Blog do Praetzel

Fernando Diniz encanta jogadores do Atlético-PR. SP terá dificuldades
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Alexandre Praetzel

O São Paulo abre a quarta fase da Copa Brasil, enfrentando o Atlético-PR, nesta quarta-feira, em Curitiba. O tricolor nunca venceu na nova Arena da Baixada. Foram 12 derrotas e cinco empates. Um retrospecto de assustar, mas uma hora isso vai terminar. Pode ser agora, com o São Paulo de Diego Aguirre mais intenso e encorpado e um pouco mais confiante.

Mas não será fácil. O Atlético-PR está apenas treinando e fez apenas quatro jogos com sua equipe principal, todos pela Copa do Brasil. Empatou com Caxias, venceu o Tubarão-SC por 5×4 e passou pelo Ceará nos pênaltis, depois de dois empates. O time Sub-23, reforçado por alguns nomes mais velhos, disputa a final do Paranaense contra o Coritiba.

Fernando Diniz assumiu a equipe com o compromisso de adotar um futebol total, lembrando o trabalho no Audax-SP, quando superou grandes times e chamou a atenção do país. Nas quatro partidas deste ano, o desempenho não foi maravilhoso, mas mostrou bem a ideia do treinador, assimilada pelos atletas. O blog conversou com o zagueiro Paulo André, a respeito de Diniz. Pelas palavras de Paulo, Fernando Diniz conquistou o grupo.

''Praetzel, os atletas estão encantados com o trabalho do Diniz, sua lógica, sua condução de grupo e percebem a gigantesca evolução individual de cada atleta. Quem está dentro do processo, tem convicção de que este é o melhor caminho a seguir e abraçou a causa. Agora, começa o nosso ano para valer e precisaremos, além de desempenhar, fazer com que os resultados acompanhem esse bom futebol que queremos praticar'', afirmou Paulo André.

O Atlético-PR joga num 3-4-3 com Santos; Wanderson, Pavez (Paulo André) e Thiago Heleno; Jonathan, Matheus Rossetto, Raphael Veiga e Carleto; Guilherme, Nikão e Bergson. Provavelmente, vai querer tomar a iniciativa do jogo contra um São Paulo mais fechado, com Sidão; Arboleda, Rodrigo Caio e Bruno Alves; Militão, Jucilei, Liziero e Reinaldo; Cueva, Trellez e Nene.

Dois times com esquemas parecidos, mas o São Paulo mais lento, em relação ao Atlético-PR. Tendência de um confronto complicado. O são-paulino mais otimista pode lembrar que o São Paulo segurou bem o Corinthians e só caiu nos pênaltis, na semifinal do Paulista. Quem sabe, desta vez consiga ultrapassar a quarta fase e chegue às oitavas-de-final, algo que não aconteceu, em 2017.


Palmeiras passa bem. Antonio Carlos cresce. Borja merece elogios
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras tratou o jogo contra o Alianza Lima com seriedade e disposição. Em nenhum momento, deixou o time peruano gostar da partida e fez 2 a 0 com naturalidade, podendo ter aumentado o placar em inúmeras oportunidades. Roger Machado escalou uma formação forte o suficiente para somar mais três pontos na Libertadores, sem sustos. Agora, pelo visto, foco total na decisão do Paulista, com quatro dias para recuperar o elenco.

O zagueiro Antonio Carlos merece destaque. Contratado a pedido de Eduardo Baptista, em 2017, Antonio Carlos praticamente não jogou. A tendência era ser liberado no final do ano, mas a diretoria renovou seu contrato e ele permaneceu. Mina foi para o Barcelona e ele aproveitou a brecha, sem dar espaços para Luan, Edu Dracena, Emerson Santos e Juninho. Não é um defensor brilhante, mas tem mostrado grande regularidade no combate aos adversários, além de ter marcado gols contra Santos e São Paulo. Aí está um nome que se afirmou, mesmo com uma certa desconfiança, no início. Domingo, ele poderá ser campeão frente ao Clube que o revelou, mas que não o aproveitou. Coisas do futebol.

