Blog do Praetzel

A hipocrisia dos treinadores. “Solidariedade” não condiz com a realidade
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Alexandre Praetzel

A demissão de Oswaldo de Oliveira do Atlético-MG gerou protestos e solidariedade por parte de outros treinadores. A maioria pediu que se repensem algumas coisas e debatam o melhor para todos os envolvidos com o futebol. Roger Machado pediu a palavra para encampar esse discurso. Mano Menezes seguiu no mesmo tom. E Paulo Roberto Santos, técnico do São Bento, fez um minuto de silêncio em homenagem a Oswaldo, antes de conceder sua entrevista coletiva, na última sexta-feira.

Gestos bonitos e palavras interessantes, que fogem da realidade do mercado. Os próprios criaram uma Federação Nacional da categoria para defender seus interesses, mas são eles mesmos que se traem com a verdade dos fatos.

Se não, vejamos. Quando algum companheiro é dispensado, existem centenas de candidatos prontos para ocupar o lugar vago. Não é nem preciso ligar para a maioria, eles mesmos se oferecem. Alguns fazem contatos, quando existe a ameaça de demissão de um time. Perguntem aos dirigentes se isso não acontece.

E quando o profissional deixa a equipe no início ou meio de trabalho, para assumir outro Clube que ofereceu um pouco mais de dinheiro ou um contrato maior? Aí é situação de mercado, eles dizem.

Tenho o maior respeito pelos técnicos e convivo com muitos, pela minha função. Mas a classe é desunida, como a maioria que trabalha no futebol, incluindo a imprensa. Um cobiça o cargo do outro. Alguns se odeiam cordialmente e cada um defende o seu. Essa é a realidade nua e crua.

Por que não se solidarizaram com Rogério Ceni, quando ele caiu no São Paulo? Ou agora, com Felipe Conceição, limado do Botafogo? Ah, esses são muito jovens e ainda estão começando, dirão alguns.

Qualquer um que tenha berrado pela saída de Oswaldo, gostaria de assumir o Atlético-MG. Assim, como Dorival Jr. foi convidado e aceitou o São Paulo e outro virá para pegar o Botafogo. Isso é normal, como em outras funções. O que não dá é pregar uma coisa e fazer outra.

Menos discurso, mais postura profissional. E respeito ao convívio com o contraditório. Penso dessa forma.


A. Carlos vê Palmeiras mais unido e titularidade fortalecida por bom início
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras enfrenta o Mirassol, neste sábado, tentando manter os 100% de aproveitamento no Paulista. Até o momento, são cinco vitórias em cinco partidas. O técnico Roger Machado pretende escalar força máxima e manter os jogadores que vêm atuando. O blog entrevistou Antonio Carlos, titular desde o início da temporada. O zagueiro ressaltou a união do grupo, o respeito e o fortalecimento do seu futebol na equipe. Acompanhem.

Presidente Galiotte disse que o Palmeiras não precisa de um novo zagueiro. Isso é uma boa notícia?

Uma boa notícia, mas como eu já frisei e já deixei bem claro. Quem chegar, vai chegar para ajudar, somar e ajudar a evoluir para quem está jogando. Se tiver que buscar outro zagueiro ou não tiver, tenho certeza que os onze que começarem os jogos, vão evoluir muito para a gente conquistar coisas nesse ano.

Cinco vitórias em cinco jogos fortalecem você e o Thiago Martins como titulares?

Sim, fortalece. As vitórias nos fortalecem. Com muita humildade, trabalhando bastante, a gente pode chegar muito mais longe. Esse é o foco. A gente está 100%, mas a gente tem que ter humildade para que a gente possa se sair bem durante todos os jogos, cada vez melhor.

Roger revelou que o time titular do momento é esse que vem jogando. Faz diferença em campo?

