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Victor Luís deixa futuro indefinido entre Palmeiras e Botafogo
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras pode ter o retorno do lateral Victor Luís, em 2018. O jogador tem apresentado bom desempenho pelo Botafogo, emprestado até dezembro, mas tem contrato com o Verdão até o fim de 2019. Em entrevista exclusiva ao blog, o jogador deixou o futuro aberto, esperando o entendimento entre os dois clubes. No Botafogo, Victor é titular. Confira a seguir.
Qual a razão para teres virado destaque do Botafogo, na lateral-esquerda?
Acho que o grande segredo de tudo foi o ambiente. Me deixou com a cabeça leve. A evolução veio também com a sequência que eu tive. Como jogador, atuando contra grandes times. Foi o amadurecimento do dia a dia, esse foi o grande segredo.
Como defines Jair Ventura? Ele é o grande técnico do futuro no Brasil?
Com certeza. É um cara que tem a mente muito nova, colocando o que ele conhece sobre futebol. Estudado, amigo dos jogadores, tem o grupo na mão. É o técnico do futuro do Brasil.
O que faltou para o Botafogo ganhar um grande título em 2017?
Acho que nós fizemos o que poderíamos como jogadores e com todo o staff. Nós estamos dando o melhor, não pensamos em priorizar só um campeonato, mas sempre procuramos dar o máximo em todos os campeonatos. Não largamos o Brasileiro e ainda temos oportunidade de brigar em cima. Focamos sempre em dar o melhor. Nós precisamos disso, mas estamos na briga e isso nos deixa feliz.
Qual tua ideia sobre 2018? Ficas no Botafogo ou voltas para o Palmeiras?
Essa pergunta sempre respondo da mesma maneira. Não sei o que pode acontecer porque o Botafogo tem a opção de compra. Então fica entre as duas partes. O jogador é o que menos tem o poder. Tem a relação entre os clubes e será decidido entre eles, para definir meu futuro. Deixei na mão deles porque tenho certeza que estarei num grande clube, independentemente do lugar.
Pode acontecer uma troca entre os dois clubes: você e Gatito?
Sinceramente, não sei. Desconheço. Até mim não chegou nada de uma possível troca. Está na mão dos dois clubes. Realmente não chegou nada a mim sobre isso.
Faltou paciência do Palmeiras para você ser titular do time?
Olha, acho que eu não era totalmente maduro ainda. Além de ser um mau momento de 2014, nós da base, João Pedro, Renato e Nathan, não escolhemos momento para subirmos. Na medida do possível, por ter acabado de subir e ter assumido a responsabilidade de ter jogado partidas importantes e manter o Palmeiras na Série A, nos colocou no cenário e trouxe amadurecimento, mas foi um pouco difícil estar jogando naquela situação. Em 2015, vi que não teria muitas oportunidades, preferi ser emprestado para ganhar experiência em outro clube. Fui para o Ceará e cresci como jogador e homem. Foi assim em 2016 e 2017. Me sinto bem melhor como jogador e pessoa e aprendi muito.
O que será decisivo para você definir teu futuro, por favor?
Acho que não tem porque ter pressa. São dois grandes clubes, não falo isso para fazer média. Realmente, deixei nas mãos dos clubes, mas quero ter a oportunidade de estar atuando e jogando. A realidade é essa, é o que eu realmente sinto,  independentemente onde for. Tenho a tranquilidade de trabalhar num lugar excelente.

Botafogo voltou a ter um pensamento grande e o respeito de todos os adversários?

Acho que esse crescimento que tivemos, as pessoas voltaram a respeitar mais o Botafogo. Isso foi mostrado e conquistado com dedicação, trabalho, respeito da diretoria e staff de todo o Botafogo. Fazendo nossa parte, conquistamos o respeito a partir do trabalho de todos no clube.

Aos 24 anos, Victor Luís já fez 76 jogos e dois gols pelo Botafogo, nas duas últimas temporadas. Em 2015, emprestado ao Ceará, disputou 27 partidas e marcou três gols.

Ontem, o Botafogo empatou com o Avaí, em Florianópolis. Tem 44 pontos, na sexta colocação do Campeonato Brasileiro. Segunda-feira, recebe o Corinthians, no estádio Nilton Santos.


