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Claudinei Oliveira: “Entrar ligado e evitar um gol do Palmeiras, no início”
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Alexandre Praetzel

O Sport tentará atrapalhar o Palmeiras, neste sábado, no Allianz Parque. O time de Recife trocou o treinador, após a segunda rodada, e melhorou seu desempenho, depois da chegada do técnico Claudinei Oliveira. O Sport é 12º colocado com oito pontos em 18 disputados. O blog entrevistou o treinador, a respeito da projeção para a campanha da equipe, a busca por reforços e a mudança na forma de trabalho com o elenco. Acompanhem.

Sport está pronto para uma boa campanha no Brasileiro ou as dificuldades são grandes?

A dificuldade no Brasileiro sempre é grande. Não só para o Sport, como para todas as equipes. A gente está pronto para entregar uma equipe bem organizada, fazer bons jogos e brigar por todos os resultados e pontos que a gente vai disputar. A gente sabe que o Brasileiro é bem complicado, mas eu acho que com o empenho que os jogadores estão demonstrando, a gente consegue fazer um bom trabalho e terminar bem o campeonato.

Como segurar o Palmeiras no Allianz Parque?

A receita é entrar bem concentrado, evitar tomar um gol no início da partida. Não tem hora boa para sofrer gols, mas se o Palmeiras faz um gol no início, se tranquiliza e tem muita qualidade para trocar passes e o jogo fica mais difícil.  Para a gente conseguir, é entrar bem ligado e evitar esse gol no início do jogo, a gente consegue, encaixando nossa equipe, fazer um grande jogo.

Como conseguiste melhorar o Sport, depois da saída complicada do Nelsinho Baptista?

Em termos de performance do dia a dia, não tenho muito o que falar, porque não estava aqui. O que realmente aconteceu, foram os resultados, com duas vitórias nos dois primeiros jogos, uma derrota para o Cruzeiro e um empate com o Corinthians, apesar do Corinthians não estar com sua equipe completa, a gente pressionou, mas não conseguiu vencer o jogo. Então, acho que da minha parte, procurei colocar questão que eu entendo como organização de equipe. Não quer dizer que o que eu estou falando está certo e o Nelsinho estava errado. Muito pelo contrário, até pela experiência do Nelsinho. Mas a gente botou nossa cara, o que a gente acha que é interessante. Os jogadores compraram a ideia e têm procurado fazer dentro de campo. Então, na realidade, não é melhorar o que vinha sendo feito. É fazer um bom trabalho em cima daquilo que a gente acredita. É isso que estamos procurando fazer.

Ainda espera por reforços e o time só luta para não cair?

A gente está atento ao mercado, mas a gente sabe da dificuldade em contratar. Está difícil, até porque o Sport está se encaixando num novo patamar financeiro. Já não tem jogadores tão midiáticos. A gente está procurando investir numa equipe dentro da realidade financeira que pede o futebol atual, dentro do orçamento. Mas, a gente reforçar um pouco mais o elenco, dentro de uma oportunidade de negócio, sem desqualificar quem está aqui, mas trazer alguns jogadores com características diferentes daqueles que a gente tem. Jogadores que te dêem um leque diferente de opções, para não trazer mais do mesmo, jogadores com a mesma característica. Esperamos qualificar o elenco e trazer algumas peças, até a parada para a Copa. O objetivo mínimo do Sport é a permanência na Série A. Mas a gente não pode brigar só por isso. Eu acho que o Sport tem que brigar por uma vaga na Sul-Americana, pelo menos. É isso que a gente vai buscar.

O Sport deve entrar em campo com Magrão; Cláudio Winck, Ronaldo Alves, Ernando e Sander; Anselmo, Fellipe Bastos, Neto Moura, Gabriel e Marlone; Rafael Marques.


