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Michel Bastos minimiza derrota e quer resposta do Palmeiras na Libertadores
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras teve a quarta derrota consecutiva para o Corinthians, no clássico em Itaquera. Apesar das maiores opções de elenco e com time superior, tecnicamente, o Palmeiras foi bem inferior e mereceu perder mais uma vez. O blog conversou com Michel Bastos e Thiago Martins. Os dois admitiram a superioridade do adversário, mas não acreditam em dúvidas sobre o grupo, depois de mais um tropeço para o rival. Confira as entrevistas.

Michel Bastos

A derrota foi justa?

Acho que o Corinthians está de parabéns, ganharam. Aconteceram algumas coisas que podiam mudar a cara do jogo, mas agora é levantar a cabeça. Temos um jogo na quinta-feira. Vamos ter outra oportunidade de voltar em Itaquera para jogar contra eles e será diferente. Perdemos, não podemos esquecer disso, e vamos trabalhar para que a gente possa focar bem no jogo de quinta-feira, numa competição muito importante.

Quarta derrota consecutiva para o Corinthians, deixa o elenco em debate?

Pelo amor de Deus. Coloca ponto de interrogação nenhum. A gente está no mês de fevereiro. Antes de começar esse jogo, davam favoritismo para nossa equipe, porque a nossa equipe é boa. Agora, perdeu para uma grande equipe, as coisas já vão de mal a pior? Não. Bem pelo contrário. É começo de temporada, nossa primeira derrota no ano. Não vamos achar coisas onde não têm. Não coloco interrogação nenhuma. Nosso time vive um bom momento. Agora, temos a oportunidade de quinta-feira, jogar uma competição que o Palmeiras almeja, busca. Então, não tem onde a gente achar coisa que não tem. Lógico, essa derrota serve para que a gente veja onde erramos, para que na próxima partida a gente faça diferente e possa conseguir o resultado. Mas, gente, pelo amor de Deus, está tudo bem.

Thiago Martins

Foi justo o resultado? Faltou o Palmeiras competir mais?

É complicado dizer. Nós competimos, demos o nosso melhor, corremos, nos empenhamos na marcação, mas infelizmente o resultado não veio. Agora, é erguer a cabeça e já pensar na quinta-feira.

Por que foi a quarta derrota consecutiva para o Corinthians?

É complicado dizer. Nós estamos trabalhando todos os dias, nos empenhando. Eles foram felizes, ganharam o jogo. Mas agora, como eu disse, é levantar a cabeça. Nós vamos nos encontrar mais vezes, pode ter certeza disso, e nós vamos reverter isso.

Uma derrota para o rival, coloca um ponto de interrogação no elenco ou não?

Não. Nós temos um trabalho. Nós estamos em fevereiro ainda. A gente tem que erguer a cabeça, continuar trabalhando a cada dia para a gente melhorar. A gente vai ver o que a gente errou no jogo, dentro de campo, para melhorar e quando a gente for se encontrar de novo, chegar bem melhor.

No Paulista, o Palmeiras segue com a melhor campanha no geral, com 20 pontos em 27 disputados. O time estreia quinta-feira na Libertadores, contra o Junior de Barranquilha da Colômbia.


Corinthians jogou e competiu mais. Roger se perdeu com expulsão de Jaílson
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Alexandre Praetzel

Foi uma satisfação trabalhar em mais um Dérbi. Fiquei atrás da meta direita e vi um primeiro tempo com certo equilíbrio, muita pegada e um golaço de Rodriguinho, aliando trabalho coletivo e técnico. O Corinthians começou bem mais incisivo e ganhando a segunda bola. O Palmeiras se defendia bem e arriscava no contra-ataque. Cássio fez duas defesas contra Borja e Willian. Henrique salvou chute de Antonio Carlos. Jaílson só havia tocado na bola, num desvio em cobrança de falta de Jadson.

