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Osório ou Zé Ricardo no Santos. Medalhão x Emergente voltam ao debate
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Alexandre Praetzel

O Santos pretende anunciar seu novo técnico até este domingo. Após muitas consultas e conversas, dois nomes foram definidos como preferenciais. Juan Carlos Osório e Zé Ricardo.

O colombiano já treinou o São Paulo com bom trabalho e forma de jogar e deixou a Seleção do México, nesta semana, depois de levá-la às oitavas-de-final. É um profissional valorizado e conhecedor de futebol. Tem proposta da Seleção colombiana e nunca escondeu o desejo de treiná-la.

Zé Ricardo surgiu como tantos no Brasil, de forma emergencial, após bom trabalho na base do Flamengo. Foi campeão estadual em 2017, mas caiu porque o Fla foi eliminado na Libertadores e tinha caído de rendimento. Recuperou o Vasco no Brasileiro e pediu demissão, antes da Copa do Mundo. Já mostrou que é bom treinador.

Vejam bem, dois perfis diferentes. Um medalhão e um emergente. Dois competentes, acredito. Agora, Zé Ricardo é bem parecido com Jair Ventura, em quase tudo. Talvez, Zé seja mais ofensivo no padrão tático. Osório seria mais impactante, ainda mais vindo de um Mundial, e com gosto pelo ataque, algo que os santistas adoram.

Acredito que o debate Medalhão x Emergente, voltou ao futebol brasileiro. Felipão é o principal exemplo, depois de Eduardo Baptista e Roger Machado não darem certo. Cuca funcionou, na primeira passagem. Os dirigentes adoram estas discussões e decidem, de acordo com as redes sociais, na maioria das vezes.

No modo Medalhão, temos Felipão, Abel Braga, Mano Menezes, Tite, Luxemburgo, Marcelo Oliveira, Dorival Jr., Cuca, Fábio Carille, Levir Culpi, Oswaldo de Oliveira, Dunga, Carpegiani, Geninho e Renato Gaúcho. Todos com títulos importantes e currículos.

No modo Experiência, temos Diego Aguirre, Roger Machado, Eduardo Baptista, Jorginho, Vagner Mancini, Gilson Kleina, Claudinei Oliveira, Enderson Moreira, Adilson Batista, Marcos Paquetá, Guto Ferreira, Cristóvão Borges, Milton Mendes, Ney Franco, Antonio Carlos Zago e Fernando Diniz. Alguns com títulos estaduais.

No modo Emergente, temos Zé Ricardo, Jair Ventura, Alberto Valentim, Rogério Ceni, Thiago Larghi, Maurício Barbieri, Tiago Nunes, Osmar Loss, Odair Hellmann, Milton Cruz e Lisca.

Muitos são contratados por trabalhos recentes ou alguns resultados rápidos. Outros, porque viram sustentação das diretorias, nos vestiários. Muitos seguram o ambiente e conseguem controlar os elencos, cada vez mais mimados e super protegidos. Tudo para dar um “choque” e tentar reagir no curto prazo. Criaram a ideia de que os emergentes precisam assumir só no início dos trabalhos, porque não aguentam momentos de pressão.

E assim, segue a roda. Tudo na base do perfil, esquecendo competência e trabalho. É o que eu penso e vejo, com 26 anos de profissão no dia a dia.

 


Flamengo tem time para abrir 11 pontos sobre o Palmeiras. Jogo forte
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Flamengo fazem um bom aperitivo para a Copa do Mundo, na última rodada do Brasileiro, antes do recesso para o Mundial. O Palmeiras faz uma campanha regular para o seu potencial e vai enfrentar o líder, com aproveitamento muito bom e com jogadores em bom nível, como Éverton Ribeiro e Lucas Paquetá. Claro que o desfalque de Diego pesa, mas o Flamengo está bem estruturado na parte tática e confiante, dentro de campo.

