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Maicosuel diz que já está recuperado: “acho que mereço receber esse mês”
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Alexandre Praetzel

Maicosuel foi contratado como grande reforço do Atlético-MG, mas ainda não conseguiu jogar pelo São Paulo. No dia 7 de junho, estreou como titular contra o Vitória, na quinta rodada do Brasileiro, mas se machucou. Mais de dois meses depois, o meia voltou a ficar à disposição da comissão técnica, na partida diante do Cruzeiro. Durante a recuperação, Maicosuel propôs não receber salários, até retornar aos treinamentos.

Maicosuel falou ao blog sobre esta questão, dividida com a diretoria, e a realidade difícil do tricolor, na Série A:

Como foi o caso de ficar sem receber salário, enquanto ficaste machucado?

No primeiro mês, sim. Eu conversei com os dirigentes e falei que no mês que eu ficasse parado, só na fisioterapia, eu não precisaria receber. Foi o que aconteceu. Acho que, não só uma iniciativa minha, mas meu pai me ensinou assim, também. São coisas que são de cada um e eu optei em fazer isso. Acho que não muda nada, apenas uma situação que aconteceu e eu acho que é válida, cada um tem seu modo de pensar. Esse é o meu jeito de ser. Então, o primeiro mês eu não recebi. A gente vai conversar agora para ver o que pode ser feito, mas agora vai tranquilizar e normalizar tudo.

O que os dirigentes falaram sobre essa situação?

Eles não aceitaram meio de prontidão. Eles não gostaram muito, falaram que não iam fazer, mas é uma coisa que eu impus, que foi minha mesmo. Cheguei e falei que não ia receber, se eles dessem o salário para mim, talvez eu doasse para os funcionários do clube. Era uma coisa que eu não queria mesmo, mas, enfim, agora eu estou trabalhando forte, firme e acho que eu mereço receber esse mês.

Você foi contratado como grande reforço. As questões físicas e clínicas te prejudicaram?

Sim. Se não fossem as lesões, estaria jogando. Mas, futebol é assim, faz parte da carreira do atleta, ter lesões. A gente está tentando recuperar o mais rápido possível para ajudar o São Paulo.

É a hora dos jogadores mais experientes neste momento difícil?

Não, eu acho que é a hora de todos. Se a gente perder, não são só os experientes que sairão prejudicados. Então, acho também que a molecada tem uma boa parcela de responsabilidade. É o que está acontecendo aqui. Todo mundo dividindo.

O São Paulo tem tempo para treinar, mas a gente não vê evolução. A pressão atrapalha o desenvolvimento do time?

Ah, eu acho que é uma situação um pouco complicada. Acho que, quando a gente começa a errar… Neste jogo com o Cruzeiro, a gente teve três erros e acabamos sofrendo um pênalti e dois gols. Quando a gente erra, os outros times estão aproveitando bastante e a gente não está tendo tanta chance e oportunidade na frente. Acho que o time está de parabéns pela luta. Quando não dá para tocar a bola ou criar tantas oportunidades, tem que ser do jeito que foi, na garra, luta, todo mundo se doando, entregando. Acho que, quando estamos numa situação como essa, tem que ser assim mesmo.

Estar na parte debaixo da classificação atrapalha demais o dia a dia ou com o elenco que o São Paulo tem, é possível sair numa boa?

Os dois. Eu acho que atrapalha também. Ninguém quer ficar nessa situação, ainda mais pela grandeza do clube. Quando a gente de um clube como o São Paulo, que tem uma grandeza enorme no mundo, é meio complicado ver a gente nessa posição na tabela. Mas não só o São Paulo é grande, os jogadores também são. Vários jogadores que ganharam coisas, então a sabe que incomoda bastante. Jogadores vencedores. Então a gente tem que procurar sair dessa situação o mais rápido possível.

A tendência é você jogar contra o Avaí?

Não sei. Estou treinando bem, me dedicando para isso, voltar bem e ajudar. Agora, tem que ver com o Dorival.

O São Paulo enfrenta o Avaí, domingo, em Florianópolis. O tricolor é o 16º colocado com 22 pontos, com um jogo a mais que a Chapecoense, 17ª colocada, também com 22 pontos.


