Blog do Praetzel

Arquivo : Copa do Brasil

Vitórias com sofrimento. A realidade do Corinthians de hoje
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

A dramática classificação do Corinthians para a terceira fase da Copa do Brasil, expôs as carências do time. O Corinthians tem uma base coletiva forte, mas quando isso não funciona, o time sofre bastante. O Brusque abriu o campo e dificultou a marcação do Corinthians. O conjunto corintiano se descompactou e o Brusque conseguia neutralizar a posse de bola e recuperá-la a todo momento. Em vários momentos, o Corinthians correu atrás da bola e pagou o preço no segundo tempo, com uma equipe bastante desgastada e sem criatividade.

Se o Brusque fosse um pouco melhor e mais ousado, teria eliminado o Corinthians no tempo normal. O lado positivo fica pelas declarações dos corintianos, após a partida. Todos reconheceram que o confronto foi difícil e que o Corinthians precisa melhorar. Os 11 titulares determinam uma equipe razoável. Quando você passa a analisar o elenco, vê deficiências, sem dúvida.

Fábio Carille conhece o sistema de gestão do clube e sabe que o Corinthians não tem dinheiro para investir em reforços. Vai trabalhar dentro de uma realidade, onde o bom futebol pode passar longe da busca única por resultados. E assim será. O importante é vencer, sabendo que a conquista de um título dificilmente irá acontecer. Jadson será o referencial. Resta esperar se ele conseguirá liderar o grupo, carente de qualidades individuais, dentro e fora de campo. A realidade hoje é essa. Sofrimento para ganhar. Vamos ver como serão os confrontos diante do Luverdense-MT, um clube da Série B do Brasileiro.


Técnico do Brusque respeita, mas não tem medo de enfrentar o Corinthians
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Brusque trata o confronto com o Corinthians, pela Copa do Brasil, como histórico para o clube e cidade, no interior de Santa Catarina. O time, vice-líder do primeiro turno do Campeonato Catarinense, respeita muito o adversário, sem temê-lo, nas palavras de dirigentes e do técnico Pingo, ex-volante e meia do Botafogo, Cruzeiro, Grêmio, Flamengo e Corinthians. Aos 49 anos, Pingo concedeu entrevista exclusiva ao blog, esperando alcançar a classificação para a terceira fase, jogando futebol e mantendo a filosofia ofensiva da equipe. Leia abaixo.

Jogo

“Um jogo muito difícil. Enfrentar o Corinthians, uma equipe com destaque nacional e mundial, que vem bem no Paulista, com muita tradição”.

Como segurar o Corinthians

“Nós temos uma maneira de jogar. É uma equipe que joga ofensivamente com bastante posse de bola. A gente sabe que precisa ter muita coragem e acreditar. Não podemos ficar esperando. Respeitar não é ter medo. O time tem que jogar. Somos vice-líderes do catarinense, jogando desta maneira”.

Realidade do Brusque

“Em matéria de estrutura, estamos bem longe, mas é um clube bom, aqui em Santa Catarina. Há muito tempo tem acertado seus compromissos em dia, tem CT para treinamento. Temos uma folha salarial em torno de R$ 200 mil”.

Destaques do time

“Temos os atacantes Jonatan Belusso e Ricardo Lobo, mais o meia Leílson. Ainda tem Eliomar, revelação do clube, com 22 anos”.

Estádio Augusto Bauer

“O estádio é pequeno, mas nossa equipe gosta de tocar a bola. O gramado não está em excelentes condições, mas dá para jogar. Não vejo vantagem porque a torcida do Corinthians é muito grande”.

Campanha no Catarinense

“Assumi na terceira rodada do turno do catarinense. Foram cinco jogos, com quatro vitórias e uma derrota. Claro,  individualmente o Corinthians é superior, mas o futebol mudou muito. Temos a possibilidade de vencer o Corinthians. Não gosto de falar em percentuais, só que como falei, não podemos ter medo. O favorito é o Corinthians”.

Corinthians

“É um time que mudou um pouco. É um clube que ainda vai crescer. Disputa o Paulista, tem um elenco muito bom que vai se firmar com certeza. Jadson é um grande jogador, diferenciado, gosto muito dele como atleta. É um meia que faz a diferença, realmente”.

Premiação especial

“Temos conversado sobre isso. É um jogo histórico. Acho que deve ter uma premiação boa para o grupo. Tenho 28 jogadores, com sete vindos da base”.

O Brusque está com 15 pontos no primeiro turno do Campeonato Catarinense, cinco atrás do Avaí, campeão do turno. A equipe espera manter a boa campanha, lutando também pela conquista do segundo turno. O time manda seus jogos no estádio municipal Augusto Bauer, com capacidade para seis mil pessoas.

 


Técnico da Caldense lembra de Guardiola para passar pelo Corinthians
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Thiago Oliveira (à esq.) jogou com Guardiola. Imagem: Arquivo Pessoal

Thiago Oliveira (à esq.) jogou com Guardiola no Al Ahly. Imagem: Arquivo Pessoal

A Caldense sonha com a vitória contra o Corinthians, nesta quarta-feira, em jogo único pela primeira fase da Copa do Brasil. O time mineiro precisa vencer. O empate beneficia o Corinthians, pelo regulamento do torneio. O blog entrevistou Thiago Oliveira, técnico da Caldense e ex-jogador revelado pelo São Paulo, em 2000. Oliveira falou sobre o desafio diante da equipe paulista e a passagem com Guardiola, como companheiro no Al Ahly do Qatar e discípulo como treinador. Leia a entrevista exclusiva abaixo.