Será um confronto difícil para o Palmeiras, mesmo no Allianz Parque. O empate diante do Ceará, irritou a torcida. O Flamengo passou sem sustos pelo Paraná e manteve a evolução. Desde que Maurício Barbieri foi colocado no cargo de técnico, o Flamengo evoluiu e parece mais ajustado do que o Palmeiras. O confronto cresce na medida que o Flamengo pode abrir 11 pontos para o Palmeiras, caso consiga a vitória. Promessa de bom jogo e estádio lotado.

O blog avaliou jogador por jogador, adotando o momento, como critério principal. Acompanhem.

Jaílson  X  Diego Alves

Marcos Rocha  X  Rodinei

Edu Dracena  X  Léo Duarte

Thiago Martins  X  Thuler

Victor Luís  X  Renê

Felipe Melo  X  Cuellar

Bruno Henrique  X  Jean Lucas

Moisés  X  Lucas Paquetá

Hyoran  X  Éverton Ribeiro

Dudu  X  Vinícius Jr.

Willian  X  Henrique Dourado

Roger Machado  X  Maurício Barbieri

6×5 Flamengo e um empate na defesa, para o blog. No placar, o blog aposta num empate em 2 a 2.


Um Grenal longe dos grandes clássicos. Inter foi um time pequeno
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Alexandre Praetzel

O Grenal 416 terminou em 0 a 0 porque o Grêmio não conseguiu furar o bloqueio o Inter. O jogo comprovou a superioridade técnica gremista com 75% de posse de bola contra um adversário que atuou os 94 minutos na defesa. André perdeu uma chance e Danilo Fernandes foi exigido apenas uma vez. O Grêmio ainda teve dois pênaltis que não foram marcados pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio. Um cometido por Fabiano em cima de Cortez e o outro de Patrick em Luan. Só o Grêmio jogou, mas tecnicamente, o Grenal deixou a desejar.

O Inter adotou a estratégia de não perder. Funcionou e somou um pontinho sobre seu maior rival. Agora, a mediocridade colorada chamou a atenção. O Inter atuou como time pequeno, de acordo com a mentalidade do seu treinador, e Renato teve razão ao cornetar. O Inter é muito grande para jogar assim, sempre buscando o empate e ficando satisfeito com isso. Em cinco jogos, marcou apenas duas vezes, na única vitória sobre o Bahia por 2 a 0, com dois gols de Nico López, que nem foi aproveitado no clássico. Num campeonato de pontos corridos, empatar muito deixa a equipe patinando na classificação. O objetivo inicial e, talvez o único, é permanecer na Série A. O que vier depois, é lucro.

Já o Grêmio vai brigar em cima, como esperado. Claro que deixou de ganhar quatro pontos em casa e isso pode fazer falta lá na frente, mas ainda tem time e elenco para reagir e buscar a pontuação, longe de Porto Alegre. O Grêmio é candidato ao título. Ao Inter, resta lutar para ficar na primeira divisão.


Grêmio expôs a diferença gritante para o Santos. Jair parece perdido
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Alexandre Praetzel

Escrevi no blog, neste domingo pela manhã, que o Santos corria risco de levar uma goleada do Grêmio, em Porto Alegre. Apenas fiz menção ao que eu vejo hoje, comparando as duas equipes. Em nenhum momento, desrespeitei o Santos e seus jogadores. Só coloquei que, atualmente, o Grêmio é um time de futebol de qualidade, bem preparado, com esquema definido e conjunto entrosado. Historicamente, Grêmio e Santos sempre fizeram confrontos equilibrados. Agora, a diferença gritante ficou escancarada.

O Grêmio fez 5 a 1 contra um Santos espalhado, confuso e perdido. O Santos até empatou num chute que Jean Mota errou, mas a bola desviou em Kannemann e enganou Marcelo Grohe. Depois, o Grêmio tomou conta do jogo novamente e chegou à goleada, sem dificuldades.

Jair Ventura quer provar aos santistas que é um técnico ofensivista, mas não dá padrão à equipe. Não adianta escalar três atacantes, sem meio-campo criativo. Há um deserto no meio e isso facilita para os adversários. Como o Grêmio tem o seu melhor, neste setor, a goleada poderia ser prevista.