Muita diferença. Eu acho que com a sequência, a gente vai se conhecendo mais. Agora, tenho certeza que quem está no banco, esperando sua oportunidade, quando entrar, vai dar a vida. É uma família que está se formando. Eu olho para trás e vejo grandes jogadores. Vejo o Edu, Luan, Juninho e todo mundo fazendo seu trabalho, farão com que eu evolua, como eu estou fazendo eles evoluírem também. Isso é muito importante para que o trabalho seja bem feito.

Essa união de hoje faltou no ano passado?

Não é que faltou. Teve, mas poderia ter tido mais. A gente conversou quando começou o ano e a gente sabia que essa camisa era muito pesada e tínhamos que buscar mais, até porque pelo investimento que foi feito, a gente precisava de mais. Espero que seja esse ano, com o professor Roger e com todos ali. Estou muito feliz de estar aqui, vestindo essa camisa e espero que a gente consiga mais coisas no final do ano.

Revelado no Corinthians, Antonio Carlos foi pouco aproveitado entre os profissionais. Ganhou espaço no Avaí, por duas temporadas, com 91 jogos disputados e cinco gols marcados. Esteve na Ponte Preta com Eduardo Baptista e foi indicado pelo treinador, quando ele chegou ao Palmeiras.

Em 2017, Antonio Carlos participou de apenas oito jogos. Teve o contrato renovado até dezembro de 2018 e já esteve em cinco confrontos com um gol anotado.


Oswaldo caiu por soberba. Preferiu brigar com um repórter
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Alexandre Praetzel

Oswaldo de Oliveira foi dispensado pelo Atlético-MG. Deixa o Clube com 55% de aproveitamento, desde o ano passado. Assumiu o Galo, depois da queda de Rogério Micale. Deu um sopro de esperança no início, melhorou o desempenho do time, mas não conseguiu a vaga para a Libertadores, com um elenco cheio de jogadores renomados.

Foi mantido pelo trabalho, imagino. Em 2018, o Atlético mudou a diretoria e Oswaldo ganhou novos reforços, ainda que tenha perdido Robinho e Fred. É um grupo e equipe diferentes, mas poderia estar jogando mais. As atuações comuns no Estadual e o empate diante do Atlético-AC(Série C do Brasileiro), correndo risco de eliminação na Copa do Brasil, mas classificado para a segunda fase, revelaram um cenário preocupante.

Mas Oswaldo preferiu o caminho da soberba. Treinadores têm dificuldades enormes ou má vontade mesmo de falar ou explicar pouco futebol dos seus comandados. Muitas vezes, a responsabilidade é do técnico. Oswaldo foi questionado pelo repórter Léo Gomide, da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, por que o Galo não vinha bem, com dificuldades coletivas e claras dentro de campo, diante de adversários bem menores. Ao invés de responder, foi para o combate agressivo e inexplicável. Respondeu com justificativas de perseguição por parte do jornalista e partiu para bater em Gomide. O assunto foi notícia no Brasil inteiro. O Clube, muito exposto. Se tivesse analisado o momento fraco de todos, seria compreendido e a vida seguiria.

O desgaste com o mau desempenho do Atlético, aliado ao destempero com o repórter, minaram os últimos minutos de tolerância por parte dos novos dirigentes. Oswaldo caiu por falta de humildade. É um cara inteligente e preparado, mas faltou auto-crítica, o que falta para muitos técnicos Brasil afora.


São Paulo e Santos retomam conversas por Victor Ferraz
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Alexandre Praetzel

O lateral-direito Victor Ferraz voltou à pauta do São Paulo. O presidente Leco voltou a conversar com o presidente do Santos, José Carlos Peres, a respeito de uma possível negociação pelo jogador. No início do ano, o tricolor chegou a oferecer 1,5 milhão de euros, mas Peres recusou.

Em novembro de 2017, o blog antecipou o pedido de Dorival Jr. por Ferraz. O treinador são-paulino gosta muito do lateral, com quem trabalhou por duas temporadas no Santos. Na ocasião, os primeiros contatos foram feitos com o ex-presidente Modesto Roma Jr., que não quis abrir negociações.

