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Médico do Palmeiras admite que Borja pode passar por cirurgia no joelho
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Alexandre Praetzel

Borja está voltando a São Paulo, para se reapresentar ao Palmeiras. O atacante colombiano está com dores no joelho direito e pode ser submetido a uma cirurgia, após a observação e análise de alguns exames realizados, ainda na Rússia, servindo à sua seleção.

O blog fez contato com o médico do Palmeiras, Dr. Gustavo Maglioca, que acompanha a delegação no Panamá, onde o Palmeiras fez dois amistosos. Confira.

Como está a situação do Borja? Já há imagem do exame no joelho? 

Na última sexta-feira, o Borja, treinando, sofreu um trauma, uma pancada no joelho. Esse trauma piorou. Fez com que piorasse a lesão que ele tem no menisco do joelho direito. Ele conduziu bem de forma eficiente, porém, esse trauma gerou uma piora, uma involução da lesão. A gente acompanhou ao longo dos quatro dias, até a partida, ele evoluiu bem, mas clinicamente não tinha condição de jogar e foi cortado. A gente está trazendo ele para São Paulo para uma investigação mais aprofundada. Como você mesmo disse, ele tem imagem. A imagem mostrou alteração estrutural no menisco, uma piora, o acometimento aumentado e a gente quer ver clinicamente e submeter o nosso processo de exame de imagem para uma avaliação um pouco mais definitiva do que fazer. Essa é a condição. Amanhã, ele deve chegar, para começar uma batelada de exames e avaliações clínicas com ele para a gente tomar a melhor decisão.

Borja pode passar por alguma cirurgia?

Não acho que seria precoce. Obviamente, a análise estrutural requer uma análise clínica complementar. Então, não adianta só a gente tratar a ressonância, tem que tratar o joelho e tratar o Borja. Mas, não acho que é precoce, é prudente considerar a hipótese de uma possível intervenção cirúrgica, até pelo alto investimento do atleta, pela demanda, risco de novos entorses, risco de novos traumas. Então, assim, pela piora da lesão, justificaria, sim, a intervenção. Não acho precoce, acho que seria prudente primeiro acabar com todas as avaliações, para cravar a necessidade. Mas não seria errado dizer que existe, sim, uma possibilidade de intervenção.

Borja fez tudo para ir à Copa do Mundo. As dores no joelho já o incomodavam, antes da convocação para a Seleção. No Mundial, ele foi pouco aproveitado pelo técnico José Pékerman. No último jogo, diante da Inglaterra, ficou fora até do banco de reservas.


Quanto valem amistosos de Santos e Palmeiras? Especialista defende ideia
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Alexandre Praetzel

Santos e Palmeiras estão aproveitando a parada para a Copa do Mundo, para disputar amistosos no exterior. O Palmeiras já fará seu segundo jogo, nesta quarta-feira, contra o Independiente Medellín, na Cidade do Panamá. Ainda terá mais um jogo na Costa Rica, antes de retornar ao Brasil. O Santos está viajando para dois confrontos com os mexicanos Monterrey e Querétaro. Algo que é difícil fazer atualmente, com o calendário brasileiro entupido de jogos.

Nas décadas de 60, 70, 80 e 90, times brasileiros eram convidados e recebidos com pompas e circunstâncias, em grandes torneios internacionais. O próprio Santos se abriu para o mundo, na era Pelé. Hoje, temos a Flórida Cup, como um torneio de pré-temporada, com poucos resultados técnicos. Antigamente, torneios europeus tradicionais como Tereza Herrera, Ramón de Carranza e Juan Gamper, tinham presenças constantes de grandes equipes brasileiras. Hoje, isso acabou.

O blog conversou com Danyel Braga, diretor da CSM Golden Goal, empresa especializada em entretenimento e gestão e marketing esportivo, a respeito do assunto. Confira.

Com a globalização, deixou de ser importante excursionar?

