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Maicosuel não cobra titularidade e acha SP com time maior que desempenho
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Alexandre Praetzel

Maicosuel chegou ao São Paulo como reforço de primeira linha. Indicado por Rogério Ceni, assinou contrato por três anos, mesmo com desempenho razoável no Atlético-MG, prejudicado também por lesões. No tricolor, se machucou logo no primeiro jogo e viu sua contratação ser colocada em debate. Recuperado e pedindo para receber salário, enquanto estava ausente, Maicosuel espera se firmar como titular, após decidir a vitória sobre o Atlético-PR, respeitando seus companheiros. O blog conversou com ele, logo depois da partida. Confira.

Você precisava dessa oportunidade para decidir um jogo e quem sabe ser titular?

Ah, eu acho que sim. A gente está trabalhando ali todo dia para isso. Perdi muito espaço com as minhas lesões e eu sei que vai ser difícil voltar, mas devagarinho, com ritmo de jogo, entrando aos poucos, eu acho que eu posso reconquistar de novo. Mas eu acho que tem que trabalhar. O mais importante era tirar o São Paulo da situação que estava. Então, eu não posso ser tão egoísta de pensar só em mim. Acho que o time está jogando bem. As coisas não estavam acontecendo, mas a gente tem certeza que continuando assim, a gente sairia dessa situação. Então, a gente tem que trabalhar cada vez mais.

Vocês imaginam que escapam do rebaixamento antes de qualquer ameaça ou isso vai até o final?

A gente não quer. Sabe que é difícil, não tem que pensar em Libertadores, agora. Mas é jogo a jogo. A gente sabe que está mais perto da zona de rebaixamento e a gente conseguiu dar um salto importante, só que o campeonato está muito afunilado. Se a gente não conseguir outro resultado, o pessoal de baixo pode encostar. Tem que continuar nessa batida aí, que a gente vai conseguir coisa maior lá na frente.

O que significou a comemoração intensa dos jogadores, após o gol? Eles te deram muita força, quando estavas te recuperando?

Muito. É gratificante. Eu acho que não foi só um gol meu, acho que foi de todos porque todo mundo estava falando, vai entrar, vai decidir, você pode decidir. Depois do jogo, vi todo mundo correndo para me abraçar. Acho que é uma sensação única, muito gostosa porque a gente fica mais tempo ali do que com a própria família. Então, o São Paulo acaba sendo nossa família. Fiquei muito feliz, gratificado por tudo que eles têm feito. É um grupo muito bom que não pode ficar nessa situação. A gente sabe que tem que melhorar muito para valorizar o grupo que a gente tem.

São Paulo tem jogadores para não ficar nessa situação? A qualidade é maior que o desempenho?

Óbvio que é. Nosso time é muito bom, principalmente, se olhar no papel, jogadores que a gente têm, a nível mundial, são jogadores muito bons. Mas a gente tem que trabalhar. Os resultados não estavam acontecendo, esperamos ter uma sequência boa agora para a gente conseguir sair dessa situação, que é o mais importante.

Maicosuel disputou quatro jogos pelo São Paulo, com um gol marcado. Aos 31 anos, tem Lucas Fernandes como principal concorrente entre os titulares. A vitória de ontem colocou o São Paulo na 11ª colocação com 34 pontos. Seus adversários diretos entram em campo, neste domingo.


Volante do Bahia admite interesse do Corinthians para 2018
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Alexandre Praetzel

O volante Renê Júnior pode ser reforço do Corinthians, em 2018. O blog apurou que o jogador pode ser opção para o elenco na próxima temporada. Renê Júnior já teve outras oportunidades para atuar no clube, mas as negociações acabaram não dando certo. Fernando Garcia, empresário com relação muito próxima da diretoria corintiana, cuida da carreira de Renê Júnior. O blog conversou com Renê Júnior, após o empate do Bahia com o Palmeiras, no Pacaembu. Confira a seguir.

Você está sabendo do interesse do Corinthians no teu futebol para 2018?