Borja fez mais um gol e vai cumprindo suas metas. São oito gols nos últimos nove jogos. Para quem foi desvalorizado pelos próprios treinadores anteriores a Roger, Borja começa a dar a resposta esperada com um time forte coletivamente, que faz com que ele seja acionado muitas vezes. Borja está longe de ser um centroavante técnico, mas compensa com força, capacidade de conclusão e bom posicionamento no setor ofensivo. Virou peça importante para a equipe.

O Palmeiras dorme mais tranquilo e relaxado. Domingo, terá um grande rival e adversário pela frente. Projeção de um jogaço para marcar muita gente, quem sabe. Vencedores e perdedores.

 


Balbuena destaca ambiente positivo e admite ansiedade para renovar contrato
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Alexandre Praetzel

Balbuena se tornou um dos melhores zagueiros do Brasil, vestindo a camisa do Corinthians. O paraguaio chegou ao Clube, em 2016, contratado do Libertad. De lá para cá, fez 115 jogos e marcou 11 gols, tornando-se titular absoluto e liderando o sistema defensivo, campeão Paulista e Brasileiro, em 2017. Aos 26 anos, Balbuena termina seu contrato em dezembro, e aguarda pela sua renovação, com ansiedade. O blog entrevistou Balbuena sobre a final contra o Palmeiras, o seu momento dentro de campo e a projeção para permanecer no Corinthians. Confira.

Corinthians tem que jogar mais aberto no Allianz Parque?

É relativo, né. As vezes, você joga aberto e dá resultado. As vezes, não dá. A gente vai ter que armar uma boa estratégia, um trabalho para o Carille, para ele ver como vai armar para o jogo. Independentemente da estratégia de jogo que ele decida implementar, a gente fará de tudo para conseguir nosso objetivo.

Como está o ambiente no time?

Ambiente, logicamente, positivo. A gente sabe que não tem nada definido ainda, temos que levantar a cabeça. Se ficarmos tristes, vamos estar jogando a toalha. Sabemos que temos mais um jogo, qualquer coisa pode acontecer. É um resultado mínimo a favor deles, mas é futebol. A gente sabe que tem condições de reverter esse resultado lá no estádio deles.

É difícil marcar o Borja?

Ah, como todos, né. A gente sabe que time grande sempre tem bons centroavantes. Tanto ele, como Dudu, Willian, mas a gente vai ter que fazer um bom trabalho no estádio deles para tentar buscar nosso objetivo.

Você se considera um dos melhores zagueiros do Brasil?

Eu acho que tem muitos bons zagueiros no Brasil, também. Não me considero o melhor, vou ficar parecendo arrogante, soberbo. Tento fazer meu trabalho da melhor forma, ajudar minha equipe. Essas coisas deixo para a gente de fora avaliar meu trabalho. Fico contente quando posso ajudar minha equipe, o Corinthians.

Já renovaste contrato?

Ainda não. A ideia é renovar. Nesta semana, teremos reuniões importantes Está muito avançado, sim, mas enquanto não estiver assinado, não tem nada definido. Então, eu estou muito ansioso, espero que isso se resolva logo, mas vamos esperar essa semana para ver o que acontece.

No Brasil, você só joga no Corinthians?

Hoje, jogo no Corinthians. Não posso falar no futuro, né. Vai que eu falo hoje, só jogo no Corinthians e ano que vem, vou para outro time. Vou ficar como mentiroso, né. Mas hoje eu estou muito feliz aqui, sempre falei. Considero o Corinthians minha casa, minha família está muito bem aqui e a ideia é defender à morte como venho fazendo por essa camisa.


Gerente palmeirense sobre semana intensa: “é difícil virar chave toda hora”
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras entra em campo nesta terça-feira, tentando esquecer a decisão do Paulista contra o Corinthians, domingo. O confronto será diante do Alianza Lima, pela Libertadores da América. A tendência é Roger Machado descansar três ou quatro titulares, ainda escalando uma formação forte para a partida. O blog entrevistou o gerente de futebol, Cícero Souza, sobre a semana intensa e a possibilidade da gestão conseguir mais um título importante. Acompanhem abaixo.

A vantagem do Palmeiras é gigantesca?