Márcio Araújo respeita bronca da torcida, mas vê Flamengo bem encaminhado
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Alexandre Praetzel

O Flamengo dispensou o técnico Zé Ricardo, após 88 jogos no comando da equipe, desde 2016. O treinador foi campeão carioca e levou o time as semifinais da Copa do Brasil. A eliminação na primeira fase da Libertadores da América e a campanha irregular no Brasileiro, pesaram para a saída do treinador. Zé Ricardo vinha sendo muito criticado pela torcida, assim como Márcio Araújo, titular em muitas partidas e com 202 jogos pelo rubro-negro. o blog conversou com o Márcio Araújo sobre as broncas da torcida, antes da queda de Zé Ricardo. Ontem, contra o Vitória, o volante ficou no banco de reservas. Confira a seguir.

Por que a torcida do Flamengo tem tanta bronca com você?

Você acompanha minha carreira. Nunca vou falar de relação com a torcida. Falo em relação ao meu trabalho, o carinho que a gente tem de todos dentro do grupo, podendo sempre ajudar na maior parte do tempo, e é isso que a gente busca. Essa parte de torcedor a gente deixa para o torcedor. Eles têm as suas razões, a gente entende e respeita, mas sempre dentro de campo, eu tenho dado o meu melhor e na maior parte do tempo, tenho me saído bem.

Os treinadores sempre te elogiam. O fato de ser bem profissional e simples nas atitudes, o torcedor não entende esse comprometimento?

Talvez, mas eu não vou falar nada aqui, talvez até me prejudicando, mas a gente respeita a opinião do torcedor, como eu falei. A gente acaba trabalhando, respeitando a todos, fazendo aquilo que o treinador sempre pediu e a comissão técnica também, ajudando na maior parte do tempo. Espero que a gente consiga sair dessa situação, dar uma engrenada no Brasileiro. A gente está bem encaminhado numa semifinal da Copa do Brasil, tem a Primeira Liga ainda, a Sul-Americana. Então, ainda tem muita coisa pela frente. Tem que pensar em coisas boas, realizar grandes partidas no Brasileiro, com um turno inteiro pela frente.

Como você define o trabalho do Zé Ricardo?

Depois que ele pegou, desde o ano passado, a evolução que o Flamengo teve foi muito grande. Foi campeão carioca de forma invicta, ninguém fala isso. Você via o Flamengo jogando, tinha a mão do treinador e, infelizmente, talvez, no Brasileiro, a cobrança é maior, todo mundo quer que o Flamengo seja campeão. Talvez a gente tenha iniciado mal o Brasileiro e tenha pecado por causa disso, mas mesmo assim, o time está bem encaminhado. Tem uma semifinal da Copa do Brasil, oitavas da Sul-Americana, tem muita coisa para acontecer e espero que a gente possa dar continuidade no Brasileiro e nas outras competições que temos pela frente.

 

 


Todos “secarão” o Corinthians contra o Sport, mas não vai adiantar
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Alexandre Praetzel

Torcedores de muitos times secam o Corinthians, rodada a rodada do Campeonato Brasileiro. E mais uma vez, isso irá acontecer contra o Sport, na Arena corintiana. Mas acredito que não vai adiantar, novamente. O único argumento contrário à campanha do Corinthians, é quando o Corinthians vai perder, após 18 jogos, com 13 vitórias e cinco empates. Só restou isso. É difícil apontar defeitos em algo que está dando tão certo.

O aproveitamento de 81,5% mostra uma superioridade coletiva sobre os demais e indica que o Corinthians não vai desperdiçar a oportunidade de conquistar o sétimo título brasileiro. Fábio Carille montou uma formação tão forte taticamente, que intimida adversários, dentro ou fora de casa. Substitutos entram com naturalidade, nas ausências de titulares. A maneira como o Corinthians venceu o Atlético-MG, facilmente, no Mineirão, escancarou a diferença entre os onze titulares, mesmo que o Galo tenha um elenco com mais griffe. Um ano atrás, o Galo seria muito favorito.

