo. Tempo suficiente para que a diretoria do Corinthians pudesse fazer uma avaliação do trabalho dele. Portanto, não tenho dúvidas de que a diretoria do Corinthians avaliou todas as questões. Mas eu vejo que ele tem potencial enorme para vencer e trabalhar no Corinthians.

Transportando para o Inter, com a história do Sr., o Odair Hellmann lhe agrada?

Odair também não tem tanta bagagem como o Osmar Loss, se eu fosse fazer uma comparação, mas são desses novos treinadores que estão surgindo. Nada contra os experientes, mas o mercado de treinadores estava exigindo o surgimento de novos nomes. Então, vejo que o Odair, Loss, Carille e outros, são uma safra de treinadores importantes para o futebol brasileiro. O mercado estava muito inflacionado, se repetindo, e vejo que o Odair também tem potencial. Espero que, quem está lá, tenha feito a avaliação correta e veja potencial no Odair. Na época que eu trabalhei com ele, ele era um profissional extremamente dedicado.

Como o Sr. vê a investigação do Ministério Público do RS, sobre a gestão passada do Inter, financeira e administrativamente?

Faz três anos e meio que eu saí. Então, é difícil fazer uma avaliação. Eu não tenho condições de poder dar um depoimento falando sobre questões que saem algumas coisas na imprensa. Mas eu tenho certeza que o clube tem condições muito grande, uma torcida extraordinária, foi campeão do mundo há 12 anos, já ganhou duas Libertadores, Sul-Americana, tantos títulos. Tem um estádio quitado, tinha 100 mil sócios pouco tempo atrás, agora deva ter 80, 70 mil, tem uma torcida exuberante. Tenho certeza que o Internacional, quem sabe já nesse Brasileiro, possa fazer uma grande campanha, pelo menos, chegando na Libertadores.

Na sua opinião, por que o clube caiu tanto e foi rebaixado para a Segunda Divisão?

É difícil fazer essa reflexão do por que caiu para a segunda divisão. Estou há bastante tempo fora. Talvez, qualidade do grupo, falta de união, não sei como estava a preparação física. São variáveis assim que pesam. A questão da presença da diretoria. Várias questões que podem juntas, num determinado momento, levarem o clube a esse ponto. Mas o mais importante, nesse momento, o Inter já subiu para a primeira divisão e quem está lá, tenha consciência da grandeza do clube e faça com que a gente volte, novamente, a produzir jogadores nas categorias de base. Me lembro que em 2001, nem vou falar nos tempos recentes quando surgiram Daniel Carvalho, Nilmar, Rafael Sóbis, Pato, Fred, que vai para a Copa do Mundo. Em 2001, o Inter vendeu o volante Fábio Rochembach para o Barcelona e o zagueiro Lúcio para a Europa. Dois jogadores negociados no mesmo ano. O Inter sempre foi um celeiro de ases, um clube que conseguiu produziu jogadores. Sem dúvida nenhuma, clubes da grandeza do Inter precisam produzir atletas, constantemente, para dar retorno esportivo por um, dois anos, e depois trazer retorno financeiro. O Inter possui um déficit financeiro e precisa suprir isso, vendendo ativos, e o único ativo é o direito econômico do jogador.

O Sr. é a favor da reeleição do presidente Marcelo Medeiros?

Eu vejo que o Marcelo pegou o clube numa situação dramática, em vários aspectos. Conseguiu no primeiro ano, fazer o dever de casa, que era subir o Inter para a Série A. Entendo, que nesse momento, se ele for candidato, seria justo ele buscar a reeleição e fazer com que o Inter participe de Libertadores e grandes competições internacionais.

O Sr. sempre o novo Beira-Rio com o projeto que foi aprovado. O Sr. já imaginou se o Inter tivesse reformado o estádio com recursos próprios?