Cara, graças a Deus, estou fazendo um ano bom, um campeonato bom. Eu escutei sim, falar do interesse do Corinthians, mas escutei também do interesse de outras equipes. Vou esperar acabar o campeonato, para ver o que eu vou resolver da minha vida, até porque já tive outras vezes para ir para o Corinthians, outras três vezes, não deu certo e a gente procura ter o pé no chão, focar no Bahia, com contrato até o final do ano, focar nosso máximo, que no final do ano espero decidir nossa vida com o melhor caminho.

Não seria surpresa, então, vê-lo com a camisa do Corinthians, ano que vem?

Não, não sei, foi o que você falou. O Corinthians eu tenho acompanhado, assim como outras equipes. Não tenho nada certo com o Corinthians, foi só mais baseando das outras vezes, que eu tive para ir para o Corinthians e não deu certo, mas tenho contrato com o Bahia ainda até o final do ano, vamos ver o que se resolve. A questão fora de campo, deixo para meus empresários que estão cuidando bem.

Como vocês estão esperando o Corinthians, líder contra uma equipe com novo treinador?

Demos uma vacilada contra o Palmeiras. Falo por mim no primeiro gol, mas fizemos um bom jogo, conseguimos empatar e tivemos chance de virar o jogo no final. Agora, não tem tempo para trabalhar, é só descansar. Carpegiani conseguiu impor um pouco do que ele quer, até porque teve uma semana livre. A gente espera dentro de casa, fazer um bom jogo, sabemos da qualidade do Corinthians, mas a gente precisa do resultado.

A mudança de técnico foi necessária, na opinião dos jogadores?

Foi o que eu falei em outros jogos, em outro tempo, quando demitiram o Jorginho, depois com o Preto. A gente sabe que isso aí independe da gente, se não tiver resultado, infelizmente cai para o técnico. Mas o Preto é um cara querido no clube, nós jogadores ficamos felizes que ele pode fazer parte da comissão técnica, que ele pode ajudar Carpegiani. O grupo recebeu o Carpegiani de braços abertos e a espera que ele possa fazer um grande trabalho no Bahia.

Dá para ganhar do Corinthians, mesmo com toda a força que o Corinthians está mostrando?

Acho que dá sim, até porque nossa equipe é forte em casa. Se a gente conseguir imprimir nosso ritmo de jogo. foi o que eu te falei, a gente sabe da qualidade do Corinthians, mas em casa a gente tem que jogar para vencer.

Renê Júnior está com 28 anos. Chegou ao Bahia, em 2016. Disputou 47 jogos e marcou cinco gols. Passou por Ponte Preta, Santos e futebol chinês. Além do Corinthians, o Inter, treinado por Guto Ferreira, também tem interesse no atleta.

O Bahia pega o Corinthians, domingo, em Salvador. O time é 14º colocado com 32 pontos, um acima da zona de rebaixamento.


Treinadores pedem tempo para trabalhar, mas não mostram nada de novo
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Alexandre Praetzel

O Campeonato Brasileiro teve duas paradas para a disputa das eliminatórias sul-americanas, em setembro e outubro. Nas duas ocasiões, ouvimos da maioria dos técnicos de que o tempo de trabalho seria muito importante para os times. Não mesmo. Não vimos nada de novo. Algumas equipes até tiveram quedas de redimentos. Isso mostra que nossos treinadores não são tão inovadores quanto eles pensam. Senão, vejamos.

-Corinthians caiu bastante. No segundo turno, tem uma campanha irregular com derrotas para Vitória e Atlético-GO, em casa. Venceu o Coritiba pela entrada de Clayson. Antes, foi dominado e só não ficou atrás no placar porque Cássio fechou o gol;

-São Paulo comemorou os dias livres, mas não apresentou nada. Treinos fechados e jogadores em silêncio, como se isso fosse aumentar a qualidade do grupo. Dorival Jr. não conseguiu melhorar o desempenho. Foi dominado pelo Atlético-MG e a derrota por 1 a 0, saiu barata. Lucas Pratto criticou a atuação pífia ofensiva do tricolor;

-Palmeiras venceu Coritiba e Fluminense com atuações fracas e perdeu para o Santos, sem obrigar o goleiro Vanderlei a nenhuma defesa. Contra o Bahia, vamos ver se aparecerá algo diferente. Com Cuca, o Palmeiras não teve nenhuma partida indiscutível. E estamos na metade de outubro;