Reparem que Rodrygo, Gabriel e Sasha foram espectadores e só ficaram correndo atrás dos gremistas. Os laterais não puderam apoiar e o Santos foi batido facilmente.

Ou Jair Ventura retranca o time do jeito que ele gosta ou novas derrotas surgirão. Com esse esquema, a tendência é o fracasso ali na frente. Na Libertadores, pode dar certo no mata-mata, quando é possível jogar por uma bola. O problema é que os jogadores não parecem querer comprar as ideias do treinador.


Santos tem seu adversário mais difícil. Risco de goleada contra o Grêmio
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Alexandre Praetzel

O Santos vai enfrentar seu pior adversário no ano, neste domingo, em Porto Alegre. Pega o Grêmio, embalado e jogando futebol de alto nível. Há muito tempo que o Grêmio não era tão favorito como agora, frente ao Santos. Entre os titulares, o Grêmio é mais time, apesar da qualidade defensiva santista e do goleiro Vanderlei.

Do meio-campo para o ataque, o tricolor gaúcho abre grande vantagem, pela forma como atua e pela inteligência e passe do setor gremista. Maicon, Arthur, Ramiro e Luan estão entrosados, dão ritmo e decidem partidas. Todos eles participam bastante da partida e são criadores rotineiros de chances de gols. Por isso, Everton tem sido destaque, recebendo bolas e finalizando bem. Até Jael, com toda sua escassez futebolística, vem marcando seus gols e aproveitando a oportunidade de continuar entre os titulares.

Jair Ventura deve mudar seu esquema de jogo. Se continuar escalando um meio-campo aberto, com apenas Alison na marcação, o risco é de levar uma goleada. Na Arena, o Grêmio empurra os adversários para a defesa e sufoca o tempo todo. Se o Santos não tiver mais componentes de marcação, a situação ficará difícil.

O blog avaliou jogador por jogador, pelo momento. Confira.

Marcelo Grohe X  Vanderlei

Léo Moura  X  Daniel Guedes

Geromel  X  Lucas Veríssimo

Kannemann  X  David Braz

Cortez  X  Dodô

Maicon  X  Alison

Arthur  X  Léo Citadini

Luan  X  Jean Mota

Ramiro  X  Eduardo Sasha

Everton  X  Rodrygo

Jael  X  Gabriel

Renato Portaluppi  X  Jair Ventura

9×3 para o Grêmio, pelo critério do blog. O blog aposta em Grêmio 3×1.


Projeção para o Brasileiro em três escalões. Cinco brigam pelo título
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Alexandre Praetzel

A Série A do Brasileiro começa neste sábado com Cruzeiro e Grêmio, no Mineirão. Promessa de bom jogo de dois times que são candidatos a ganhar o campeonato. O blog fez uma projeção com três escalões: luta pelo título, pelotão intermediário e fuga do rebaixamento. Acompanhe abaixo, em ordem alfabética.

Primeiro escalão

Corinthians – Atual campeão, com um técnico afirmado e uma forma definida de jogar.

Cruzeiro – Bom técnico, bom elenco e jogadores capazes de decidir.

Flamengo – Pode jogar bem mais. Grupo é qualificado e precisa dar uma resposta.

Grêmio – Qualidade técnica e jogo coletivo. Renato vive grande momento. Já ganhou dois títulos no ano.

Palmeiras – No papel, forma dois times. Está jogando menos do que o esperado. Nos pontos corridos, pode levar vantagem pela quantidade de opções.

Segundo escalão

Atlético-PR – Disputou poucos jogos, priorizando torneios mais importantes. Fernando Diniz ganhou os jogadores.

Atlético-MG – Parece ter um time formado, mas com reposições mais modestas em relação a anos anteriores. Thiago Larghi segue como treinador.

Bahia – Se estruturou para permanecer na Série A por longo tempo. Tem um time titular bom.