Gatito sobre pênaltis: “Quando batem, o mundo para dois segundos para mim”
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Alexandre Praetzel

Roberto “Gatito” Fernández vem se destacando como titular do Botafogo, desde o início do ano. O goleiro paraguaio chama a atenção pela regularidade e por ser um “pegador” de pênaltis. Filho de “Gato” Fernández, ex-Inter e Palmeiras, disputa a posição com Jefferson, elogiado e considerado uma referência por Gatito. O blog conversou com Gatito, antes de se apresentar à Seleção do Paraguai, com chances de se classificar para a Copa do Mundo da Rússia. Acompanhem a seguir.

Deves permanecer no Botafogo em 2018?

Tenho contrato com o Botafogo até o final de 2018. Qualquer negociação ou proposta será analisada após o fim da temporada que estamos. O foco é total nesta reta final de Campeonato Brasileiro.

Palmeiras te procurou para ser reforço ano que vem?

Não tivemos conversas com o Palmeiras.

Como vês a concorrência com Jefferson pela posição?

Antes de mais nada, é um privilégio treinar e conviver todos os dias com Jefferson. Ele é uma referência no Brasil. Sempre vi a concorrência com ele como um grande desafio pessoal. Tenho que estar cada vez melhor e continuar tendo a oportunidade de jogar pelo Botafogo. Está sendo um ano maravilhoso e esta disputa saudável com o Jefferson só me fez evoluir ainda mais na carreira.

Qual a importância do treinador de goleiros hoje?

O Flávio Tênius faz um trabalho fantástico. A importância é enorme, pois o método de treinamento dele é bem atualizado, sua visão de futebol é moderna e o dia a dia com os goleiros é de muito trabalho, respeito e dedicação.

Botafogo tinha time para ganhar um grande título?

Por pouco, não avançamos ainda mais na Libertadores. Era nossa obsessão, mas não deu. Queremos coroar essa boa temporada com a conquista de uma vaga na Libertadores para o ano que vem. O Botafogo e esse grupo merecem.

Jair Ventura é o diferencial do clube hoje?

Jair entende os atletas, usa a meritocracia e tem uma visão tática excelente. É novo e tem muito a contribuir para o futebol brasileiro. Esse vai longe.

Como consegues ser tão pegador de pênaltis?

Treinamento e concentração. Quando o adversário corre para bater, o mundo para e se silencia por dois segundos para mim.

Qual a referência do teu pai, ex-goleiro? O que ele te diz?

Meu pai é minha referência e meu orgulho. Conversamos hoje até menos do que antes sobre futebol. Mas a agilidade que ele tinha, eu procuro me espelhar. Procuro ouvir seus conselhos e ter todo o tempo que puder no clube para aproveitar a estrutura que temos. Academia, aparelhos de recuperação, fisioterapia. Com os profissionais que temos, fica ainda melhor.

A situação do Roger afetou o desempenho do grupo?

O desempenho não pode ser alterado, pelo contrário. Temos que buscar essa vaga e ele estará de volta na pré-temporada. Sabemos que obter a classificação será uma homenagem ao Roger e um prêmio pela dedicação de todos neste ano.

Gatito está com 29 anos. Chegou ao futebol brasileiro, para atuar no Vitória, em 2014. Disputou 43 partidas pelo clube baiano. Depois, foi para o Figueirense, onde atuou 49 vezes. No Botafogo, já fez 46 jogos.

 


Empresário de Roger prevê retorno em 50 dias. Botafogo tem prioridade
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Alexandre Praetzel

O atacante Roger deve estar de volta ao futebol, até o final do ano. O goleador do Botafogo foi diagnosticado com um tumor renal e passará por cirurgia, nos próximos dias. O blog conversou com o empresário de Roger, Marquinhos Neves. Ele se mostrou bastante confiante num retorno aos trabalhos físicos, antes do final do ano. Confira o bate-papo.

Como vocês receberam a notícia?

Pegou todo mundo de surpresa. Roger está no melhor momento da carreira, vai se recuperar e se Deus quiser, vai dar tudo certo. Agora é pensar na saúde.

Existe uma ideia de quando Roger poderá retornar ao trabalho?

A gente ouviu três profissionais e vamos ouvir mais um, em São Paulo. Todos estão dizendo a mesma coisa. Num prazo de 40 ou 50 dias, ele estará pronto para treinar e correr. O tumor é bem superficial, não atingiu o órgão e haverá uma raspagem para não haver nenhuma seqüela. Os médicos deixaram claro que Roger não corre risco de morte.

