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Mattos pede foco em semana cheia e afasta euforia na decisão do Paulista

Alexandre Praetzel

O Palmeiras terá uma semana cheia e importante. Pega o Alianza Lima, terça-feira, na segunda partida da fase de grupos da Libertadores da América, no Allianz Parque. Depois, no próximo domingo, terá a decisão do Paulista contra o Corinthians, com a vantagem do empate, após vencer o primeiro jogo por 1 a 0, no estádio rival. Roger Machado, jogadores e dirigentes pedem foco nas duas competições, mas sabem que não será fácil, com a chance de levantar um troféu no final de semana. O blog entrevistou Alexandre Mattos, diretor-executivo de futebol. O dirigente falou sobre o clássico, pediu apoio da torcida e evitou clima de já ganhou. Confira.

Palmeiras soube enfrentar o Corinthians, depois de quatro derrotas consecutivas?

Vamos voltar um pouquinho. Em 2016, eram quatro vitórias e um empate. Ninguém fala, né, naquele momento(risos). É um clássico muito igual. Dos últimos dez, Palmeiras tem cinco vitórias, um empate e quatro derrotas. Então, nós estamos no lucro ainda. Um jogo muito igual, muito difícil jogar lá, como é muito difícil jogar na nossa Arena, também, para qualquer adversário. Mas, sabemos que a gente tem muita coisa ainda, a semifinal contra o Santos foi um exemplo, mas o foco agora é terça-feira, para a gente conseguir um bom resultado contra o Alianza, que é muito importante um jogo em casa.

O árbitro foi bem, na minha visão. E para vocês?

Não. A gente sabe que é um jogo muito difícil. Na minha avaliação, Gabriel poderia ter levado cartão antes. Pelo critério dele, nos cartões e nas faltas, Gabriel poderia ter levado no primeiro tempo, pela quantidade e o estilo de falta que ele deu. Mas, aí a gente vai ficar reclamando aqui, ali, a gente sabe que também é difícil. Tem 40 mil gritando. Independente de qualquer coisa, ele não teve interferência. Um lance ou outro, talvez, uma falta ou outra, mas isso aí passou, vamos seguir. Importante é que o próximo árbitro não comprometa absolutamente nada. O lance da expulsão que eu acho, não sei quem deu a determinação, mas na minha visão, revi algumas vezes na TV. Acho que o Felipe foi se defender, colocou a mão para se defender. Talvez, não era para ele ser expulso, mas eu não estava no calor para ver.

Palmeiras está pronto para ser campeão paulista?

Está pronto para fazer um bom jogo. Aí sim, depois, a gente vai ver o que vai acontecer. Um bom jogo como se preparou muito para o jogo de lá. Tem que ter espírito, vontade de vencer, isso tudo que não falta, mas em alguns momentos, a gente oscilou, mas agora está encontrando um caminho interessante. Sabemos das muitas dificuldades que virão, a começar por terça-feira, e já vamos convocar nosso torcedor. Terça-feira, vamos precisar muito da nossa torcida, focada na Libertadores também. Um desgaste físico, muito forte, e vamos precisar do nosso torcedor para ser o nosso pulmão na terça-feira.

O que dizer do Borja, decidindo nos momentos importantes?

O Borja, além do gol, fez uma ótima partida. Brigou, roubou bolas. O lance da confusão, na minha visão, acho que o Borja foi na bola. Depois, o Henrique ficou nervoso e começou aquela confusão toda. É um jogador forte, um jogador muito do bem, que está ainda aprendendo algumas situações táticas e quer aprender, mostra humildade para isso. Qualquer time do Brasil queria o Borja, naquele momento. Acho que agora ele está com confiança, está entendendo um pouquinho mais do futebol brasileiro, aquela famosa adaptação. É legal não só ele, é legal ver o que o Lucas Lima jogou, chamou o jogo quando ficou dez contra dez. Legal ver o que o Thiago Martins jogou, simples. Antonio Carlos, por aí vai. Vou citar todos aqui. Borja, pela partida que ele fez, foi uma pena ter que sair por uma questão tática, vindo de viagem longa. Acho que ele poderia dar até mais, no segundo tempo.

Qual o tamanho de um título paulista?

Calma, primeiro precisamos ser campeões. Depois, você me pergunta.