Com recursos próprios, hoje, entendo que os clubes brasileiros não têm condições. Até porque nós tínhamos a Copa do Mundo. Não dava para fazer com recurso próprio, fazendo aos poucos, daqui sete, oito, dez anos, estaria tudo pronto. Nós tínhamos um prazo muito curto. Não vejo fluxo de caixa para poder honrar o clube. No final, o Inter, no meu entender, fez um grande contrato, onde hoje tem domínio total do estádio. O estádio é quitado no seu nome. O Inter deu para a construtora todas as áreas que o Inter não tinha antes. O Inter não tinha edifício-garagem, a construtora explora por 20 anos. Não tinha “Sky box”, cadeiras vips, vários restaurantes e bares, e isso foi cedido para a construtora por 20 anos. Já se passaram três anos, faltam 17. O Inter ainda tem aquele estacionamento térreo de 2.200 vagas. Isso é receita do clube, mas tem um edifício-garagem que nunca ia fazer e sempre foi uma coisa, independente de Copa do Mundo, que era super necessária. Todo mundo que ia ao estádio, reclamava que isso era importante. Então, o Inter hoje tem um edifício-garagem com três mil vagas que é explorado pela construtora, em contra-partida como ressarcimento para aquilo que ela investiu. Então, vejo que o Inter fez um grande negócio. Não fui só eu, chamei uma comissão de obras e várias pessoas ajudaram. Encontramos um modelo e se formos comparar com outros estádios pelo Brasil, o nosso negócio foi melhor ainda.

Por que o Sr. parou de frequentar o Inter e ir ao estádio? Ficou uma mágoa na sua gestão?

Eu entendo que, principalmente, naquele período que eu estive na presidência(2011/2014), houve muitas brigas políticas, muitas convocações extraordinárias do Conselho, busca incessante para tentar provar que o clube estava mal gerido, mal administrado. Essas coisas assim, fizeram com que eu talvez perdesse o romantismo. Aquilo que eu tinha desde jovem, que era torcer pelo clube, time, quando jogava fora, a gente ficava num radinho escutando. Com esse desgaste que passei, pela construção do estádio, acabou realmente me fazendo perder o romantismo daquela coisa que o torcedor tem. Agora, fico em casa, vendo os meus jogos pela TV, não preciso estar convivendo e cumprimentando certas pessoas que, quando presidente, eu tinha a obrigação pelo status do cargo. Hoje, eu sou um mero torcedor e portanto, eu posso me dar a certos luxos.

O Vitório Píffero seria uma dessas pessoas que o Sr. não gostaria mais de cumprimentar?

Não, não entro no mérito no nome de pessoas. Não é essa situação. Sempre tive um bom convívio com ele e outras pessoas. Aliás, quando eu estava na presidência, ele nem ia nas reuniões do Conselho. Enfim, são coisas que já passaram. O Inter é muito grande. Tomara que faça um grande Brasileiro e, quem sabe, chegue à Libertadores. E que no ano que vem, produza mais jogadores e seja postulante a grandes títulos.

Luigi era o presidente, quando Osmar Loss estava na base do Inter. Presidiu o clube de 2011 a 2014, com quatro títulos gaúchos e uma Recopa Sul-Americana. Enfrentou oposição forte no conselho e foi o antecessor da péssima gestão de Vitório Píffero, investigada pelo Ministério Público e que causou o rebaixamento do time para a Série B do Brasileiro.

 


Loss pode se desvincular de Carille. Paciência e respaldo em seis jogos
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Alexandre Praetzel

Osmar Loss estreou no comando técnico do Corinthians. Derrota para o Millonarios da Colômbia, na Arena corintiana. Ainda assim, classificado em primeiro lugar no grupo, com dez pontos. A campanha foi apenas regular, com três vitórias(um 7×2 no Deportivo Lara), um empate e duas derrotas para Independiente e Millonarios, as duas em Itaquera. Aproveitamento de 55,6%. Dava para ter feito mais. Ontem, o Corinthians não jogou mal. Criou inúmeras chances e parou no goleiro Fariñez, além de um gol mal anulado.

Loss manteve a formação de Carille. Algo aceitável para alguém que assumiu o time, com um dia para treinar. Nessas horas, o importante é não querer mudar tudo de uma hora para outra. Agora, Loss precisa se desvincular de Carille. O modelo do antecessor foi vitorioso e continuaria, provavelmente. Ontem, o Corinthians seguiu com sua transição rápida e foi bem na armação. Na recomposição defensiva, a equipe pareceu mais lenta e cedeu espaços para os contra-ataques colombianos, principalmente, nas costas dos dois laterais.

No pós-jogo, Loss admitiu que seguiu a linha de Carille, porque também tinha liberdade de opinar, na comissão técnica. Claro que, se os resultados não aparecerem nos próximos seis jogos, até a parada para a Copa do Mundo, Loss será comparado ao antecessor, como alguém que não conseguiu dar seguimento ao trabalho. Por isso, o respaldo diário da diretoria, será fundamental.

Loss tem o desafio de deixar o Corinthians na ponta de cima da classificação do Brasileiro e, acredito, pode também adotar um estilo próprio de jogo. Tem condições para isso. A conferir.