Caldense

“É uma equipe modesta em termos financeiros. Não temos a estrutura física de um Corinthians, São Paulo, mas é uma equipe muito batalhadora, que nunca se entrega, haja visto o resultado de sábado no Mineiro, onde nós enfrentamos uma das equipes que mais investiu e lutamos pela vitória até o final. Na quarta-feira, verão uma equipe que vai lutar, se entregar em busca deste sonho que é a classificação. Favorito é o Corinthians, pelo investimento, marca grandiosa, mas nós temos a oportunidade de fazer história. A gente sabe tudo que o jogo representa. Temos o sonho de eliminar um grande adversário, com luta e entrega”.

Regulamento

“Claro que o empate favorece o Corinthians, então fica mais difícil para nós. Mas jogamos em casa com o apoio do nosso torcedor e temos um time guerreiro, que luta os 90 minutos. O jogo chamará a atenção de todos em Poços de Caldas. Sabemos das dificuldades. O Carille está começando no cenário do futebol brasileiro e torço por ele porque é jovem, igual a mim. Os jovens estão buscando espaço. Acredito muito na minha equipe”.

 

Destaques do time

“Conseguimos trazer alguns jogadores que foram vice-campeões mineiros, no ano passado contra o Atlético. Trouxemos os atacantes Cristiano e Luiz Eduardo, que foram destaques. O Zambi, que atua pela beirada. Temos sete nomes daquele elenco. Já é uma base muito boa. Um jogador do Corinthians paga toda nossa folha salarial, mas é um time muito guerreiro. É o jogo das nossas vidas. Eu como treinador e os jogadores também”.

Estádio Ronaldão

“A capacidade é de 7.500 torcedores. O estádio será dividido. Parte coberta para a torcida da Caldense. Já estamos convivendo com a expectativa deste jogo. Vai ser uma festa linda. Tomara que ocorra tudo bem e seja um espetáculo bonito na arquibancada”.

Guardiola

“Tive uma passagem há dois anos, em Doha, no Qatar, acompanhando os treinos do Bayern Munique. Fiquei duas semanas com ele. Aprendi muito com ele. Quem já jogou com ele e o conhece, ele já orientava bastante os jogadores. Eu como atleta, aprendi coisas absurdas com ele. Ele de volante e eu de atacante e ele me ensinando posicionamento no Al-Ahly. Destaco ele e o Rogério Ceni, que também é um cara acima da média. Guardiola me deu um conselho que você tem que trabalhar e se adaptar muito ao clube que você está, com os jogadores que você têm, de acordo com o orçamento que você tem. Eu tive isso no Batatais na Série A2 do Paulista, em 2016, com mentalidade de jogar com o pensamento do clube. Além dos treinamentos, da idéia tática, foi uma experiência única em termos de interação entre os membros de comissão técncia. No Brasil, vejo muita distância entre técnicos e jogadores, mas isso não existe com Guardiola. Tento implantar muita coisa que eu aprendi com ele. Ele sabe gerenciar um grupo”.

A Caldense também disputa o Campeonato Mineiro. Em dois jogos, conseguiu uma vitória e uma derrota. Está em sexto lugar com três pontos.

 

 


Grohe não esquece de Roger e prevê novas conquistas para o Grêmio em 2017
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Marcelo Grohe é cria da base do Grêmio. Subiu ao profissional em 2005 e viveu o jejum de títulos nacionais, ora como titular, ora como integrante do grupo. Foi bicampeão gaúcho em 2006 e 2007 e campeão em 2010. Aos 29 anos, Marcelo curte a conquista da Copa do Brasil e acredita na volta natural dos grandes momentos tricolores, a partir de 2017. O goleiro conversou com o blog, com exclusividade. Acompanhem.

Significado do título da Copa do Brasil depois de 15 anos

“A ficha ainda está caindo! O jogo foi quarta-feira, então está tudo muito recente. O torcedor vinha machucado, queria uma conquista de expressão. Com certeza, significa muito. Isso já era possível dizer e sentir assim que o juiz apitou o final da partida. O Grêmio precisava dessa conquista por tudo o que representa para a sequência do trabalho”.

Conquista especial por sempre ter jogado no Grêmio

“Acho que tem um significado especial pelo momento que o clube atravessava. Tínhamos que retomar esse caminho das conquistas. Como eu estou no Grêmio há bastante tempo, vi de perto esse período sem títulos. Então, eu sei o que representa para o torcedor que vinha querendo isso. Venho atuando como titular desde 2014 e fiquei muito feliz com essa conquista”.

Volta natural aos grandes títulos

“Eu espero por isso. Nosso grupo está maduro e preparado para manter o nível de atuação que apresentamos nas fases decisivas da Copa do Brasil. Nossos enfrentamentos com Palmeiras, Cruzeiro e Atlético-MG mostram que temos condições de pensar em resultados positivos no futuro. Claro que é preciso ajustar algumas coisas, mas temos uma base que nos deixa confiantes”.