Aí, veio o lance mais bonito do clássico. O Corinthians trocou passes, rodou a bola da direita para o meio, depois para a esquerda, com a participação de vários jogadores, até chegar a Rodriguinho, que deu uma ''comida'' em Borja e Antonio Carlos e ficou sozinho para concluir a gol, abrindo o placar. Foram longos 1'23'' de toques pacienciosos e certeiros, envolvendo o Palmeiras. Golaço.

Após o intervalo, o Palmeiras voltou com Scarpa no lugar de Willian. Eu teria tirado Dudu. O capitão do time parece ter lugar cativo. Dudu não vem atuando bem há quatro jogos, pelo menos.

A partida seguia seu ritmo normal, quando aos 15 minutos, Jaílson cometeu pênalti em Renê Jr. Discutível foi a justificativa do árbitro Raphael Claus, por ter visto a coxa de Renê Jr., sangrando. Alguns árbitros atuais disseram que ele poderia fazr isso. Mesmo assim, não teria expulsado Jaílson. E a expulsão encaminhou a vitória corintiana, mesmo que Jadson tenha errado a cobrança. Roger sacou Lucas Lima e o Palmeiras ficou sem criação, com um homem a menos. Lucas Lima era o rasgo de lucidez num time nervoso e afobado, correndo atrás do Corinthians. Keno entrou na vaga de Tchê Tchê e o meio-campo ainda ficou aberto demais, com o Corinthians mandando no clássico até chegar ao segundo gol em pênalti indiscutível cometido por Dudu em Rodriguinho, o melhor em campo. 2 a 0 e ponto final.

Vamos às notas do blog, aos desempenhos dos jogadores e técnicos.

Cássio – Duas defesas e uma saída errada de gol, num cabeceio de Borja. Nota 6.

Fagner – Bate tanto quanto joga. Poderia ter sido expulso. Nota 5,5.

Balbuena – Uma pixotada no primeiro tempo, mas seguro no resto. Nota 6,5.

Henrique – Bem posicionado. Evitou um gol em chute de Antonio Carlos. Nota 6,5.

Maycon – Improvisado na lateral, foi muito bem. Incomodou Marcos Rocha e marcou corretamente. Nota 7.

GabrielMarca e joga. Regularidade altíssima. Nota 7,5.

Renê Jr. – Sabe jogar. Um erro no primeiro tempo, mas sofreu o pênalti da expulsão de Jaílson. Nota 6,5.

Rodriguinho – O nome do clássico. Um gol e um pênalti sofrido, além de superar Felipe Melo e Tchê Tchê. Nota 8.

Jadson – Discreto, apesar de ter se movimentado bastante. Ainda perdeu um pênalti. Nota 5,5.

Clayson – Deu um calor em Marcos Rocha. Bom no um contra um. Converteu o segundo pênalti. Nota 7,5.

Romero – Parece um gladiador em campo, mas erra bastante tecnicamente. Nota 6. 

Fábio Carille – Ganhou o duelo tático com Roger e envolveu o Palmeiras. Quatro vitórias em quatro jogos de Dérbi. Nota 7.

Agora as notas do Palmeiras.

Jaílson – Seguro durante todo o jogo. Cometeu um pênalti, mas não merecia ter sido expulso. Nota 6.

Marcos Rocha – Sofreu com Maycon e Clayson. Sobrecarregado. Nota 5.

Antonio Carlos – Uma boa conclusão no ataque, mas um erro na marcação do primeiro gol. Nota 5.

Thiago Martins – Rebatedor. Perdeu uma bola para Romero dentro da área, por preciosismo. Nota 5. 

Michel Bastos – Passou trabalho com Romero e Fagner e apoiou pouco. Nota 5. 

Felipe Melo – Bom primeiro tempo. Cansou e não achou Rodriguinho no segundo. Nota 5.

Tchê Tchê – Muito discreto. Passivo, com pouquíssima. Nota 4.

Lucas Lima – Qualidade com a bola no pé, mas com dificuldade de recomposição. Não merecia ter saído. Nota 5,5.

Dudu – Outra jornada ruim. Não deveria ter voltado para o segundo tempo. Ainda cometeu um pênalti. Nota 3,5.

Borja – Perdeu o duelo para Cássio, mas incomodou a defesa adversária, quando recebeu a bola. Nota 5,5.