-Flamengo tem um desconto porque o treinador chegou há pouco. Mesmo assim, poderia estar jogando mais com o elenco que tem. Reinaldo Rueda mescla demais os titulares e deixou o Brasileiro de lado, erroneamente. Agora, está tentando retomar o interesse. Os clássicos contra o Fluminense mostrarão a realidade rubro-negra;

-Grêmio negociou Pedro Rocha e perdeu Luan por lesão. Só isso, não pode servir de desculpa. O time não consegue repetir os bons momentos do primeiro semestre. Alguns caíram de produção e o Grêmio caiu no sentido coletivo. Tanto que Renato disse que o que importa é o resultado, atualmente;

-Cruzeiro está bem, mantendo a regularidade. Ganhou a Copa do Brasil, empatou com o Corinthians e venceu Ponte Preta e Grêmio. É o vice-líder do Brasileiro, com um jogo a mais, mas Mano Menezes não encerrou a temporada porque ganhou um torneio. Por isso, merece crédito;

-Atlético-MG parece que melhorou o aspecto psicológico com a contratação de Oswaldo de Oliveira. Dois jogos e duas vitórias, com os melhores atletas voltando a jogar bem. Ainda que tenha perdido a Primeira Liga, se mantém na luta por uma vaga na Libertadores da América.

Então, treinadores com a palavra. Vivem reclamando da imprensa sobre a análise diária do futebol, mas não conseguem trazer conceitos, jogadas e novos ensinamentos. Afinal, quando eles têm tempo para trabalhar, conseguem involuir. Na sua grande maioria, é isso que acontece.


Vanderlei não deve ter chances na Seleção. Trio de goleiros encaminhado
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Alexandre Praetzel

A questão dos goleiros da Seleção Brasileira é a única que tem gerado debate sobre as preferências de Tite. Contra o Chile, Ederson foi o titular, sob a alegação de que precisava ser testado, após bons desempenhos como titular do Manchester City e com boa dinâmica com os pés, inclusive com uma jogada combinada com Gabriel Jesus, companheiro no clube inglês.

Taffarel deixou claro que já tem os três preferidos: Alisson, Ederson e Cássio. Claro que a decisão final será de Tite, mas a opinião do ex-goleiro campeão mundial pesa demais. Taffarel foi o único remanescente da comissão técnica de Dunga porque Tite entende que ele é o grande especialista da função, pelo seu passado vencedor. E Taffarel visitou e acompanhou treinamentos de Cássio e Vanderlei. O corintiano é elogiado pela postura nos treinos e segurança com a camisa amarela, descentralizando apenas as atuações dentro de campo. Vanderlei ainda não foi convocado e acho que não será, mesmo que haja três amistosos pela frente. Tite indicou que deve mexer muito pouco no grupo, para as convocações futuras.

Ainda não foi explicado o motivo claro pela ausência de Vanderlei, com grande desempenho pelo Santos. Há quem diga que ele não atua bem com os pés e isso atrapalha, mas a causa principal nunca foi revelada por Taffarel. Vale lembrar que o goleiro das duas últimas Copas foi Júlio César, unanimidade para 2010, com grande ciclo de 2007 a 2010. Na Copa, falhou nos momentos cruciais diante da Holanda. Quatro anos depois, foi titular, mesmo trabalhando no canadense Toronto FC, na MLS norte-americana. Ficou marcado pelos 7 a 1, assim como muitos atletas.

Alisson está bem na Roma. Ederson é considerado o futuro e Cássio tem a experiência. Vejo Fábio e Fernando Prass como ótimos nomes e que ajudariam bastante, mas pela sequência de chamadas, os três nomes estão bem encaminhados. Só uma grande surpresa para Vanderlei ser testado. Até porque, se Vanderlei chega e fecha o gol, arrumaria um bom problema para todos. Mas muitos profissionais não querem debates, preferem apenas suas convicções. Cabe respeitar. Se é certo ou não, o tempo dirá.