Em relação à parte comercial e de presença de marca dos clubes brasileiros no exterior, não deixou de ser importante. Naturalmente, a internet e o avanço nas telecomunicações aumentaram a capilaridade e facilidade para se chegar em diversos mercados ao mesmo tempo, mas estar presente fisicamente é algo estratégico, caso algum clube queira conquistar algum novo mercado em específico. Diferentemente dos principais clubes europeus que já possuem marcas reconhecidas globalmente e por consequência visibilidade e interesse da mídia, os clubes brasileiros precisam ainda construir essa marca no exterior. Garantir uma maior proximidade do seu público alvo por meio de amistosos, pode ser uma estratégia para inicio da construção de uma relação com potenciais novos torcedores e consumidores.

Com o calendário brasileiro, essa alternativa não existirá mais?

O fato do calendário europeu ter a pré-temporada acontecendo em meses diferentes do calendário brasileiro certamente não ajuda, mas também não inviabiliza excursões internacionais. Caso algum clube brasileiro tenha como objetivo conquistar torcedores no mercado sul-americano, por exemplo, o calendário atual tem pouco impacto.

O quanto é fundamental para os brasileiros participarem de torneios e amistosos?

Depende do objetivo e do momento do clube. Se os clubes brasileiros almejam a longo prazo serem competitivos em termos de marca e resultados técnicos com os grandes clubes europeus, o primeiro passo é estar entre eles. Naturalmente a parte técnica é algo que não pode ser deixada de lado, uma sequência de torneios amistosos não pode prejudicar fisicamente os jogadores. Do ponto de vista de conquista de novos torcedores, criação de reputação da sua marca no exterior e consequentemente geração de novas receitas em dólar ou euro, esses torneios podem ser considerados relevantes. Há de se lembrar que os clubes brasileiros sempre vão competir com o mercado internacional quando se trata de compra e venda de jogadores. O real é naturalmente uma moeda desvalorizada, os clubes brasileiros sempre terão dificuldades de manter ou contratar grandes jogadores, e isso significa que receitas em moedas estrangeiras servem para diminuir esse risco e aumentar a competitividade e poder de compra.

Se ganha mais com exposição do que dinheiro?

A participação em torneios e amistosos internacionais pode oferecer os dois resultados, receitas de curto prazo pela participação nos torneios e construção de marca a médio e longo prazo. A longo prazo a construção de marca em outros mercados poderá gerar novas fontes de receitas aos clubes, caso exista o interesse e uma estratégia de expansão internacional. No caso de amistosos internacionais, se o objetivo é ampliar o potencial de receitas a longo prazo, o primeiro passo é que os torcedores locais te conheçam, depois desenvolvam uma simpatia pelo clube e posteriormente tenham interesse em consumir o seu produto. É um processo de construção de marca de médio e longo prazo, que precisa ir além do amistoso em si, para ser bem sucedido. O amistoso é um momento de consumo, o ponto auge da relação de proximidade com esse torcedor, mas após definir o mercado alvo, a estratégia de comunicação começa meses antes da partida a ser realizada e deve continuar depois.  Esse processo de construção de marca é importante para desenvolver uma relação duradoura e não apenas de maneira “extrativista”. No mundo do futebol isso é algo que apenas os clubes europeus conseguem fazer. A partir do momento que o clube passa a ter uma marca forte e reconhecida internacionalmente, um novo mercado consumidor se abre para ser explorado, com receitas como patrocínios, diretos de TV, sócio-torcedor, licenciamento e etc. O Barcelona, por exemplo, possui mais de sete patrocinadores de empresas de bancos diferentes, sua marca é tão reconhecida e valorizada globalmente, que consegue comercializar cotas regionais de patrocínios para o mesmo segmento, com exclusividade apenas para mercados específicos.

