Blog do Praetzel

Danilo acha Loss e Carille, iguais. Meia pede união, com saídas de atletas
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Alexandre Praetzel

O Corinthians tem um multi-campeão no elenco, aguardando a sua chance de retornar ao time. O meia Danilo superou uma lesão grave e se vê pronto para ser titular novamente, se Osmar Loss quiser. Aos 39 anos e na sua nona temporada pelo Corinthians, Danilo conquistou todos os títulos possíveis e já passou por três mudanças radicais no grupo de jogadores, desde que chegou ao clube. O blog conversou com Danilo sobre as saídas de companheiros, o trabalho de Loss e a vontade de jogar, mostrando motivação para ajudar a equipe, neste segundo semestre.

As saídas de jogadores importantes, novamente, atrapalham demais?

Não é bom, né. Não é o certo, mas no futebol acontece. Não é só aqui no Corinthians. Mas tem outros jogadores também e a gente tem que suprir. Acho que o perde e ganha é normal. A gente tem que continuar e se juntar mais ainda. É um momento de muita conversa, organização, porque quando sai muita gente, acaba atrapalhando.

Você pode ser o substituto do Rodriguinho, voltando ao time?

Ah, eu não sei. O treinador que vai decidir. Eu estou bem, à disposição, 100% para jogar, mas tem mais jogadores também. Aí, ele que vai decidir, mas eu estou bem para jogar a partir desse segundo semestre.

A diferença do Loss para o Carille é muito grande ou a metodologia é a mesma?

É a mesma. A mesma coisa que o Fábio estava fazendo, ele está fazendo agora. Acho que não mudou nada. Futebol é assim. Acho que não terminamos muito bem, antes da Copa. Mas eu acredito, talvez se o Fábio estivesse, que poderia ter acontecido isso também, porque não mudou nada, o time é o mesmo, os mesmos jogadores, os mesmos treinamentos. Então, é coisa do futebol, é momento que acontece e a gente tem que passar por cima.

Corinthians está 11 pontos atrás do líder Flamengo. Dá para alcançar?

Tem muitos jogos. Então, é difícil a gente falar. Tudo pode acontecer. Eles vão oscilar também. Daqui a pouco, a gente pode ter uma arrancada boa, a gente sabe que futebol é assim, time grande é assim. É o que a gente vai fazer, procurar fazer isso aí. Ter uma sequência de vitórias. Campeonato Brasileiro, para você encostar lá em cima, você tem que ganhar quatro, cinco jogos seguidos. Então, a gente tem que seguir isso aí.

Priorizar Copa do Brasil ou Libertadores, será natural, por menos jogos a disputar?

Com certeza, né. Além disso tudo, ainda tem time grande. Corinthians é time de chegada, time decisivo. Há vários jogadores aqui que gostam desses jogos assim, têm experiência e isso faz a diferença.

Danilo já disputou 340 jogos e marcou 31 gols, com a camisa do Corinthians. Ganhou três títulos brasileiros, três Paulistas, uma Libertadores, um Mundial e uma Recopa Sul-Americana.


Direção do Santos perdeu 40 dias para dispensar Jair. Trabalho não foi bom
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Alexandre Praetzel

O Santos dispensou Jair Ventura. Em sete meses de trabalho, o treinador teve aproveitamento de 44,4%. Foram 39 jogos, com 14 vitórias, dez empates e 15 derrotas. O trabalho não foi bom. Em nenhum momento, o Santos teve padrão de jogo e boas atuações. Jair insistiu num esquema com três, ou até quatro atacantes, sem um meio-campo que funcionava. O discurso de que não tinha um armador no elenco, sempre foi uma desculpa esfarrapada, porque é obrigação do treinador encontrar outras opções táticas. O Santos poderia atuar com três zagueiros, com bons nomes no grupo. Foi até o fim com suas convicções, com desempenhos bem modestos. Em entrevistas pós-jogos, via outros jogos, em relação ao que acontecia. Isso também incomodava muita gente no clube.