Não. Lembro que da última vez que nós estivemos no estádio do Corinthians, saímos com uma derrota e algum questionamento que poderia existir, a convicção era do trabalho e a derrota não faria você tirar os pés do chão. A vitória é a mesma coisa. Não é o momento de tirar os pés do chão. Acho que a gente agora, tem uma dificuldade muito grande de virar a chave e projetar um jogo de Libertadores nesta terça-feira. Mas a gente sabe que consegue mesclar a experiência de jogadores com bastante rodagem, jovialidade de jogadores ainda querendo conquistar seu espaço e já uma maturidade de três anos seguidos de Libertadores. Então, vamos virar a chave para este jogo desta terça.

Na cabeça de dirigentes e comissão técnica, é difícil focar num jogo, sabendo que pode ser campeão no domingo?

Olha, eu por experiência, sei que ficar virando chave toda hora, é muito difícil. Mas, a gente carrega uma bagagem no futebol brasileiro de, normalmente, duas competições. O que acontece mais adiante é que fica difícil, para Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil. Aí, como é uma situação nova, a gente está aprendendo a lidar com ela. Mas duas competições, historicamente, clubes brasileiros já até descobriram em alguns momentos, priorizam uma, em outros, escalam equipes reservas. Óbvio que não é o caso quando você joga uma final, mas eu acho que os times brasileiros já descobriram e não enfrentam mais dificuldades.

O Palmeiras soube enfrentar o Corinthians?

Soube. Acho que nós fizemos um jogo, que até não teve tanto a posse de bola em alguns momentos, mas teve o controle do jogo. Conseguimos tirar uma linha de passe importante que o Corinthians tem, neutralizamos muitas ações importantes e se tivéssemos a oportunidade de encaixar alguns contra-ataques, poderíamos até ter vencido por um placar maior.

Qual o tamanho de um título estadual hoje?

Eu penso assim, de coração. São três anos seguidos classificando a equipe para a fase de grupos da Libertadores, dois anos seguidos sendo campeão da primeira fase do Paulista. Isso não quer dizer nada. Agora, quando você ganha um Brasileiro depois de 22 anos, ganha a Copa do Brasil e se tiver um Paulista, isso marca a história de jogadores, dirigentes, comissão técnica. Então, é nesses momentos que você constrói os ídolos num Clube. Nos clássicos e nos títulos. Então, a gente vai ter essa oportunidade, domingo, de vencer um clássico e conquistar um título.


Até treinos viram problemas de segurança. Falimos mesmo
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Corinthians promete ser um jogaço, na decisão do Campeonato Paulista, domingo, no Allianz Parque. Uma final intensa, nervosa e com dois bons times em campo. E uma semana inteira para promover o clássico e destacar as coisas boas. Pois bem, os dois Clubes começam a chamar seus torcedores e anunciam abertura dos treinos de sábado para uma confraternização entre galera e jogadores. Tudo como apoio e incentivo para a partida. Para dar uma oportunidade a quem não estará no estádio, envolvendo palmeirenses e corintianos. Uma medida racional e normal.

Ledo engano. Tudo vira problema no Brasil, ainda mais em São Paulo. A Polícia Militar proíbe e o Ministério Público lava as mãos. Afinal, como garantir segurança num sábado pela manhã? Sei que o extremismo e o fundamentalismo invadiram os sentimentos clubísticos, mas não podemos generalizar e impedir que uma simples abertura de treino, se torne um caso de polícia. Daqui a pouco, vamos fechar os estádios, então? Não é possível.

Será que é impossível pensar num clima de festa? Ou tentar organizar o mínimo que seja, para que os comparecimentos sejam no mesmo dia?

Difícil. O futebol mudou, é verdade. Mas as autoridades mudaram muito mais, para pior. Pagamos impostos, nos deslocamos, trabalhamos, promovemos, mas não temos segurança.

Lembro que em 2009, na última rodada do Campeonato Brasileiro, a PM do Rio de Janeiro deu condições para dois jogos ao mesmo tempo: Fla X Grêmio, no Maracanã, e Botafogo X Palmeiras, no Engenhão. E era decisão de título. 80 mil no Maracanã e 30 mil no Engenhão. Dois jogos no mesmo horário. Nove anos atrás.