Agora, o quadro mudou. Victor Ferraz tem sido muito vaiado pela torcida do Santos e demonstrado incômodo com a situação atual. Ainda existe a sombra de Daniel Guedes, pronto para substituí-lo. A diretoria santista já vê a possibilidade de venda com mais interesse. O blog apurou que o valor anterior mais a inclusão de um ou dois jogadores pode facilitar um acordo.

Victor Ferraz está com 30 anos e tem contrato até dezembro de 2019. Chegou ao Santos em 2014. Disputou 174 partidas e marcou seis gols.

 


Auxiliares viraram solução. A maioria não será um Carille ou Jair Ventura
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Alexandre Praetzel

Em dezembro de 2016, o Corinthians efetivou Fábio Carille como técnico do time. O ex-auxiliar chegou ao cargo principal, depois de ser interino no mesmo ano. Obviamente, Carille assumiu com desconfiança, após o Corinthians passar em branco naquela temporada, mas tinha uma trajetória de nove anos de clube, acompanhando Mano Menezes e Tite.

Veio 2017 e o Corinthians foi campeão paulista e brasileiro com autoridade e um jogo coletivo muito bom. Carille foi escolhido o melhor treinador, merecidamente, e renovou contrato por mais dois anos.

Jair Ventura não ganhou títulos no Botafogo, mas viveu a mesma condição. De número dois na comissão técnica de Ricardo Gomes, Jair passou à função principal, quando Ricardo foi para o São Paulo. Levou o Botafogo à Libertadores e seguiu com o bom trabalho até às quartas-de-final do torneio e às semifinais da Copa do Brasil. Hoje, comanda o Santos.

Citei os dois porque eles viraram referências para dirigentes efetivarem alguns auxiliares como treinadores principais, pelos salários menores e conhecimentos dos clubes. O próprio Botafogo promoveu Felipe Conceição, ex-jogador do time. Elogiado e querido pelo grupo, Felipe levou o Botafogo à semifinal da Taça Guanabara, mas deixou sua situação delicada com a eliminação para a Aparecidense-GO, na primeira fase da Copa do Brasil. O resultado pode ser a origem de uma demissão, caso caia para o Flamengo também. Se tivesse ganho a vaga no torneio mais rentável do Brasil, teria muito mais tranquilidade.

No Inter, Odair Hellmann substituiu Guto Ferreira. Abriu o ano com três vitórias, um empate e duas derrotas. Passou pelo Boavista-RJ com um futebol pobre e um empate na Copa do Brasil. Até agora, não definiu uma formação titular e o time não mostra padrão de jogo. Precisa de paciência, mas vem sendo criticado pela torcida. Se não passar pelo Remo, pode abreviar sua passagem. Lembrando que o Inter esteve na Série B, em 2017.

No Palmeiras, Alberto Valentim trabalhou nos últimos dez jogos de 2017. Largou bem, mas a derrota para o Corinthians e escolhas equivocadas, técnica e taticamente, liquidaram suas chances. O Verdão o dispensou e preferiu trazer Roger Machado.

No Sport, Daniel Paulista foi e voltou como interino e salvou o Leão do rebaixamento, quando Vanderlei Luxemburgo foi demitido. O Sport preferiu contratar Nelsinho Baptista e não o efetivou. Antes, o Sport apostou em Eduardo Baptista, que pulou da preparação física para a boca do túnel. Está fazendo carreira e dirige a Ponte Preta, pela segunda vez.

No São Paulo recente, Milton Cruz era o funcionário-tampão, quando a direção dispensava um treinador. Nunca quis assumir o tricolor. Saiu e virou técnico do Figueirense.

Zé Ricardo e Claudinei Oliveira foram bem nos times Sub-20 de Flamengo e Santos. Alçados às posições principais, se firmaram e foram para o mercado. Zé está no Vasco e Claudinei comanda o Avaí.