Mérito total de Carille, hoje uma realidade e o melhor treinador da competição. Vai enfrentar um Vanderlei Luxemburgo, relegado ao ostracismo e indiferença, no início da temporada, mas com um currículo invejável, que talvez Carille não consiga alcançar. Certamente, um confronto de ideias e trabalhos muito interessantes. Mas ainda assim, apostaria na manutenção da invencibilidade corintiana e um final de primeiro turno, líder com folga sobre os concorrentes.

A secação será grande, mas o Corinthians passará batido, novamente, É o que eu penso.


Edílson elogia Corinthians, mas vê o Grêmio com o melhor futebol do Brasil
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Alexandre Praetzel

O Grêmio empatou com o São Paulo e viu a desvantagem para o líder Corinthians, aumentar de seis para oito pontos, no Campeonato Brasileiro. Apesar disso, os jogadores acham que é possível alcançar o adversário, sem esquecer também da Copa do Brasil e da Copa Libertadores da América. O blog entrevistou o lateral Edílson, ex-lateral do Corinthians, sobre essa disputa particular e o modelo de jogo tricolor, elogiado por treinadores e atletas adversários. Acompanhem a seguir.

A vantagem de oito pontos do Corinthians em relação ao Grêmio, te surpreende?

Eu acho que eles estão fazendo o que ninguém fez ainda no Campeonato Brasileiro, abrir esta margem de pontos tão grande no primeiro turno. Mas não surpreende não, porque é uma equipe bem treinada, conheço o Carille da época que eu jogava lá. Mas acho que tudo isso ainda é muito cedo para dizer que eles serão campeões ou não. Tem muito campeonato pela frente.

Vocês sentem que o Grêmio joga o melhor futebol do Brasil?

A gente sente sim. A gente trabalha para isso. A gente vê, além de nós termos a auto-consciência do futebol que a gente vem apresentando, a gente vê elogios de adversários, jogadores e técnicos. Então, acho que isso é o trabalho, é a nossa equipe. Saber que esse toque de bola é fundamental no jogo atual. A equipe está de parabéns por fazer isso, tanto dentro quanto fora de casa, que é muito difícil também.

O Grêmio é um time mais afeito ao mata-mata da Copa do Brasil e Libertadores, ao invés do Brasileiro?

Eu acho que não. A gente está vivíssimo nas três competições. Na Copa do Brasil, faltam cinco jogos. Na quinta-feira, a gente tem uma decisão contra o Atlético-PR, onde a gente tem uma vantagem muito boa (4 x 0 no jogo de ida). Depois, a gente está muito bem na Libertadores e no Brasileiro também, estamos na segunda colocação e como eu disse, a gente está na 16ª rodada ainda e tem muito para acontecer. O futebol é muito dinâmico e as equipes vão crescer no segundo turno. A gente espera fazer nossa parte para que as coisas aconteçam naturalmente.

Em 2015, você viveu um desmanche no Corinthians. O Grêmio pode passar por isso*?

Isso eu não sei. Isso a gente deixa para a diretoria. Acredito que todo futebol bem feito, bem visto, traz sim uma visibilidade maior para a equipe e acredito que haverá propostas ao natural.

* Os jovens Luan e Pedro Rocha aparecem como possíveis nomes negociáveis, nesta janela européia do meio do ano. Ramiro também já foi sondado. A direção do Grêmio admite a necessidade de venda, para fechar as contas, sem prejuízo, nesta temporada.


Felipe Melo: “Se houve uma crise no Palmeiras, foi chutada para lateral”
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Alexandre Praetzel

Felipe Melo em ação contra o Vitória (Crédito: Agência Palmeiras)

Felipe Melo é considerado um dos líderes do grupo do Palmeiras. Contratado como grande reforço, o volante voltou aos titulares, no último domingo, e foi aclamado pela torcida, depois da vitória sobre o Vitória. O jogador acha que o resultado afastou qualquer possibilidade de crise no vestiário alviverde. O blog entrevistou Felipe Melo sobre o atual momento da equipe e a busca incessante por títulos, em 2017. Confira a seguir.

Houve princípio de crise no Palmeiras por ficar tão distante do Corinthians?

Se houve um princípio de crise, ela foi chutada para lateral. Nós vencemos o jogo contra o Vitória, conquistamos os três pontos, o torcedor fez a parte dele. Então, se teve uma crise, essa crise foi chutada para lateral.