Eu sempre sou a favor do trabalho e da continuidade, mas desta vez, o Santos acertou, apesar de perder 40 dias, na parada da Copa do Mundo. Antes do Mundial, o Santos já vinha mal, mesmo classificado para as quartas-de-final da Copa do Brasil e oitavas da Libertadores da América. No Brasileiro, flerta com a zona de rebaixamento, desde que o campeonato começou, há 14 rodadas. Já era para ter trocado, dia 13 de junho. O planejamento foi equivocado mais uma vez.

Agora, o Santos está no mercado. Zé Ricardo, Dorival Jr. e Cristóvão Borges, são nomes comentados. O certo é que o Santos pode jogar e render mais, com qualquer técnico. O elenco é bom, para a realidade brasileira.


Croatas seriam amarelados por gol, no Brasil. Cartões foram ridículos aqui
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Alexandre Praetzel

Uma semana depois do final da Copa do Mundo, tivemos a retomada do Campeonato Brasileiro. E com atitudes chatíssimas dos árbitros, nas comemorações dos gols. Aqui no Brasil, há uma mobilização das autoridades para deixar o futebol cada vez mais chato.

Por exemplo, vimos festas dos jogadores no Mundial, após os gols. Celebrações de atletas do banco de reservas, técnicos correndo e caindo na área técnica(Tite), referências a personagens e jogos de vídeo-game, além da grande comemoração dos croatas, atropelando um fotógrafo e vibrando e pedindo desculpas, logo depois. Tudo isso administrado pela arbitragem. Na festa do futebol, festa nos gols, sem ofender ninguém. Ponto final. Imaginem os croatas comemorando aquele gol, no Brasil? Cinco seriam amarelados. Seria um absurdo.

Nosso futebol interno precisa copiar as coisas boas. Os cartões amarelos para Lucas Lima, contra o Santos, e Moisés e Luan, no confronto entre Palmeiras e Atlético-MG, foram lamentáveis. Os três, em nenhum momento, provocaram, atacaram ou ofenderam alguém. Vibraram e fizeram gestos e atitudes normais, de quem está extravasando. Foi uma vergonha. Isso só torna o ambiente mais duro e pesado, tirando a alegria de todos. Uma pena.

Tenho 47 anos e me lembro de grandes comemorações.

Juari, atacante do Santos na década de 70, corria em direção à bandeirinha de escanteio e dava voltas em torno dela.

Russo, volante corintiano, mandava beijinhos para a torcida.

Reinaldo, atacante do Galo, levantava o braço direito, assim como o Dr. Sócrates do Corinthians.

Pelé, com seus socos históricos no ar.

Nas mais recentes, Viola e sua criatividade, acompanhado de alguns companheiros.

Paulo Nunes, homenageando figuras da TV. Tudo muito legal. Para descontrair, brincar e marcar posição. E sem atrapalhar o jogo.

Mas aqui, estamos andando para trás. Da torcida única, à falta de bandeiras e proibição de festividades. É mais fácil proibir, e não educar. Dentro e fora de campo. Gol da Bélgica.


Fagner lamenta saída de Rodriguinho e garante foco no Corinthians
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Alexandre Praetzel

Rodriguinho foi negociado com o Pyramids do Egito e é mais um titular a deixar o time, em meio à temporada. Além dele, já saíram Balbuena, Sidcley e Maycon. Fagner pode ser o próximo, depois da sua participação razoável na Copa do Mundo. O blog conversou com o lateral sobre como fica o projeto do Corinthians para o restante da temporada, com a perda de nomes importantes, a possibilidade de ir embora e o momento corintiano, na oitava posição do Brasileiro com 19 pontos, onze atrás do líder Flamengo. Acompanhem.

A saída do Rodriguinho atrapalha um pouco o projeto para a temporada?

