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Vasco tenta a contratação de Arouca
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Alexandre Praetzel

Arouca interessa ao Vasco. O volante está de saída do Atlético-MG e pode voltar ao Rio de Janeiro. As negociações já começaram para o jogador ser repassado ao clube carioca. O UOL Esporte já tinha antecipado a possibilidade de o atleta deixar o Galo.

Arouca começou no Fluminense, com bom futebol. Teve uma rápida passagem pelo São Paulo, até chegar ao Santos, onde se destacou por cinco temporadas, com muitos títulos importantes. Saiu para o Palmeiras e foi campeão da Copa do Brasil, em 2015. Depois, atrapalhado por alguns problemas físicos e clínicos, perdeu a posição de titular.

Foi para o Atlético-MG, no início do ano, e agora pode chegar ao Vasco.

O cruz-maltino segue atrás de reforços para encorpar o elenco e busca jogadores experientes no mercado.


São Paulo já desvalorizou Diego Souza. Jogador também precisa se ajudar
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Alexandre Praetzel

O São Paulo gastou R$ 10 milhões para contratar Diego Souza, considerando o jogador um grande reforço para 2018. Ele recebeu a camisa 9 e chegou ao Morumbi com status de convocável para a Copa do Mundo, após atuar pelo Sport, com gols importantes e chamados do técnico Tite. Quatro meses depois, Diego Souza já é negociável. Perdeu espaço entre os titulares e viu o técnico Diego Aguirre dizer, após o empate contra o Ceará: “Conto com Diego Souza, mas ele tem ofertas. Será decidido dentro do clube. Ele é importante, mas depende da postura dele também”.

Aguirre foi apresentado no dia 12 de março. Quarenta e um dias depois, o treinador já não conta com Diego Souza. Já o deixou fora de uma partida por opção. Num curto prazo, Aguirre concluiu que Diego não serve. Ou quando negociava, já o avisaram que Diego Souza estava mal? Mas o que fazer para recuperar o investimento? A contratação foi uma convicção de Raí e cia, em dezembro. O blog lista a má administração do assunto e os erros cometidos, abaixo.

– Dorival Jr. não pediu a contratação de Diego Souza. Foi um nome contratado pelo clube. O treinador queria escalá-lo como meia, vindo detrás;

– Diego Souza foi trazido como centroavante, porque se vendeu a ideia de que ele poderia ir para a Copa do Mundo, como jogador de área. Chegou fora de forma;

– Aguirre já decretou que Diego Souza perdeu espaço no grupo. Assim, o São Paulo dificilmente vai recuperar o dinheiro investido na sua contratação;

– Diego Souza não se ajuda. Há quem diga que não interage com os companheiros, não treina com tanta disposição e mostra-se desanimado.

Agora, emprestá-lo para qualquer clube e ainda pagar boa parte do salário, mostrará que a diretoria do São Paulo está brincando com a gestão. O Vasco tentou, o São Paulo pediu o garoto Evander na troca. O Vasco não quis, num primeiro momento.

Neste instante, o papel do treinador não deveria ser a tentativa de recuperar o jogador, tecnicamente? O São Paulo era mais forte nas suas direções, recentemente. Parece que até isso perdeu, com decisões como essa.

Num futebol, onde os clubes brasileiros sofrem com a falta de dinheiro, diariamente, gastar R$ 10 milhões num jogador de 33 anos e desvalorizá-lo rapidamente, é valorizar a incompetência. De todos os lados.


Pelaipe crava: “O grande reforço do Vasco é colocar os salários em dia”
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Alexandre Praetzel

O Vasco fez uma boa campanha no Brasileiro de 2017, após ter retornado à Série A. Conseguiu uma vaga na Libertadores da América e chegou à fase de grupos. Foi vice-campeão carioca e terá Copa do Brasil e a sequência do torneio sul-americano, além do campeonato nacional. O blog entrevistou o diretor-executivo, Paulo Pelaipe, sobre a projeção para o restante da temporada, a busca por reforços e Paulinho, grande revelação vascaína e esperança do torcedor. Acompanhem.