Botafogo – Vive dentro das suas possibilidades financeiras. Tem uma equipe coletiva forte.

Inter – Vem da Série B, preparado para suportar as dificuldades. Time razoável, mas com boa estrutura tática. Treinador é uma aposta.

Santos – Jair Ventura gosta de não perder primeiro, para depois pensar em ganhar. Nos pontos corridos, pode não funcionar. Tem uma garotada boa.

São Paulo – Ainda busca reforços. Diego Aguirre chegou agora e precisa de mais tempo para encontrar um time.

Vasco – Zé Ricardo é melhor que o time. Tenta encorpar o elenco. Sonha com uma vaga na Libertadores.

Fuga do rebaixamento

América-MG – Mantém o técnico Enderson Moreira há mais de um ano. Tem batido e voltado para a Série B, com frequência.

Ceará – Marcelo Chamusca faz bom trabalho, mas elenco é bem reduzido.

Chapecoense – Vem no limite, após 2016. Gilson Kleina é um técnico defensivista.

Fluminense – Abel Braga sabe das dificuldades. Tem pouco dinheiro e precisa de reforços.

Paraná – Retorna à Série A, após 11 anos. Questão financeira pesa. Aposta em Rogério Micale e num time jovem.

Sport – Reformulou o grupo e teve um mau trimestre, caindo no Estadual e Copa do Brasil.

Vitória – Namorou o rebaixamento nos dois últimos anos. Tem um time pouco competitivo.

São apenas palpites, pelo acompanhamento dos jogos e campeonatos. Estaduais não servem muito como parâmetro, mas ajudam em times bem formados. Tomara que o nível técnico do Brasileiro seja melhor do que os dois últimos anos.

 

 

 

 

 


Torcedor do Santos acredita pouco no time. Vantagem do Palmeiras é enorme
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras tem uma grande vantagem para eliminar o Santos, nesta terça-feira, no Pacaembu. O time é melhor, mais treinado, tem o empate a seu favor e ainda contará com torcida única no estádio. Mais de 30 mil ingressos foram vendidos, com antecedência. Esse é um ponto muito favorável ao Verdão, algo que o Santos não teve, no primeiro confronto.

Sábado, o Santos foi mandante para pouco mais de 19 mil torcedores. Pouco, pela importância do clássico. E só com santistas. Parece que há um desalento do torcedor com diretoria e equipe. Falei com alguns santistas e interagi com outros, via redes sociais. A maioria entende que Jair Ventura escala e mexe mal. Que sempre há uma desculpa do treinador para qualquer insucesso. Quase 100% quer o garoto Rodrygo como titular e Renato fora, apesar do respeito pelo atleta. É verdade que o Santos obrigou Jaílson a quatro defesas difíceis, mas enquanto o Palmeiras teve pernas e foi competitivo, mandou no jogo. Parece que o próprio Santos torna as coisas mais complicadas, pela ineficiência dentro de campo. E isso tirou as esperanças dos santistas. A camisa do Santos é gigantesca, mas só isso não ganha.

Se fizermos um campeonato de palpites, o Palmeiras deverá ganhar de barbada, na questão da classificação para a final. Antes da bola rolar, o Palmeiras sempre foi apontado como favorito. Com a vitória por 1 a 0, a distância aumentou. O Santos pode devolver o placar e levar a decisão para os pênaltis? Pode, mas tudo indica que o Palmeiras não perderá a oportunidade de eliminar o adversário.

Marcos Rocha e Victor Luís são dúvidas no Palmeiras. Tchê Tchê e Diogo Barbosa serão os substitutos, se Roger Machado precisar.

No Santos, Jair não fez treinamento com bola, para não vazar a escalação. A tendência é entrar mais reforçado no meio-campo, evitando o domínio palmeirense, como ocorreu nos primeiros 30 minutos.

Projeção de um jogo intenso, repetindo o cenário de sábado. O blog aposta em Palmeiras 2×1.