O Palmeiras também tratou os jogos no Panamá como uma atividade social, em razão da pobreza e criminalidade na região de Colón, onde acontecem os amistosos. O clube só recebeu pelas despesas de hospedagens e passagens aéreas, assim como o Santos, na viagem ao México.


Keno acerta contrato de três anos com time egípcio
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Alexandre Praetzel

Keno se despede do Palmeiras para atuar no futebol egípcio. O atacante já vinha sendo assediado por clubes árabes, desde janeiro deste ano. O Al Nassr da Arábia Saudita fez duas propostas pelo atleta, mas o presidente Maurício Galiotte recusou, por não concordar com os valores. Agora, o Pyramids FC(ex-Al Ahram), adquirido pelo Ministro de Esportes da Arábia Saudita, Turki Al-Sheikh, fez uma oferta de dez milhões de dólares à vista(R$ 37,8 milhões) e contratou o jogador. O Palmeiras tem 100% dos direitos econômicos de Keno e ficará com o todo o dinheiro.

O blog fez contato com Edson Neto, empresário de Keno, a respeito da negociação. “O ministro comprou esse clube e veio com a proposta. O Keno recebeu muito bem e está feliz. O contrato será de três anos”, revelou.

O novo time de Keno terminou a Liga do Egito em nono lugar, com 42 pontos em 34 jogos.

Keno chegou ao Palmeiras, em janeiro de 2017, para compor elenco. Se destacou com boas atuações, como ótima alternativa. Em 2018, virou titular, com a chegada de Roger Machado.

Keno fez 84 jogos e marcou 19 gols pelo Palmeiras. Fará 29 anos em setembro.


Silêncio do Palmeiras no caso Scarpa é sintoma de derrota
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Alexandre Praetzel

O jornal “A Bola” de Lisboa, em Portugal, informa que o Benfica fará uma oferta de seis milhões de euros ao Fluminense, pelos 60% dos direitos econômicos de Gustavo Scarpa. Ainda pagará três milhões de euros ao jogador, na assinatura de um possível contrato, totalizando nove milhões de euros. O interesse do Benfica vem desde janeiro, quando Scarpa tentou se desvincular do clube carioca na Justiça do Trabalho. O Palmeiras foi mais rápido e fechou com o meia, acreditando que Scarpa estaria livre, pelos atrasos salariais do Fluminense. Acertou por cinco anos e acordou o pagamento de seis milhões de euros a Scarpa e seus empresários, depois o fim do processo judicial. De janeiro a março, quitou os salários do atleta, normalmente.

Scarpa fez oito jogos e marcou dois gols, até “retornar” ao Fluminense, via ações judiciais. Em março, o Fluminense cassou a liminar de Scarpa e o meia não jogou mais pelo Palmeiras. Já são 90 dias de imbróglios e parece que o Palmeiras irá perder o processo.

Agora, o silêncio palmeirense é estranho. Os advogados do clube e o presidente Maurício Galiotte não se manifestam. Se o caso é esperar pela Justiça e o Palmeiras sabia dos riscos, por que contratou o jogador e pagou pelos direitos econômicos? Seria melhor esperar a liberação do atleta, em plenas condições legais.

Todo mundo sabe que Scarpa não ficará sem jogar. Se ele enxergar o menor sinal de que não conseguirá atuar no Palmeiras, obviamente, vai buscar uma outra equipe. O Benfica é time grande europeu e português. Pelos valores mencionados, a tendência é levar o jogador e acertar com o Fluminense.

Scarpa também poderia se manifestar. Fica batendo bola e mantendo a forma em Hortolândia, sua cidade natal. Nem um pronunciamento, nada. Aos 24 anos, deve ter a clara noção do que está acontecendo, perdendo tempo e futebol.

Acredito que o Palmeiras perdeu tempo demais. Sempre fui contra, contratações via Justiça. O diálogo é a melhor forma.