O Palmeiras corre o risco de não ganhar nada esse ano pelo desempenho do time?

Essa situação de que vai ganhar ou não vai ganhar, é coisa da Mãe Dinah. É complicado eu poder falar, a gente vai ganhar ou o Corinthians vai ganhar. A gente tem que falar do presente. O presente é: o Corinthians está na frente. Depois, tem o Flamengo. A gente está em quinto hoje, então a gente tem que pensar no nosso presente. Podemos ser campeões brasileiros, da Libertadores e da Copa do Brasil, mas a gente tem que correr para isso.

Ficou muito difícil de buscar o Corinthians, 14 pontos atrás?

Vamos falar do Palmeiras. Vamos esquecer o Corinthians. Corinthians está em primeiro, parabéns ao Corinthians. Tropeçou em casa, agora vai jogar contra o Avaí fora e nós vamos jogar um jogo dificílimo contra o Flamengo. Campeonato Brasileiro é isso. Não temos que pensar no Corinthians não, temos que pensar em quem está na nossa frente. O Corinthians já está lá. A gente tem que pensar, não sei, no Flamengo e em outras equipes. Vamos por partes, degrau em degrau e a gente vai chegar lá.

O trabalho de todos no Palmeiras está bom?

Qual era a ideia do Palmeiras quando começou a temporada? Brigar por todas as competições, certo? Brigamos pelo Paulista, infelizmente não vencemos. Nos outros três, tem alguma coisa perdida ou nós podemos vencer? Então, por que a gente vai jogar tudo por água abaixo? A gente está brigando e a ideia é continuar assim.

Felipe Melo já disputou 26 jogos pelo Palmeiras e marcou dois gols. Ficou fora de algumas partidas por lesão.

O Palmeiras volta a campo, nesta quarta-feira (19), contra o Flamengo, na Ilha do Urubu, no Rio de Janeiro, pelo Brasileiro.


Henrique valoriza molecada do Flu e acha que Richarlison fica no clube
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Alexandre Praetzel

O Fluminense está em oitavo lugar no Brasileiro com 15 pontos em 30 disputados. O time tem chamado a atenção pela qualidade de alguns jovens, como Wendell, Marquinhos Calazans e Richarlison, além da afirmação do meia Gustavo Scarpa. O blog entrevistou o zagueiro experiente Henrique, com exclusividade, sobre as possibilidades do Fluminense buscar algo maior e a capacidade da garotada, misturada aos nomes mais consolidados do grupo. Confira a seguir.

Até onde vai o Fluminense com essa garotada e o suporte dos experientes?

“Eu acho que tem muita coisa para acontecer ainda no campeonato, mas a molecada está dando conta do recado, diante de um campeonato difícil, complicado. Eu acho que essa base do Fluminense é uma base forte, já vem com um pouco de experiência. Eles estão dando conta do recado. Ainda tem muita coisa para acontecer, melhorar e isso vem acontecendo naturalmente, até mesmo dentro do campeonato”.

Fluminense tem capacidade para ficar entre os quatro primeiros?

“Com certeza. Esse é o nosso objetivo e pensamento. Tem que pensar jogo por jogo. No último contra o São Paulo, dentro do Morumbi, fomos buscar a vitória e quase conseguimos”.

Alguém pode buscar o Corinthians, líder com 26 pontos e 11 à frente do Flu?

“Eles estão numa fase boa também. As vezes, contam com um pouco de sorte, mas tem um elenco de potencial também. Como eu disse, no futebol acontece muita coisa, ainda mais no Brasileiro. Tem muito chão pela frente ainda e muita coisa para acontecer. A gente vai em busca dos objetivos”.

Richarlison fica no Flu ou ainda pode sair?

“A gente não conversa, nem comenta muito. É mais coisa interna do Fluminense. Isso é uma coisa dele, particular, e a gente acompanha, que ele vem se dedicando e nos ajudando. Então, isso aí é um pensamento dele. Acho que ele está pensando no Fluminense”.

A saída de Richarlison ainda não está descartada. Representantes do atleta acreditam que o Ajax da Holanda pode apresentar uma oferta de dez milhões de euros pelo jogador.

