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Hudson acha que volta para o SP em outro patamar para disputar vaga no meio
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Alexandre Praetzel

O São Paulo não contratou muitos reforços para o meio-campo. Depois da saída de Hernanes, chegou Nenê para a função de meia. O clube teve a volta de Hudson ao elenco, após empréstimo ao Cruzeiro. Hudson foi bem no time mineiro, mas não houve acerto financeiro para sua permanência, em Belo Horizonte. Agora, está reintegrado ao tricolor, depois de se recuperar de uma grave lesão muscular. O blog conversou com Hudson, sobre a possibilidade de manter o nível no São Paulo, com melhor aproveitamento, em relação aos anos anteriores. Confira.

Como você viu sua volta ao São Paulo, após boa passagem pelo Cruzeiro?

Feliz, feliz por voltar. Tenho um carinho muito grande com o São Paulo, por tudo que fez por mim na minha carreira. Espero conquistar títulos aqui, que na minha primeira passagem não consegui.

Valeu a pena retornar? Parece que você volta com uma utilidade maior.

Sim. Às vezes a gente acha que pode ser um passo atrás e acaba sendo dois para a frente. Uma coisa que me acrescentou, me fez amadurecer um pouco mais. Como você falou, a gente volta com um patamar um pouco diferente.

Você acha que esse grupo é melhor que o anterior, quando você fazia parte?

É um grupo diferente. Mas acho que o mais importante é que eles mantiveram a base, a comissão técnica. Então, está dando uma sequência no trabalho, que começou no meio do ano passado. Isso é muito importante para que as coisas nesse ano, comecem a se encaixar melhor.

Você pretende disputar posição no meio ou pode jogar de lateral-direito ainda?

Eu vou mais para disputar pelo meio, mas claro que dependendo da situação, a gente pode ajudar na lateral também.

A tendência é você permanecer ou existe alguma outra proposta?

Não. A ideia é ficar no São Paulo, a não ser que o São Paulo opte por me negociar.

Hudson chegou ao Morumbi, em 2014, contratado do Botafogo-SP. Disputou 121 jogos e marcou três gols, até 2016. Emprestado ao Cruzeiro, em 2017, fez 38 partidas e também marcou três gols.


Bruno Silva garante foco no Botafogo, mas não descarta ida para o Cruzeiro
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Alexandre Praetzel

Bruno Silva está entre os três melhores meias do Campeonato Brasileiro. Em qualquer enquete que elege os destaques da competição, aparece o nome do jogador do Botafogo. Aos 31 anos, Bruno pode trocar o time carioca pelo Cruzeiro, a partir de janeiro de 2018. O blog entrevistou Bruno com exclusividade, sobre a real possibilidade deste negócio. Confira a seguir.

Você vai para o Cruzeiro ou fica no Botafogo?

Cara, eu ainda não defini. Tem o interesse do Cruzeiro. Estão conversando com meu empresário, mas como eu falei desde o começo, eu estou focado em ajudar o Botafogo, a colocar o Botafogo na Libertadores, novamente. Acho que esse ano, a gente fez uma campanha que deixou um pouco a desejar. Não tem nada ainda definido. Agora, vamos conversar. A cabeça sempre esteve no Botafogo. Nunca mudei meu foco, quando falaram em certo momento que eu fiz corpo mole. Fico feliz pelo interesse. Acho que é normal, é sinal que meu trabalho foi bem feito. Vamos sentar, conversar e ver o que é melhor para todo mundo.

Veio tarde o reconhecimento do teu futebol, após passagens por alguns clubes?

Sim. Eu jogava em posição diferente também. Na Ponte Preta, Chapecoense e no próprio Atlético-PR, eu era o primeiro volante, que não tinha muita liberdade para sair. Com o Jair, acho que ele descobriu esse meu potencial. Nos treinos, ele pede para eu passar e eu consigo fazer isso. Fiz seis gols no Brasileiro para um volante. Sou volante. Muita gente fala que sou meia, mas não sou meia. Então, fiquei feliz pelo meu ano, pelo campeonato que eu pude fazer e ajudar o Botafogo. Continuar dando sequência agora numa posição que eu me sinto muito bem, que eu gosto muito de jogar.