Como fica o futuro profissional de Roger? 

Ele tem contrato com o Botafogo até 31 de dezembro. Tenho uma conversa com a diretoria, nesta quarta-feira. Estamos priorizando a saúde. Vai depender muito do que o Botafogo está pensando. Outros clubes já nos procuraram, mas queremos ouvir primeiro o Botafogo.

Roger chegou ao Botafogo, em janeiro. Disputou 48 jogos e marcou 17 gols. Está com 32 anos.


Botafogo exerce opção e contrata lateral em definitivo
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Alexandre Praetzel

O Botafogo já pensa no planejamento para 2018. A diretoria exerceu a opção de compra e fechou com o lateral-direito Arnaldo. O clube carioca pagou R$ 300 mil por 50% dos direitos econômicos ao Penapolense-SP. Arnaldo foi titular do Ituano em 26 partidas no Campeonato Paulista e chegou ao Botafogo, após a disputa estadual.

Arnaldo está com 25 anos e fez 21 jogos pelo Botafogo, sem nenhum gol marcado. O novo contrato terá validade de dois anos.

“Me sinto bem no Botafogo. Me acolheu de uma certa forma que eu não esperava, tão rápido. Me sinto em casa. Não há porque eu sair do clube”, afirmou.

Arnaldo vai disputar posição com Luiz Ricardo. “Ninguém é absoluto. O Jair está optando por mim agora e tenho que fazer valer essa opção. O Luiz Ricardo é um grande companheiro”, ressaltou.

Arnaldo comemora também o fato de trabalhar com Jair Ventura. “É um cara espetacular. Desde o ano passado, vem fazendo um grande trabalho, Tem grande caráter. Com ele, sempre quem está melhor, joga. Para um grupo, isso é essencial para todos se ajudarem dentro de campo”, concluiu.

O Botafogo está em sexto lugar no Brasileiro com 40 pontos em 25 confrontos.


Santos pode ganhar Brasileiro e Libertadores, mas não quer tentar
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Alexandre Praetzel

O Santos enfrenta o Botafogo, neste sábado, com apenas um titular em campo. Levir Culpi vai poupar jogadores e três desfalques por suspensão. Tudo bem que o Santos tem um jogo decisivo, quarta-feira, e o retorno de Guayaquil foi desgastante. Mas será que Zeca, Alison, Copete e Bruno Henrique não poderiam ser escalados?

O Campeonato Brasileiro também é importante. O Santos derrotou o Corinthians com autoridade e diminuiu a diferença para nove pontos. Se ganhar no Engenhão, baixa a desvantagem para seis e coloca pressão no Corinthians contra o Vasco, amanhã.

O Santos terá Vanderlei; Daniel Guedes, Luiz Felipe, Noguera e Orinho; Leandro Donizete, Léo Citadini e Jean Mota; Thiago Ribeiro, Kayke e Hernandez. Claro que o Santos pode vencer os reservas do Botafogo, mas obviamente teria mais condições com uma formação mais reforçada.

Não entendo e nunca entenderei esse planejamento. O Brasileiro não pode ficar em segundo plano. Em 2015, o Santos fez a mesma coisa, perdeu a Copa do Brasil para o Palmeiras e a vaga na Libertadores da América, em 2016. Os dirigentes vão cometer o mesmo erro. O Santos pode levar as duas competições ao mesmo tempo. Pode mesclar a equipe, quando entender necessário, mas descaracterizá-la tanto, é difícil de aceitar.

O Cruzeiro de 2003 sempre será minha referência. Ganhou a tríplice coroa com Mineiro, Copa do Brasil e Brasileiro, com 24 participantes e oito jogos a mais, na primeira disputa de pontos corridos. Se isso foi possível há 14 anos, por que não agora?


Por uma final inédita da Copa do Brasil, com a presença do Botafogo
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Alexandre Praetzel

Nesta quarta-feira, vamos conhecer os finalistas de mais uma Copa do Brasil. Torneio que começou em 1989, sem muito interesse dos participantes, e ganhou importância, quando os clubes se deram conta de que além de um título, era um caminho mais rápido para a Libertadores da América. No início, só campeões e vice-campeões estaduais participavam. Depois, a CBF abriu aos times do ranking nacional, com o crescimento da competição. Grêmio tem cinco títulos, Cruzeiro tem quatro e o Flamengo, três.