Novos nomes surgem por emergência e falta de dinheiro, também. A maioria não confirma porque sofre com o resultadismo e imediatismo dos clubes. Se começar ganhando, vai ficando, mas na primeira sequência negativa, pode cair, por não haver lastro e experiência. No fim do ano, teremos novos exemplos, sem dúvida. Nem todos serão como Carille e Jair Ventura. A caminhada é árdua e longa, e muitas vezes, ingrata.


Marcos Rocha vibra com posição no Palmeiras e nega ser bom só no ataque
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Alexandre Praetzel

Marcos Rocha foi um dos reforços contratados pelo Palmeiras, para a temporada de 2018. Indicação de Roger Machado, com quem trabalhou no Atlético-MG. Em Belo Horizonte, foi destaque por alguns anos e campeão da Libertadores e Copa do Brasil, como titular absoluto. Em 2017, não teve a mesma eficiência, mas recebeu o crédito do treinador palmeirense. Em entrevista exclusiva ao blog, Marcos Rocha se considera um marcador tão bom, quanto apoiador, e comemora a chance de vestir a camisa do Verdão. Confira.

Você tem um rótulo de ser não tão bom na parte defensiva como no setor ofensivo. Esse tipo de análise te incomoda?

Ah, eu não concordo. Hoje, pela experiência, já consigo apoiar bem e defender também. É só pegarem meus números de desarmes. Eu sou um dos jogadores que mais rouba a bola, durante as partidas. Mas, como você disse, já colocaram um rótulo, que fique por parte da imprensa. Eu, dentro de campo, tenho a consciência que na parte defensiva e ofensiva, eu venho fazendo um grande trabalho.

Você vem de um elenco forte no Atlético-MG e encontrou o mesmo no Palmeiras. Te surpreenderam cinco vitórias em cinco jogos ou estão dentro do esperado pela qualidade técnica?

Pela qualidade, acho que pelo trabalho que está sendo apresentado. Adaptação de todos ao estilo do Roger. Isso está facilitando nosso trabalho. Então, é só agradecer mesmo ao Palmeiras pela oportunidade de ter chegado ao clube num elenco tão qualificado. Isso só favorece para que a gente possa dentro de campo fazer o nosso melhor e buscar sempre a vitória.

O jogo contra o Santos foi o teu melhor pelo Palmeiras?

Acho que para toda a equipe, né. A gente vem trabalhando, evoluindo a cada dia, parte física, e você vai encontrando a parte técnica com o decorrer dos jogos, o entrosamento com a equipe. Então, acho que está todo mundo de parabéns pela dedicação, pela vitória e eu vou tentando evoluir a cada partida. Joguei quatro jogos e estou bastante feliz pelo que eu venho apresentando.

Revelado pelo Atlético-MG, Marcos Rocha foi emprestado ao América-MG e teve bons desempenhos em 2010 e 2011. No Galo, foi titular em 2009 e de 2012 a 2017, com 299 partidas e 13 gols marcados.

No Palmeiras, tem contrato até dezembro, em uma troca por Róger Guedes.


Vasco tenta a contratação de Giovanni Augusto
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Alexandre Praetzel

O Vasco está tentando contratar Giovanni Augusto, meia do Corinthians. A diretoria enviou uma proposta ao presidente Andrés Sanchez, por um empréstimo até o final do ano. Giovanni está treinando normalmente no Corinthians, mas não vem sendo aproveitado pelo técnico Fábio Carille.

Giovanni Augusto chegou ao Corinthians, no início de 2016, a pedido do então técnico Tite. Desembarcou no clube com um grande salário, pelo bom desempenho anterior no Atlético-MG. No Corinthians, não conseguiu repetir as atuações e foi mais reserva do que titular, apesar de ser campeão brasileiro e paulista, em 2017.

No ano passado, Giovanni recusou uma troca por Valdívia, do Inter, preferindo permanecer e tentar reaver seu espaço na equipe. Não conseguiu. Agora, colocado em disponibilidade, a tendência é que mude de ares.

