Presidente Peres na Inglaterra e o Santos em crise no Brasil
Alexandre Praetzel
O Santos patina no Brasileiro, está na zona de rebaixamento, não vence há cinco jogos, Jair Ventura está pressionado e uniformizados se “reúnem” com os jogadores. Um pacote de crise completo para a realidade do clube, apesar de estar nas oitavas-de-final da Libertadores da América e quartas-de-final da Copa do Brasil. E onde está o presidente Peres? Chefiando a delegação da Seleção Brasileira, em Londres, para o amistoso contra a Croácia.
“Chefiar” delegação é para viajar de graça, comer bem, visitar pontos turísticos e tirar fotos com jogadores. Simplesmente, não serve para nada. Peres parece totalmente perdido com o cargo que ocupa. E ele deve achar que os atletas não enxergam isso. Um time começa a desabar, quando há falta de comando em todas as esferas. Ao menor sinal de crise nas relações, o elenco começa a “mandar”. Já vimos isso várias vezes, em outros clubes.
Quem está dirigindo o Santos, é o vice-presidente Orlando Rollo, que está com relações estremecidas com Peres. Eles só conversam o básico. Como um clube pode ser presidido desta maneira?
Peres tinha um discurso moderno na campanha para a eleição. Inclusive, eu o achava o melhor candidato. Ledo engano. Cinco meses depois, Peres é um fracasso. Assumiu, sem plano de gestão e com a presidência caindo no seu colo. A crise financeira vem de anos e quem não consegue conviver com isso, não pode gerir um clube.
Se o Santos não mudar radicalmente o pensamento de futebol, pode cair pela primeira vez para a Série B. Exemplos não faltam e só Santos, São Paulo, Flamengo e Cruzeiro, nunca caíram, entre os grandes. Mas sempre pode ter a primeira vez.