Botafogo tem um novo presidente e os investimentos não devem aumentar. Isso influi na tua decisão de permanecer ou não?

Tenho contrato com o Botafogo. A gente não pode esquecer disso também. Independentemente de qualquer coisa, sou jogador do Botafogo. Como eu falei, tem o interesse. Estão conversando, mas hoje estou falando como jogador do Botafogo. Cruzeiro já procurou o Botafogo. Então, acho que é continuar trabalhando essa semana que tem aí. Quando acabar e a gente conseguir nosso objetivo, vamos conversar e ver o que é melhor para todo mundo.

Algum clube de São Paulo te procurou?

Não. Por enquanto, só o Cruzeiro falou com meu empresário.

Bruno Silva disputou 110 jogos pelo Botafogo e marcou 14 gols. Ele tem contrato até dezembro de 2018 e a multa rescisória é de R$ 20 milhões. O Botafogo tem 40% dos direitos econômicos. O restante é da Ponte Preta. Bruno Silva recebeu o terceiro cartão amarelo contra o Palmeiras e não joga a última partida contra o próprio Cruzeiro, talvez, seu futuro time.


Auxiliar de Roger chega do Cruzeiro para o Palmeiras. Elenco é elogiado
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Alexandre Praetzel

O novo auxiliar-técnico do Palmeiras vem do Cruzeiro. James Freitas foi convidado por Roger e aceitou. Está na comissão técnica de Mano Menezes e se integra ao Verdão, em 2018. James trabalhou com Roger no Grêmio, em 2015 e 2016. Passou também por Inter, Juventude, Luverdense-MT e Guarany do Paraguai. O blog conversou com James, sobre a vinda dele para o Palmeiras. Acompanhem.

Como será o desafio de trabalhar no Palmeiras?

Será ótimo. Muito orgulhoso do convite do Roger e de trabalhar num clube vencedor como o Palmeiras.

O estilo de Roger combina com a origem do Palmeiras de mais toque de bola?

Sim. O Palmeiras sempre foi um time de futebol bem jogado. Tudo a ver com o estilo e filosofia do Roger.

Esperas enfrentar mais pressão que Grêmio e Cruzeiro?

Acredito que a pressão seja parecida. Cruzeiro e Grêmio sempre entram em campo com pressão por vitórias e conquistas de títulos.

Como defines o elenco do Palmeiras?

O elenco é bom. Tem jogadores de bom nível técnico.

És a favor do aproveitamento da base? Palmeiras chegou a todas as decisões de categorias.

Esse é um assunto de política interna. Não tenho conhecimento do planejamento estratégico do clube.

Há muita diferença em trabalhar com Mano Menezes e Roger?

São ótimos técnicos, com visões parecidas em alguns aspectos e diferentes em outros. Aprendi muito com ambos. São técnicos de primeira linha do futebol brasileiro, profissionais muito capacitados. Podem dirigir equipes em qualquer lugar do mundo.

James está com 49 anos. Além dele, Roger Machado terá Roberto Ribas como outro auxiliar. O preparador físico também pode mudar. Omar Feitosa ainda não tem permanência garantida com a nova comissão técnica.


Fábio ironiza ausência da Seleção e vê disputa boa pelo título brasileiro
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Alexandre Praetzel

O Campeonato Brasileiro vai se aproximando do seu final e Fábio segue recebendo elogios por suas atuações à frente do Cruzeiro. Contra o Palmeiras, Fábio foi bem mais uma vez e evitou a derrota. O goleiro tem 722 jogos pelo time mineiro, mas segue distante da Seleção Brasileira, mesmo com boas atuações. Numa rápida entrevista, Fábio falou ao blog sobre sua ausência do selecionado e quem pode levar o Brasileiro, este ano. Confira a seguir.

Você não ser convocado para a Seleção, é a maior injustiça do futebol brasileiro hoje?

É, a gente fica sem entender, né. Eu cresci passando por todas as seleções de base, também passei pela profissional, fui campeão, mas nunca tive a oportunidade de jogar. Tive várias convocações e desde que eu comecei na base, sempre me instruíram a estar entre os melhores na minha equipe, que com certeza eu teria o reconhecimento de estar na Seleção Brasileira. E graças a Deus, eu venho fazendo uma carreira consistente, recebendo elogios de toda a imprensa, que eu deveria ter a oportunidade de estar na Seleção, mas isso não aconteceu. Então, foge um pouco da minha responsabilidade que é estar em campo, fazendo o melhor e tendo o reconhecimento, mas infelizmente, na Seleção ainda não veio.

