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Roberto Natel explica saída do SP e diz que está pronto para ser candidato
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Alexandre Praetzel

Roberto Natel deixou a vice-presidência do São Paulo. Braço direito do presidente Carlos Augusto Barros e Silva, Natel contou ao blog, as razões para deixar o cargo, em entrevista exclusiva. Leia abaixo.

Motivo da saída

''Porque o que eu quero para o São Paulo é uma mudança efetiva, profissionalização e inovação''.

Candidatura à presidência

''Não posso dizer que sou candidato. Esta decisão é de um grupo, mas se for desejo da maioria, estou pronto''.

Política destruindo a imagem do clube

''Não diria que é só a política que está causando isso. Uma série de fatores, aliada a toda essa exposição, é que prejudica a imagem do São Paulo FC''.

Marco Aurélio Cunha no futebol

''Sim, um grande profissional da área. Sempre prestou excelentes serviços quando esteve no São Paulo''.

Ricardo Gomes como técnico

''Na atual circunstância, não cabe uma discussão a este respeito. O momento é de apoio para afastarmos o fantasma da segunda divisão''.

Roberto Natel é sobrinho de Laudo Natel, patrono do São Paulo e um dos grandes nomes da história tricolor.

 


Diretor do Corinthians quer gestão responsável e sem loucuras em 2017
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Alexandre Praetzel

O Corinthians já começou o planejamento para 2017. O atacante Luidy do CRB-AL é o primeiro reforço. O diretor de futebol, Eduardo Ferreira, conversou com o blog, em entrevista exclusiva. Leia abaixo.

Idéia de elenco para 2017 e alguma posição fundamental

''Estamos começando um trabalho de análise do que temos e do que precisaremos para 2017. Uma coisa é certa. Seremos competitivos''.

Corinthians será vendedor em 2017 como foi em 2016

''Isso é o mercado que vai ditar. Se vierem com um caminhão de dinheiro e oferecerem ao jogador, infelizmente nenhum clube no futebol brasileiro consegue segurar o atleta. Aqui, trabalhamos muito e a administração sempre terá a responsabilidade com o futuro do Corinthians. Ninguém fará loucuras para simplesmente satisfazer o ego e trazer jogadores e arruinar as finanças do clube. Vamos buscar o que for necessário para o time, com muita responsabilidade''.

Atacante Sassá do Botafogo está encaminhado

''Como te disse, estamos iniciando o trabalho para 2017. Só após apurarmos as necessidades, vamos definir os nomes. Estamos focados em promessas e jogadores com experiência''.

Corinthians terá recursos para grandes nomes

''O mais importante é ter responsabilidade e acima de tudo trabalhar com eficiência para buscar os nomes certos e montar um time que represente as tradições do Corinthians''.

Utilização dos jogadores da base

''Nos últimos anos, a base do Corinthians tem demonstrado que também pode contribuir para a formação de um grupo de jogadores no clube. Temos o dever de zelar, com todo o cuidado, para que o jogador da base chegue e permaneça, para que possa ter um futuro conosco. Nesses últimos dois anos, estamos muito focados neste trabalho. É só ver a quantidade de meninos que desde o ano passado, jogam, ficam no banco e treinam conosco no dia-a-dia''.

Novo técnico será um nome afirmado ou um jovem em ascensão

''Estamos focados no Brasileiro e Copa do Brasil com nosso treinador Fábio Carille''.

Em 2016, o Corinthians vendeu bastante e contratou também. No entanto, nenhum dos reforços ainda virou unanimidade positiva para a torcida. No Campeonato Brasileiro, o Corinthians é 7º colocado com 41 pontos. Na Copa do Brasil, disputa uma vaga nas semifinais contra o Cruzeiro, após vencer o primeiro jogo por 2 a 1, em São Paulo.


Jairzinho defende o trabalho do filho no Botafogo e evita falar de Ronaldo
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Alexandre Praetzel

Jairzinho, o Furacão da Copa de 1970, com gols marcados em todos os jogos do Mundial, é pai de Jair Ventura, técnico do Botafogo. Aos 71 anos, o ex-craque botafoguense e cruzeirense, defendeu o trabalho do filho à frente do clube carioca, em entrevista ao blog. Jairzinho também descobriu Ronaldo Fenômeno, em 1993, no São Cristóvão do Rio de Janeiro, mas nunca teve o reconhecimento merecido pelo ex-jogador, hoje empresário. Acompanhem abaixo.