Por isso, quero ver o Botafogo na decisão. Seria uma final inédita, contra Grêmio ou Cruzeiro. Nada contra o Flamengo, mas o Botafogo está merecendo uma conquista importante. O presidente Carlos Eduardo Pereira reconstruiu o clube, mesmo que ainda tenha uma situação financeira difícil. E o técnico Jair Ventura montou uma equipe sólida, sem brilhantismo, mas com um comprometimento de dar inveja a grandes esquadrões.

Conversei com o atacante Roger, após o jogo diante do Santos, no início do Brasileiro. Ele me disse que a maior dificuldade era o tamanho do elenco para a quantidade de partidas. Mesmo assim, deixou claro que sempre seria complicado bater o Botafogo, pela entrega e união de todos. E isso é cada vez mais claro. Não sei se o Botafogo ganhará a Copa do Brasil ou a Libertadores, mas não via um grupo ter tantos torcedores fora do Rio de Janeiro, como agora.

Gatito Fernandes; Luis Ricardo, Marcelo (Emerson Silva), Igor Rabello e Gilson; Rodrigo Lindoso, Matheus Fernandes, Bruno Silva e João Paulo; Guilherme e Roger. Quem diria que estes jogadores levariam o Botafogo a grandes momentos, em 2017? Pouca gente. Por isso, é preciso registrar o trabalho de Jair Ventura e comissão técnica, com a o apoio incondicional dos atletas.

Assim, me associo aos 10% dos torcedores presentes ao Maracanã e torço para que o símbolo mais bonito do futebol mundial esteja presente na final. Tudo por uma decisão inédita. Nada contra o Flamengo, mas seria bom o renascimento do Botafogo, em nível nacional e internacional. Afinal, o Mengão já ganhou três vezes.

Que seja um ótimo jogo para todo mundo. Mas que passe o Botafogo.

 


Ex-atacante do Palmeiras pode reforçar o Botafogo
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Alexandre Praetzel

O Botafogo busca um atacante no mercado. O alvo é Cristaldo, ex-Palmeiras e hoje no Monterrey do México. O blog apurou que Cristaldo revelou a ex-companheiros de Palmeiras, que pode reforçar o time carioca.

Cristaldo está com 28 anos e chegou ao Palmeiras , em 2014, vindo do Metalist da Ucrânia, por indicação do técnico Ricardo Gareca. O ex-presidente Paulo Nobre bancou sua contratação, na ocasião. No Verdão, Cristaldo disputou 73 jogos e marcou 18 gols. Ganhou o apoio da torcida por sua disposição e comprometimento nos jogos. Foi campeão da Copa do Brasil, em 2015.

Em 2016, foi negociado com o Cruz Azul do México. Fez 15 partidas com cinco gols anotados. Depois, foi emprestado ao Monterrey, onde atuou por seis jogos com um gol marcado.

O argentino pode vir por empréstimo de um ano, já com a possibilidade de jogar a segunda partida contra o Nacional-URU, pela Libertadores da América, caso a negociação se concretize.


Gostaria de ver o Botafogo campeão com o renascimento do clube
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Alexandre Praetzel

Chegamos a nove rodadas do Brasileiro com Corinthians e Grêmio como destaques. Sem dúvida, os dois times merecem aplausos pelos desempenhos e farão o grande jogo do fim de semana. No entanto, gostaria de chamar a atenção para o Botafogo. Adoro o Botafogo e sua Estrela Solitária, o símbolo mais bonito do futebol mundial.

O Botafogo disputou a Série B, em 2015, com um clube destruído financeiramente e sem elenco, praticamente. Começou do zero com uma gestão comprometida e profissional do presidente Carlos Eduardo Ferreira. Montou um time barato, mas com nomes promissores e encorpou para o retorno à Série A, subindo sem sustos.

Em 2016, foi cotadíssimo para repetir a queda, mas manteve os pés no chão e silenciou opinião pública e parte da imprensa, com uma campanha valorosa e consolidada, chegando à Libertadores da América e apresentando Jair Ventura como um treinador competente. Abriu 2017 eliminando Colo-Colo e Olímpia e terminando em primeiro lugar no seu grupo dificílimo da primeira fase, com a presença do Nacional de Medellín. Também está nas quartas-de-final da Copa do Brasil diante do Atlético-MG.