Permanência e projeção para 2017

“Espero um 2017 muito bom. Que a gente consiga manter esse ambiente positivo entre os gremistas. Meu contrato com o Grêmio vai até 2020 e agora quero curtir essa conquista importante em 2016. Espero que isso sirva de impulso para 2017”.

Importância de Renato na conquista

“Renato é um treinador que mantém o ambiente sempre muito positivo e com muita confiança. Acho que ele tem um peso importante, pela mobilização que trouxe em tão curto espaço de tempo e pela rapidez como transmitiu suas ideias táticas. Mas não podemos deixar de citar o bom trabalho que o Roger vinha desempenhando”.

Momento para destacar no título

“Eu cito dois momentos especiais para mim: a decisão por pênaltis contra o Atlético-PR e a defesa no primeiro tempo do jogo de ida da final, lá no Mineirão. Foram situações que poderiam ter mudado nossa trajetória na competição”.

Gol de Cazares na Arena

“Foi um belo gol. Eu cobrei a falta e estava voltando para o gol, mas o contra-ataque foi muito rápido. Aí entrou em cena a qualidade do Cazares, que pegou muito bem na bola e fez aquele golaço”.

Rebaixamento do Inter ajuda o Grêmio

“Esse é um tema delicado porque a rivalidade aqui no Rio Grande do Sul é muito grande. Posso falar da nossa conquista porque ela sim traz uma tranquilidade maior para todos”.

Marcelo Grohe tem mais de 300 jogos disputados pelo Grêmio.


Fábio Santos aposta em virada em POA e elogia interino do Galo
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Fábio Santos é um jogador vencedor na carreira. Ganhou todos os títulos possíveis com a camisa do Corinthians e agora é titular da lateral esquerda do Atlético-MG. O Galo precisa de uma reação espetacular contra o Grêmio, na decisão da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, em Porto Alegre. No primeiro jogo, o tricolor gaúcho venceu por 3 a 1, em pleno Mineirão. Fábio Santos conversou com o blog com exclusividade sobre a mudança de técnico no Atlético-MG, a capacidade do time, Corinthians e o técnico Tite. Leia abaixo.

Causas da derrota contra o Grêmio no Mineirão

“O que aconteceu no primeiro jogo na verdade, acho que foi um dia atípico, onde nós pegamos uma equipe muito bem organizada. Nós sabíamos que seu ponto forte sempre foi no meio-campo e acabamos perdendo muito o meio-campo. Não fizemos uma boa partida tanto na compactação. No coletivo, foi uma partida muito abaixo da nossa equipe. Individualmente, coisas que no decorrer do ano a gente conseguiu decidiu algumas partidas e infelizmente nesse jogo não funcionou o individual. Numa noite muito feliz da equipe do Grêmio, que soube aproveitar, fez uma partida muito melhor do que o Atlético e abriu uma vantagem considerável. Uma pena por nós termos uma noite tão infeliz numa final de campeonato. A gente fica chateado por isso, mas temos condições e vemos possibilidade de conseguir reverter esse placar lá em Porto Alegre”.

Saída de Marcelo Oliveira

“Essa troca de treinador entre um jogo e outro de uma decisão não é normal que isso aconteça. A gente não está acostumado a ver isso com frequência. Óbvio que não era o que nós esperávamos para esse momento até porque nós esperávamos fazer um grande primeiro jogo e ir com uma vantagem para Porto Alegre. O presidente deu sua explicação. Falou que não contava mais com os trabalhos do Marcelo para a próxima temporada, após essa derrota. E para tentar algo diferente para o jogo seguinte, o segundo jogo dessa decisão, ele acabou optando por essa mudança. Óbvio que não é um costume que nós temos. Não estamos acostumados a ver este tipo de coisa, mas tomara que possa surtir efeito e nós possamos conquistar esse título e também dedicar ao Marcelo, que foi um cara que ajudou bastante nessa campanha toda”.

Chegada de um novo técnico muda algo ou é impossível reverter

“Acredito que com a chegada do Diogo Giacomini, um cara que está há bastante tempo no clube, nas categorias de base. É um cara muito inteligente na parte tática, já conseguiu num curto período em poucos treinamentos implantar algumas coisas que a gente gostou. A gente está procurando entender o mais rápido possível o que ele está pedindo e a gente não vê essa final como impossível. A gente vê muita chance para reverter. Óbvio que temos melhorar muitas coisas em alguns aspectos e estamos trabalhando para isso. Mesmo com poucos dias de trabalho, nós temos tudo para fazer um jogo muito melhor do que na semana passada e estamos motivados, acreditando que possamos fazer um grande jogo e reverter essa desvantagem”.

Atlético deveria estar jogando mais pelo elenco que tem

“Eu acredito que sim. Acho que a gente montou um elenco qualificado para isso, para que fosse realmente cobrado que tivesse atuações melhores, mas sem dúvida nenhuma, nós tivemos muitos problemas no meio do caminho para encontrar uma equipe. Quando nós encontramos uma equipe, jogadores importantes se machucaram, a gente perdeu muitos jogadores por causa de lesões, durante a temporada. Muitos jogadores também chegaram durante o campeonato. Isso acaba atrapalhando, querendo ou não, até você conhecer, a maneira como a equipe joga. Tem um grupo muito forte e sem dúvida nenhuma, eu vejo um 2017 muito melhor e esse começo já muito bom com o quarto lugar no Brasileiro e uma decisão de Copa do Brasil agora, onde nós podemos ainda conquistar o título. Então, foi um começo muito bom e o de 2017 pode ser ainda melhor”.