O que você imagina do Vasco no Brasileiro?

Eu imagino fazer um grande campeonato, que a gente possa, no mínimo, estar novamente na Libertadores de 2019. Esse é o nosso objetivo. Nós temos alguns jogadores que estavam lesionados, jogadores importantes, que estão retornando, como Kelvin, Breno, Ramon. Esperamos também que o Paulinho se recupere no menor tempo possível. Tem essa previsão de quatro meses, mas estamos torcendo para que ele possa voltar um pouco antes. Giovanni Augusto teve duas lesões, mas é um jogador que acrescentou bastante no grupo de profissionais. Achamos que precisamos de mais dois ou três reforços, em função da quantidade de competições e jogos que vamos ter. Como tem a Copa do Mundo, praticamente não vamos descansar. Só terá a parada da Copa. Depois, é jogo quarta e domingo. Para isso, é preciso ter um grupo de jogadores.

O vice-campeonato carioca foi justo?

Não. A gente nunca acha que é justo. Nós queríamos ser campeões, mas aceitamos o resultado. O Botafogo conquistou o título dentro de campo e a gente não gostou de ter perdido. Jogamos para ganhar. Tínhamos até 40 segundos antes com o título na mão, mas perdemos o jogo e perdemos o título nas penalidades máximas. Ficou aquela frustração e aquele gostinho de quero mais.

Qual a principal dificuldade que vocês enfrentam, depois da gestão passada?

Esse assunto de política, eu não falo. Só falo sobre futebol. Nós temos um grupo muito bom, uma comissão técnica excelente. Os jogadores estão comprometidos, temos um grande treinador e estamos satisfeitos com o trabalho realizado.

Algum reforço já encaminhado?

Primeiro, como disse o presidente Alexandre Campello e o vice-presidente, Fred Lopes, o grande reforço é colocar os salários em dia, os compromissos em dia. Evidentemente, a gente tem conversado sobre futebol, analisado alguns cenários, mas no momento certo, oportuno. Não adianta trazer jogadores, se não estivermos ajustados e acertados com os jogadores que nós temos em casa.

Diego Souza foi tentado?

Olha, te digo com toda franqueza e honestidade. Da parte do departamento de futebol, não fizemos nenhum tipo de contato.

Passar da primeira fase da Libertadores é uma vitória ou algo natural?

Nós fomos surpreendidos em casa com a derrota para a La U. Fizemos um segundo jogo muito bom, resultado bom, porque empatar com o Cruzeiro no Mineirão é um resultado bom. Três dias depois do nosso jogo, o Cruzeiro foi campeão mineiro. Nós esperamos nos classificar. Vamos para um jogo importante contra o Racing, em Buenos Aires, e tenho certeza que vamos trazer um bom resultado. Depois, nos dois jogos em casa, com o apoio do torcedor, nós podemos nos candidatar à vaga para as oitavas-de-final.

Vasco tem três competições simultâneas. Dá para ser campeão de alguma?

Nós vamos trabalhar para isso. Tem outras equipes que são mais favoritas do que nós. Mas numa competição de mata-mata, como a Copa do Brasil, você sabe que depende da noite, do dia. Palmeiras, com grandes investimentos, o próprio Grêmio manteve a base e está se reforçando, são mais favoritos que a gente. Então, nós respeitamos todos os adversários, mas vamos trabalhar para dar uma alegria ao nosso torcedor, numa destas competições.

Existem propostas pelo Paulinho?

Que eu saiba, não. Esse assunto é tratado diretamente pelo presidente e pela diretoria, com o vice-presidente de futebol. Que eu saiba, neste momento, nada.

Paulinho joga mais que o Vinícius Jr.?

Eu acho que ele é mais completo, na minha opinião. É o jogador da geração 2.000, que é o melhor jogador do futebol brasileiro. Não só dito por mim, dito por outras pessoas, até por você. Então, acho que o Paulinho é um jogador mais completo. Respeito o Vinícius Jr., que é uma grande promessa, mas acho que o Paulinho é completo.