Claro que ainda não ganhou nada e poderá não ganhar. Mas com cotas bem mais baixas que os adversários e receitas inferiores de patrocínio, o Botafogo aposta em gestão. E tem dado certo, ainda que existam muitas dificuldades financeiras. É quarto colocado do Brasileiro com 15 pontos e 55,6% de aproveitamento com um elenco reduzido. Mérito da comissão técnica, jogadores e diretoria.

Hoje, Arnaldo, Victor Luiz, Bruno Silva, Camilo, Roger e Rodrigo Pimpão passaram de “rodados” a nomes cobiçados no mercado brasileiro. E ainda tem Montillo e uma safra de jovens interessante. Olha, não torço para time nenhum, mas o Botafogo merece meu respeito e minha admiração. Eu gostaria de ver o Botafogo campeão em 2017. Seria o resgaste definitivo de um grande clube com uma história interminável.


Montillo pensa em título para o Botafogo e elogia Sampaoli na Argentina
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Alexandre Praetzel

O Botafogo está em três frentes, nesta temporada, buscando uma conquista maior. O time tem vagas nas oitavas-de-final da Libertadores da América e quartas-de-final da Copa do Brasil. No Campeonato Brasileiro, ocupa a 12ª colocação com oito pontos em seis jogos, com duas vitórias, dois empates e duas derrotas. O blog entrevistou o meia argentino Walter Montillo sobre as pretensões do grupo, as chances de ganhar um grande título e a chegada de Jorge Sampaoli à Seleção do seu país. Confira.

Botafogo tem condições de ganhar um grande título, neste ano?

“A gente sempre tem que pensar em coisas grandes. Conseguimos coisas importantes para o clube, até o momento. Sabemos que somos um grupo que está sofrendo várias lesões, um pouco complicadas, porque as vezes não tem previsão de volta e temos uma garotada que está subindo, que a gente tem que tentar levar aos poucos. A responsabilidade tem que ser dos mais velhos do grupo para depois jogar com tranquilidade”.

Botafogo deve priorizar alguma competição ou não existe isso?

“Neste momento, a gente não pode priorizar nada porque estamos no meio de todos os torneios e a gente tem que se focar no Brasileiro também. Perdemos pontos importantes e precisamos recuperar. Não podemos priorizar. A gente tem que ir jogo a jogo, pensando em ganhar, como a gente sempre tenta fazer e depois mais na frente a gente vai ver, quando chegam os momentos da Libertadores, Copa do Brasil, aí o treinador vai escolher. Mas, pelo momento, a gente tem muitos jogadores machucados e todo mundo está tendo a oportunidade de jogar e temos que continuar, trabalhando bem”.

Como defines teu retorno ao Brasil? Estás satisfeito, mesmo com o calendário desgastante?

“Fiquei quase dois meses machucado. Eu não queria isso, nunca passei por uma situação assim, mas sempre trabalhando para dar o melhor. Semana passada, foi o primeiro jogo, depois de tanto tempo. As vezes, fica com um pouco de medo de acontecer algumas coisas, mas graças a Deus me senti bem e acho que com a sequência de jogos, vou me sentir melhor”.

Jorge Sampaoli foi uma boa escolha para comandar a Argentina?

“Tomara que ele consiga fazer o que fez nos clubes onde ele passou. É um treinador muito experiente, que todo mundo queria ter. Então, hoje foi uma boa escolha. Tomara que ele consiga classificar a Argentina para o Mundial”.

Montillo foi contratado como o grande nome do Botafogo, para este ano. Disputou 13 jogos, com 839 minutos em campo e nenhum gol marcado. O Botafogo enfrenta o Vitória, nesta quarta-feira, em Salvador.

Na Copa do Brasil, a equipe enfrenta o Atlético-MG, em duas partidas, nas quartas-de-final. Na Libertadores da América, o Botafogo terminou em primeiro lugar no seu grupo e aguarda o adversário das oitavas-de-final.


Jair Ventura elogia trabalho do Botafogo e evita falar em 2017
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Alexandre Praetzel

O Botafogo começou o Brasileiro como um dos candidatos ao rebaixamento, segundo grande parte da imprensa esportiva. Problemas financeiros, mau início do torneio e um grupo modesto de jogadores indicavam uma situação difícil para o time. No entanto, o Botafogo se tornou a grande surpresa da competição. Começou uma recuperação com Ricardo Gomes e deslanchou com Jair Ventura, após a ida de Ricardo para o São Paulo. Nesta entrevista exclusiva ao blog, Jair fala da reação alvi-negra, do trabalho da diretoria e da importância do pai Jairzinho, o eterno “Furacão da Copa de 70”. Aos 37 anos, Jair pode levar o Botafogo à Libertadores da América, em 2017. Acompanhem.