Algum motivo especial para não ser chamado? Muitos jornalistas não entendem isso.

Eu também não, mas eu já me naturalizei brasileiro e agora eu posso ir, sim (em tom irônico).

Qual time está jogando um futebol mais convincente para levar o Brasileiro?

Hoje, está difícil. Acho que está muito equilibrado, tanto que as equipes que estão na nossa frente, Corinthians, Palmeiras, Santos, Grêmio, vêm fazendo o mesmo nível de futebol. Lógico que o Grêmio tem suas intenções na Libertadores com muitos jogos atuando com equipe mista. Então, se torna mais difícil ainda manter o nível elevado nas duas competições. Mas dentro das outras, acho que está bem equilibrado. Essas últimas sete rodadas com 21 pontos, todo mundo têm possibilidades.

O Cruzeiro é quinto colocado no Brasileiro com 48 pontos. Já tem presença garantida na Libertadores da América de 2018 porque ganhou a Copa do Brasil.

Fábio chegou ao Cruzeiro em definitivo em 2005. Desde então, conquistou dois Brasileiros, uma Copa do Brasil e alguns campeonatos mineiros. Aos 37 anos, tem contrato até dezembro de 2019, renovado recentemente pela nova diretoria cruzeirense.

 


Borja fez sua melhor partida, mas Heber não deixou ele ser o destaque
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Alexandre Praetzel

Palmeiras e Cruzeiro fizeram um jogo muito bom, conforme o esperado. O primeiro tempo foi todo palmeirense, mesmo que tivesse sofrido um gol contra com menos de dez minutos. O time colocou a bola no chão, saiu da forte marcação e empatou a partida com oportunismo de Borja, após defesa de Fábio no toque de Dudu em cruzamento de Egídio. Em seguida, Keno perdeu chance de ampliar.

Só dava Palmeiras e aí apareceu Heber Roberto Lopes. O árbitro paranaense anulou o segundo gol de Borja numa falta inexistente no zagueiro Manoel. O defensor cruzeirense se jogou sobre o colombiano, pretextando uma infração. E conseguiu. Um prejuízo irreparável para o Palmeiras, que poderia estar na frente, no intervalo do jogo. Dudu ainda desperdiçou outra chance claríssima, na frente de Fábio.

Na segunda etapa, o Cruzeiro mudou a postura e complicou o Palmeiras. Mano Menezes abriu dois jogadores nas pontas, explorando os espaços deixados por Mayke e Egídio, fortes apoiadores do Verdão. Funcionou. O Cruzeiro perdeu duas oportunidades claras, atuando desta maneira. Depois de um bate e rebate no meio-campo, Thiago Neves lançou Robinho nas costas de Edu Dracena e o meia deu um toque por cima de Prass, recolocando o Cruzeiro em vantagem.

O Palmeiras não desistiu e seguiu pressionando. Fábio fez mais duas defesaças, evitando o empate, até que numa escapada pela direita, Dudu cruzou e Borja, com muita eficiência, igualou o placar novamente.

Borja fez sua melhor atuação, desde que foi apresentado pela diretoria. Buscou o jogo e sempre tentou o passe mais avançado, procurando a jogada ofensiva. Mesmo que erre, é uma característica de quem quer levar o time para a frente. Borja seria o destaque do confronto, com três gols marcados, mas Heber não deixou. O apitador pode ter decidido o Brasileiro por um lance que só ele viu. Qualquer árbitro de vídeo validaria o gol. Porque no jogo da TV, não há falta nenhuma.

Saí do Allianz Parque satisfeito por ter visto algo que eu esperava. Competitividade e bons lances com duas equipes bem armadas. Mas não posso silenciar diante do erro crasso de Heber. Mais uma vez, a arbitragem brasileira vira personagem, coisa que ninguém aguenta mais no futebol.