Trabalho do filho no Botafogo

''Eu sou treinador também. Eu sou duvidoso de poder dizer que o Jair está fazendo um excelente trabalho à frente da equipe principal do Botafogo. Se você fizer um retrospecto dos anos, Jair está há sete anos no Botafogo. Começou nas divisões de Base, juvenil, juniores, ganhou títulos dentro do Brasil, fora do Brasil. Teve experiências na Seleção Brasileira Sub-17, Sub-20. Foi aguardando com muita tranquilidade o momento exclusivo. Ele tem a experiência de sete treinadores anteriores, inclusive Ricardo Gomes, que foi agora o mais recente que ele trabalhou junto. Então, ele está aplicando a filosofia que ele acha que é correta. Eu apenas estou batendo palmas. Eu não estou interferindo em nada. Só disse para ele. Seja você na hora da derrota e seja você na hora da vitória. Só que ele nesse exato momento está num crescente de vitórias e que eu espero que ele possa de fato ajudar o Botafogo a continuar na primeira divisão porque ganhar títulos é impossível''.

Botafogo dará seguimento ao trabalho

''Olha só meu amigo. O futebol é muito complexo porque hoje você pode estar sendo aplaudido igual ele foi aplaudido nestes últimos três jogos, até perdendo ele foi aplaudido. Há muitos anos que eu não vejo a torcida botafoguense estar tão entusiasta como está agora com o comando do Jair. Então, vamos torcer que exista ali a boa vontade da direção do Botafogo e que possa dar a ele a oportunidade para mais um período à frente da equipe principal''.

Futebol brasileiro hoje

''Bom, os dois pontos mais importantes do futebol chamam-se a qualidade com técnica e o Brasil está muito carente em termos de qualidade. Hoje, tem um ponto que é muito importante, que sempre foi uma referência, que é o número dez. Quem é o número dez do Brasil? Eu não consigo vê-lo. Então, isso é a maior preocupação. Mas ainda há tempo, vamos esperar que o Tite possa dar a nós o que nós desejamos, que é a classificação, para que o Brasil continue sendo a única seleção a nunca ter faltado a nenhuma Copa do Mundo e que nessa transformação e renovação que ele está fazendo, possam surgir verdadeiramente jogadores de alto nível''.

Mágoa com Ronaldo Fenômeno

''Eu prefiro não falar sobre isso. Eu só desejo que ele tenha muita sorte''.

 

 

 


Luizão vê erro de planejamento no São Paulo e defende Ricardo Gomes
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Alexandre Praetzel

O ex-atacante Luizão, campeão da Libertadores da América pelo São Paulo e hoje empresário de Carlinhos e João Schimit, conversou com o blog sobre o momento delicado do clube, dentro e fora de campo. Acompanhem a entrevista.

Momento do São Paulo

''Olha, acho que isso é um reflexo do ano né. O ano não foi bem programado, essas brigas de diretoria, mudança de treinador, jogadores que ainda não se encaixaram na equipe do São Paulo. Acho que o São Paulo, com todo o carinho e respeito que eu tenho, precisa que acabe o ano logo para começar o ano novo de 2017''.

Queda da imagem do clube

''Eu acho que as administrações anteriores vêm de um passado. O São Paulo sempre foi um clube de respeito, não tinha confusão, não tinha nada, sempre foi um clube modelo. A gente vê o São Paulo passando uns momentos conturbados. Então, é o reflexo disso tudo''.

Risco de rebaixamento

''Correr, corre. Está próximo ali né, mas tem equipe para sair desta situação''.

Ricardo Gomes

''Olha, o Ricardo chegou e pegou uma bomba. É difícil cobrar o treinador. Treinador você tem que cobrar quando ele pega um time desde o começo, começa um ano com os jogadores que ele quer, que ele pode escalar, que pede para contratar. Então, é difícil dizer algo sobre o Ricardo, neste momento'',

Marco Aurélio Cunha

''Ele não joga, mas ajuda né. Ajuda muito. O Marco foi meu diretor quando eu tinha 15, 16 anos de idade. Então, tenho um carinho muito grande por ele e espero que ele continue no São Paulo para trazer esta honra de campeão novamente''.

Carlinhos e João Schimit

''Carlinhos tem mais um ano de contrato. Esse ano e mais outro ano. O João tem contrato até o meio do ano que vem. A tendência é que a gente sente e tente se acertar''.