Críticas de Vítor e Rafael Carioca a Marcelo Oliveira

“Acho que cada um tem sua opinião. Eu respeito. Marcelo é um cara que eu admiro bastante, não só pelo treinador que é. Pelo jogador que foi e pela pessoa também. Um cara muito bacana, uma pessoa do bem, respeitoso com todos os atletas. A gente ficou triste por essa saída dele. Um cara que tentou a todo momento implantar sua maneira de jogar. Infelizmente, não saiu como todos esperavam. A cobrança no Atlético, pela qualidade do seu elenco, era para que tivesse apresentações melhores e ele não conseguiu achar esse equilíbrio que nós estávamos procurando durante a temporada. Óbvio que ele tem sua parcela de culpa, como nós jogadores também temos, mas é um grande treinador que já mostrou nos últimos anos, por todas as conquistas que teve. É um cara que eu estou sempre na torcida para que ele possa fazer grandes trabalhos em outras equipes e para mim foi um prazer muito grande ter trabalhado com ele e com toda sua comissão técnica”.

Passagem pelo futebol mexicano

“Foi muito prazerosa e enriquecedora também. Gostei bastante do futebol mexicano. O povo é bastante alegre, parecido com o povo brasileiro, campos sempre cheios, campeonato muito disputado. Foi uma temporada muito bacana na qual eu gostei bastante. Infelizmente, tinha mais um ano de contrato e acabei tendo um problema com o treinador que estava naquele momento no Cruz Azul, que já não está mais também. Ele tinha outras idéias que não batiam muito com as minhas. E vi até um certo comodismo por parte dos jogadores da equipe e competitivo como eu sou, para mim já não estava tão bacana. Eu não consigo estar por estar. Cheguei no Atlético com a possibilidade de estar brigando por títulos, conquistando títulos e por isso, a escolha de voltar para o futebol brasileiro num clube como o Atlético. Minha passagem pelo México foi muito bacana. Agradeço a todas as pessoas que me ajudaram por lá. Todos os funcionários e jogadores do Cruz Azul. Foi uma experiência muito bacana”.

Tite está muito à frente dos outros técnicos brasileiros

“Sou até suspeito para falar dele. Um cara que eu convivi muito tempo e cresci muito como jogador, como pessoa. tem um jogador Fábio Santos antes do Tite e pós Tite. É um cara que vejo sim que está à frente dos outros treinadores tanto dentro do campo, na parte tática, com alternativas de jogo e na parte defensiva, que sempre foi seu forte. Agora, também achando outras alternativas de ataque. Fora seu dia-a-dia, como ele sabe lidar com o grupo. Óbvio que ele não trabalha sozinho. Tem um staff muito forte que o ajuda muito. É um cara que está ajudando a recuperar a auto-estima do futebol brasileiro com seis jogos, seis vitórias e a classificação quase garantida para a Copa do Mundo. Em algum momento, a gente se viu ameaçado de ficar fora. Então, sem dúvida nenhuma, hoje o Tite é o melhor treinador brasileiro, disputando com grandes treinadores no mundo. Para mim, é um prazer enorme ter trabalhado e ter podido trabalhar com ele também na Seleção Brasileira, neste curto período. Está à frente dos outros treinadores por tudo que se preocupa em fazer, crescer, estudar e além de treinador, é um grande gestor também”.

Lateral esquerda da Seleção está resolvida

“Primeiro, estou muito feliz por essa volta ao futebol brasileiro. Pelo Brasileiro que eu acabei fazendo, por chegar a uma final de Copa do Brasil. Realmente, voltei a encontrar meu melhor futebol e graças a Deus, fui lembrado pelo Tite para fazer parte da Seleção Brasileira. Vejo dois jogadores que estão na função há um bom tempo, que são Marcelo e Filipe Luís e outros jogadores que podem ter uma oportunidade ou já tiveram. Quero estar sendo lembrado, chamado, o Tite já me conhece também. Vejo a segunda posição em aberto ainda e vou continuar trabalhando, respeitando aqueles jogadores que ali estão, com mais convocações, com mais bagagem, mais história dentro da Seleção. Sem dúvida nenhuma, é um sonho que eu tenho de poder participar mais vezes e disputar um campeonato importante com a camisa da Seleção. Terei essas oportunidades trabalhando firme no Atlético, conquistando títulos e quem sabe, para continuar tendo mais chances”.

Momento negativo do Corinthians surpreende

“Claro que eu fico triste. O Corinthians foi um lugar onde eu fui muito feliz. Foi a principal equipe onde eu passei na minha carreira. Onde eu conquistei os títulos mais importantes, me levou para a Seleção Brasileira. Foi onde eu encontrei a felicidade. Foram quase cinco anos, onde não tem como você não se apegar, torcer pelos funcionários, jogadores com quem eu já joguei. Estou sempre de olho nas notícias do Corinthians. Fico triste por tudo que está acontecendo, por essas mudanças, a questão do estádio, diretoria, presidente, enfim. A gente fica triste por tudo que está acontecendo, o Corinthians é muito grande para ficar no meio da tabela e ter esses tipos de problemas. Não cabe a nós julgar. A gente procura olhar dentro de campo, mas o Corinthians é uma equipe que sempre tem que estar lutando por títulos por tudo que proporciona aos seus jogadores, estrutura. Mesmo de longe, óbvio que eu sempre vou estar torcendo para o Corinthians estar disputando títulos, chegando, porque é um lugar onde eu tenho um carinho muito grande”.