É difícil, né, a gente sabe. É um jogador de qualidade, viveu um grande momento. A gente sabia que mais cedo ou mais tarde, isso poderia acontecer, pelos momentos decisivos que passou, por tudo aquilo que representava dentro de campo, mas a gente sabe que o futebol é muito dinâmico. Quando um jogador se destaca num clube grande, a probabilidade dele sair é grande. Então, a gente espera que ele seja feliz e a gente possa seguir sem ele. Sentiremos falta do Rodriguinho, como pessoa, não só como atleta, mas que ele seja feliz. Esse é o desejo de todos.

Tua participação na Copa pode te levar para o futebol europeu?

Ah, cara, eu estou focado muito no Corinthians. Claro que, as vezes as situações acontecem da noite para o dia, que você não consegue prever. É como eu falei. Você está em evidência, num clube grande, disputando títulos e até mesmo a Copa do Mundo, a gente não sabe o que pode acontecer. Mas, eu estou focado aqui no clube, cabeça aqui no Corinthians, procurando ajudar da melhor maneira possível.

Mudou muita coisa do Carille para o Loss?

Não, cara. Assim, cada um tem um pouco das suas ideias. Acho que o Loss está tentando colocar aquilo que ele acha da melhor maneira possível e a gente está tentando ajudá-lo. Acredito que jogo a jogo, as coisas tendem a melhorar.

Aquele primeiro turno do ano passado não vai se repetir. Você ainda vê o Corinthians brigando pelo título brasileiro?

Eu acredito que a gente tem que pensar jogo a jogo. Não adianta a gente começar a falar muito lá na frente. A gente sabe que o Brasileiro, muitas vezes, se decide da 30ª rodada para a frente. Então, pensar jogo a jogo, quem sabe pegamos uma sequência boa de vitórias. Isso vai nos credenciando a brigar lá em cima. O mais importante agora é pensar jogo após jogo, vitória após vitória, para que a gente consiga consolidar tudo aquilo que a gente tem de ideia, para que a gente possa estar brigando  lá em cima.

O Corinthians enfrenta Cruzeiro e Vasco, nas duas próximas rodadas da Série A, antes do primeiro jogo das quartas-de-final da Copa do Brasil, diante da Chapecoense.

 


Santos precisa dos estrangeiros para ontem. Jogo contra a Chape foi fraco
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Alexandre Praetzel

Santos e Chapecoense fizeram um jogo fraquíssimo, tecnicamente, e ainda estão na parte de baixo da classificação. O futebol foi pobre e preocupante e o Santos não evolui.

Mais uma vez, Jair Ventura manteve a formação com três homens no meio-campo e três atacantes. A bola chegou pouco ao setor ofensivo e o Santos criou pouco, novamente. Parece que os jogadores não estão em sintonia com o treinador. Além disso, faltou gana para vencer a Chape, inferior como equipe, mas com muito mais vontade na busca pela vitória.

As estreias dos reforços estrangeiros, Ruiz, Sanchez e Derlís Gonzales, serão apressadas pela necessidade. Claro que o time vai melhorar, mas Jair precisa ajudar. Hoje, o Santos tem bons nomes, mas não tem padrão. Isso é visível. Se não houver a melhora imediata, vai estourar no treinador.

Em sete meses, Jair Ventura não conseguiu dar uma cara ao Santos. Isso é fato e ele não pode reclamar porque teve tempo para trabalhar, na parada da Copa. Fim das desculpas e justificativas.


Anderson Martins vê São Paulo no caminho certo, com valorização do elenco
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Alexandre Praetzel

O São Paulo comemora o bom momento e a vice-liderança do Campeonato Brasileiro, após a vitória de 3 a 1 sobre o Corinthians. Para muitos, o time reagiu e mudou a postura e atitude, com a chegada de Diego Aguirre. O técnico modificou a forma de jogar, rodou o elenco e deu confiança aos jogadores. O sistema defensivo evoluiu e o tricolor parou de ser batido facilmente. O blog conversou com Anderson Martins, autor do primeiro gol do clássico. O zagueiro acha importante a valorização de todos e acredita que o São Paulo está no caminho certo para lutar por conquistas. Acompanhem.