Paulinho sofreu uma luxação no cotovelo esquerdo e está em processo de recuperação.

O Vasco estreia na Série A contra o Atlético-MG, neste domingo, em São Januário. Na Libertadores, tem um ponto em seis disputados. Na Copa do Brasil, está nas oitavas-de-final, aguardando a definição do seu adversário.

 


Dinamite acha que Brant ganhou a eleição no Vasco. Ex-ídolo quer mais time
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Alexandre Praetzel

Roberto Dinamite é o maior jogador da história do Vasco para muitos torcedores. Grande ídolo como atleta, disputou mais de mil jogos e marcou mais de 700 gols. Dinamite presidiu o clube de 2008 a 2013, mas não conseguiu deixar um legado positivo. Nos seus dois mandatos, ganhou a Copa do Brasil, mas viu o Vasco cair duas vezes para a Série B do Brasileiro. Num bate-papo com o blog, Dinamite achou que a última eleição para presidente foi mal conduzida e que Júlio Brant deveria ter sido o novo presidente, ao invés de Alexandre Campello. Confira.

O que você achou da eleição do novo presidente Alexandre Campello?

A eleição em si, foi mal conduzida. Essa é a minha opinião com relação ao que ocorreu. Nada de pessoal contra o Alexandre, que foi meu médico quase dez anos dentro do Vasco da Gama. A forma como foi conduzida…O estatuto do Vasco dá aos conselheiros, aos 300 conselheiros o direito de estar ali para aclamação de quem foi eleito lá dentro da disputa dos sócios do clube, o que infelizmente isso não aconteceu. Só isso que eu acho que não foi legal. Na história do Vasco, foi a primeira vez. Eu, sinceramente, não concordei com a forma como foi conduzido. Agora, entra a parte política dos candidatos e é complicado. O que eu quero e desejo é ver o Vasco forte. Se eu puder ajudar, estando ali, vou ajudar. Ver o jogo e tal. Se for melhor estar fora, eu não quero atrapalhar a vida do Vasco. O Vasco, para mim, é mais importante do que qualquer presidente, qualquer diretor. A instituição Vasco da Gama faz parte da minha vida e da minha formação. Em cima disso, eu torço para que, hoje é o Campello, amanhã será outro, mas ele que faça uma boa administração e leve o Vasco às conquistas, que esse é o objetivo.

Ganhou o melhor candidato para você ou o Júlio Brant merecia?

Eu acho que a eleição da escolha do candidato, ela foi no ginásio do Vasco, e não a que foi feita na sede náutica.

Vasco tem condições de brigar com os adversários, tecnicamente e financeiramente, a curto prazo?

Não. Eu acho que ainda não. O Vasco precisa melhorar tecnicamente. Precisa trazer outros jogadores, fazer uma equipe mais competitiva. E também, no que diz respeito à parte financeira, a realidade do Vasco é muito parecida com a grande maioria, mas o Vasco, pelo que eu estou vendo e acompanhando, está buscando esse equilíbrio e é viável, viabilizar a vida do clube hoje. Tem a Responsabilidade fiscal e a responsabilidade do presidente, isso vai ajudar para quem esteja ali, para trabalhar, investir, fazer, formar, ter grandes jogadores. Acho que passa pela formação de novos talentos, para que o Vasco possa, não só ter esses jogadores, mas, ao mesmo tempo, vender jogadores para ter dinheiro e condições de se tornar, não só a instituição que ela é. O Vasco é uma instituição sensacional, muito grande, e se for falar de história para mim, ela está acima de tudo, mas espero que o Vasco possa encontrar seu melhor caminho, com estruturação. Que possa ser essa administração ou outra, para que realmente, o Vasco busque seus melhores dias.

O Vasco está disputando o Campeonato Carioca e a Libertadores da América. Luta para ser semifinalista do Estadual e busca sua primeira vitória no torneio sul-americano, após estrear com derrota para a Universidad do Chile.