Quem é quem no Choque-Rei? Sequência ruim do Palmeiras equilibra o clássico
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e São Paulo fecham os clássicos da primeira fase do Paulista, nesta quinta-feira, no Allianz Parque. Será o sexto jogo entre as duas equipes no estádio palmeirense, onde o São Paulo não conseguiu nenhum ponto, com cinco derrotas e 16 gols sofridos, desde 2015. Num determinado momento, o Palmeiras chegou como muito favorito em algumas partidas. Agora, parece que o equilíbrio aumentou, mais pelo decréscimo do Palmeiras do que um possível crescimento do São Paulo.

O Palmeiras somou apenas dois pontos nos últimos 12 disputados, enquanto o São Paulo ganhou quatro. Pouco aproveitamento para os dois times e com o Palmeiras já classificado, ao contrário do Tricolor. Pelos números, condições iguais. Pelas atuações, as duas equipes precisam melhorar. O Palmeiras pode complicar o São Paulo na classificação e o São Paulo tem a motivação de buscar pelo menos um empate na casa do rival. Projeção de bom jogo e mais de 30 mil ingressos vendidos.

O blog comparou as duas equipes abaixo.

Jaílson  X  Jean

Marcos Rocha  X  Militão

Antonio Carlos  X  Rodrigo Caio

Thiago Martins  X  Arboleda

Victor Luís  X  Edimar

Felipe Melo  X  Hudson

Bruno Henrique  X  Petros

Lucas Lima  X  Cueva

Dudu  X  Marcos Guilherme

Borja  X  Brenner

Willian  X  Valdívia

Roger Machado  X  Dorival Jr.

8×4 Palmeiras, na avaliação do blog. Algumas observações importantes:

– Lucas Lima ainda não fez nenhuma ótima partida, mas entendo que é mais jogador que Cueva.

– Dudu e Marcos Guilherme vivem má fases técnicas. O histórico de Dudu pesa mais.

– Valdívia melhorou o São Paulo, mas Willian se mantém mais regular no geral.

O blog aposta num empate. 1 a 1.

Bom jogo para todo mundo.

 

 


Auxiliares viraram solução. A maioria não será um Carille ou Jair Ventura
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Alexandre Praetzel

Em dezembro de 2016, o Corinthians efetivou Fábio Carille como técnico do time. O ex-auxiliar chegou ao cargo principal, depois de ser interino no mesmo ano. Obviamente, Carille assumiu com desconfiança, após o Corinthians passar em branco naquela temporada, mas tinha uma trajetória de nove anos de clube, acompanhando Mano Menezes e Tite.

Veio 2017 e o Corinthians foi campeão paulista e brasileiro com autoridade e um jogo coletivo muito bom. Carille foi escolhido o melhor treinador, merecidamente, e renovou contrato por mais dois anos.

Jair Ventura não ganhou títulos no Botafogo, mas viveu a mesma condição. De número dois na comissão técnica de Ricardo Gomes, Jair passou à função principal, quando Ricardo foi para o São Paulo. Levou o Botafogo à Libertadores e seguiu com o bom trabalho até às quartas-de-final do torneio e às semifinais da Copa do Brasil. Hoje, comanda o Santos.

Citei os dois porque eles viraram referências para dirigentes efetivarem alguns auxiliares como treinadores principais, pelos salários menores e conhecimentos dos clubes. O próprio Botafogo promoveu Felipe Conceição, ex-jogador do time. Elogiado e querido pelo grupo, Felipe levou o Botafogo à semifinal da Taça Guanabara, mas deixou sua situação delicada com a eliminação para a Aparecidense-GO, na primeira fase da Copa do Brasil. O resultado pode ser a origem de uma demissão, caso caia para o Flamengo também. Se tivesse ganho a vaga no torneio mais rentável do Brasil, teria muito mais tranquilidade.

No Inter, Odair Hellmann substituiu Guto Ferreira. Abriu o ano com três vitórias, um empate e duas derrotas. Passou pelo Boavista-RJ com um futebol pobre e um empate na Copa do Brasil. Até agora, não definiu uma formação titular e o time não mostra padrão de jogo. Precisa de paciência, mas vem sendo criticado pela torcida. Se não passar pelo Remo, pode abreviar sua passagem. Lembrando que o Inter esteve na Série B, em 2017.