Em São Paulo, nem treino conseguem garantir no mesmo dia. Triste fim.


Rodriguinho admite bom jogo do Palmeiras, mas vê decisão do Paulista aberta
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Alexandre Praetzel

O Corinthians terá a semana livre para treinar e descansar, preparando-se para a decisão do Paulista, domingo, no Allianz Parque. O time se desgastou bastante contra São Paulo e Palmeiras e precisará correr mais para manter a chance de conquistar o bicampeonato Paulista. O blog entrevistou Rodriguinho, muito marcado no primeiro confronto. O meia corintiano admitiu a estratégia correta do adversário, mas ressaltou que o Corinthians tem condições de devolver o resultado, fora de casa. Confira o bate-papo.

Palmeiras conseguiu te marcar bem? Dá para definir desta maneira?

Eu acho que não só eu, mas como nosso time. Eles tiveram uma proposta bem definida de marcar bastante, conseguiram. Estão de parabéns pelo jogo que fizeram. Conseguiram achar o gol ali e depois se defenderam muito. E dificultaram muito nossa vida.

Com Romero e Pedrinho abertos, o esquema não te deixou muito sozinho na armação?

Não, eu acho que eles povoaram bem o meio. Por isso, que estava complicado mesmo de construir alguma coisa pelo meio. Então, a gente tinha que explorar os lados. Como eu falei, tem que dar méritos para a equipe deles, que conseguiu marcar bem. Mas, ainda está em aberto. Por enquanto, quando houver esperança, e é um jogo que se a gente fizer um gol, é outra história completamente diferente.

Na confusão entre os jogadores, você ficou distante e ainda conversou com o Roger. Você lembra o que ele disse?

Ele só falou para eu segurar meus companheiros e eu fiquei de longe porque estava muito concentrado no jogo, não queria me envolver em nenhuma confusão para não correr o risco de ser expulso e prejudicar minha equipe.

Ter uma semana livre, é uma vantagem ou um exagero dizer isso?

Mais ou menos, né. Bom que a gente vai poder se recuperar porque teve um jogo muito desgastante contra o São Paulo, tanto emocionalmente quanto fisicamente. Esse jogo agora, a gente teve pouco tempo de descanso, mas conseguimos correr bem ainda, a gente se doou bastante. Agora, é focar nesta semana, porque ainda está aberto, nós estamos confiantes, vamos trabalhar muito para que a gente possa correr bastante e conseguir nosso resultado.

Rodriguinho é o melhor meia do Paulista. Nesta temporada, fez 15 jogos e marcou três gols. O Corinthians precisa vencer por um gol para levar a decisão para os pênaltis. Se conseguir um placar por dois ou mais gols, será bicampeão. O empate é do Palmeiras.

 

 


Mattos pede foco em semana cheia e afasta euforia na decisão do Paulista
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras terá uma semana cheia e importante. Pega o Alianza Lima, terça-feira, na segunda partida da fase de grupos da Libertadores da América, no Allianz Parque. Depois, no próximo domingo, terá a decisão do Paulista contra o Corinthians, com a vantagem do empate, após vencer o primeiro jogo por 1 a 0, no estádio rival. Roger Machado, jogadores e dirigentes pedem foco nas duas competições, mas sabem que não será fácil, com a chance de levantar um troféu no final de semana. O blog entrevistou Alexandre Mattos, diretor-executivo de futebol. O dirigente falou sobre o clássico, pediu apoio da torcida e evitou clima de já ganhou. Confira.

Palmeiras soube enfrentar o Corinthians, depois de quatro derrotas consecutivas?

Vamos voltar um pouquinho. Em 2016, eram quatro vitórias e um empate. Ninguém fala, né, naquele momento(risos). É um clássico muito igual. Dos últimos dez, Palmeiras tem cinco vitórias, um empate e quatro derrotas. Então, nós estamos no lucro ainda. Um jogo muito igual, muito difícil jogar lá, como é muito difícil jogar na nossa Arena, também, para qualquer adversário. Mas, sabemos que a gente tem muita coisa ainda, a semifinal contra o Santos foi um exemplo, mas o foco agora é terça-feira, para a gente conseguir um bom resultado contra o Alianza, que é muito importante um jogo em casa.