Se o Palmeiras tinha convicção no atleta, que entrasse em acordo com o Fluminense. Scarpa é bom reforço para qualquer time e ajudaria muito o Palmeiras. Tudo leva a crer que será uma derrota, dentro e fora de campo.


Expulsões dominaram Palmeiras e Fla. Jogo abaixo do esperado
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Flamengo fizeram um jogo abaixo do esperado, com empate em 1 a 1, no Allianz Parque. O Palmeiras até começou bem, pressionando, e obrigando Diego Alves a uma defesa excelente, em cabeceio de Willian. Logo depois, nova bola aérea e o gol de Willian, após ajeitada de Bruno Henrique. Willian tem sido o jogador mais importante do Palmeiras, com gols importantes e boas participações. É um atacante pouco valorizado pelo seu custo-benefício.

Atrás no placar, o Flamengo foi para o confronto e deixou o jogo bem equilibrado. O Palmeiras recuou e deu terreno para o adversário. Aliás, Roger Machado gosta de administrar resultados, quando o Palmeiras larga na frente. Eu, particularmente, acho um erro. Apesar de ter mais espaço para trabalhar, o Flamengo só criou um lance perigoso, em toque de cabeça de Éverton Ribeiro para intervenção de Jaílson.

No segundo tempo, o Palmeiras teve duas chances claras para matar o jogo, mas parou em Diego Alves e na lentidão de Moisés para fazer o gol. E como quem não faz, leva, o Flamengo empatou com Thuler, de cabeça, superando Thiago Martins pelo alto. Com o empate, o Flamengo cresceu. Depois, Roger Machado fez algumas mudanças e o Palmeiras recuperou o gás, atacando um pouco mais. Ah, Felipe Melo poderia ter sido expulso, com entrada violenta sobre Vinícius Jr.

Aos 46 minutos, confusão generalizada, após empurrões entre Dudu e Cuéllar. O árbitro Bráulio Machado assistiu tudo passivamente e expulsou três jogadores de cada lado, corretamente. Pelo Palmeiras, Dudu, Jaílson e Luan. No Flamengo, Cuéllar, Jonas e Henrique Dourado. Neste bolo, Dudu mostrou descontrole e Jaílson extravasou seu nervosismo. O goleiro está pronto para perder a posição para Prass ou Weverton.

Final de partida com o Flamengo mantendo oito pontos de vantagem sobre o Palmeiras. Num campeonato tão equilibrado, dá para tirar. O que pouca gente esperava era a irregularidade do Palmeiras em 12 rodadas. Poderia estar ao lado do Flamengo, se não cometesse tantos erros.

Vamos ver como será a retomada do Brasileiro, a partir de 16 de julho. Provavelmente, muitos times mudarão em posições e nomes importantes. A conferir.


Flamengo tem time para abrir 11 pontos sobre o Palmeiras. Jogo forte
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Flamengo fazem um bom aperitivo para a Copa do Mundo, na última rodada do Brasileiro, antes do recesso para o Mundial. O Palmeiras faz uma campanha regular para o seu potencial e vai enfrentar o líder, com aproveitamento muito bom e com jogadores em bom nível, como Éverton Ribeiro e Lucas Paquetá. Claro que o desfalque de Diego pesa, mas o Flamengo está bem estruturado na parte tática e confiante, dentro de campo.

Será um confronto difícil para o Palmeiras, mesmo no Allianz Parque. O empate diante do Ceará, irritou a torcida. O Flamengo passou sem sustos pelo Paraná e manteve a evolução. Desde que Maurício Barbieri foi colocado no cargo de técnico, o Flamengo evoluiu e parece mais ajustado do que o Palmeiras. O confronto cresce na medida que o Flamengo pode abrir 11 pontos para o Palmeiras, caso consiga a vitória. Promessa de bom jogo e estádio lotado.

O blog avaliou jogador por jogador, adotando o momento, como critério principal. Acompanhem.