A hora da verdade para o Palmeiras. Jogaço no Allianz Parque
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras abre a semana com algo que era improvável, 18 dias atrás. No dia 12 de outubro, o time empatou com o Bahia, no Pacaembu, jogando muito mal. Após a partida, o técnico Cuca atirou a toalha sobre as chances de título. Ele não estava sozinho. Muitos, inclusive eu, pensaram a mesma coisa. Mas aí, vieram dois fatos novos positivos para o Verdão.

Primeiro, a diretoria dispensou Cuca e arejou o ambiente, colocando Alberto Valentim como interino. O grupo parece que gostou, emplacando uma sequência de três vitórias consecutivas, com oito gols marcados e dois sofridos.

Segundo, o Corinthians começou a tropeçar. A diferença de 14 pontos caiu para seis e pode chegar aos três inimagináveis pontos, se o Palmeiras derrotar o Cruzeiro, nesta segunda-feira, às 20h (horário de Brasília), no Allianz Parque. Independentemente do resultado, esses dois episódios apenas comprovam que num campeonato de 38 rodadas, não pode haver desistência ou discurso derrotista, algo rotineiro no Palmeiras de Cuca.

Claro que o Cruzeiro será um adversário difícil, que já eliminou o Palmeiras da Copa do Brasil. Mas o Palmeiras não pode desperdiçar essa chance. A defesa complicada do título de 2016 pode se tornar realidade, daqui a sete dias. Só depende do Palmeiras. Mais duas vitórias, e às 19h do próximo domingo, o Campeonato Brasileiro pode se transformar na Liga mais emocionante de 2017.

Nunca foi fácil e não será, mas o palmeirense mais otimista e o corintiano mais pessimista do mundo, jamais imaginaram esta possibilidade. O futebol é impressionante. Que seja um grande jogo no Allianz Parque.


Título da Copa do Brasil coroa Fábio e escancara várias coisas
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Alexandre Praetzel

A decisão da Copa do Brasil entre Cruzeiro e Flamengo foi bem abaixo da expectativa. Muitos, inclusive eu, esperavam um jogo técnico, com os dois times buscando o gol desde o início, mas vimos duas equipes cautelosas com medo de atacar e esperando o erro do adversário. Acabou indo para os pênaltis com o quinto título cruzeirense. A final escancarou algumas coisas e apresentou outras.

-Fábio é um monstro de goleiro. 14 anos como titular do Cruzeiro e decisivo nos pênaltis. É o goleiro mais injustiçado da Seleção Brasileira, com raríssimas convocações e preterido por concorrentes inferiores. Fechou o gol no Maracanã e Mineirão;

-Muralha tinha tudo para a redenção no Flamengo. Parecia que o destino lhe dava uma grande chance para fechar o gol e levar o Flamengo à vitória. Nos pênaltis, pulou apenas para o lado direito como estratégia. Segue sendo o Muralha, cheio de desconfiança;

-Hudson foi titular do São Paulo, em 2016, mas foi trocado por Neílton, em janeiro. Surpresa para muitos. Virou titular do Cruzeiro a partir do meio do ano, sendo fundamental na semifinal contra o Grêmio e o melhor jogador em campo diante do Flamengo. Cruzeiro quer ficar com ele;

-Rafael Sóbis não disputou a final, por estar suspenso. Mas foi o goleador do torneio e colocou mais uma faixa de campeão no peito. É um ganhador de títulos;

-Thiago Neves foi muito cobrado pela torcida o ano todo, pelo custo-benefício. Foi decisivo nas duas cobranças de pênaltis contra o Grêmio na semifinal e diante do Flamengo na final;

-Diego foi escolhido o melhor jogador da Copa do Brasil, em votação antes da decisão. Não jogou bem e ainda errou a cobrança de pênalti. Ficou devendo;

-Mano Menezes chega ao segundo título de Copa do Brasil. Foram oito anos sem títulos, após passagens pela Seleção Brasileira e Flamengo e duas vezes no Cruzeiro. Volta à galeria de vencedores;

-Flamengo só ficou com a Sul-Americana como possibilidade de conquista maior. Pouco para o investimento feito nas contratações e com alguns erros de planejamento. O principal foi a indefinição de um goleiro titular, até a chegada de Diego Alves, no meio do ano. Acabou fazendo falta.