O árbitro foi bem, na minha visão. E para vocês?

Não. A gente sabe que é um jogo muito difícil. Na minha avaliação, Gabriel poderia ter levado cartão antes. Pelo critério dele, nos cartões e nas faltas, Gabriel poderia ter levado no primeiro tempo, pela quantidade e o estilo de falta que ele deu. Mas, aí a gente vai ficar reclamando aqui, ali, a gente sabe que também é difícil. Tem 40 mil gritando. Independente de qualquer coisa, ele não teve interferência. Um lance ou outro, talvez, uma falta ou outra, mas isso aí passou, vamos seguir. Importante é que o próximo árbitro não comprometa absolutamente nada. O lance da expulsão que eu acho, não sei quem deu a determinação, mas na minha visão, revi algumas vezes na TV. Acho que o Felipe foi se defender, colocou a mão para se defender. Talvez, não era para ele ser expulso, mas eu não estava no calor para ver.

Palmeiras está pronto para ser campeão paulista?

Está pronto para fazer um bom jogo. Aí sim, depois, a gente vai ver o que vai acontecer. Um bom jogo como se preparou muito para o jogo de lá. Tem que ter espírito, vontade de vencer, isso tudo que não falta, mas em alguns momentos, a gente oscilou, mas agora está encontrando um caminho interessante. Sabemos das muitas dificuldades que virão, a começar por terça-feira, e já vamos convocar nosso torcedor. Terça-feira, vamos precisar muito da nossa torcida, focada na Libertadores também. Um desgaste físico, muito forte, e vamos precisar do nosso torcedor para ser o nosso pulmão na terça-feira.

O que dizer do Borja, decidindo nos momentos importantes?

O Borja, além do gol, fez uma ótima partida. Brigou, roubou bolas. O lance da confusão, na minha visão, acho que o Borja foi na bola. Depois, o Henrique ficou nervoso e começou aquela confusão toda. É um jogador forte, um jogador muito do bem, que está ainda aprendendo algumas situações táticas e quer aprender, mostra humildade para isso. Qualquer time do Brasil queria o Borja, naquele momento. Acho que agora ele está com confiança, está entendendo um pouquinho mais do futebol brasileiro, aquela famosa adaptação. É legal não só ele, é legal ver o que o Lucas Lima jogou, chamou o jogo quando ficou dez contra dez. Legal ver o que o Thiago Martins jogou, simples. Antonio Carlos, por aí vai. Vou citar todos aqui. Borja, pela partida que ele fez, foi uma pena ter que sair por uma questão tática, vindo de viagem longa. Acho que ele poderia dar até mais, no segundo tempo.

Qual o tamanho de um título paulista?

Calma, primeiro precisamos ser campeões. Depois, você me pergunta.


Palmeiras, tático e eficiente. Grande vitória. Corinthians, sem repertório
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Alexandre Praetzel

Trabalhei no primeiro jogo da decisão do Campeonato Paulista. Como em quase todas as decisões estaduais, um confronto intenso, tático, de superação até, sem brilhantismo técnico. Vi um Palmeiras bem mais tático em relação a jogos anteriores e neutralizando o Corinthians, em quase todas as jogadas. Felipe Melo(até a expulsão), Bruno Henrique, Thiago Santos e Moisés, marcaram e jogaram. A primeira linha defensiva teve dois zagueiros muito bem posicionados e dois laterais que cuidaram atrás e foram à frente, quando possível. Lucas Lima deu o ritmo do time e fez sua melhor partida pelo Palmeiras. Dudu foi uma preocupação constante, auxiliado por Willian e Borja.

Um time obediente e eficiente, quando teve a chance de gol. Dá para dizer que o Palmeiras enfrentou o Corinthians, como o Corinthians enfrentava o Palmeiras, no ano passado. E deu certo. Uma vitória de 1 a 0 do tamanho de Itaquera. A vantagem é grande sim, com o empate a favor e torcida única no Allianz Parque. Acredito que o Palmeiras não perca a oportunidade de ser campeão.