O Fluminense volta a campo, nesta segunda-feira, recebendo a Chapecoense, no Maracanã. Na Copa Sul-Americana, o tricolor carioca fez 4 a 0 na Universidad de Quito e encaminhou a classificação para as oitavas-de-final do torneio.


Scarpa elogia crescimento da garotada do Flu e não descarta saída na janela
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Alexandre Praetzel

O Fluminense jogou mais do que o São Paulo e poderia ter saído do Morumbi, com mais uma vitória no Brasileiro. O goleiro Renan Ribeiro evitou a derrota são-paulina com duas grandes defesas, pelo menos. Um dos destaques do tricolor carioca foi Gustavo Scarpa. O meia vem sendo protagonista da equipe e já desponta como um dos bons meias do campeonato. O blog entrevistou Scarpa sobre as chances do Flu e o crescimento da molecada, revelada em Xerém. Acompanhem.

Como vês a garotada tricolor com o suporte dos mais experientes? Fluminense pode pensar em algo maior?

“A gente pensa jogo após jogo. É difícil da gente planejar alguma coisa, até porque nosso time vem sofrendo com várias lesões, com o grupo jovem, mas eu fico feliz, porque independentemente da idade, a gente acaba se impondo contra o São Paulo, no Morumbi, que dificilmente algum time faz isso. Então, é um time novo com bastante personalidade e espero que a gente consiga ganhar mais jogos”.

A maturidade de vocês aumenta a cada partida para vocês ficarem entre os quatro primeiros?

“Sem dúvida, com o passar do tempo, desde que a gente não se acomode, a gente acaba pegando mais experiência, isso é natural, vem com o decorrer das partidas, mas eu já fico feliz com o que a equipe vem apresentando. Com certeza, ainda podemos melhorar”.

Fluminense está 11 pontos atrás do Corinthians. Dá para buscar?

“É difícil falar. A gente sabe da qualidade do Corinthians, as últimas vezes que eles venceram o Brasileiro, perderam pouquíssimas partidas, e quando eles embalam numa sequência de vitórias, é difícil parar. A gente tem que pensar primeiramente em ganhar os nossos jogos e depois torcer contra, algo do tipo”.

Você pode deixar o Fluminense na janela do meio do ano?

“A partir do momento que a gente entra em campo e demonstra um bom futebol, essa possibilidade existe. Mas é algo que a gente não procura se preocupar. É fruto do nosso trabalho, ser reconhecido pelo que a gente vem apresentando. Independentemente de quem saia ou fique, acho que tem que ser bom para o jogador e clube”.

O Fluminense é o oitavo colocado com 15 pontos em dez partidas. Aproveitamento de 50%. O time volta a campo na próxima segunda-feira contra a Chapecoense, no Rio de Janeiro.

 


Robinho quer Galo completo para buscar títulos e vê dificuldades para Ceni
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Alexandre Praetzel

Robinho é um dos jogadores mais técnicos do Brasil. Destaque do Atlético-MG, em 2016, o atacante admite que o time precisa melhorar para buscar algo maior, em 2017. Em entrevista exclusiva ao blog, Robinho avaliou o momento do Galo, Rogério Ceni, possível volta ao Santos e o sonho de disputar a Copa do Mundo da Rússia. Acompanhem abaixo:

O momento inicial do Atlético foi uma surpresa para vocês, começar tão embaixo no Brasileiro?

“Foi, para nós também. A gente tem um time que pode dar mais. Claro que a gente vem se empenhando, vem se doando bem e às vezes no futebol acontece isso, os resultados não estão acontecendo. A gente jogou bem contra o Atlético-PR, acabou tomando o gol no final. Contra o São Paulo, tomou um gol no comecinho do segundo tempo, não merecia o empate, merecia a vitória (ganhou por 2 a 1). A gente espera continuar jogando bem para as vitórias virem com mais tranquilidade”.

Completo, o Galo é favorito para ganhar títulos ou ainda é cedo para falar nisso?

“Olha, pela quantidade de pontos que nós perdemos, a gente tem que correr um pouco atrás. É difícil, mas com o elenco completo, a gente tem o objetivo e a obrigação de brigar lá em cima e é isso que a gente quer”.

A campanha do Corinthians surpreende pelo fato de ter 20 pontos em oito rodadas?