O meia já disputou 74 partidas pelo Corinthians, com sete gols marcados. Tem contrato até dezembro de 2019.


Sidão agradece Dorival e acha que é o primeiro goleiro do São Paulo
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Alexandre Praetzel

Goleiro é uma função da confiança do treinador. No Palmeiras, existem três bem definidos por Roger Machado. No São Paulo, a diretoria trouxe Jean, pagando R$ 10 milhões ao Bahia. No entanto, o titular é Sidão, por determinação de Dorival Jr. Sidão começou a temporada e parece que se firmou. O blog conversou com o goleiro sobre essa condição e o momento do time. Acompanhem a seguir:

Aqui no São Paulo, você é o primeiro goleiro, mesmo com a chegada de um jogador de R$ 10 milhões (Jean)?

Isso aí, o professor Dorival já deixou claro. Acho pelo que eu fiz no ano passado, na situação em que o time estava, cobrança, pressão, e consegui dar conta do recado para tirar o São Paulo daquela situação incômoda. Voltei bem esse ano, me preparando fisicamente, tecnicamente tenho coisas a melhorar ainda, por conta do pouco período de treinos. Mas eu acho que o professor Dorival já deixou claro isso daí. Jean foi muito bem recebido e assim que precisar dele, ele vai entrar e vai corresponder também.

Falta um pouco de tranquilidade em campo para o São Paulo?

Não. Eu acho que não. A gente tem jogado bem. Primeiro tempo contra o Botafogo fomos abaixo, a gente reconhece. Mas no segundo tempo, a gente jogou, conseguimos fazer o placar. É começo de temporada. Estão cobrando já como se fosse meio do ano para a frente. Eu sei que todos os times estão em começo de temporada, tem time vencendo mais que a gente, mas o nosso trabalho é um pouco diferente e a gente tem muito a melhorar, ainda.

Quando for enfrentar adversários mais fortes, dá para jogar aberto como jogou?

Ah, acho que a gente não está jogando tão aberto, assim. Eu fiz uma defesa só no segundo tempo e a outra foi de falta. O time deles não criou tantas oportunidades. Não está tão aberto não. Precisa melhorar muitas coisas sim. Precisamos, em alguns quesitos, melhorar bastante. A gente tem convicção disso.

Sidão foi contratado a pedido de Rogério Ceni, em 2017, após boa temporada no Botafogo. Disputou posição com Denis e Renan Ribeiro, terminando o ano como titular. Já fez 31 jogos com a camisa tricolor.

 


Galiotte elogia torcida e não pensa na contratação de um novo zagueiro
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras chegou a cinco vitórias em cinco jogos no Paulista. O time de Roger Machado é apontado como o principal favorito para conquistar o Estadual pela qualidade e variedade de opções do elenco. O blog conversou com o presidente Maurício Galiotte, começando seu segundo ano de gestão, depois de passar em branco, em 2017. Galiote avaliou o momento do clube e ressaltou o foco no trabalho para esta temporada. Confira.

O Sr. esperava cinco vitórias em cinco jogos neste início de temporada?

Estamos trabalhando. Nossos objetivos são sempre as vitórias. Trabalhando, agora nossos objetivos são os títulos, trabalhar cada vez mais. Sempre ganhar um clássico é importante. O trabalho continua. Vamos sempre em busca dos nossos objetivos.

O Palmeiras montou um grande elenco e o estádio está sempre cheio. Time forte leva a isso?

Leva a isso também, mas a torcida comprometida do Palmeiras, engajada que o Palmeiras tem é que também leva a isso. Nosso torcedor está sempre junto conosco, em todas as situações, no sócio Avanti, no Estádio, nos momentos difíceis. Então, nós temos que sempre agradecer ao torcedor do Palmeiras. É o torcedor do Palmeiras que faz a diferença.

Qual foi o resumo que o Sr. fez em 2017, do que não poderia errar em 2018?