Você torce para a Seleção Brasileira?
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Alexandre Praetzel

Em 1982, tinha 11 anos e foi a última vez que chorei por futebol na derrota do Brasil para a Itália por 3 a 2, na Copa da Espanha. Um jogo dramático e espetacular até o final, com vitória dos futuros campeões, infelizmente. Os anos passaram e eu sempre quis ser jornalista esportivo. Até concluir o curso e começar a trabalhar na área, via a Seleção Brasileira com grande impacto sobre os torcedores e imprensa. Convocações e jogos paravam o país, com amistosos e competições oficiais tendo muita importância para todos.

Depois, já como profissional, comecei a cobrir a Seleção. Minha estréia foi em Brasil e Polônia, em janeiro de 1997, com Romário e Ronaldo juntos. Placar de 4 a 2 para o Brasil, com o comando de Zagallo, em Goiânia. Foi muito legal, apesar de achar o ambiente em torno, bastante político. Muitos tapinhas nas costas de todos e bastante vaidade. Ainda assim, havia bastante proximidade entre jogadores e jornalistas. O tempo foi passando e a Seleção virou propriedade da CBF. Se distanciou da torcida e passou a mandar seus jogos longe do Brasil, por gordos cachês e filas de patrocinadores. O dinheiro superou a paixão. De Ricardo Teixeira a Marco Polo Del Nero, a Seleção se transformou num produto comercial. Até nas convocações, sempre houve controvérsias.

Com as quedas de Teixeira e Marin por corrupção e com Del Nero proibido de sair do país para não ser preso, a CBF conseguiu atrair uma oposição da opinião pública e uma antipatia pelo nosso selecionado. A Seleção foi muito vaiada e só ganhou apoio total, quando sediou a Copa do Mundo, em 2014. O 7 a 1 para a Alemanha foi a pá de cal, forçando mudanças no pensamento de futebol praticado por técnicos e dirigentes brasileiros. Del Nero segue no poder e o Brasil retomou sua importância, depois da chegada de Tite. Com Dunga como substituto de Felipão, corremos o risco de eliminação da Copa, algo contornado e corrigido com a contratação de Tite. Hoje, a Seleção pode não encantar, mas parece mais integrada e comprometida em relação a anos anteriores. Ainda assim, não houve um treino aberto para a torcida, mesmo com o Brasil classificado. Só convidados e patrocinadores tiveram acesso. Isso precisa acabar.

Claro que na Copa do Mundo, a história é outra. O país para e entra em campo, representado por 23 atletas. Mas fora isso, você torce para a Seleção Brasileira? Eu tenho respeito, mas fico profundamente irritado com a distância que existe entre Seleção e torcida. A maioria dos convocados vive no exterior e não faz nenhum esforço para agradar a massa brasileira. Ficou um abismo e isso causou um esfriamento na relação.

Não me surpreendi com a declaração do prefeito de Belo Horizonte, o ex-presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil. Perguntado sobre Seleção, no programa ''Bola da Vez'' na ESPN Brasil, Kalil disse que nunca ligou e nunca torceu para a Seleção. Uma resposta clara de quem eternamente prioriza o clube. E isso me parece cada vez mais frequente. Afinal, você torce para a Seleção Brasileira? Hoje tem jogo e com público de 40 mil pessoas, mas há um sentimento verdadeiro pela Seleção? Eu tenho minhas dúvidas. Quando eu era criança, achava que sim.


Gatito sobre pênaltis: “Quando batem, o mundo para dois segundos para mim”
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Alexandre Praetzel

Roberto ''Gatito'' Fernández vem se destacando como titular do Botafogo, desde o início do ano. O goleiro paraguaio chama a atenção pela regularidade e por ser um ''pegador'' de pênaltis. Filho de ''Gato'' Fernández, ex-Inter e Palmeiras, disputa a posição com Jefferson, elogiado e considerado uma referência por Gatito. O blog conversou com Gatito, antes de se apresentar à Seleção do Paraguai, com chances de se classificar para a Copa do Mundo da Rússia. Acompanhem a seguir.

Deves permanecer no Botafogo em 2018?

Tenho contrato com o Botafogo até o final de 2018. Qualquer negociação ou proposta será analisada após o fim da temporada que estamos. O foco é total nesta reta final de Campeonato Brasileiro.

Palmeiras te procurou para ser reforço ano que vem?

Não tivemos conversas com o Palmeiras.

Como vês a concorrência com Jefferson pela posição?