Willian – Não vinha mal, até ser mal substituído por Roger. Nota 5,5. 

Fernando Prass – Entrou na fogueira e fez defesas e intervenções. Nota 6.

Scarpa – Entrou pelo lado direito. Começou bem, mas depois sumiu quando o Palmeiras fixou com dez. Nota 5.

Roger Machado – Viu o time ser envolvido pelo nova variação corintiana. Admitiu a superioridade adversária. Mexeu mal. Nota 4. 

O Corinthians jogou e competiu mais. Não têm melhores jogadores, mas tem muito mais atitude do que o Palmeiras. Desde o ano passado. E hoje, isso ajudou muito na vitória. Resultado justo.


Corinthians e Palmeiras é o maior clássico do Brasil. Aposto num empate
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Alexandre Praetzel

Estarei em Corinthians e Palmeiras, o primeiro Dérbi do ano. Será mais um clássico que acompanharei, desde julho de 2007, quando comecei a trabalhar em São Paulo. Acredito que é o maior confronto do Brasil, em termos de repercussão. Um exemplo foi a decisão do Campeonato Paulista no dia 12 de junho de 1993. Morava em Porto Alegre e iniciava na mídia esportiva. Aquela final parou o país e teve ampla cobertura, com a quebra do jejum de títulos do Palmeiras.

Depois, quando vim para São Paulo, pude comprovar isso na prática. Em rivalidade, acho que o Grenal é maior, mas em tamanho, Corinthians e Palmeiras supera os outros clássicos.

Neste ano, imagino um equilíbrio nesta partida, apesar da superioridade técnica do Palmeiras e das maiores opções de elenco. O Corinthians terá torcida única e isso pode contar sim. Não vejo favoritismo de ninguém.

Fábio Carille e Roger Machado não fizeram mistério e confirmaram suas escalações. O blog fez sua análise, jogador por jogador.

Cássio  X  Jaílson

Fagner  X  Marcos Rocha

Balbuena  X  Antonio Carlos

Henrique  X  Thiago Martins

Maycon  X  Michel Bastos

Gabriel  X  Felipe Melo

Renê Jr.  X  Tchê Tchê

Rodriguinho  X  Lucas Lima

Jadson  X  Willian

Romero  X  Borja

Clayson  X  Dudu

Fábio Carille  X  Roger Machado

8×4 Palmeiras, na avaliação do blog. Apenas opinião.

O palpite do blog é para o empate: 2×2. Tomara que seja um grande jogo.

Se houver algum perdedor, certamente haverá debates e consequências. Pelo momento, a derrota desarrumaria mais a casa corintiana.

Na classificação geral do Paulista, o Corinthians tem 13 pontos contra 20 do Palmeiras.


Direção do Vasco teme perder Zé Ricardo para o futebol árabe
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Alexandre Praetzel

O técnico Zé Ricardo pode deixar o Vasco, nos próximos dias. Ele recebeu uma proposta do Al-Ahli Jedah da Arábia Saudita. O blog apurou que os dirigentes sabem que a oferta financeira é muito boa para Zé Ricardo e admitem que podem perder o treinador. Uma reunião nesta sexta-feira servirá para definir se o trabalho segue ou não.

Sem dinheiro em caixa, o Vasco não tem como concorrer com propostas do exterior para segurar Zé Ricardo. Ele recebe em regime CLT e uma rescisão de trabalho é simples e rápida neste sentido.

Para muitos, dentro do Vasco, Zé Ricardo é melhor do que o elenco. Em 25 jogos, comandando a equipe, Zé Ricardo conseguiu 12 vitórias, desde que chegou a São Januário, em 2017. Agora, levou o Vasco à fase de grupos da Libertadores da América, com estreia marcada para março.

Caso Zé Ricardo deixe o clube, o Vasco vai priorizar a busca por um profissional que tenha trabalhado com jovens de categorias de base. O nome de Claudinei Oliveira, técnico do Avaí, é bem visto pela direção.