Parabéns ao Cruzeiro pela quinta taça de campeão. Acompanhei todos em 1993, 1996, 2000, 2003 e 2017.


Fábio merecia ser lembrado para a Seleção Brasileira. Há muito tempo
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Alexandre Praetzel

Assisti atentamente ao primeiro jogo entre Flamengo e Cruzeiro, na final da Copa do Brasil. Um confronto de muita pegada e pouca emoção. Algo normal em partidas tão decisivas. E nas raras chances ou finalizações a gol, apareceram os goleiros. E aí, cito Fábio, titular do Cruzeiro, desde 2005. Há quem diga que ele falhou no gol impedido do Flamengo. Não achei. E ainda mostrou segurança quando exigido, aparecendo na hora certa.

Fábio começou 2017, retornando de lesão e foi reserva de Rafael, até recuperar-se totalmente. Mano Menezes não pensou duas vezes em retorná-lo à condição de titular, quando achou necessário.

Fábio tem 716 jogos pelo time mineiro e não foi mais convocado para a Seleção Brasileira, após estar nos grupos da Copa das Confederações, em 2003, e Copa América, em 2004. Nos dois torneios, o Brasil era comandado por Carlos Alberto Parreira. Dunga, duas vezes, Mano Menezes, Luiz Felipe Scolari e Tite, chegaram ao selecionado e não chamaram o goleiro, mesmo com desempenhos em alto nível pelo Cruzeiro.

Sou defensor de Fábio e gostaria de vê-lo na Seleção, assim como Emerson Leão, técnico e especialista na função, com quatro Copas do Mundo no currículo. Sempre estranhamos tantas ausências. Um dia perguntei ao próprio Fábio, a razão de não ser lembrado e a resposta foi direta: “Não sei. Minhas atuações estão aí para mostrar”, afirmou, na ocasião, após um jogo contra o Corinthians, no Pacaembu.

Nos bastidores do futebol, já ouvi coisas como “muito religioso” e “complicado de vestiário”, versões e boatos que surgem para rotular alguém ou agradar a quem não gosta do atleta. Um profissional que tem mais de 700 partidas pelo mesmo clube e dono da posição em 12 temporadas, merece muito respeito e crédito.

Por isso, sigo sem entender. Por que Fábio não é chamado para a Seleção? Se jogasse num time de Rio-SP, a tolerância seria maior? Fato, é que Fábio é mais um injustiçado no futebol brasileiro. Azar da Seleção.


Tinga: “Final entre Cruzeiro e Fla foi um presente para a Copa do Brasil”
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Alexandre Praetzel

O Cruzeiro está pronto para decidir a Copa do Brasil, a partir desta quinta-feira, contra o Flamengo. O time treinado por Mano Menezes chegou à final, após eliminar São Paulo, Chapecoense, Palmeiras e Grêmio, adversários da Série A do Brasileiro. O blog entrevistou o gerente de futebol, Paulo César Tinga, a respeito do ambiente do grupo, a gestão atual e as comparações com o Flamengo. Acompanhem a seguir.

Cruzeiro está pronto para ser campeão?

A gente está pronto como o Flamengo também está. Quem chega numa final, é por mérito. Nós temos méritos porque tivemos uma caminhada maior. Ganhamos de São Paulo, Chapecoense, Palmeiras e Grêmio. Todas equipes que chegam numa final têm méritos, mas é natural que seja 50% para cada um, numa final.

Como defines o Flamengo hoje?

Uma equipe forte, que chegou forte na final, assim como o Cruzeiro. São duas equipes extremamente vencedoras por todas suas histórias. Sempre com muita história de títulos. Jogaram só a primeira divisão. Foi um presente para a própria competição, chegar com duas equipes de qualidade e tradição no mundo todo, reverenciadas por todas suas histórias.

Achas que o Flamengo tem desvantagem, por Rueda ter chegado agora?

Não vejo desvantagem. Não gosto de analisar time e clube dos outros. Como trabalho, não tenho como analisar. Posso falar do meu treinador, que chegou mais uma vez por méritos, com bom trabalho. Não quero entrar em detalhes. Seria injusto comparar, porque um está há um mês aqui e o outro teve o trabalho integral.