Antes de mais nada, é um privilégio treinar e conviver todos os dias com Jefferson. Ele é uma referência no Brasil. Sempre vi a concorrência com ele como um grande desafio pessoal. Tenho que estar cada vez melhor e continuar tendo a oportunidade de jogar pelo Botafogo. Está sendo um ano maravilhoso e esta disputa saudável com o Jefferson só me fez evoluir ainda mais na carreira.

Qual a importância do treinador de goleiros hoje?

O Flávio Tênius faz um trabalho fantástico. A importância é enorme, pois o método de treinamento dele é bem atualizado, sua visão de futebol é moderna e o dia a dia com os goleiros é de muito trabalho, respeito e dedicação.

Botafogo tinha time para ganhar um grande título?

Por pouco, não avançamos ainda mais na Libertadores. Era nossa obsessão, mas não deu. Queremos coroar essa boa temporada com a conquista de uma vaga na Libertadores para o ano que vem. O Botafogo e esse grupo merecem.

Jair Ventura é o diferencial do clube hoje?

Jair entende os atletas, usa a meritocracia e tem uma visão tática excelente. É novo e tem muito a contribuir para o futebol brasileiro. Esse vai longe.

Como consegues ser tão pegador de pênaltis?

Treinamento e concentração. Quando o adversário corre para bater, o mundo para e se silencia por dois segundos para mim.

Qual a referência do teu pai, ex-goleiro? O que ele te diz?

Meu pai é minha referência e meu orgulho. Conversamos hoje até menos do que antes sobre futebol. Mas a agilidade que ele tinha, eu procuro me espelhar. Procuro ouvir seus conselhos e ter todo o tempo que puder no clube para aproveitar a estrutura que temos. Academia, aparelhos de recuperação, fisioterapia. Com os profissionais que temos, fica ainda melhor.

A situação do Roger afetou o desempenho do grupo?

O desempenho não pode ser alterado, pelo contrário. Temos que buscar essa vaga e ele estará de volta na pré-temporada. Sabemos que obter a classificação será uma homenagem ao Roger e um prêmio pela dedicação de todos neste ano.

Gatito está com 29 anos. Chegou ao futebol brasileiro, para atuar no Vitória, em 2014. Disputou 43 partidas pelo clube baiano. Depois, foi para o Figueirense, onde atuou 49 vezes. No Botafogo, já fez 46 jogos.

 


Diretor do Santos elogia Levir e ainda sonha com o título brasileiro
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Alexandre Praetzel

O Santos aposta tudo na reta final do Brasileiro para tentar encostar no Corinthians, pelo menos. São oito pontos atrás do líder e a aposta na matemática e nos próximos confrontos para ainda sonhar com o título. Do presidente Modesto Roma Jr., passando pela diretoria e jogadores, todos acham que é possível buscar o rival. O blog entrevistou o diretor-executivo, Dagoberto dos Santos, sobre esta possibilidade e o pensamento para 2018. Confira a seguir.

O Sr. acha que o Santos tem força e futebol para buscar o Corinthians?

Creio que sim. Nossa proposta é essa mesmo. Temos futebol suficiente para poder chegar na ponta.

Por que o Sr. tem essa convicção?

Porque eu vejo isso na vontade e na determinação do grupo.

Por que outros times não conseguiram encostar mais no Corinthians?

Vamos fazer nossa parte. Eu não vou fazer um comentário sobre a qualidade do meu adversário, mas da nossa parte nós temos vontade, determinação e futebol para chegar na ponta.

Santos mudou muito com Levir? É mais pragmático e resultadista?

Houve algumas mudanças, mas o Santos é aquele clube que tem vocação para o ataque e vontade de vencer sempre. E isso alinhou muito com a forma e o estilo do próprio Levir.

Levir não é mais defensivo?

Não acho que seja não. Ele está demonstrando isso no futebol que está apresentando.

Ricardo Oliveira renovará contrato ou a situação ficou complicada, após ele reclamar da logística no Equador?

Não, não tem nada a ver uma coisa com a outra. Ele está estudando nossa proposta e se der tudo certo, faremos a renovação sim.

Santos vai mudar muito para 2018, no time e elenco?

Santos nunca faz nada demais. Faz o necessário. Nós estamos planejando nosso grupo para 2018 e até o final do ano, nós teremos o planejamento concluído.