Direção do Vasco teme perder Zé Ricardo para o futebol árabe
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Alexandre Praetzel

O técnico Zé Ricardo pode deixar o Vasco, nos próximos dias. Ele recebeu uma proposta do Al-Ahli Jedah da Arábia Saudita. O blog apurou que os dirigentes sabem que a oferta financeira é muito boa para Zé Ricardo e admitem que podem perder o treinador. Uma reunião nesta sexta-feira servirá para definir se o trabalho segue ou não.

Sem dinheiro em caixa, o Vasco não tem como concorrer com propostas do exterior para segurar Zé Ricardo. Ele recebe em regime CLT e uma rescisão de trabalho é simples e rápida neste sentido.

Para muitos, dentro do Vasco, Zé Ricardo é melhor do que o elenco. Em 25 jogos, comandando a equipe, Zé Ricardo conseguiu 12 vitórias, desde que chegou a São Januário, em 2017. Agora, levou o Vasco à fase de grupos da Libertadores da América, com estreia marcada para março.

Caso Zé Ricardo deixe o clube, o Vasco vai priorizar a busca por um profissional que tenha trabalhado com jovens de categorias de base. O nome de Claudinei Oliveira, técnico do Avaí, é bem visto pela direção.


Avaí encaminha reforço de Seleção, mesmo em condição financeira inferior
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Alexandre Praetzel

O Avaí somou um ponto em dois jogos disputados pelo Campeonato Brasileiro. Em algumas enquetes, antes da competição, seguidores e participantes das redes sociais, carimbaram o time catarinense como um forte candidato ao rebaixamento, depois de retornar à Série A. O blog entrevistou o técnico Claudinei Oliveira sobre o objetivo da equipe, as dificuldades financeiras e a espera pelo lateral Maicon, reforço encaminhado pela diretoria. Acompanhem.

Lateral Maicon é um bom reforço?

“Maicon é um grande jogador. Acho que o Leandro Silva vem fazendo um grande campeonato, mas a gente não sabe a condição física do Maicon, se já é a ideal, mas é um grande reforço. Uma experiência muito boa, um jogador acostumado a atuar na Europa, que faz muito bem essa linha de quatro , um jogo aéreo muito bom. Vamos ver a situação que ele chega, quando estará pronto para estrear e aí vai competir com o Leandro Silva pela posição, independentemente do histórico dele. Ele vai vir, chegar respeitando quem está atuando. Mas se a gente conseguir contratar jogadores deste tipo, fora da realidade do Avaí, vai nos ajudar bastante”.

Qual a realidade do Avaí no Brasileiro?

“A gente esperava vencer o primeiro jogo. A nossa ideia era vencer o primeiro jogo, buscar algum ponto no Morumbi, a gente tem dois jogos fora seguidos, tentar pontos contra a Chape. A dificuldade é grande, é desigual. No Campeonato Brasileiro, você tem uma equipe como a nossa com uma folha de R$ 750 mil contra o Palmeiras com R$ 13 milhões. Dois jogadores do Palmeiras pagam a folha do Avaí. Só que isso não pode servir de desculpa, é o campeonato que a gente tem que jogar e a gente, dentro disso, procura organizar a equipe bem taticamente, buscar algumas peças pontuais. Não temos condições de concorrer em contratações com 18 clubes da Série A, talvez a gente possa concorrer com o Atlético-GO, que subiu e tem um orçamento menor como o nosso. Então, a gente tem que contar bastante com a aplicação dos jogadores e que a gente seja feliz na hora de finalizar as jogadas. Nosso campeonato é esse, muita briga, muita luta e sabendo que não vai ter mágica em termos de orçamento. A gente está fazendo uma coisa coerente. Você sabe que o Avaí sempre foi uma equipe que conviveu com atraso de salários, hoje o Avaí está com salários em dia. A gente optou por uma política conservadora e não fazer loucuras. Então, vamos ver se com essa política sem fazer loucuras, a gente consegue o objetivo. Vai ser mais difícil? Vai, mas acho que esse é o caminho correto”.

O objetivo é escapar do rebaixamento?