Nível do futebol brasileiro

“Vejo um nível muito bom do futebol brasileiro. Óbvio que não tem uma ou outra equipe muito à frente das outras, como nós vemos na maioria dos campeonatos europeus, onde você tira duas ou três que são bem superiores a outras. Vejo um nível de futebol bom com jogadores talentosos, onde a gente vê emoção a todo o momento. Óbvio que a gente vê um jogo mais pegado aqui, um outro jogo mais bem jogado ali. Hoje o futebol exige competitividade a todo o momento, mas vejo o Brasileiro como um dos campeonatos mais disputados no mundo. Um campeonato gostoso de jogar, de assistir, e vejo um nível de futebol de médio para bom e feliz com essa retomada da Seleção, que valoriza todos os jogadores a voltar a ter aquele respeito que nós tínhamos antigamente”.

Modelo de gestão do Atlético

“Aqui no Atlético, vem procurando fazer um trabalho. O presidente teve que tomar a frente de muita coisa, por causa do problema com o Eduardo Maluf, e tentou montar um elenco qualificado. Óbvio que nem todas as escolhas acabam dando certo. Aquelas escolhas de jogadores, comissão técnica. Acredito que as coisas tendem a dar certo, pela maneira como ele vem trabalhando. Se não for num curto prazo, pode ser a médio ou longo prazo. Hoje, a estrutura que o Atlético nos oferece de campos, academia, concentração, CT, com salários em dia. Acredito que vem tendo uma gestão muito boa e é modelo para todas as outras equipes do futebol brasileiro”.

Projeção do Atlético para 2017

“Expectativas são as melhores possíveis. A gente montou uma equipe muito forte nesse ano, mesmo com jogadores chegando no meio da temporada. Tivemos muitas lesões que nos atrapalharam bastante. Graças a esse elenco forte, que nos colocou na condição de Libertadores e final da Copa do Brasil. Com a manutenção do elenco e a chegada de um novo treinador ou a permanência do próprio Diogo que assumiu agora. A gente vê um ano que possamos conquistar e disputar títulos. Jogar numa qualidade melhor que nós apresentamos esse ano. Nós temos equipe para isso. é trabalhar forte para ter um 2017 à altura da expectativa de todos”.

Aos 31 anos, Fábio Santos chegou ao Atlético, na janela de transferências, em julho. Ganhou a posição de titular da lateral esquerda, após a venda de Douglas Santos para o futebol alemão. Fábio começou no São Paulo e passou também por Santos e Grêmio, antes de atuar no Corinthians.

 


Maicon recupera futebol no Grêmio e nega favoritismo contra o Galo
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

A decisão da Copa do Brasil começa nesta quarta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte. O Grêmio tenta terminar com um jejum de 15 anos sem títulos nacionais contra um Atlético-MG, que vem de conquistas importantes recentes, como a Libertadores da América, Recopa Sul-Americana e a própria Copa do Brasil, em 2014. O blog conversou com o volante Maicon sobre a projeção para os dois jogos. Acompanhe.

Grêmio favorito por decidir em casa

“Não, não tem favoritismo. Serão dois grandes jogos, jogos difíceis, mas a gente está muito preparado para poder fazer dois grandes jogos e buscar o título. A gente sabe que é uma equipe muito qualificada, mas a gente tem que respeitar e jogar nosso futebol”.

Coletivamente o Grêmio é superior

“Não, não vejo. São dois jogos iguais, 50% para cada lado”.

Episódio da Carol Portaluppi incomodou

“Não, não incomodou. Isso fica à critério da diretoria. Eles já estão procurando resolver da melhor maneira. Nós temos que estar focados para poder jogar”.

Reencontrou o futebol no Grêmio, após passar pelo São Paulo

“Sou tranquilo. Acho que eu fiz grandes partidas no São Paulo. Fui campeão, joguei 160 jogos. Se eu não tivesse qualidade, não ia jogar nem cinco jogos. No Sul, estou feliz. Procuro fazer o meu melhor trabalho como sempre fiz por onde passei  e as coisas estão acontecendo naturalmente”.

Estilo do Renato dentro do vestiário

“Estilo tranquilo. Passa confiança para todos os jogadores e isso que é importante”.

Consegue extrair o máximo de cada jogador

“Com certeza. Ele jogou e sabe o que tirar de nós jogadores”.

Maicon saiu do São Paulo muito criticado, em 2015, e virou titular absoluto do Grêmio com Luiz Felipe Scolari, Roger Machado e Renato Portaluppi. Aos 31 anos, busca seu primeiro titulo nacional. A diretoria tricolor tem convicção de que a decisão será na Arena tricolor, dia 30, garantindo o efeito suspensivo obtido no STJD, após perda do mando de campo por invasão de Carol Portaluppi, filha de Renato, depois do jogo contra o Cruzeiro, na semifinal.