Vanderlei vê Palmeiras à frente do Santos. Goleiro ainda sonha com Seleção
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Alexandre Praetzel

Vanderlei tem sido o melhor jogador do Santos nos últimos dois anos. Quando vemos a escalação, reconhecemos que o Santos começa mesmo pelo seu goleiro, grande responsável por vitórias, fechando o gol contra os adversários. Com DNA ofensivo, o Santos hoje tem a defesa como principal setor, no trabalho inicial de Jair Ventura. O blog entrevistou Vanderlei, exclusivamente, sobre o seu momento incontestável, a projeção para o Santos e o sonho de ainda ser convocado para a Seleção Brasileira. Confira.

A defesa é o melhor setor do Santos? O Santos começa pela defesa?

Não só o Santos. Cada equipe tem que ser assim. Tem que ter uma defesa forte para dar tranquilidade maior aos demais setores da equipe. Isso equilibra, dá uma junção melhor para a gente. A gente vinha pecando nisso nos primeiros jogos, levando gols que nos dificultavam um pouco mais. Mas agora acertou, todo mundo está marcando bem, o Jair vem no dia a dia, procurando acertar a defesa e os outros setores. A gente está conseguindo fazer isso, sem levar gols. Com os jogadores de qualidade que nós temos do meio para a frente, nós temos resolvido as partidas. A gente espera ficar assim o resto do ano, sem levar gols o maior número de jogos, para nosso ataque decidir lá na frente.

Jair Ventura mudou um pouco o estilo do Santos? Primeiro não perder?

O Santos não tem um DNA defensivo, é ofensivo, né. A gente sabe que vem tomando poucos gols, nos últimos anos, mas é uma equipe ofensiva. Isso ressalta a qualidade defensiva que a gente vem mostrando. Esperamos manter assim, um time competitivo, que ataca, mas também ter um time equilibrado, se defendendo bem e todo mundo se doando. Isso é o fundamental. Não adianta você ter um bom ataque, se a defesa não está bem. Acho que tem que ter o equilíbrio, que é fundamental no futebol.

Em que nível está o Santos em relação a Palmeiras, Corinthians e São Paulo?

Cara, é óbvio que se você olhar hoje o Palmeiras, está um pouco à frente pelo poder financeiro que ele tem, né. Foi ao mercado e buscou os melhores jogadores do Brasil. Já tinha um grande elenco. A gente sabe que o futebol é muito equilibrado também. A gente viu isso no ano passado. Eles fizeram grandes contratações, o próprio Flamengo também e acabaram não conquistando títulos. A gente sabe que é bem equilibrado aqui no Estado também. As quatro equipes são equipes que estão bem montadas. A gente vê o Corinthians, campeão brasileiro, e o São Paulo, contratando grandes jogadores. Então, a gente sabe que vai ser bem equilibrado. Esperamos fazer uma primeira fase muito boa e na hora do mata-mata, a gente vai ver. Vamos mostrar nosso melhor futebol e esperar conquistar esse título, que a gente deixou escapar no ano passado.

Por que você não é convocado para a Seleção Brasileira? É aspecto técnico só ou existe outra coisa?

Complicado falar porque tem profissionais do outro lado. As vezes, eles convocam jogadores que se encaixam melhor no perfil de jogo deles. Não sei, né. Eu falo sempre que a gente tem que estar fazendo nosso melhor trabalho no clube. Não adianta ficar só pensando no profissional que está lá. São profissionais competentes que estão fazendo um grande trabalho. Tite vem fazendo um trabalho espetacular. O Brasil está bem servido. Tem inúmeros goleiros que se vocês forem falar aí, terão oportunidades, fora os que estão na Europa. Estou tranquilo, fazendo o melhor trabalho. Tem quatro meses para a Copa do Mundo. Botar nas mãos de Deus. Será consequência do que a gente fizer no dia a dia. Não adianta ficar lamentando não. Tem que trabalhar cada vez mais e aguardar uma convocação para não sair mais.

Quando Taffarel visitou o Santos, ele conversou contigo e te deu alguma esperança ou não?