“É, o campeonato do Avaí é a manutenção porque você se mantém e vai aumentando a cota de participação. Infelizmente, do jeito que as coisas são feitas no Brasil, eu já estive do outro lado no Santos, que é uma equipe considerada grande, já estive no Atlético-PR, que tem uma cota maior, mas no Brasileiro, a equipe que sobe é meio fadada a cair. Por que é incompetente? Não, porque não tem condição financeira de competir com as outras, a disparidade é muito grande. Muitas equipes sobem com dificuldades para se manter pela questão financeira, não é pela qualidade ou pela intenção de fazer um bom trabalho e os que caem, normalmente sobem porque tem um resguardo financeiro, uma proteção. Sobem quatro e nenhuma vez um time grande deixou de subir no ano seguinte. Então, a gente sabe que é difícil, mas é a nossa realidade. Temos que motivar os jogadores a fazerem jogos bons, como fizemos no segundo tempo contra o São Paulo, para que a gente possa somar pontos e conseguir escapar dessa situação incômoda , que seria o rebaixamento. É isso que a gente está buscando”.

O Avaí foi vice-campeão catarinense, perdendo o título para a Chapecoense. A equipe disputa apenas a Série A do Brasileiro, até o final da temporada.


Claudinei Oliveira vê Avaí forte no Estadual e realista para o Brasileiro
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Alexandre Praetzel

O Avaí precisa de dois pontos nos dois últimos jogos do primeiro turno do Campeonato Catarinense para ser campeão do turno e garantir presença na final do Estadual. O time é treinado por Claudinei Oliveira, que assumiu a equipe ameaçada de rebaixamento na Série B do Brasileiro, em 2016. Após arrancada espetacular, Claudinei levou o Avaí ao acesso à Série A, surpreendendo todo mundo. Em entrevista exclusiva ao blog, Claudinei comemora o apoio do grupo e vê o Avaí em busca de subida de patamar, com uma boa campanha na Série A desta temporada. Leia abaixo.

Momento do Avaí como líder do primeiro turno

“A gente teve a vantagem de manter uma boa parte do grupo. Terminou a Série B e uma das preocupações que eu tive, conversando com o pessoal da direção do clube, é que foi a gente não rotular jogador. Ah, esse jogador é de Série B, aquele é de A, esse é de B. Então, a gente valorizou os jogadores pelo que eles fizeram ano passado, 75% do grupo de 2016. Perdemos alguns titulares, que a gente não queria ter perdido, por uma questão de mercado. Mas mantivemos uma base, os jogadores já conheciam a forma de jogar, trabalhar, o grupo já era bom, o ambiente também, e aqueles que foram chegando, se adequando a esse perfil do grupo. Em termos de iniciar bem o ano, o segredo foi esse. A manutenção da base, a forma de atuar da equipe, tudo facilitou e a gente saiu um pouquinho na frente das outras equipes, nesse sentido”.

Causa principal da retomada do Avaí, desde 2016

“Com relação ao ano passado, foi uma situação diferente. Eu já assumi no final de agosto e a expectativa não era muito positiva, o time tinha enfrentado quatro anos de rebaixamento. O objetivo ficou claro da manutenção na Série B, até por tudo que vinha acontecendo. Para surpresas de todos e minha também, os jogadores assimilaram muito bem aquilo que eu passei. Lógico, que nos primeiros jogos, não tem como você assimilar tudo, mas a gente procurou fazer de uma maneira bem simples e a receptividade co grupo foi muito boa. Encontrei o grupo com muita vontade de fazer acontecer, que estava sentindo as críticas que vinha recebendo. Foi muito bacana. A gente chegou e as coisas foram encaixando, acontecendo, os jogadores readquirindo aquela confiança que tinham perdido e conseguimos uma arrancada fantástica para conseguir o acesso. Negócio que era inimaginável quando eu assumi o clube, a gente conseguiu com o empenho de todos, jogadores e comissão técnica, torcida apoiando, conseguimos reverter um quadro que era muito negativo e terminar de uma maneira bem bacana, que foi o acesso”.

Avaí tem força para se manter na Série A do Brasileiro?