Campanha do Botafogo, após problemas e desconfianças

“Estávamos incomodados com a posição do Botafogo na tabela. Nenhum profissional quer ser marcado na carreira por um rebaixamento. Então, começamos a trabalhar cada vez mais, já que não estávamos fazendo o suficiente para sair do rebaixamento. Começamos a fazer algumas coisas diferentes com mais empenho, mais trabalho, mais dedicação, cada um na sua área, e com muito sacrifício, entrega nos treinos e jogos, conseguimos dar esse passo, sempre pensando jogo a jogo. Alcançamos a pontuação para escapar do rebaixamento e estamos em busca de algo melhor na competição”.

Modelo de jogo e trabalho

“Depende do que você tem em mãos para usar. Minha filosofia e esquema de jogo têm que se adequar ao meu elenco. Não posso ter um sistema pré-definido se eu não tenho jogadores com aquelas características. Toda filosofia, metodologia e aplicação têm que ser mutável de acordo com seu elenco. Cabe ao treinador tirar de cada jogador o que eles têm de melhor e automaticamente buscar os bons resultados. Tem que se adequar com a característica dos seus jogadores. Todo treinador tem sua ideia, mas se o seu elenco não tiver as características, você tem que pensar algo diferente”.

Mereces ser o técnico em 2017

“Como já falei anteriormente, trabalho com metas. Alcançamos a primeira, que era livrar o Botafogo da zona de rebaixamento. Agora, passou a ser levar o time o mais alto possível na tabela. Ainda não conversei com a diretoria sobre o ano que vem. Estou preocupado com o próximo jogo. Vamos ver no final do ano como é que vai ficar a minha situação”.

Participação do pai na carreira

“O meu pai não tem participação na minha carreira, ele tem participação na minha vida. Um grande ídolo, um cara que admiro bastante, não só como jogador, mas como pessoa, de um caráter fantástico, íntegro, um cara que preza muito pela verdade, um grande exemplo para mim. Me deu educação, sempre me cobrou muito, é um cara competitivo, herdei isso dele. Fico feliz em ser filho de um grande ídolo, ele é uma grande inspiração. Só vejo coisas boas nisso. Ele é meu grande ídolo”.

Futuro imediato do Botafogo, apesar das dificuldades

“O futuro do Botafogo é bem promissor. O trabalho do presidente Carlos Eduardo Pereira e toda a diretoria. Pegaram o Botafogo numa situação muito difícil, financeiramente. E hoje, o Botafogo está voltando aos trilhos, graças ao trabalho do presidente e diretoria. Estão pagando em dia, cumprindo com todas as obrigações, premiações de jogadores. Isso ajuda muito no mercado para estarmos cada vez mais fortes, com novos patrocínios, na captação de atletas. Só tenho a parabenizar o presidente e toda a diretoria por estarem conseguindo organizar toda a parte extra-campo, o que dá tranquilidade para a gente dentro do campo. Isso é benéfico para todos”.

Jovens treinadores no mercado

“Tem espaço para todo mundo. Acho que não tem que ser só com treinadores jovens e nem só com medalhões. Tem espaço para todos. Não é porque o treinador é jovem, que ele não é preparado, e não é por ser experiente que ele está desatualizado. Trabalhei com treinadores com uma idade mais avançada e que estão super atualizados, que buscam coisas novas, saber o que tem de moderno. E tem jovens que não estudam tanto. Não podemos rotular. Temos jovens treinadores preparados e outros que ainda não estão. Assim como temos experientes atualizados e outros, nem tanto. Tem espaço para todo mundo, desde que estejam sempre buscando o melhor”.

Botafogo vai à Libertadores da América

“Nosso objetivo inicial foi alcançado, que era chegar a pontuação para nos livrar do rebaixamento. Agora, vamos pensar jogo a jogo para tentar levar o Botafogo o mais alto possível na tabela. No fim do campeonato, vamos ver o que nos espera”.

O Botafogo tem 47 pontos e hoje estaria classificado para a pré-Libertadores, em 2017. O time pega o Atlético-MG, neste domingo, na Arena Botafogo.