O quanto o elenco está sendo importante para esse crescimento do São Paulo?

A gente sabe que, para ganhar títulos, brigar, a gente precisa de todos e todo mundo têm que estar preparado. No clássico, quem entrou, foi muito bem. Por isso, acho que o grupo está no caminho certo. A gente tem feito as coisas que têm que ser feitas nos jogos e esperamos manter esse nível de concentração, entrega, e com certeza, a gente vai trilhar um bom caminho até o final do campeonato.

O time soube manter a tranquilidade e foi mais calmo para chegar à vitória?

A gente foi com a proposta de jogar futebol. Tem feito isso nos últimos jogos. Fomos felizes nas finalizações. A equipe conseguiu fazer um grande jogo, se portar muito bem taticamente. A gente fica feliz para manter o trabalho durante a semana, manter a concentração porque quinta-feira temos o Grêmio.

Como você está vendo o rodízio de zagueiros e qual o efeito disso, em campo?

O professor Aguirre sempre fala para todos estarem preparados. A gente sabe que vai precisar de todo mundo, em todo o campeonato. Isso é bom, porque o mantém o nível, dá minutos de jogos para todos. Mais uma vez, foi provada a força do grupo. Saíram algumas peças, quem entrou foi muito bem. Liziero, Jean, o próprio Edimar, que fez um grande jogo. A gente fica feliz. Procurar manter esse trabalho que a gente tem feito e estamos no caminho certo.

O São Paulo mudou a atitude com a mudança de treinador?

As vezes, acontecem várias coisas no futebol…As vezes, futebol é muita confiança. A gente começou a vencer, as coisas começaram a acontecer. Isso dá moral, a torcida tem nos apoiado, acreditado no time. Graças a Deus, a gente está vivendo um bom momento. Procurar trabalhar tranquilo e manter a entrega. Estamos no caminho certo.

Anderson Martins foi contratado no início do ano e assinou contrato por três anos. Já disputou 13 partidas.


Jonathas avalia estreia pelo Corinthians: “Posso fazer muito mais”
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Alexandre Praetzel

Jonathas fez sua estreia como titular do Corinthians, na derrota por 3 a 1 para o São Paulo. Marcou o gol corintiano(ajeitou a bola com o braço) e perdeu um gol, no primeiro tempo, após erro defensivo do adversário. O atacante veio da Europa e ficou 30 dias sem jogar. No clássico, atuou durante todo o tempo e foi pouco acionado. O blog bateu um papo com Jonathas, que fez uma auto-crítica, admitindo que pode e deve melhorar mais com a sequência de partidas. Confira.

O que você achou da sua estreia como titular?

Para quem estava parado há um mês, jogar os 90 minutos, estou muito feliz em ter jogado, mas muito triste pela derrota. Eu posso fazer muito mais do que eu fiz. Agora, é trabalhar para estar bem no próximo jogo, quarta-feira, e conseguir os três pontos.

Qual sua primeira impressão no futebol brasileiro em relação do europeu, onde você esteve?

Um futebol que tem muita qualidade, ambas as equipes. Não estávamos num dia feliz e agora é trabalhar muito. Penso que não tem muita comparação entre futebol brasileiro e europeu. Tudo é futebol. Claro que aqui é mais jogado e eu gosto disso também. Não gosto de ficar muito parado.

Você poderia ter sido mais acionado na partida?

Você está correto, mas o decorrer da partida, o São Paulo jogou muito com a bola no início e a gente estava ali, saindo no contra-ataque. A partir do primeiro gol do São Paulo, a gente teve mais posse de bola, mas depois tomamos o segundo gol e ficou um pouco complicado. Mas como eu te falei, não foi um dia feliz para a gente. É levantar a cabeça e eu tenho que trabalhar muito mais. Foi uma partida péssima minha. Fico mal, porque foi uma partida péssima, mas eu sei que posso fazer muito mais do que eu fiz.