Do outro lado, vi um Corinthians sem repertório. Rodriguinho e Matheus Vital não tiveram espaços e Clayson e Emerson Sheik foram batidos pelos adversários. Gabriel passou trabalho com Lucas Lima e Dudu. A expulsão de Clayson não mudou nada e Carille tentou uma cartada com Romero e Pedrinho abertos e muita bola na área. A ''pressão'' corintiana parou na atuação enorme de Antonio Carlos, que foi dono do setor por cima e por baixo. O Corinthians se expôs e deu o contra-ataque para o Palmeiras, que poderia ter feito o segundo gol. Jaílson foi pouco exigido e fez apenas duas defesas, em chutes de Rodriguinho, sem dificuldades. O Corinthians segue vivo, mas terá grandes obstáculos diante de um Palmeiras que deverá repetir a mesma pegada deste sábado.

O blog avaliou os jogadores. Primeiro, o Corinthians.

Cássio – Não fez nenhuma defesa na partida. Não teve culpa no gol. Nota 6. 

Fagner – Pilhado no início. Apoiou bastante e deu espaços atrás. Nota 5,5. 

Henrique – Parecia irritado durante o jogo. Começou a confusão das expulsões. Nota 5. 

Balbuena – A regularidade de sempre. Boa partida. Nota 6,5. 

Sidicley – Uma boa jogada na frente e muito sofrimento com Dudu e Marcos Rocha. Nota 5.

Gabriel – Bateu demais. Escapou de ser expulso. Nota 4.

Maycon – Melhorou quando foi lateral-esquerdo. Nota 5.

Rodriguinho – Muito bem marcado. Nota 5. 

Matheus Vital – Discreto. Sem movimentação. Nota 4,5. 

Clayson – Partida razoável até a expulsão. Nota 4.

Emerson Sheik – Um chute no primeiro tem e só. Nota 4,5.

Pedrinho – Cresce a cada jogo. Muita velocidade e técnica. Nota 6. 

Romero – Só luta e faltas cometidas e sofridas. Nota 4,5. 

Fábio Carille – Alegou desgaste do time, mas Corinthians não criou nada. Vai mudar de novo. Nota 5. 

Palmeiras

Jaílson – Duas defesas sem dificuldades e a segurança de sempre. Nota 6,5.

Marcos Rocha – Sem chances a Clayson e Romero. Muito bem. Nota 6,5. 

Antonio Carlos – Dominante na defesa pelo alto e por baixo. O melhor. Nota 8. 

Thiago Martins – Melhor do que em outras partidas. Nota 6,5.

Victor Luís – Vinha bem, até sair machucado. É o titular da posição. Nota 6,5. 

Felipe Melo – Em campo, jogava muito bem, mas foi se meter em confusão. Expulso. Nota 4.

Bruno Henrique – Bom jogo. Marcou Rodriguinho e Vital com eficiência e ajudou na frente. Nota 6,5. 

Lucas Lima – Seu melhor jogo, desde que chegou. Segurou a bola e armou jogadas e contra-ataques. Nota 7,5.

Willian – Preocupação constante dos adversários. E ajudou na recomposição. Nota 7.

Borja – É pago para fazer gols. E fez mais um. Decisivo. Nota 7,5.

Dudu – Eficiente. Incomodou os adversários e tocou a bola com qualidade. Nota 6,5.

Moisés – Entrou bem e manteve a pegada do meio-campo. Nota 6,5. 

Diogo Barbosa – Estreou bem, apesar de ter Pedrinho pela frente. Não comprometeu. Nota 6.

Thiago Santos – Bateu muito e truncou o jogo. Nota 5. 

Roger Machado – Entendeu bem o que teria pela frente e foi superior. Palmeiras marcou e jogou melhor. Deixou o time muito próximo do título. Nota 7.


Palpite para a decisão. Nos 180 minutos, acho o Palmeiras favorito
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Alexandre Praetzel

Estarei em Itaquera, trabalhando em Corinthians e Palmeiras, na abertura da decisão do Paulista, neste sábado, na Arena do Corinthians. O confronto mais esperado por todos, pela superioridade técnica e tática em relação aos adversários do Estadual. Os dois times não fizeram boas atuações diante de São Paulo e Santos, mas conseguiram as vagas nos pênaltis. A maioria previa mais facilidades nas partidas. No entanto, Corinthians e Palmeiras ficaram devendo mais futebol.