No Palmeiras, Alberto Valentim trabalhou nos últimos dez jogos de 2017. Largou bem, mas a derrota para o Corinthians e escolhas equivocadas, técnica e taticamente, liquidaram suas chances. O Verdão o dispensou e preferiu trazer Roger Machado.

No Sport, Daniel Paulista foi e voltou como interino e salvou o Leão do rebaixamento, quando Vanderlei Luxemburgo foi demitido. O Sport preferiu contratar Nelsinho Baptista e não o efetivou. Antes, o Sport apostou em Eduardo Baptista, que pulou da preparação física para a boca do túnel. Está fazendo carreira e dirige a Ponte Preta, pela segunda vez.

No São Paulo recente, Milton Cruz era o funcionário-tampão, quando a direção dispensava um treinador. Nunca quis assumir o tricolor. Saiu e virou técnico do Figueirense.

Zé Ricardo e Claudinei Oliveira foram bem nos times Sub-20 de Flamengo e Santos. Alçados às posições principais, se firmaram e foram para o mercado. Zé está no Vasco e Claudinei comanda o Avaí.

Novos nomes surgem por emergência e falta de dinheiro, também. A maioria não confirma porque sofre com o resultadismo e imediatismo dos clubes. Se começar ganhando, vai ficando, mas na primeira sequência negativa, pode cair, por não haver lastro e experiência. No fim do ano, teremos novos exemplos, sem dúvida. Nem todos serão como Carille e Jair Ventura. A caminhada é árdua e longa, e muitas vezes, ingrata.


Grandes se reforçam para bater o Palmeiras. Elenco do Verdão tem três times
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Alexandre Praetzel

A semana começou com apresentações de reforços de São Paulo, Corinthians, Santos e Botafogo, além da provável chegada de Henrique Dourado ao Flamengo. Grandes times se mexendo para qualificar seus elencos. Mas quando listamos o grupo de jogadores do Palmeiras, a diferença aumenta bastante com a quantidade de alternativas para o técnico Roger Machado.

O Palmeiras pode montar duas equipes hoje e parte da terceira formação vestiria muitas camisas da Série A do Brasileiro, sim.

Com todos os atletas à disposição, hoje os titulares são: Jaílson; Marcos Rocha, Antonio Carlos, Edu Dracena e Diogo Barbosa; Felipe Melo, Tchê Tchê e Lucas Lima; Dudu, Borja e Willian.

O segundo quadro(para relembrar um termo antigo) tem Fernando Prass; Mayke, Luan, Thiago Martins e Victor Luiz; Thiago Santos, Moisés, Guerra e Gustavo Scarpa; Keno e Deyverson.

Ainda é possível escalar um time C com Weverton; Fabiano, Emerson Santos, Juninho e Michel Bastos; Bruno Henrique e Jean; Hyoran e Artur. E ainda tem João Pedro, Raphael Veiga e Roger Guedes emprestados.

Eu não sei se o Palmeiras vai ganhar algum título, em 2018. No ano passado, também era favorito e passou em branco, sem decidir o Paulista, Copa do Brasil e Libertadores. Foi vice-campeão brasileiro, mas distante do Corinthians.

Agora, é inegável que fez contratações pontuais e encorpou o grupo. São pelo menos duas boas opções para cada posição e possibilidades de variações táticas, de acordo com a preferência do treinador. Talvez mais um zagueiro, próximo do nível de Mina, fosse necessário.

Se houver gestão e controle competente do vestiário, o Palmeiras dificilmente não ganhará nada. Tudo se decide dentro de campo, obviamente, mas o Verdão é o candidato mais forte em todas as competições. Certamente, haverá bons jogos contra adversários do mesmo tamanho. Todo mundo vai querer bater de frente com quem tem mais qualidade. Sempre foi assim. 2017 foi um exemplo.