Sua permanência depende da reeleição do presidente Modesto Roma Jr.?

Minha permanência depende do presidente, não de mim.

Dagoberto dos Santos tem contrato até o final de 2017. O presidente Modesto Roma Jr. será candidato à reeleição. Ricardo Oliveira e Lucas Lima têm propostas de renovações de contratos, mas ainda não houve nenhuma definição. O Santos volta a jogar na próxima quinta-feira, contra a Ponte Preta, em Campinas.

 


Eu quero ver a Argentina na Copa do Mundo
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Alexandre Praetzel

A Argentina pode ficar fora da Copa do Mundo, após o empate de 0 a 0 com o Peru, em Buenos Aires. O selecionado é sexto colocado nas eliminatórias com 25 pontos, o mesmo número de pontos do Peru. Chile e Colômbia têm 26 pontos e o Paraguai, 24 pontos. A última rodada marca Equador(eliminado) e Argentina, em Quito. Vencendo, a Argentina estará classificada, no mínimo, para a repescagem, porque Peru e Colômbia se enfrentam em Lima.

Particularmente, eu quero ver a Argentina na Copa do Mundo. Um Mundial de quatro em quatro anos tem que ter os melhores times. Numa medida radical, acho que os oito campeões do mundo deveriam estar garantidos, quando o torneio chegar a0s 48 participantes, mas reconheço que isso é bastante discutível.

Como achar interessante, Messi não disputar a Copa? Uma seleção bicampeã ausente? Diminui sim, o brilho da competição. Não torço nem para a Seleção Brasileira, que dirá para os argentinos. Agora, um craque como Messi merece jogar, provavelmente sua quarta e última Copa, com 31 anos. E ganhar uma Copa de Messi, também dará muito valor para a conquista.

Tenho ouvido colegas meus vibrando com a possibilidade do Brasil entregar o jogo para o Chile, prejudicando a Argentina. Não acredito nisso, conhecendo Tite e a comissão técnica e Neymar liderando a equipe. Certamente, o Brasil vai com tudo para ganhar, em respeito ao futebol. Até porquê a bola pune e um dia poderemos ficar nos pés dos nossos rivais.

Então, terça-feira, às 22h20, quero ver a Argentina classificada novamente, ao lado de Brasil, Uruguai, Paraguai e Peru. Que me perdoem colombianos e chilenos, mas na reta final, o futebol deles caiu bastante. Que rodada! Todos os jogos valendo bastante.


O fiasco do Galo em 2017
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Alexandre Praetzel

O Atlético-MG é uma das maiores decepções da temporada. No início do ano, o Galo foi cotado como favorito para a Libertadores da América e candidato ao título do Campeonato Brasileiro. Roger Machado chegou com grande cartaz e teve um grupo qualificado à disposição. Ganhou o Mineiro, mas o time nunca convenceu nas competições mais importantes.

Roger alegava desgaste pelo calendário e os jogadores reclamavam da maratona de partidas, esquecendo que todo mundo estava passando pelo mesmo problema. Roger foi demitido dia 20 de julho, após a derrota para o Jorge Wilsterman-BOL, no primeiro confronto das oitavas-de-final. Foi a quarta vítima do presidente Daniel Nepomuceno, degolador de técnicos, desde o começo da sua gestão, em janeiro de 2015. Antes caíram Levir Culpi, Diego Aguirre e Marcelo Oliveira.

Rogério Micale assumiu dia 24 de julho e caiu dois meses depois. Foi eliminado da Libertadores e não conseguiu boa sequência na Série A. Não aguentou a pressão de comandar uma equipe principal e também sucumbiu como o quinto dispensado por Nepomuceno. Veio Oswaldo de Oliveira para fechar o ano e segurar o Galo na primeira divisão. Estreou com vitória fora de casa, mas perdeu o título da Primeira Liga para o Londrina, 10º colocado na Série B do Brasileiro. Mais um vexame de um elenco com ares de descomprometimento.