Direção do Vasco teme perder Zé Ricardo para o futebol árabe
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Alexandre Praetzel

O técnico Zé Ricardo pode deixar o Vasco, nos próximos dias. Ele recebeu uma proposta do Al-Ahli Jedah da Arábia Saudita. O blog apurou que os dirigentes sabem que a oferta financeira é muito boa para Zé Ricardo e admitem que podem perder o treinador. Uma reunião nesta sexta-feira servirá para definir se o trabalho segue ou não.

Sem dinheiro em caixa, o Vasco não tem como concorrer com propostas do exterior para segurar Zé Ricardo. Ele recebe em regime CLT e uma rescisão de trabalho é simples e rápida neste sentido.

Para muitos, dentro do Vasco, Zé Ricardo é melhor do que o elenco. Em 25 jogos, comandando a equipe, Zé Ricardo conseguiu 12 vitórias, desde que chegou a São Januário, em 2017. Agora, levou o Vasco à fase de grupos da Libertadores da América, com estreia marcada para março.

Caso Zé Ricardo deixe o clube, o Vasco vai priorizar a busca por um profissional que tenha trabalhado com jovens de categorias de base. O nome de Claudinei Oliveira, técnico do Avaí, é bem visto pela direção.


Vasco tenta a contratação de Giovanni Augusto
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Alexandre Praetzel

O Vasco está tentando contratar Giovanni Augusto, meia do Corinthians. A diretoria enviou uma proposta ao presidente Andrés Sanchez, por um empréstimo até o final do ano. Giovanni está treinando normalmente no Corinthians, mas não vem sendo aproveitado pelo técnico Fábio Carille.

Giovanni Augusto chegou ao Corinthians, no início de 2016, a pedido do então técnico Tite. Desembarcou no clube com um grande salário, pelo bom desempenho anterior no Atlético-MG. No Corinthians, não conseguiu repetir as atuações e foi mais reserva do que titular, apesar de ser campeão brasileiro e paulista, em 2017.

No ano passado, Giovanni recusou uma troca por Valdívia, do Inter, preferindo permanecer e tentar reaver seu espaço na equipe. Não conseguiu. Agora, colocado em disponibilidade, a tendência é que mude de ares.

O meia já disputou 74 partidas pelo Corinthians, com sete gols marcados. Tem contrato até dezembro de 2019.


Vasco quer manter Luís Fabiano. Jogador prioriza recuperação do joelho
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Alexandre Praetzel

A nova diretoria do Vasco comemorou a vitória de 4 a 0 sobre a Universidad Concepción do Chile, na abertura da pré-Libertadores. No jogo de volta, o time carioca pode perder por três gols de diferença, que estará classificado para a segunda fase. Apesar do bom resultado, os dirigentes entendem que o Vasco precisa se reforçar para a temporada. Uma das ideias é permanecer com Luís Fabiano, recuperando-se de lesão no joelho direito, o mesmo que passou por uma artroscopia, em agosto de 2017.

“Não vamos rescindir com o Luís Fabiano. Nós contamos com ele e estamos torcendo pela sua recuperação, o mais rápido possível. Ele vai nos ajudar muito com os jovens que temos, com toda sua experiência”, afirmou o diretor-executivo, Paulo Pelaipe.

Luís Fabiano está fazendo tratamento no Reffis do São Paulo. O blog apurou com seu staff, que a prioridade do atacante é se recuperar totalmente, para voltar a atuar sem dores. O prazo estipulado é de três meses. Luís Fabiano ainda não sabe se vai continuar no Vasco, mas pretende conversar com a nova cúpula, nos próximos dias. Ele tem  contrato com o clube até dezembro.

Luís Fabiano foi contratado em 2017. Disputou 20 partidas e marcou seis gols. Está com 37 anos.