O São Paulo está na 12ª colocação do Brasileiro com 34 pontos, quatro à frente do Cruzeiro, 17º colocado. O tricolor recebe o Flamengo, neste sábado, no Morumbi.


Meia Douglas prevê equilíbrio contra o Palmeiras e lamenta saída de Roger
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Alexandre Praetzel

Aos 34 anos, o meia Douglas é titular do Grêmio para enfrentar o Palmeiras, nas quartas-de-final da Copa do Brasil. Em entrevista exclusiva ao blog, Douglas falou sobre a mudança no comando técnico tricolor, o jejum de títulos nacionais e a possibilidade de encerrar a carreira no clube. Acompanhem abaixo.

Saída de Roger Machado e chegada de Renato Portaluppi, ex-jogadores no comando

''O importante é o trabalho ser bem feito, seja ex-jogador ou não. O Roger também é um ex-jogador e provou que é um grande treinador. Se as coisas não estavam indo bem, a culpa também era nossa, dos jogadores. Ele é uma grande pessoa e ficamos bem tristes pela sua saída. O Renato foi um grande jogador, é um ídolo do futebol brasileiro e também tem identificação com o clube, assim como o Roger. Com certeza, irá trabalhar com seriedade para ajudar o Grêmio a ir em busca dos objetivos''.

Confrontos com o Palmeiras, time por time

''Grêmio e Palmeiras se equivalem. São dois clubes gigantes e com muita tradição na Copa do Brasil. Ao lado do Cruzeiro, o Grêmio é o time com mais títulos da competição e eles vêm logo atrás com três. Neste ano, a gente jogou duas vezes contra eles e as partidas foram bem equilibradas(3×4 e 0x0). O Palmeiras é o atual campeão e será um duelo extremamente difícil. Acredito que teremos dois jogos muito equilibrados e a vaga será decidida nos detalhes''.

Grêmio sem títulos nacionais desde 2001

''O Grêmio é um dos clubes mais tradicionais do Brasil e sempre entra nos campeonatos para conquistar títulos. Nesse tempo, foram apenas estaduais, inclusive eu estava no último, em 2010. Vamos continuar trabalhando para tentar acabar com esse jejum neste ano. O Brasileiro ficou distante, mas na Copa do Brasil temos as mesmas chances dos demais''.

Último dez de ofício

''Acho que há outros jogadores com muita qualidade na função de dez, como Gustavo Scarpa, Diego, Lucas Lima e muitos outros. Além do Jadson e do Ganso, que saíram recentemente''.

Fim de carreira no Grêmio

''Todo mundo sabe o carinho e identificação que tenho pelo Grêmio. Seria uma honra poder encerrar a carreira aqui, mas ainda não pensei nisso. Tenho muitos anos pela frente e muita lenha para queimar''.

Douglas está na sua segunda passagem pelo Grêmio. Se destacou no São Caetano em 2007 e também passou duas vezes pelo Corinthians. Seu contrato com o Grêmio termina no final deste ano.


Técnico do Corinthians Sub-20 elogia nova postura com a base no clube
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Alexandre Praetzel

O Corinthians subiu quatro jogadores das categorias de base para o profissional, na última semana. O volante Ameixa, os meias Rodrigo e Matheus e o atacante Léo Jabá começaram a trabalhar com Fábio Carille. O blog entrevistou o técnico do Sub-20, Osmar Loss, sobre a filosofia do clube e o desafio de revelar e aproveitar futuros garotos. Leiam abaixo.

É importante revelar jogadores ou ganhar títulos

''Sem dúvida nenhuma, o mais importante é revelar jogador. Agora, o tem que ficar muito claro, que não, necessariamente, uma exclui a outra possibilidade, principalmente, se a gente botar como foco principal a revelação de talentos. Para a gente revelar, a gente terá que formar bons jogadores e formando bons jogadores, normalmente, se consegue chegar nas decisões, nas partes decisivas das competições. Em contraponto, se a gente começar a pensar em só chegar às decisões, a gente não formará jogadores com alta qualidade e também corre o risco de não chegarmos nos momentos decisivos das competições''.