Espinosa admite supresa por jejum gremista e elogia o Atlético-MG
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Grêmio decide a Copa do Brasil contra o Atlético-MG, a partir da próxima quarta-feira. O tricolor gaúcho busca um título nacional há 15 anos, após vencer o mesmo torneio, em 2001. Renato Portaluppi assumiu o comando do time e o Grêmio cresceu, também com o reforço de Valdir Espinosa como coordenador-técnico e sustentáculo para o amigo Renato, no vestiário. Espinosa foi o treinador campeão da América e do Mundo, em 1983, além de ex-jogador do clube, nos anos 70. Em entrevista exclusiva ao blog, Espinosa projetou confrontos equilibrados com o Galo, falou sobre o crescimento de Renato e elogiou a postura do Grêmio. Acompanhe abaixo.

Grêmio é mais time

“Não diria mais que o Atlético-MG. As duas equipes chegaram na decisão por somarem méritos e agora vão decidir realmente quem é o melhor. Vai depender dessa decisão para saber e você apontar, bom, esse foi o melhor dentro da Copa do Brasil. Isso nós vamos saber com esses dois jogos. O Grêmio está se preparando cada vez mais porque sabe a responsabilidade, sabe a importância que é acabar com o jejum de 15 anos e respeita o adversário, mas vai enfrentá-lo para vencer”.

Decidir em casa é melhor

“É muito relativo. Eu acho que vale para as discussões, quando você vai para sentar num barzinho, né. Aí começa aquele bate-papo, tal, pede um aperitivo, enfim, um tira-gosto. O bom é jogar fora. Não, o bom é jogar em casa, mas naquele jogo, naquela época, aí as histórias vêm e o salgadinho vai aumentando, o dono do bar fica satisfeito porque mais tempo você fica ali conversando. Enfim. Falando sério. Não tem essa. Lá fora, se você fizer um retrospecto, muitas vezes teve uma vantagem em jogar fora, muitas vezes jogar dentro de casa. O importante, eu sempre digo, é estar preparado para qualquer situação”.

Renato é bom técnico

“Está aprendendo cada vez mais. Eu acho que isso é que faz e o Renato me surpreende a cada dia porque ele busca aprender. Dentro desse aprendizado, ele vem num crescendo”.

Futebol mudou muito com jogadores mimados e pouco comprometidos

“Eu não diria isso. Diria até que se cobra pouco no futebol. A gente tem desculpa para tudo. A gente começa assim: eu quero disputar a Libertadores, depois reclama que está disputando. Eu quero disputar a Sul-Americana, depois reclama que está disputando. Chega em julho, estamos cansados. Estamos jogando muito. A gente só reclama, reclama, reclama, e o que é pior, eu tenho dito isso há anos, através dos meus vídeos. Vai terminando o campeonato brasileiro e a pergunta que se faz é a seguinte no Brasil inteiro em bate-papo, em debates na televisão, rádio e jornal. Como foi tecnicamente o campeonato brasileiro? A resposta sempre é a mesma: não foi bom, abaixo do nível. Olha que há anos é isso e esse ano foi de novo abaixo do nível. Só que a gente para para mudar? Não, a gente só reclama que foi abaixo do nível, mas não senta para dizer aonde está o erro, como temos que melhorar”.

Modelo de gestão brasileiro

“Eu não vou entrar nessa área. Eu vou ficar na minha área de campo, aquela que eu tenho entendimento, aquela que eu tenho experiência. É nessa área que eu busco aprender cada vez mais e nessa área que nós temos que buscar as correções. Entendo que fora de campo, muitas mudanças poderiam e deveriam acontecer, mas eu acho que a mais importante de todas ainda é dentro de campo. É dentro de campo que nós temos que melhorar mais, que nós temos que ter mais coragem, fazer mais cobranças. Vou puxar o Tite como exemplo. O que hoje e há um tempo atrás, muita gente não via jogo da seleção brasileira ou quando via, via com aquela coisa, que coisa chata que eu vou ver e quando terminava, dizia, que coisa chata que eu vi. Seis jogos do Tite e a gente ficou satisfeito. A gente viu uma coisa muito importante. Sorriso no rosto dos jogadores. Isso era alegria. Esse sorriso era um comprometimento de ajudar um companheiro e fez com que a gente sorrisse também, olhando o jogo e a gente sorrisse. Moral da história: havia um comprometimento de jogar bem. Nós temos que ter exatamente isso. O comprometimento de jogar bem. O resultado é consequência do que você fizer em campo e não buscar o resultado pelo simples fator de vencer de qualquer maneira como tem que acontecer. Acho que a maior esperança que eu estou vendo há anos no futebol foi esse momento do Tite na seleção. está fazendo a coisa com simplicidade. Outro detalhe. Num dia ele pegou, já estava treinando. Não teve tempo de treinar e não está reclamando. Simplesmente, ele está trabalhando. Essa é a seleção? Esse é o tempo de treino? Ok. Vou aproveitar bastante e não estou buscando desculpa. Até eu brinco, ele pode falar um pouquinho difícil, mas ele faz a coisa muito simples. É importante. Ele não está querendo ser o dono da verdade, nem o inventor da bola, porque a bola já foi inventada há muito tempo. Simplesmente, está fazendo a bola rolar no chão”.

Surpreso com jejum de 15 anos sem títulos nacionais

“Falo como torcedor. Claro que sim. Como torcedor, você não pode admitir que um time como o Grêmio fique um tempo desse sem ganhar título. Por isso, eu sei a importância, não só como torcedor, como profissional também, de acabar com esse jejum”.