Jaílson  X  Diego Alves

Marcos Rocha  X  Rodinei

Edu Dracena  X  Léo Duarte

Thiago Martins  X  Thuler

Victor Luís  X  Renê

Felipe Melo  X  Cuellar

Bruno Henrique  X  Jean Lucas

Moisés  X  Lucas Paquetá

Hyoran  X  Éverton Ribeiro

Dudu  X  Vinícius Jr.

Willian  X  Henrique Dourado

Roger Machado  X  Maurício Barbieri

6×5 Flamengo e um empate na defesa, para o blog. No placar, o blog aposta num empate em 2 a 2.


Palmeiras “perdeu” dois pontos para o Ceará. Mais foco contra os menores
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras “perdeu” dois pontos, ao invés de ter ganho um, no empate de 2 a 2 com o Ceará, em Fortaleza. Isso sempre será mencionado, quando um grande deixar de vencer, com a partida na mão. O Palmeiras abriu 2 a 0 no placar, deu uma relaxada, recuou e deixou o Ceará tomar conta da partida. Parecia que o jogo seria uma mera formalidade, depois do Palmeiras fazer o segundo gol. Tem também o mérito cearense, que foi buscar o resultado, mesmo com um time inferior. Parabéns ao técnico Lisca, que superou Roger Machado.

O Palmeiras começou o jogo muito bem. Foi eficiente e rápido, aproveitando uma bola aérea e uma falha do zagueiro Luiz Otávio. Aí, parou. O Ceará ganhou terreno, diminuiu e continuou em cima.

No segundo tempo, Lisca voltou com Elton no lugar do meia Reina. O Ceará deu espaços, sem aproveitamento do Palmeiras, que poderia ter matado o confronto com Hyoran, na cara do goleiro Everson, após ótimo passe de Willian. Roger Machado preferiu apostar na vantagem e tirou Dudu e Lucas Lima. O Ceará permaneceu no campo palmeirense e chegou à igualdade com o oportunismo de Elton.

Um resultado amargo para o Palmeiras e uma vitória para o Ceará. O tropeço é ainda pior, porque o Ceará perdeu para Flamengo, Grêmio e Cruzeiro, todas as derrotas, em casa.

O elenco do Palmeiras é bom, mas o grupo precisa de foco nos jogos menores. Se mantiver essa postura, o Palmeiras não será campeão brasileiro. Afinal, os três pontos valem em todos os confrontos. Quarta-feira, tem o líder Flamengo.


Lisca pega o Palmeiras e crava: “Qual técnico não é “bombeiro” no Brasil?”
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras enfrenta o Ceará, neste domingo, como favorito no Castelão, em Fortaleza. Será o duelo de um dos melhores times do Brasil contra o lanterna do Brasileiro. No comando técnico cearense, estará Lisca, retornando ao clube no seu segundo jogo, após empatar com o Botafogo, quarta-feira, no Rio de Janeiro. Lisca volta ao Ceará para tentar manter a equipe na Série A, como fez em 2015, garantindo o Vozão na Série B, depois de dez confrontos decisivos. Em entrevista exclusiva ao blog, Lisca vê muita motivação em pegar o Palmeiras, admite a possibilidade de mudanças no elenco e faz uma avaliação real da situação dos treinadores no Brasil. Confira a seguir.

Como enfrentar um dos melhores times do Brasil, na situação atual do Ceará?

E um dos maiores investimentos da América. É difícil em qualquer circunstância. Na atual, é um jogo de importância muito grande para a gente porque nós temos que pontuar o mais rápido possível. Sabemos que temos a parada da Copa e isso vai ser importante para uma reestruturação do trabalho e enfrentar o Palmeiras é uma motivação grande também. Pela grandeza do adversário, pela importância que um resultado positivo daria para a sequência do nosso trabalho. É um jogo que motiva o jogador ao natural e o próprio torcedor do Ceará também. Tem muito torcedor palmeirense aqui, então é enfrentar na dificuldade para achar uma grande oportunidade para iniciar o processo de pontuação no campeonato e depois usar a parada de 40 dias para reestruturar o trabalho.