Se tivesse VAR, teu gol seria anulado?

(Risos) Foi muito rápido ali. Penso que como o gol poderia ser anulado, também penso que o árbitro poderia marcar umas cinco faltas que o Arboleda fez em mim, e não marcou. Mas eu penso que foi gol, balançou a rede e estou feliz com isso e triste com a derrota.

Jonathas está com 29 anos e foi revelado pelo Cruzeiro. Saiu cedo do Brasil e rodou por clubes europeus, como Real Sociedad-ESP, Rubin Kazan-RUS e Hannover-ALE. Está emprestado ao Corinthians, por um ano.


Aguirre acerta em cheio e SP passa bem pelo Corinthians. Reinaldo, o melhor
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Alexandre Praetzel

O São Paulo confirmou o melhor momento e venceu o Corinthians por 3 a 1, com muita atitude, força e jogo físico. Aguirre escalou Edimar na lateral-esquerda e adiantou Reinaldo para o meio e setor ofensivo. Funcionou. Reinaldo brecou as subidas de Fagner e apoiou o ataque, com dois gols, um deles muito bonito, fechando o placar. Reinaldo terminou como o destaque do clássico.

O primeiro tempo foi movimentado, com muita luta e pouco futebol. Na segunda etapa, o São Paulo foi muito superior. Ganhou todas as divididas, praticamente, e atacou mais que o adversário. Arboleda e Anderson Martins foram muito bem e Hudson e Liziero fecharam o meio. O São Paulo sempre tinha a segunda bola e não deixava o Corinthians respirar.

Do outro lado, Osmar Loss preferiu Marquinhos Gabriel e Jônatas a Vital e Pedrinho. Jônatas perdeu um, mas depois fez o gol de honra(ajeitou a bola com o braço), mesmo pouco acionado. O meio-campo não funcionou e Rodriguinho foi discreto, já negociado com o Piramyds do Egito, e mesmo assim, querendo jogar. Cássio errou no bote do segundo gol e falhou no terceiro. Não deu para entender porquê Pedrinho não começou a partida. É o melhor atacante do elenco. Loss terá trabalho pela frente, mas os melhores precisam jogar. Sem Rodriguinho, uma reposição será urgente.

Agora, o São Paulo segue na cola do Flamengo e o Corinthians se mantém numa posição intermediária. Tricolor já é uma afirmação, após 14 rodadas.


São Paulo volta a ser favorito diante do Corinthians, depois de muito tempo
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Alexandre Praetzel

O São Paulo recebe o Corinthians, neste sábado, no Morumbi lotado. De uns tempos para cá, dá para dizer que o tricolor volta a ser favorito diante do rival, após derrotas e eliminações seguidas para o adversário. Desde que Diego Aguirre chegou, o São Paulo se reformulou como time e cresceu. Consolidou uma forma de jogar, rodou o elenco, mudou a atitude e viu a melhora de alguns jogadores. Nene virou o principal nome e Diego Souza começou a justificar o investimento, além da ótima contratação de Éverton(desfalque pelo terceiro cartão amarelo). O São Paulo está em segundo lugar no Brasileiro com 26 pontos em 39 disputados, um atrás do líder Flamengo. Antes do início do campeonato, ninguém imaginava que o São Paulo pudesse estar nesta situação. Por isso, a responsabilidade de Aguirre, é ainda maior. O uruguaio anda com estrela até na indicação dos reforços, como o equatoriano Joao Rojas, que causou boa impressão na sua primeira partida.

Do lado corintiano, o time perdeu Balbuena e Maycon, dois titulares incontestáveis. Tem o reinício de um trabalho com Osmar Loss, numa mudança de perfil e metodologia. Isso sempre leva um certo tempo para funcionar, mesmo que Loss já estivesse na comissão técnica. Dos titulares deste sábado, só Danilo Avelar é uma novidade. Os demais já estão habituados aos altos e baixos do clube, com saídas repentinas de atletas. Apesar de ter sido bicampeão paulista, vejo o Corinthians um pouco abaixo do São Paulo, em relação às atuações. Claro que o Corinthians pode chegar e vencer, mas acredito que o São Paulo esteja mais arrumado.