Existe um grande jogador no Grêmio

“Eu acho que nós temos bons jogadores no Grêmio. Na defesa, Geromel, Kanneman que chegou. Grohe na seleção, Marcelo, enfim. Douglas no meio. Jogadores jovens que estão despontando, alguns que ainda não despontaram, mas são jovens, dentro de um aprendizado e buscando experiência. Acho que a equipe está bem e equilibrada”.

Atlético-MG

“Uma equipe que tem experiência, tem qualidade técnica. Uma equipe que tem qualidades e vai chegar na condição de disputante ao título por méritos conquistados. Não foi por fazer as coisas erradas, assim como o Grêmio. E como eu te disse no início. No final desses dois jogos, é que se vai dizer. Na Copa do Brasil, o melhor foi….Tomara que seja o Grêmio”.

Treinador novamente

“Serei sempre treinador”.

Além de treinar o Grêmio, Espinosa se destacou também no Botafogo, quebrando o jejum de títulos do clube, vencendo o campeonato carioca, em 1989, diante do Flamengo. Espinosa tem contrato com o Grêmio até dezembro, mas irá permanecer, se Renato ficar.

 


Marcelo Oliveira chegou a mais uma decisão. Competência ou sorte?
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

Marcelo Oliveira está na quinta final da Copa do Brasil, nos últimos seis anos. Chegou com o Coritiba, em 2011 e 2012, perdendo para Vasco e Palmeiras. Foi vice também pelo Cruzeiro, em 2014, na derrota para o Atlético-MG e levantou o caneco com o Palmeiras, em 2015, batendo o Santos. Agora, leva o Galo à decisão contra o Grêmio. Além disso, foi bi brasileiro com o Cruzeiro, em 2013 e 2014. Um currículo invejável, recentemente.

Mesmo assim, ainda é contestado. Leio colegas de Minas Gerais e torcedores atleticanos reclamando da falta de padrão tático do time, vencendo jogos na base da qualidade de alguns jogadores em detrimento do coletivo. Vi um filme igual no Palmeiras e fui muito crítico também. As equipes de Marcelo marcam gols, são ofensivas, mas sofrem defensivamente, porque não há equilíbrio e conjunto entre os setores. Os desempenhos mostram isso, mas o treinador está lá de novo, brigando por um título, dirão seus defensores e o próprio Marcelo.

Assim, deixo a pergunta no ar. Marcelo tem competência ou sorte por sempre estar trabalhando com bons atletas?

Provavelmente, cada vez que surgir esta questão, Marcelo dirá: “Fui bicampeão brasileiro consecutivo com o Cruzeiro e disputei cinco finais de Copa do Brasil, em seis anos”. Para os técnicos e grande parte das torcidas, isso basta. Ganha e chega em decisões. Para a imprensa, é preciso também deixar um legado e apresentar um trabalho consistente, porque senão sempre ficaremos no “ganhou, está bom. Perdeu, está ruim”.

Marcelo Oliveira terá emprego o resto da vida pelo seu currículo, no futebol brasileiro. Isso ninguém tira dele. Agora, é possível sim, debater e discutir porque ganha e porque perde.


Ceará se declara ao Inter e vê time na final da CBrasil e sem rebaixamento
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

O Inter abre as semifinais da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, contra o Atlético-MG, no Beira-Rio. Em condições normais, seria um momento de comemoração, mas o Inter luta ainda para escapar do rebaixamento à Série B do Brasileiro com 37 pontos, na 15ª colocação. O blog conversou com o lateral Ceará, campeão da América e do Mundo, em 2006, sobre essas duas situações e as causas que levaram a equipe a enfrentar dias difíceis, recentemente.

Por que o Inter chegou nesta situação complicada no Brasileiro

“Na verdade, o Inter se colocou nesta situação devido aos maus resultados acumulados, durante várias rodadas. Foram 14 ou 15 rodadas sem vencer e isso acarretou neste momento, nesta situação que nos encontramos. Você ficar tanto tempo assim sem vencer um jogo, é muito difícil. Para qualquer outra equipe seria uma situação bem complicada. O ponto positivo é que a equipe começou nesta descendente, quando estava ali em primeiro lugar, no topo, e depois começou com os maus resultados. Mesmo ficando tanto tempo sem vencer, ainda a gente conseguiu não se afundar tanto e tendo possibilidade de sair desta situação adversa, tanto é que nós estamos fora da zona de rebaixamento, no momento, com possibilidades concretas e palpáveis de deixarmos esta zona da degola e nos distanciarmos cada vez mais. Então, é focar realmente no que vem pela frente e esquecer as coisas ruins que passaram. Infelizmente, a gente não poderá mudar o passado. Estamos olhando para a frente para que a gente possa mudar o futuro, que são os jogos que virão para que o Inter permaneça na primeira divisão”.