Houve uma acomodação no clube, após o bicampeonato brasileiro em 2013 e 14?

Eu acabei saindo, não vivi 15 e 16. É muito difícil de falar. Com experiência de gestão, ganhar um ou dois brasileiros, é muito difícil. É natural que no terceiro ano, haja uma queda de rendimento. Tem que ter um cuidado muito grande. É importante saber ganhar. Nas vitórias, temos a tendência de estarmos estagnados. Pode ter acontecido, porque acharam que era o suficiente para ganhar. Nove meses trabalhando na gestão, é mais difícil fazer futebol pós vitórias, porque pode haver um relaxamento. Viver na vitória é como educar os filhos. É mais fácil educar o filho na falta das coisas. Quando está sobrando, você tem mais dificuldade em educar.

A gestão joga o ano no torneio?

Não costumo ver desta forma. Você pode estar gerindo tudo errado, de repente ganha e acha que tudo está resolvido. O inverso pode acontecer. A gestão tem que ser analisada no final da temporada, pesar na balança e ver os frutos. Tem que ver no final e comparar com o ano anterior. Estamos numa final da Copa do Brasil e brigando para chegar na Libertadores, pelo Brasileiro. Chegar numa final, no mínimo, é porque o trabalho está sendo bem feito.

Tinga foi bicampeão brasileiro como jogador, em 2013 e 2014. Hoje, ocupa a função executiva, desde o início do ano. O Cruzeiro venceu a Copa do Brasil em quatro oportunidades: 1993, 1996, 2000 e 2003. Na última vez, bateu o próprio Flamengo. Na ocasião, era treinado por Vanderlei Luxemburgo.


Henrique vê Grêmio com jogo coletivo forte e elogios a Luan
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Alexandre Praetzel

Grêmio e Cruzeiro repetem a semifinal da Copa do Brasil, em 2017. No ano passado, o tricolor gaúcho eliminou os mineiros com vitória em Belo Horizonte e empate, em Porto Alegre, terminando com o título do torneio, pela quinta vez. A decisão da vaga para a final, começa nesta quarta-feira. O blog entrevistou Henrique, capitão do Cruzeiro. O volante acredita que serão confrontos equilibrados, destacando Luan, melhor jogador do adversário. Confira.

É uma semifinal parelha ou o Grêmio joga um futebol diferente da maioria?

Claro que eles têm um bom futebol, mas decisões são muito iguais, a vontade. As vezes, nem sempre a equipe que está despontando, vai ser melhor numa partida. A partida é de igual para igual, duas grandes equipes, que estão acostumadas a jogar essa competição. Então, vejo a igualdade porque se tratando de decisão, a igualdade é muito grande.

Em 2016, o Grêmio eliminou o Cruzeiro com autoridade nas semifinais. O quadro mudou?

Claro que foi no primeiro jogo. O segundo jogo foi muito parelho. No primeiro, eles foram superiores e por isso, venceram. Mas hoje é outro momento. Nós vamos jogar como decisão, como jogo importantíssimo para nós e vamos buscar o resultado, sabendo que é fora de casa.

O que você destacaria no Grêmio? O Luan é um nome diferenciado?

Claro. Hoje, um dos melhores jogadores do Brasil na atualidade, é o Luan. O coletivo deles é muito envolvente, trabalham muito bem a bola, não ficam nervosos com a bola no pé. Então, é um jogo de um time equilibrado, que sabe jogar e nós vamos trabalhar para jogar de igual para igual.

A postura é de um time fechado em Porto Alegre ou tentar partir para cima?

Nós vamos jogar nosso jogo. Muitas vezes, você vai só para se defender e acaba sofrendo mais ainda. Então, você tem que jogar o jogo, da maneira que tem que ser jogado, sabendo que vamos ter nossos momentos, como o Grêmio também terá dentro da partida. Quando tivermos nosso momento, vamos tentar aproveitar da melhor forma possível.

Grêmio e Cruzeiro fizeram a decisão da Copa do Brasil, em 1993, com título mineiro. O Cruzeiro levantou a taça, quatro vezes: 93, 96, 2000 e 2003. O Grêmio é o atual campeão e o maior vencedor, com cinco conquistas: 89, 94, 97, 2001 e 2016.