“A gente sabe que é bem complexo falar sobre esse assunto. Se for olhar para o poder econômico, a parte financeira, quanto os clubes têm a mais para investir, a gente fica bem preocupado. Mas eu acredito bastante no trabalho que a gente está fazendo, na postura dos atletas, com entrega e intensidade muito grande nos últimos jogos. Então, acredito que a gente vai fazer um bom Brasileiro. Lógico, que vamos esperar o fim dos estaduais, principalmente o Paulista, a gente vai tentar trazer mais algumas peças para que a gente consiga manter a equipe na Série A. Acho que o grande campeonato do Avaí é se manter na Série A, para que o clube possa subir de patamar, para melhorar na questão de cotas para que o clube possa ter uma receita maior e se colocar numa situação mais tranquila, nos próximos anos. Esse ano, a gente sabe que será bem difícil e temos feito junto com a diretoria, buscando fazer tudo com os pés no chão, para podermos honrar com todos os compromissos, durante todo o ano”.

Houve contato recente do Santos?

“Não, não. O Santos não me procurou não. Eu estive em Santos, no final do ano, tenho amigos dentro e fora do clube, mas ninguém me procurou não, até porque eu acho que o Dorival está fazendo um trabalho muito bom no Santos. Não tem nenhum motivo para isso, a gente sabe, conheço bem como são as coisas no Santos, as cobranças que têm lá. Mas eu acho que no momento, as cobranças em cima do Dorival, são até injustas porque ele fez um grande trabalho no ano passado. Está tendo um pouquinho de trabalho nos últimos jogos, mas vai encontrar o caminho dele. É um grande treinador e com certeza, vai fazer uma grande temporada com o Santos”.

Como o Avaí pode suportar o confronto com os adversários na Série A?

“A gente vai procurar montar uma equipe muito bem organizada, compacta, que se defenda beem, principalmente. O segredo é esse. Não adianta a gente achar que vai enfrentar as equipes da Série A, como franco-atirador, de peito aberto e sair para atacar todo mundo. Você tem que ter consciência e jogar com cuidados defensivos sim e buscar um jogo em transição. Hoje, eu vejo isso como um caminho para o Avaí. Haverá momentos em que tu vais ter que propor o jogo, independentemente de algumas situações da partida. Vejo que o Avaí tem que ser uma equipe muito bem definida e bem postada defensivamente porque na Série A se você der duas chances para os adversários com a qualidade dos jogadores que a maioria dos times têm, eles definem o jogo. Temos que ter bastante cuidado defensivo, errar muito pouco atrás e na frente contarmos com jogadores de velocidade com uma boa dinâmica de finalização para que a gente possa fazer os gols e vencer as partidas”.

Como defines o elenco do Avaí? Destacas alguém?

“Nosso elenco é muito interessado, muito aplicado nos treinamentos, jogos, todos têm se doado bastante e têm se superado até. Acho que no resultado do ano passado na Série B, a gente mostrou uma superação desses jogadores. Nesse ano, com aquela base que eu já falei, eles têm mantido o mesmo nível de concentração, a mesma competitividade do ano passado, isso aí que tem ajudado no sucesso da equipe.  Dos jogadores mais conhecidos, temos o Betão, que jogou no Corinthians, Santos. Marquinhos, que jogou no São Paulo, Grêmio, Santos, é hoje o ídolo do Avaí, com várias passagens por aqui, tem uma história muito bonita aqui no clube. São os mais conhecidos do público em geral. O resto são jogadores querendo espaço. O que a gente está querendo é isso. Com “fome”, que estão querendo buscar alguma coisa na carreira, para que todo mundo sempre queira algo mais. Não queremos jogadores que acham que já está bom. Marquinhos e Betão são exemplos disso. Jogadores que já têm um status e que estão se dedicando e se esforçando a cada dia para melhorar”.

Aos 47 anos, Claudinei apareceu como treinador, comandando o Santos, em 2013. Depois passou por Goiás, Paraná Clube, Atlético-PR, Vitória, até chegar ao Avaí, em 2016.


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