Ele conversou mais com a comissão técnica. Na época, era o Levir, Elano, entre outros. A gente sabe que ele não visitou só o Santos. Ele visitou outros clubes também. Ele procurou acompanhar o dia a dia dos goleiros. Isso é muito importante. A gente espera uma convocação, mas se não vier, a vida segue. Estarei sempre torcendo por todos.

Vanderlei chegou ao Santos em 2015. Aos 34 anos, disputou 173 jogos. Foi bicampeão paulista, em 2015 e 2016.

Em 2018, o Santos é líder do seu grupo, após oito rodadas, com 14 pontos. Enfrenta o Santo André, neste domingo, na Vila Belmiro.


Flamengo jogou para 3.465 pagantes. Não pode. O Cariocão é uma tristeza
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Alexandre Praetzel

O Flamengo, clube de maior torcida do Brasil, jogou para 3.465 pagantes contra o Madureira, no Engenhão. Foi a abertura da Taça Rio, segundo turno do Carioca. A renda foi de R$ 105.520,00. Um fiasco do tamanho do Rio de Janeiro. Não é possível que a diretoria, comissão técnica e jogadores gostem disso, mesmo que a partida não valha nada, após o Fla ganhar a Taça Guanabara.

O Flamengo tem 122 anos de história e não tem um estádio próprio. A Ilha do Urubu não conta e nunca contará. Se o Fla tivesse sua casa, imaginem a diferença financeira que abriria em relação aos adversários. Está pagando para jogar. É lastimável.

O Rubro-Negro poderia liderar uma mudança no futebol brasileiro. Tem força, poder, dinheiro e torcida. Mas todos os dirigentes que passam por lá, parecem que querem deixar tudo como está.

O jornal LANCE! publicou o ranking financeiro dos times brasileiros, nestas primeiras rodadas dos Estaduais. Enquanto o Flamengo tem prejuízo, o Palmeiras faturou mais de R$ 4 milhões de renda líquida, seguido do Corinthians, com R$ 1,8 milhão, e o São Paulo, com R$ 1,5 milhão. Uma hora, essa diferença vai pesar, mesmo que o Fla esteja se reorganizando há cinco anos.

Parece que o caminho do estádio próprio não tem volta. Para evitar essa tristeza, num campeonato de futebol no Brasil.

 


Diego Souza não pode ser 9 fixo. Dorival quer vê-lo mais solto
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Alexandre Praetzel

O São Paulo já tem uma base titular formada e isso inclui Diego Souza, contratado por R$ 10 milhões. No entanto, o jogador tem mostrado dificuldades para atuar como um centroavante de área, fixo, preso entre os zagueiros. Na sua passagem pelo Sport, se vendeu a ideia de que Diego exercia essa função, chegando até a Seleção Brasileira, como ''falso 9''. Na realidade, Diego marcou vários gols, mas vindo detrás, na maioria, além das cobranças de pênaltis.

Se o São Paulo o contratou como centroavante, me parece um equívoco. Falei com Dorival Jr. e ele admitiu que quer ver Diego mais como meia-atacante e não como um 9, jogando de costas para a defesa adversária.

''Ele treinou pouco e disputou oito jogos seguidos. Não quero ele de costas como um 9, quero solto como mais um meia-atacante. Dois meias chegando, ele seria um deles. Como Luan no Grêmio. O grande problema é não termos tempo de treinamentos. Domingo, completamos 31 dias, com 12 dias de treinos e nove jogos. Quem suporta? Diego trabalhou sete dias até sua estreia'', explicou Dorival ao blog.

Nesta quarta-feira, Diego Souza está confirmado contra o Ituano. Do meio para a frente, o time terá Jucilei, Hudson, Cueva e Nene; Marcos Guilherme e Diego Souza. Vamos ver como será a movimentação de Diego, na partida.

No São Paulo, Diego tem oito jogos e dois gols.

No Sport, em três temporadas, foram 115 partidas e 40 gols.