Reage Vasco! A ditadura está acabando
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Alexandre Praetzel

Sou gaúcho, mas desde criança ouvi muitas histórias do Vasco, através do meu pai, fanático por futebol. Ele me falava dos grandes times da história vascaína, como o Expresso da Vitória, marcante na década de 40, e o campeão brasileiro de 74, superando o grande Cruzeiro da época. Cresci e herdei a paixão pelo esporte e fui trabalhar com jornalismo esportivo.

Vi o Vasco ganhar o Brasileiro mais três vezes(89, 97 e 2000) e a Libertadores em 98. Sempre com ótimos times e jogadores. Respeitado e temido. Com uma grande torcida espalhada pelo Brasil. Mas a conta chegou, com o clube sendo vitimado pelas péssimas administrações de Eurico, Roberto Dinamite e Eurico. Três rebaixamentos e títulos para pagar, não ganhar. Teve uma Copa do Brasil e um vice brasileiro em 2011, mas com gastos fora da realidade. Todo mundo sabia que aquilo era irreal.

Agora, chegou a hora de reerguer o clube. Não conheço Júlio Brant, o próximo presidente. Me parece bem intencionado e pronto para a bomba que vai encontrar. No discurso, sabe da grandeza do Vasco e de como sócios, torcedores e simpatizantes devem ser tratados. A favor da instituição, sem se aproveitar dela. O palavreado euriquista de “Eu sou Vasco antes de tudo” foi para o espaço, depois dos últimos acontecimentos. A equipe voltará a disputar a Libertadores e o presidente está mais preocupado em atrapalhar a vida do próximo mandatário, vitorioso contra ele, nas urnas legítimas. Triste. Vergonhoso. Mas com data para terminar, finalmente.

O Vasco precisa ser arejado. Hoje, torcedores de vários estados torcem contra pela antipatia a Eurico. O cara que proibiu o repórter Lucas Pedrosa do Esporte Interativo de participar da entrevista coletiva porque ele revelou os desmandos da diretoria. O mesmo que proíbe o portal UOL de fazer a cobertura diária no CT de Vargem Grande. Caras que se acham donos do Vasco e têm alergia à verdade. Mas eles estão passando. O Vasco fica. A agenda positiva voltará.

Que Zé Ricardo consiga ter paz para levar o Vasco à fase de grupos da Libertadores e que o clube volte a ser admirado, e não ridicularizado, como nos últimos anos. Nem é preciso mais dizer “Fora Eurico”. Ele já é passado.


Chape foi gigante. São Paulo não mereceu mais que 50 pontos
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Alexandre Praetzel

Terminou o Campeonato Brasileiro de 2017. Acompanhei a última rodada com total atenção. Comentei o empate entre Santos e Avaí, na Vila Belmiro. O time catarinense esteve vivo até o final, precisando de um gol para permanecer na Série A. Não conseguiu pela falta de qualidade dos seus jogadores. Volta para a Série B, com Coritiba, Ponte Preta e Atlético-GO.

O grande destaque foi a Chapecoense. Um ano depois da tragédia que vitimou diretoria, comissão técnica e elenco, a Chape está classificada para a pré-Libertadores e consegue sua melhor colocação nos pontos corridos, com a oitava posição. Um resultado espetacular por tudo que a Chape passou. Montou um grupo às pressas, conviveu com troca de treinadores e viveu a pressão de não ser rebaixada, porque esse era o grande desafio: não cair, depois de tudo. O trabalho merece ser enaltecido. É um recomeço de verdade. Vida longa à Chapecoense.

Entre as decepções, Atlético-MG e São Paulo ganharam de goleada. O Galo foi um arremedo de equipe, desde o início da competição. Teve três técnicos e conseguiu um pouco de regularidade com Oswaldo de Oliveira. Chegar à Libertadores, via G9, é protocolar, mas sem o que comemorar. Temporada ruim e torcida pelo Flamengo.