Para lembrar, no retrospecto geral, o Corinthians tem 127 vitórias contra 103 do São Paulo. Até na casa são-paulina, a vantagem é corintiana com 50 triunfos a 37. No Paulista deste ano, foram duas vitórias corintianas e uma são-paulina.

Quem me acompanha, sabe que gosto de comparar jogador por jogador, do ponto de vista individual, em dias de clássico. Então, vamos lá.

Jean  X  Cássio

Militão  X  Fagner

Arboleda  X  Pedro Henrique

Anderson Martins  X  Henrique

Reinaldo  X  Danilo Avelar

Hudson  X  Gabriel

Liziero  X  Renê Jr.

Nene  X  Rodriguinho

Lucas Fernandes  X  Jadson

Rojas  X  Romero

Diego Souza  X  Matheus Vital

Diego Aguirre  X  Osmar Loss

6×6 na avaliação do blog. Aposto em São Paulo 2×1, num bom jogo de futebol.


O mundo encantado de Jair Ventura X A passividade de Roger Machado
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Alexandre Praetzel

Comentei Santos e Palmeiras, no Pacaembu. Um primeiro tempo razoável, com domínio do Palmeiras e um Santos afobado e querendo resolver tudo na base da pressa. Hyoran teve a bola para matar o jogo, mas desperdiçou. No segundo tempo, o Santos continuou veloz, desorganizado e atacando mais. O Palmeiras recuou e pareceu satisfeito com a vantagem de 1 a 0. Até levar o gol de empate, num lance de bola aérea. Aí, Roger fez tudo que deveria ter feito, quando vencia a partida. Sacou os atletas cansados e foi para cima. Só não venceu, porque faltou qualidade na definição da jogadas e Vanderlei apareceu na hora certa. Resultado final: um empate com um ponto ganho para o Santos e dois perdidos para o Palmeiras.

Agora, o que mais chamou a atenção, foram as posturas dos técnicos, após o clássico. Jair Ventura elogiou a formação da equipe e disse que o time foi organizado até chegar ao empate. Muito pelo contrário. Durante todo o jogo, o que mais faltou ao Santos, foi organização. Jair escalou o Santos num 4-1-5, com o setor de meio-campo ''vazio'' e deixando o Palmeiras trabalhar por ali, naturalmente. Quando fez as substituições, encheu o time de atacantes e não fechou os espaços. Jair tem que agradecer o empate ao Palmeiras, que não manteve a força do primeiro tempo. O treinador enxerga um jogo que só ele vê. É o ''mundo encantado de Jair Ventura''. O Santos segue sem padrão, sete meses depois dele assumir. Ele poderia testar outras formações, mas não nunca tentou. E o elenco conta com bons nomes.

Do outro lado, Roger disse que sempre espera mais do Palmeiras. Mas, quando teve a chance de mudar a equipe, não fez. Deixou Scarpa e Hyoran, desgastados em campo, e demorou a mexer. Quando o Santos empatou, aí Roger se mexeu e mudou a equipe. Claro que os atletas perderam os gols, mas Roger poderia ter aumentado a vantagem, se o Palmeiras tivesse um time mais descansado, a partir dos 15 minutos do segundo tempo. O Santos estava no desespero para chegar ao empate, visivelmente. O Palmeiras marcou passo e está sete pontos atrás do líder Flamengo. Foi um mau resultado, sem dúvida, pelo que foi o confronto.

Serão mais três rodadas, antes do decisivo mês de agosto, com mata-matas de Copa do Brasil e Libertadores da América. No final de julho, teremos uma boa noção do que Santos e Palmeiras farão no Brasileiro. Por enquanto, os dois estão devendo bastante e o Santos é a grande decepção da Série A.