“Olha, o Corinthians, por sua tradição, sempre chega forte nos campeonatos. Claro que a imprensa, às vezes, analisa por cada jogador, por contratações, mas a gente sabe que é sempre difícil jogar contra o Corinthians, independentemente de quem esteja jogando”.

Qual a principal diferença do trabalho do Roger e do Marcelo Oliveira, no ano passado?

“Nosso time hoje, com todo o respeito eu não gosto de criticar o Marcelo, mas o nosso time é mais organizado. O Roger vem implantando uma filosofia que ele gosta que a gente faça. A cada jogo, vem se adaptando mais”.

A característica do time mostra mais chances em mata-matas do que pontos corridos?

“Eu acho que quando o nosso time está completo, o objetivo é brigar por todas as condições, não tem que priorizar nenhuma. Temos que tentar Copa do Brasil, Libertadores, nós temos elenco para isso. Dificulta um pouco com as ausências que nós temos, Gabriel, Marcos Rocha, Fred, quando a gente estiver completo, vamos brigar lá em cima”.

Achas que o Rogério Ceni dará certo como técnico?

“Olha, eu torço muito para que dê certo. Como goleiro, foi um goleiro excepcional, fiz alguns golzinhos nele (risos), eu torço para que ele dê certo, mas futebol é resultado. A cobrança no nosso país é muito grande. Um treinador perdeu duas, três partidas, ele está balançando. Então, desejo toda a sorte do mundo para ele, mas é difícil, tem uma caminhada longa pela frente”.

E o Santos, pensando num encerramento de carreira no clube?

“Eu estou muito feliz no Atlético. Penso aqui no momento, estou bem no Galo, mais para a frente a gente pensa nisso. O Santos é um clube que eu sempre terei um carinho muito grande, porque é o clube que durante muitos anos foi minha casa”.

Ainda acredita numa convocação para a Seleção, pela qualidade que tu tens?

Olha, sempre é um objetivo de qualquer jogador. Copa do Mundo é um título que eu não tenho. Se precisar de um jogador, um “veinho” aí que ama jogar pela Seleção, vou estar à disposição”.

Aos 33 anos, Robinho disputou 79 jogos e marcou 32 gols pelo Atlético-MG. No Brasileiro, o Galo está em 15º lugar com nove pontos em oito partidas, aproveitamento de 37,5%. O time enfrenta o Sport, nesta quarta-feira, no estádio Independência.


Elias confia na ascensão do Galo e acha que é destino não perder para o SP
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Alexandre Praetzel

O Atlético-MG conseguiu a primeira vitória fora de casa, no Brasileiro, e espantou um princípio de crise, com o mau início de competição. O time chegou apenas aos nove pontos em 24 disputados, com aproveitamento de 37,5%. Números bem distantes da capacidade técnica do elenco do Galo. O blog entrevistou o meia Elias, com exclusividade, a respeito das causas do baixo rendimento, a capacidade de reação do grupo e a “sina” de sempre conseguir bons resultados contra o São Paulo. Acompanhem.

Alguma causa principal para o início instável no Brasileiro?

“Acho que, se for analisar friamente, os jogos que a gente fez, não foram assim ruins, não foram para perder. Acho que apenas o do Vitória, a gente jogou muito abaixo, nível de competição foi muito abaixo daquilo que a gente apresentou contra o São Paulo. No Brasileiro, você não pode se dar ao luxo de jogar bem e não vencer. Tem que jogar bem e vencer. É um campeonato muito difícil, mas a gente espera recuperar. Que seja esse ponto de partida para que a gente possa recuperar os pontos perdidos. A gente sabe que pode fazer falta lá na frente, mas essa posição é muito incômoda e a gente sabe que, pela qualidade e pelo empenho que a gente tem nos treinamentos, não merece estar lá”.

O time do Atlético parece mais afeito a mata-matas do que pontos corridos?