Com o atual elenco, é possível permanecer na Série A?

Quando eu cheguei aqui no Ceará, já ouvi uma grande discussão sobre a formatação do elenco, se havia ou não a necessidade de reforços. Acho que isso é uma discussão que existe em todos os clubes, ainda mais nesse momento num ano atípico que tem a Copa do Mundo, a parada. Times que estão na frente também estão pensando em se reforçar e se reestruturar. Tem a questão da janela que abre para fora. Então, é o momento muito ativo de movimentação no mercado. E o Ceará é o último colocado. Automaticamente, passa por um processo de reavaliação que já vinha antes da minha chegada. Alguns processos já encaminhados, algumas situações bem adiantadas. Depois desses dois jogos, contra Palmeiras e Atlético-MG, com certeza as coisas vão mexer dentro do clube.

A diferença financeira pesa demais ou isso não pode servir como desculpa?

Sempre é bom ter mais dinheiro para investir, poder investir em jogadores de qualidade, ter um plantel mais equilibrado, boas opções, que não caia muito o nível entre um jogador titular e reserva. Hoje em dia, as equipes estão jogando muitas competições, então tem muitas equipes com três jogadores por posição, de boa qualidade. O Palmeiras é um exemplo. Fica mais fácil, mas não pode servir como desculpa. Se não, os times de maior dinheiro ganhariam sempre e não é assim que acontece no futebol. E os times de menor orçamento têm que se reinventar, achar dentro das situações de jogo, da parte de estratégia, qualidade coletiva, organização, aproveitar a oportunidade de poder mudar de patamar, profissionalmente. Tudo isso é importante para o jogador.

Teu trabalho anterior no Ceará foi tão difícil como esse?

Meu trabalho no Ceará, em 2015, tinha um objetivo similar, que era não cair, com circunstâncias diferentes. Antes, eram dez jogos, estávamos na Série B, um outro nível de competição. Agora, é Série A. São 28 jogos que faltam, com uma parada de 40 dias, com uma janela aberta, com mercado que vai mexer muito, com as equipes mexendo muito nos seus plantéis. São circunstâncias bem diferentes, mas objetivos comuns.

Achas que tens que mudar o rótulo de “Salvador” para times em más atuações?

Todo o projeto e sonho de um treinador, é um trabalho a médio e longo prazo. Uma estruturação, um início de temporada. Isso é o que todos nós buscamos, mas no futebol brasileiro isso é quase uma utopia. Qual treinador hoje no futebol brasileiro que não é bombeiro? É uma pergunta que eu te faço. Dentro do que a gente vê no mercado, treinadores que ontem foram campeões, amanhã já não estão trabalhando nos clubes. Então, a nossa média de permanência num clube de futebol brasileiro é três meses e 17 dias, algumas vezes você consegue estender mais, algumas vezes você consegue voltar no clube que já passou, como é o meu caso aqui no Ceará, como foi também no Náutico, na Ulbra, no Inter, Luverdense. Então, é uma realidade do mercado. Algumas vezes que a gente começa o ano também, não tem o planejamento financeiro estabelecido. Começa o ano, com investimento menor, os Estaduais estão cada vez mais com investimentos menores. Principalmente, os clubes médios e pequenos, para depois um investimento maior. Então, é difícil para um treinador começar a temporada e dar sequência, porque aqui há um imediatismo enorme de resultados. Acho que, desde que iniciei minha carreira, o nosso trabalho é hoje muito jogo a jogo, resultado e nós vamos nos adaptando. Hoje, a oportunidade aparece também para mim, dentro da dificuldade. Sou um treinador que começou cedo e estou buscando meu espaço no mercado e as oportunidades que têm aparecido são dentro dessas circunstâncias, mas também é positivo, porque dentro dessas circunstâncias, as pessoas chamam quem tem capacidade e experiência e qualidade para reverter essas situações. Então, a gente tem que se preparar para todo o tipo de trabalho e no momento, o que tem aparecido, são essas situações.