O Corinthians não perde há quatro jogos para o rival, com quatro vitórias consecutivas. Duas pelo Paulista e duas pelo Brasileiro. Tem um elenco inferior, mas é mais ajustado na forma de jogar. Isso ficou comprovado no confronto deste ano, com vitória por 2 a 0. Roger Machado demorou a entender o que estava acontecendo e o Corinthians se aproveitou, vencendo com atitude e competitividade. Rodriguinho é o principal nome.

O Palmeiras ficou mordido e promete uma resposta à altura. O fato de não ganhar o Paulista, desde 2008, também incomoda. Retomar essa conquista e evitar o bicampeonato corintiano, viraram questão de honra no Clube. O Palmeiras tem time e grupo para superar o Corinthians e levantar a taça. Felipe Melo vem mantendo bom desempenho e Borja retorna, podendo ser decisivo no clássico. Em 180 minutos, acredito que o Palmeiras é favorito.

A projeção é de dois grandes jogos, repetindo a final de 1999, a última entre as equipes.

O blog comparou jogador por jogador e usou o Paulista como critério. Confiram abaixo.

Cássio  X  Jaílson

Fagner  X  Marcos Rocha

Henrique  X  Antonio Carlos

Balbuena  X  Thiago Martins

Sidicley  X  Victor Luís

Gabriel  X  Felipe Melo

Maycon  X  Bruno Henrique

Rodriguinho  X  Lucas Lima

Matheus Vital  X  Willian

Emerson Sheik  X  Borja

Clayson  X  Dudu

Fábio Carille  X  Roger Machado

Na avaliação, 6×6. O blog aposta num empate de 0 a 0.


São Paulo fecha 13 anos sem o Paulista e 12 sem decidir. O maior jejum
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Alexandre Praetzel

O São Paulo completou 13 anos sem vencer o Campeonato Paulista e 12 anos, sem decidir o título. Em 2006, no torneio de pontos corridos, o São Paulo foi vice-campeão para o Santos. De 2005 a 2008, o São Paulo foi tricampeão brasileiro e ganhou a Libertadores da América e o Mundial Interclubes, pela terceira vez. O discurso era de que o Estadual não tinha importância, porque o São Paulo sempre estava envolvido em grandes competições, com possibilidades de conquistá-las. O detalhe era que o tricolor atuava com força máxima e o discurso era apenas para repercutir externamente. É o maior jejum da história, repetindo a seca de 1957 a 1970, anos da construção do Morumbi.

Na última quarta-feira, mais uma eliminação numa semifinal, ainda mais com um gol sofrido nos acréscimos e a derrota nas cobranças de pênaltis. O São Paulo melhorou na sua atitude e postura dentro de campo, igualando os duelos contra o Corinthians, mais treinado e encorpado do que o São Paulo. Mas, novamente, ficou no quase. Aquele Clube-modelo, referência na América do Sul e dominante como gestão no Brasil, se perdeu com o passar dos anos. E os conselheiros e ''cardeais'' deveriam olhar para dentro dos seus gabinetes e salões do Morumbi, chegando à conclusão do porquê, tamanho recesso. Agora, tem Copa do Brasil, Copa Sul-Americana e Campeonato Brasileiro pela frente. Será que é possível o São Paulo levantar algum troféu, em 2018? Difícil, mas não impossível.

Abaixo, as eliminações são-paulinas de 2007 a 2018. Confiram.

2007 – Semifinal para o São Caetano

2008 – Semifinal para o Palmeiras

2009 – Semifinal para o Corinthians

2010 – Semifinal para o Santos

2011 – Semifinal para o Santos

2012 – Semifinal para o Santos

2013 – Semifinal para o Corinthians

2014 – Quartas-de-final para a Penapolense

2015 – Semifinal para o Santos

2016 – Quartas-de-final para o Audax

2017 – Semifinal para o Corinthians

2018 – Semifinal para o Corinthians