 


Gustavo Oliveira e a última entrevista, antes de cair no Santos. Confira
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Alexandre Praetzel

Gustavo Oliveira foi dispensado pelo Santos. O diretor executivo de futebol ficou um pouco mais de dois meses no comando da principal área do Clube. Gustavo sempre foi arredio com a imprensa, preferindo a discrição. O blog fez a última entrevista com Gustavo, antes da demissão no Santos. Ele parecia muito tranquilo e acreditando que o trabalho ganharia afirmação com os próximos resultados. Confiram.

O clássico diante do São Paulo serviu como um início de afirmação do trabalho?

Um jogo importante. A afirmação tem que ser feita toda semana no futebol. A gente não tem só um dia ou outro jogo. Óbvio que foi um jogo relevante, um clássico, de maior repercussão. Uma caminhada longa, de um caminho que a gente pretende que seja vitorioso, no final dele, evidentemente, para quem trabalha e vive o Santos.

Foram 14 pontos em 24 disputados. Dentro do agradável ou próximo do esperado?

É um processo no futebol. A gente não controla o todo e a gente tem adversários e conduz da melhor maneira possível. No futebol, muitas vezes, se faz o possível. O Santos vem enfrentando um momento novo, de nova gestão, novas pessoas, todos conhecendo o universo Santos e se reconhecendo como gestão. Acho que é um momento importante e um desafio. Só que o futebol também não pode esperar. Tem rodada quarta e domingo, quarta e domingo. Então, é um pouco nesse ambiente que a gente vai caminhando e se acertando. O importante é que tenha, num médio prazo, um horizonte favorável, esperançoso, que permita que o torcedor tenha orgulho daquilo que ele vê em campo. Isso é o que importa.

Lateral Dodô está contratado?

Sobre jogadores, eu não falo.

Você está se sentindo bem no Santos? Você foi muito identificado com o São Paulo. Para quem não é de Santos, é diferente?

Eu estou me reconhecendo. Eu fui recebido de forma muito calorosa. Isso me deixou feliz. A vida da gente, a gente tem que virar as páginas, as páginas vão sendo viradas e essa foi virada de uma forma muito relevante, muito categórica. A partir de agora, eu tenho uma página branca para escrever no Santos e eu pretendo escrever com toda minha paixão, carinho, coração, para fazer esse clube cada vez maior.

O blog tentou contato com Gustavo, após a demissão, nesta terça-feira, mas ele não respondeu às mensagens.

 


Não trocaria Dorival. São Paulo precisa de sequência de trabalho
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Alexandre Praetzel

Nesta segunda-feira, recebi quatro mensagens no celular, me informando que Dorival Jr. estava demitido ou seria dispensado ao longo do dia. Fui checar com minhas fontes. Poucas, mas muito confiáveis. Ouvi que a pressão é muito forte, internamente. Há uma corrente no clube que gostaria de ver André Jardine, técnico do Sub-20, alçado ao posto principal. Um espécie de ''Carille'' são-paulino.

Depois, falei com Dorival. Se mostrou tranquilo com minha pergunta e disse que estava trabalhando no São Paulo, desde às 7h. Não se alongou mais na questão.

Acho que seria um grande erro demitir Dorival. Não completou um ano à frente do time e recebeu novos jogadores como Diego Souza, Nene, Trellez e Valdívia. Em apenas quatro partidas, teve Cueva, Nene e Diego Souza juntos. Ainda perdeu Hernanes e Pratto, dois nomes fundamentais no tricolor. Está buscando um padrão de jogo ideal e uma formação titular. Vem repetindo uma escalação, mas o desempenho tem caído nos segundos tempos. Contra o CSA-AL, foi uma exceção, com o resultado alcançado na segunda etapa, depois de 46 minutos muito ruins. Diego Souza de centroavante, acho um erro. Não tem mobilidade e tem atrapalhado mais do que ajudado.

O São Paulo não vem jogando mal. Agora, precisa de mais consistência e equilíbrio para não permitir espaços generosos aos adversários. É verdade que o time perdeu os dois clássicos que disputou, mas isso não tem sido novidade, já que o retrospecto é muito ruim diante dos rivais, nos últimos dez anos.