O Ceará tem quatro pontos em quatro empates, após dez partidas. Lisca é o terceiro técnico do ano. Marcelo Chamusca e Jorginho(com apenas três partidas, deixou o clube), foram os anteriores.


Palmeiras tenta contratar volante Walace
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras está tentando contratar o volante Walace, do Hamburgo da Alemanha. O blog apurou que o jogador foi um pedido do técnico Roger Machado e teve seu nome aprovado pela diretoria. Os primeiros contatos já foram feitos. Roger trabalhou com Walace no Grêmio, em 2015 e 2016. Em janeiro de 2017, Walace foi negociado com o Hamburgo por 9,5 milhões de euros por 90% dos direitos econômicos.

No Hamburgo, Walace participou de 30 jogos e marcou dois gols. Não se adaptou muito ao estilo de jogo do time, perdeu espaço e viu o Hamburgo ser rebaixado para a segunda divisão, pela primeira vez na sua história. Seu último jogo pelo Hamburgo, foi no dia dez de março. Os alemães pedem sete milhões de euros para liberá-lo e não querem emprestá-lo. Walace tem contrato até junho de 2021.

O volante está com 23 anos. Fez parte da Seleção Brasileira, campeã olímpica, em 2016.

No Grêmio, Walace fez 115 jogos, com cinco gols marcados.

Nos últimos dias, o Palmeiras negociou o volante Tchê Tchê com o Dynamo de Kiev-UCR, e o lateral-direito João Pedro com o Porto, arrecadando 6,8 milhões de euros.


Deyverson aceita críticas da torcida e garante que está feliz no Palmeiras
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Alexandre Praetzel

Deyverson custou cinco milhões de euros ao Palmeiras e ainda não vingou no clube, desde sua vinda do Alavés da Espanha. O custo-benefício é bem discutível num contrato de cinco anos. Completando quase uma temporada no Palmeiras, Deyverson tem sido bastante criticado pelos torcedores e perdeu um pouco de espaço com o técnico Roger Machado. O blog teve um bate-papo rápido com o atacante, a respeito de uma possível transferência e a sua fase no time. Confira.

Você pode deixar o Palmeiras para o Olympiacos da Grécia, na janela do meio do ano?

Não estou sabendo dessa conversa ainda. Pior que não. Até a mim, não chegou nada. É uma surpresa saber disso, mas meu foco é no Palmeiras. Estou focado no Palmeiras e no grupo. Curtir duas vitórias, depois de uma turbulência aí. Meu foco agora é no Palmeiras.

Você quer permanecer no clube?

Estou focado no Palmeiras. Tenho contrato e vou continuar trabalhando aqui. Se for opção de Deus, eu vou sair. Se não for, eu vou ficar. Deixar na mão de Deus, isso é o mais importante.

O fato do Palmeiras ter pago cinco milhões de euros e você ter sido indicado pelo Cuca, estão te atrapalhando no Palmeiras?

Não. Eu tenho trabalhado como sempre, igual a todos os clubes onde passei. Continuar trabalhando da mesma forma. O torcedor tem todo o direito de falar, criticar. O torcedor é apaixonado e eu não sou contra isso. Se eu fosse torcedor também, eu criticaria e apoiaria o jogador. Isso faz parte do futebol. Eu sou um cara que estou sempre sorrindo, feliz, mesmo nas dificuldades. Se o momento não está bom para mim, vou continuar trabalhando. O momento vai chegar para eu poder ajudar o time.

Deyverson chegou ao Palmeiras em julho de 2017. Já fez 31 jogos e marcou sete gols. Tem contrato até junho de 2022.