Não venham dizer que a Primeira Liga não importava. Oswaldo escalou força máxima e não conseguiu vencer nos 90 minutos. Uma formação com Victor; Alex Silva, Gabriel, Fellipe Santana e Fábio Santos; Adilson, Elias, Cazares(Marlone) e Valdívia(Clayton); Robinho e Fred(Rafael Moura) deve e pode jogar mais, mas parece que o ano terminou e os atletas estão cumprindo meras formalidades. Um fiasco para um time caro e desinteressado.

Depois de Alexandre Kalil, seu discípulo e sucessor não deixará saudades. Tanto que não irá concorrer à reeleição. A torcida do Galo merece ver mais gestão, organização, trabalho e competitividade. Provavelmente, o Atlético mudará bastante em 2018.


Braz se esquiva sobre L.Lima e Oliveira e vê mata-mata preferido no Brasil
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Alexandre Praetzel

O Santos ainda sonha em alcançar o Corinthians, na luta pelo título brasileiro. Oito pontos atrás, os jogadores apostam no futebol apresentado pela equipe e no comprometimento do elenco. O blog entrevistou David Braz com exclusividade. O zagueiro aposta no trabalho e na entrega dos companheiros, admitindo também que o calendário estendido atrapalhou o planejamento do clube. Confira o bate-papo a seguir.

O que falta para o Santos chegar no Corinthians?

A gente fez nossa parte no clássico contra o Palmeiras e tem que fazer nossa parte primeiro. Não adianta torcer para o Corinthians tropeçar. A gente tem que continuar nessa pegada, nesse trabalho e tentar passar por cima das dificuldades que vamos encontrar, começando contra a Ponte Preta. É um campeonato muito difícil e a gente tem que trabalhar para tentar alcançar o Corinthians.

O calendário estendido de Copa do Brasil e Libertadores, atrapalhou ou isso não teve influência?

Diminuiu a qualidade do Brasileiro, na minha opinião. As equipes têm dado prioridade as outras competições, mata-matas, onde é uma partida, você tem que estar ligado. O torcedor mesmo, quando tem dois jogos na mesma semana, tem Libertadores e Brasileiro, acaba escolhendo a Libertadores. As vezes, não tem a condição de ir aos dois jogos. Atrapalhou também o trabalho da comissão técnica. Não sabe se poupa ou não, fica aquela dificuldade. A gente precisava poupar os jogadores naquela partida contra o Botafogo porque nós fizemos uma viagem de 16 horas para o Equador e a gente acabou perdendo a invencibilidade de 17 jogos. Então, coisas que aconteceram. É continuar trabalhando e aceitar o que o pessoal tem organizado. Vamos trabalhar forte nas 12 rodadas que faltam.

Você concorda que o Santos joga hoje simplesmente pelos resultados? Perdeu um pouco da leveza do time?

O pessoal tem esquecido que a gente está com jogadores que não vinham atuando. Isso requer sequência, trabalho, entrosamento. A gente teve uma semana de trabalho, mas ainda foi muito pouco. A gente estava acostumado a jogar com Renato, Lucas Lima, Victor Ferraz, que já estão jogando há três anos seguidos. Tivemos quatro mudanças no clássico. Houve mudanças na equipe e a gente está superando isso. Então, acaba não sendo aquele futebol que o torcedor estava acostumado, toque de bola, triangulações, tabelas, chegadas ao fundo, cruzamentos. Então, a gente procurou fazer nosso melhor, com muita vontade e determinação.

Lucas Lima e Ricardo Oliveira ficarão no Santos? O que você acha com toda tua experiência?

Não sei, cara. É uma situação pessoal. Minha torcida é que continuem. Eu tenho dois anos de contrato e meu desejo é continuar nesses dois anos e, quem sabe mais para a frente, renovar, porque estou muito feliz aqui no Santos. Se eu puder contar com os dois, nesses dois anos, eu vou ficar muito feliz. Além de dois grandes jogadores, são dois grandes amigos que fiz no Santos. A gente está na torcida, mas não sei se vão continuar, acabando o contrato. Eles estão tranquilos, fazendo o melhor para ajudar o Santos nessa temporada.

Lucas Lima e Ricardo Oliveira encerram seus contratos em 31 de dezembro. Os dois negociam as renovações, mas a tendência é que não permaneçam. O Santos volta a campo, dia 12 de outubro, contra a Ponte Preta, em Campinas.