A diretoria pode dar um crédito de confiança a Dorival e deixá-lo trabalhar. Temos visto clubes demitirem treinadores e não conseguirem substituí-los à altura. É preciso mudar essa política no futebol brasileiro.

Mais análise do trabalho e menos resultadismo. Porque, pelo último quesito, o São Paulo vai bem. Classificado na Copa do Brasil e primeiro colocado do grupo no Paulista, com um jogo a menos.


Ricardo Rocha confia em Dorival e pede tempo ao SP
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Alexandre Praetzel

O São Paulo perdeu para o Santos, no segundo clássico do ano. São dois jogos maiores com duas derrotas – a outra foi para o Corinthians. Mais uma vez, a torcida pegou muito no pé do técnico Dorival Jr. e vaiou a equipe, após a partida. Na diretoria, ainda existe a convicção no trabalho e que é preciso ter paciência, sem a promessa de títulos. Isso ficou nítido na entrevista do blog com Ricardo Rocha, ex-zagueiro tricolor e hoje, gerente de futebol. Confira

Você acha que as críticas dos torcedores à forma de atuar do time são justas?

Um pouco injustas pelo tempo que a gente tem, mas a gente tem que estar atento a tudo. A gente sabe que o São Paulo precisa melhorar. O torcedor sempre gosta de ver um São Paulo jogando bem. Têm momentos que o São Paulo joga bem o primeiro tempo, têm momentos que joga o segundo tempo. O melhor jogo que fizemos foi em Mirassol, mas realmente a gente tem que estar atento a tudo, ao torcedor. A gente espera que com o tempo, a tendência é melhorar.

O trabalho do Dorival é satisfatório na avaliação de vocês?

Satisfatório. A gente precisa de tempo. A gente confia nele.

O fato de não conquistar títulos há seis anos, realmente incomoda muito?

Incomoda todos. Quem é torcedor do São Paulo, quem trabalha aqui há muito tempo. Eu, que joguei aqui, a gente sabe. O São Paulo é muito grande, ficar muito tempo sem ganhar, mas tem que trabalhar. Eu sempre digo. O São Paulo não tem que vir com promessas para o seu torcedor de que vamos ser campeões. Mas o São Paulo tem que lutar por todos os títulos possíveis porque é grande, tem uma grande torcida e tem que trabalhar para isso.

Você viveu os dois lados. É muito difícil estar ao lado dos jogadores?

Para mim, não. Eu estava um pouco fora, mas estou acostumado. Joguei muitos anos da minha vida, quase 20 anos. A gente sabe da pressão. O São Paulo é muito grande, eu conheço muito bem a casa. Essa pressão vai existir, mas o São Paulo está bem, classificado na Copa do Brasil, em primeiro lugar do seu grupo no Paulista. O bom é que a gente  precisa melhorar a cada jogo e isso, o tempo vai dizer.

O jogador de hoje é menos comprometido que o da tua geração?

Não. Não gosto de fazer comparações. Acho que cada um dentro da sua época, você tem que respeitar. Eu acredito no trabalho do grupo. A gente tem conversado com eles porque há um espaço de tempo muito curto. Não só da minha chegada. Alguns jogadores foram contratados. Um time com Diego, Cueva e Nene, tem quatro jogos apenas. É muito cedo para ter uma cobrança tão forte, por parte de todos. Então, vamos esperar que melhore a cada jogo.

Como está o São Paulo, desde o início do teu trabalho?

Também é muito cedo, 40 dias só de trabalho. Acho que pouco a pouco, a tendência é uma melhora, a gente sabe disso. Hoje, desde o início do primeiro jogo são 31 dias e dez jogos, uma preparação muito curta, mas tem que jogar. Esse entrosamento vai vir com o tempo.

Ricardo Rocha foi contratado para ser o braço direito de Raí, diretor-executivo de futebol. No Paulista, o São Paulo é líder do grupo com dez pontos, com um jogo a menos que os demais concorrentes. Joga contra o Ituano, quarta-feira, em Itu.

Na Copa do Brasil, enfrenta o CRB-AL, na terceira fase, em duas partidas.