Nós antecipamos todo o planejamento, começamos a trabalhar com antecedência. Nós fizemos uma avaliação do que a gente precisava em termos de elenco, o que a gente precisava fazer para suprir algumas necessidades. E foi exatamente isso que nós fizemos, com antecedência.

Palmeiras pensa em negociar alguém para equilibrar as contas ou não?

Venda e compra de jogador faz parte do futebol. O que nós temos que fazer é avaliar se nós precisamos contratar e se nós tivermos grandes propostas, também avaliar. Isso faz parte de uma gestão responsável, mas hoje a gente entende que o elenco do Palmeiras está bastante competitivo e esse é o nosso objetivo para todo o ano.

Precisa de um zagueiro?

Não. Hoje nós temos bons zagueiros no grupo. Estão jogando e nós vamos com esse grupo que está aí.

Chegou alguma proposta para algum dos jogadores que não foram inscritos no Paulista?

Não. Por enquanto, não.

Torcedor não gosta de ver o Palmeiras favorito. O Sr. gosta?

Eu acho que ser favorito é o fato de você ter uma grande equipe, o fato de você estar se preparando. Só que favoritismo são os três pontos. Você precisa ganhar. Se não a expectativa fica lá em cima e só ganha um. No ano passado, nós também tínhamos um elenco muito competitivo, um grupo muito forte. Nós não ganhamos. Faz parte. Nós temos que continuar com um grupo competitivo. Continuar trabalhando. E nós vamos ganhar.

Qual é o rival que mais lhe preocupa hoje em termos técnicos, não em gestão?

Nós temos que nos preocupar com o Palmeiras. Todos os times são grandes equipes, bem preparadas, todos trabalham. Então, nós temos que nos preocupar com o Palmeiras.

O Palmeiras volta a campo, sábado, contra o Mirassol, fora de casa. A estreia na Libertadores, será apenas dia 1º de março contra um adversário a definir.


Deu a lógica no Allianz. Borja foi bem. Santos sofreu com os desfalques
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Alexandre Praetzel

Estive no jogo entre Palmeiras e Santos, trabalhando atrás da meta direita do Allianz Parque. Projetava um favoritismo do Palmeiras pela diferença técnica das duas equipes escaladas. Enquanto o Palmeiras tem reposições para todos os setores, o Santos sofre com algumas alternativas. Os desfalques de Victor Ferraz, Vítor Bueno e Bruno Henrique pesaram bastante. Gabriel nem foi relacionado.

O Palmeiras abriu o placar muito cedo e ainda mandou uma bola na trave, em seguida. Parecia que uma goleada poderia acontecer, mas o time diminuiu o ritmo e permitiu alguns avanços do Santos, com Jaílson fazendo grande defesa em cabeceio à queima-roupa de Eduardo Sasha. O primeiro tempo ficou por aí, com disputas fortes no meio-campo e pouca criação de jogadas ofensivas.

Na segunda etapa, apareceu a maior qualidade palmeirense. Pressão forte o campo todo e o segundo gol marcado, em boa conclusão de Borja, após troca de passes no ataque. O colombiano esteve muito bem. Ali, jogo liquidado, pensava eu. Ledo engano. O Santos descontou com Renato de cabeça e voltou à partida. O gol santista deixou o clássico em suspense, apesar da maior posse de bola do Palmeiras. O Verdão recuou, deu campo ao Santos e explorou os contra-ataques. O Santos até chegava à frente, mas faltava eficiência. Placar final de 2 a 1. Justo pelo que as duas equipes apresentaram.

Palmeiras com 100% de aproveitamento no Paulista. Com simplicidade, sempre levará vantagem na questão técnica.

Santos precisa de reforços. Com todo mundo à disposição, tem uma boa formação principal. Ainda é pouco.

Projeção de boa temporada para o Verdão e estudos para o Santos. Um está mostrando que é o time a ser batido. O outro está em debate e precisa se definir.