O São Paulo parou nos 50 pontos, mesma pontuação de 2013, quando também foi ameaçado de rebaixamento. Muito pouco, mas a realidade tricolor. A diretoria negociou bons valores em meio ao torneio e ainda demitiu Rogério Ceni, gerando insegurança no vestiário. Dorival Jr. assumiu sob pressão e com quase um time de contratações. Remontou a equipe, mas o sofrimento era esperado. Em nenhum momento, a Libertadores foi algo real, pelas atuações. Pelo G9, sim. Mas só por isso.

Nos últimos cinco anos, o São Paulo lutou contra três quedas. Esse papo de “time grande não cai”, é uma falácia. Planeja mal e brinca com o futebol, que a queda vem à galope. O torcedor foi o craque do ano, mas ele não entra em campo. É preciso ter consideração com quem apoiou em todos os momentos. Porque uma hora, todo mundo larga de mão. Não se brinca com o sentimento de quem paga ingresso. Que 2018 seja bem melhor.

Para fechar, parabéns ao Vasco, sétimo colocado e na pré-Libertadores e uma vaia para o Botafogo, que despencou nas rodadas finais, entregando uma vaga praticamente certa no torneio sul-americano.


Vasco precisa renascer. Que a Justiça faça justiça pela transparência
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Alexandre Praetzel

O Vasco começa a quarta-feira com dois presidentes, em tese. Nas sete urnas apuradas, Eurico Miranda foi reeleito  presidente. No entanto, a urna sete está sub-júdice porque vários votantes foram legitimizados horas antes do pleito. Nesta urna, Eurico fez 408 votos contra 42 de Júlio Brant, candidato da oposição. Nos votos válidos, Brant ganhou de Eurico por 1933 a 1703. Agora, a Justiça vai decidir se a urna sete será aceita ou não. Brant e Eurico comemoraram a vitória, numa cena curiosa e constrangedora, ao mesmo tempo. Brant deu entrevistas se considerando presidente e Eurico já se considerava vitorioso, antes do final da apuração. Integrantes da Assembléia geral anunciaram a reeleição de Eurico por mais três anos. O processo foi mais equilibrado em relação a anos anteriores, mas Eurico saiu vitorioso outra vez, até que se prove o contrário.

O Vasco tem uma torcida imensa em todo o Brasil e precisa de paz. mas parece que isso está longe de acontecer. O clube parou no tempo. De 2008 a 2016, caiu três vezes para a Série B, depois de administrações desastrosas de Roberto Dinamite e Eurico Miranda. É verdade que ganhou a Copa do Brasil e foi vice-campeão brasileiro, em 2011, mas isso passou batido em seguida, com Dinamite gastando tudo que podia e não podia, para levar o Vasco a lutar pela Libertadores da América, em 2012. As consequências foram mais duas quedas em três anos.

Eurico tem dito que o Vasco vai disputar a Libertadores, em 2018. Ele entende que isso já é uma grande vitória para quem retornou à Série A. Eu diria que é muito pouco. O Vasco já foi referência, com grandes nomes revelados e sempre brigando por títulos. Romário, Edmundo, Felipe, Pedrinho, Philipe Coutinho, apenas para lembrar os mais recentes. Hoje, Paulinho e Paulo Victor apareceram bem, mas o volante Douglas foi negociado rapidamente pela crise financeira. Em estrutura, o Vasco tem um estádio defasado e um quadro de sócios ridículo para a grandeza do clube.

Já fui cobrir jogos em São Januário. A “guarda” de Eurico não faz a mínima questão de receber a imprensa. Sempre foi complicado trabalhar ali. Eurico trata o Vasco como se fosse dele. Ex-jogadores e atletas atuais costumam dizer que Eurico cumpre com tudo que promete, como se isso não fosse obrigação. A realidade é que o Vasco ficou para trás dos rivais e não se vê muitas possibilidades de crescimento a médio prazo.

Uma mentalidade empresarial e profissional poderia mudar esse quadro e talvez Brant trouxesse uma gestão diferente, mas isso só a Justiça poderá definir. Hoje, os sócios deixaram tudo como está e não poderão reclamar de mais um triênio de apequenamento e dificuldades para o Vasco.