“Eu acho que a gente vem sentindo bastante a sequência de jogos. A gente ficou um período no Campeonato Mineiro, jogando só de domingo a domingo e depois mudou drasticamente, jogando quarta e domingo, numa sequência de três a cinco semanas. Eu mesmo fiz 14 jogos seguidos. O Fábio Santos fez 16 e a gente acabou perdendo alguns jogadores principais no nosso time, caso do Fred, que fez falta neste domingo. Só que a gente tem um elenco forte. A gente sabe, com todo o respeito às equipes que a gente perdeu, Vitória e Atlético-PR, mesmo jogando com a equipe modificada, a gente sabia que tinha que vencer, que dava para vencer. Quem quer brigar por título, tem que ir fora e vencer, como a gente veio ao Morumbi e conseguimos uma grande vitória”.

Você não costuma perder para o São Paulo. Alguma explicação especial ou parece destino?

“Acho que é do destino. Igual eu falo, concentração e minha dedicação nos jogos, são sempre as mesmas, independentemente dos adversários. As vezes, um adversário menor, você perde um pouco de concentração, mas a gente tenta se dedicar o máximo. Sei lá, com o São Paulo é uma coisa especial, como o Pelé era com o Corinthians, e assim vai. Fico feliz que consigo ter muito mais vitórias que derrotas. Se não me engano, só perdi uma vez para o São Paulo, pela Libertadores. Espero que isso aí se mantenha até o final da minha carreira, que já começa a caminhar para o fim e espero continuar mantendo esse tabu, se é que eu posso dizer, contra o São Paulo”.

Ainda projetas convocações para a Seleção, um ano antes da Copa do Mundo?

“Sim, acho que conhecendo o Tite, sabendo da forma que ele trabalha, seu jogador que está sendo selecionado, esteja atuando em alto nível, esteja num nível de competição alto. Ele cobra isso nos treinamentos, nos jogos. As vezes, muita coisa pode acontecer. Falta um ano. A distância para a Copa do Mundo vai diminuindo as chances daqueles que estão fora das listas, têm que ser chamados. Então, espero continuar mantendo meu nível aqui e quem sabe, um dia possa voltar à Seleção e se manter até a Copa do Mundo”.

O Atlético-MG está na 15ª colocação. O time enfrenta o Sport, quarta-feira, em Belo Horizonte, e depois pega a Chapecoense, em Chapecó, domingo.


Corinthians 12 pontos à frente do Palmeiras. Quem diria? Dá para buscar?
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Alexandre Praetzel

Quem dissesse que o Corinthians abriria 12 pontos à frente do Palmeiras, nas sete primeiras rodadas do Brasileiro, seria chamado de louco, no início do ano. Afinal, o Palmeiras tinha montado um elenco forte em qualidade e quantidade, diante de um Corinthians rodeado de dúvidas sobre a escolha de Fábio Carille e a falta de grandes contratações.

Pois é, mas futebol não é uma ciência exata. Estamos na metade do ano e o Corinthians é campeão paulista e líder da Série A com 19 pontos em 21 disputados contra sete do Palmeiras. O primeiro colocado com 90,5% de aproveitamento e o Palmeiras na 15ª posição com 33,3%. Uma diferença marcada pelo trabalho, sem dúvida.

Enquanto o Corinthians definiu um padrão de jogo e atuou dentro das suas limitações técnicas e financeiras, o Palmeiras abriu o ano com Eduardo Baptista criticado diariamente e muitas notícias de bastidores, como insatisfações de atletas e intermináveis busca por reforços, mesmo com o vestiário lotado. Os resultados de campo falaram mais alto. O Corinthians já conquistou o título mais ao seu alcance e ganhou confiança para voos maiores. O Palmeiras mudou o treinador e segue sem uma formação principal definida, com mais gente desembarcando em meio aos torneios.

O torcedor palmeirense mantém a esperança com a presença da equipe nos mata-matas da Libertadores e Copa do Brasil e com a lembrança do mau início de Cuca, em 2016, batendo campeão brasileiro, em dezembro. As atuações não empolgam.

O torcedor corintiano tira onda com a liderança isolada e soltará rojões com uma vaga na Libertadores, em 2018, já contente com uma faixa no peito e uma taça no armário, depois de uma expectativa bem diminuída, em janeiro. Agora, o time está empolgando, mas muitos apostam na perda do fôlego, numa competição longa.

De qualquer maneira, não será fácil o Palmeiras tirar 12 pontos do Corinthians, ainda com 93 pontos a disputar. Claro que é possível, mas hoje nada indica esta possibilidade. A conferir.