Pressão maior sobre Ceará e Alex pelas vitórias no clube

“Eu e o Alex temos uma história vitoriosa no clube. A minha primeira passagem foi vencedora com três conquistas relevantes como Libertadores, Mundial e Recopa Sul-Americana e o Alex esteve presente nessas conquistas e voltou em outros momentos. Realmente, é uma história gratificante. Porém, a pressão é distribuída, mesmo que não seja de uma forma igual, mas é uma pressão coletiva e nós por sermos mais experientes e por termos histórico positivo no clube, a gente se pressiona demais. Nós atletas, temos auto-análise, nos pressionamos e cobramos por rendimento dentro ou fora de campo, no vestiário. Então, nós tentamos ser participativos de uma forma mais assídua nos bastidores para que o coletivo, os jogadores, de uma forma geral, estejam aptos para jogar, dando o melhor de cada um. Nos sentimos nessa responsabilidade de contribuirmos tanto dentro de campo com nosso talento e fora com experiência e comando, com a experiência que a nossa carreira nos concedeu”.

Inter tem time para ganhar a Copa do Brasil

“Nós temos um elenco qualificado. Já demonstramos isso nas duas etapas anteriores da Copa do Brasil contra Fortaleza e Santos. Mesmo tendo jogado a Copa do Brasil e, paralelamente, os jogos do Brasileiro, nem por isso a equipe teve uma perda de rendimento. Pelo contrário, houve um período que a equipe cresceu de uma forma geral. Começou a demonstrar um pouco de confiança e conseguiu os resultados positivos. Então, dentro desta perspectiva, do momento atual da equipe, nós acreditamos que temos qualidade no grupo para conquistarmos a Copa do Brasil e iremos em busca disso. Os jogadores que entrarão em campo neste jogo contra o Atlético-MG, certamente vão se doar ao máximo com o objetivo de vencer e fazer um grande jogo para tentarmos passar à final, algo que faz um bom tempo que o Inter não disputa, desde que foi campeão, em 1992, e vice, em 2009. Nós queremos continuar marcando história no clube e se Deus quiser, com mais uma conquista significativa”.

Dez anos depois, principais mudanças para melhor ou pior no clube

“Depois de dez anos da minha primeira passagem, a primeira mudança foi o tamanho que o clube alcançou em nível de estrutura, respeito dos adversários, a grandeza que o clube tomou nacional ou internacionalmente, isso é notório e foi a grande mudança depois das conquistas, que eu tive o privilégio de participar. Outra coisa é a montagem de equipe. Hoje, o clube tem muito mais recurso para montar uma equipe qualificada. Financeiramente, tem mais respaldo para cumprir com seus compromissos e lutar com outras equipes do Brasil por um jogador ou outro e muitas vezes, ganhar essa concorrência. É relevante e importantíssimo para um grande clube que quer realmente conquistar títulos. Negativo, não vejo nada importante. Obviamente, que todo crescimento exige que todos os departamentos acompanhem esse crescimento e o clube cresceu, então os departamento precisam estar à altura do clube. Isso é uma exigência que o crescimento traz para o clube, funcionários. É o que tem ocorrido. Uma vez que os títulos nacionais e internacionais não aparecem, existe a cobrança muito grande, segundo o tamanho da instituição. A pressão e a cobrança exagerada por título é o ponto negativo que a gente vê. Então, são esses dois lados da moeda que eu destacaria”.

Permanece no Inter na Série A ou B

“Eu tenho convicção de que permanecerei no clube. Tenho contrato até o final de 2017 e fiz esse contrato com a perspectiva de permanência. Eu não cogito a possibilidade de rebaixamento. Eu creio que o Inter permanecerá na Série A e eu estarei com o Inter porque o meu coração está inclinado para ele, não só na questão profissional, mas realmente a paixão. Tenho a paixão por esse clube, sou torcedor do Inter e permanecerei, independentemente, das circunstâncias, situações favoráveis ou não. Vou cumprir o meu contrato e pretendo encerrar minha carreira aqui no clube. Não sei quando isso acontecerá, mas no tempo oportuno, adequado, eu vou encerrar minha carreira. Pretendo e creio que isso vai acontecer aqui no Internacional”.

Ceará está com 36 anos e voltou ao Inter, no início do segundo turno do Brasileiro, contratado do Coritiba. Sua permanência só ocorreu, após a chegada de Fernando Carvalho à diretoria, impedindo a saída do lateral, depois de ter sido reprovado nos exames médicos com um problema muscular leve. Até hoje, Ceará é lembrado pela grande atuação contra o Barcelona, marcando Ronaldinho Gaúcho, na final do Mundial de Clubes, em 2006.

 


Titulares sempre. Time grande vive de títulos
Comentários Comente

Alexandre Praetzel

A Copa do Brasil terá a definição dos semifinalistas nesta quarta-feira. Sete times da Série A e um da Série C estão na luta. Um torneio importante e valorizado para quem disputa e ganha, colocando mais uma faixa no peito e aumentando o prestígio para patrocinadores, sócios e torcedores.

Por isso, sou partidário da escalação de força máxima sempre. Titulares em campo. Os jogadores são bem tratados, treinados e têm tudo à disposição. Além dos confrontos interessantes, os estádios vão receber grandes públicos e os consumidores merecem ver o melhor de suas equipes.

Claro que respeito a decisão de quem poupa atletas e prioriza competição. Há o risco de ficar sem nenhuma, como aconteceu com o Santos, em 2015. No mais, tomara que sejam grandes jogos.

Como adoro palpites, vamos lá. Santos e Atlético-MG de um lado e Grêmio e Cruzeiro do outro. Não me elogiem ou crucifiquem se eu acertar ou errar. Afinal, o que vale é o futebol.