Momento de subir um garoto para o profissional

''A questão de estar pronto ou não estar pronto, eu não vejo esta palavra como bem colocada para a base. Eu acho que um atleta, ele efetivamente, está constantemente em evolução. Alguns atingem a maioridade emocional e a qualificação técnica mais cedo do que outros, mas mesmo assim, continuam em evolução. Então, acho que esse é um chavão que a gente deveria começar a deixar de lado. O que se coloca, talvez, seja a necessidade pelo fato de com 20 anos o jogador não pode mais jogar na base. Tem um limite etário e não um limite técnico na maioria dos casos. Os principais quesitos que a gente observa para ver se um jogador está melhor preparado do que outro são o componente técnico, o entendimento do jogo e muito importante, se emocionalmente ele está bem equilibrado.

Poucos foram aproveitados no Corinthians, após muitos títulos

''Eu não vejo como tão poucos assim sendo aproveitados nestas três temporadas que eu estive no clube. Comparado com que o Corinthians aproveitava antes da minha chegada, acho que a gente até está superando bem as expectativas. Eu acho que nós estamos passando por um processo de reformulação, o Corinthians está fazendo um bom investimento na base, fruto disso é o CT , que está em fase final de construção e o espaço que a cada temporada a base vem ganhando no time profissional. É uma mudança bastante brusca, talvez, de filosofia, passar a usar a base com maior incidência. Acho que é um processo natural. Nada a gente consegue mudar de uma hora para a outra. Não podemos deixar o fato histórico de que o Corinthians é um time comprador. Jamais vai deixar de ser, até pelo potencial financeiro que tem, mas eu acho que o espaço que a gente vem tendo da base para o profissional, ele vem evoluindo de acordo com a mudança de filosofia que o Corinthians vem fazendo. Acho que nos próximos três, quatro anos, quem sabe a gente não vai estar tratando deste assunto como uma novidade. O Corinthians mantendo esta idéia e esta filosofia de formação de atletas e integração base/profissional, vai ser um processo muito natural estar dentro do profissional do Corinthians''.

Nomes que se tornarão realidades

''É muito difícil a gente poder apontar jogadores nesta fase de maturação. Até porque nos dois últimos anos a gente tem tentado trabalhar no Corinthians com jogadores jovens, tentando diminuir até um pouquinho a margem de 20 para 19 anos, deixando sempre pelo menos um ou dois anos de evolução. A gente teve os jogadores que foram promovidos agora recentemente. Certamente, há alguns jogadores ali que podem num futuro próximo se destacar, mas apontar nomes é até uma chance muito maior de errar do que acertar, até porquê o controle não está conosco''.

Técnico da base tem o objetivo de ir para o profissional

''Tem. Eu acredito que todo treinador de base tem o objetivo de ser treinador de equipe principal, profissional. Por mais que hoje as categorias de base venham tendo um investimento e uma conotação tão profissional quanto o futebol profissional, da equipe principal, ainda assim eu acredito que todos os treinadores têm este intuito de um dia se tornarem treinadores das equipes principais dos seus clubes. Para mim, não é diferente. Eu tenho sim e estou me preparando cada vez mais, me qualificando cada vez mais, buscando me aperfeiçoar, cada dia mais, conhecendo muitas filosofias de jogo e as estruturas de clubes do futebol brasileiro e mundial''.

Osmar Loss comandou o Bragantino, no início da Série B de 2015, na parceria do clube com o Corinthians. Ficou pouco tempo e retornou para a base. Na sua gestão, despontaram nomes como Léo Príncipe, Maycon, Matheus Pereira, Guilherme Arana, Marciel e Gabriel Vasconcellos. No entanto, apenas Arana teve aproveitamento maior no time principal.

 


Corinthians tem time mesmo para ser sétimo lugar no Brasileiro
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Alexandre Praetzel

O Corinthians está na 7ª posição do Campeonato Brasileiro com 41 pontos, após a derrota para o Fluminense. Acredito que seja a colocação correta pelo time que permaneceu no CT Joaquim Grava. Nenhum clube no mundo aguenta perder 20 jogadores em nível de titularidade e elenco, num intervalo de oito meses. Façam a mesma coisa em grandes europeus e as chances de títulos e bons resultados serão obras do acaso.

Claro que ainda existe a Copa do Brasil, onde nem sempre a melhor equipe levanta a taça. Agora, da foto oficial do Brasileiro de 2015, só restaram Cássio, Fágner, Elias e Uendel, na formação principal. Elias já foi embora em agosto. As reposições ficaram bem abaixo e diminuíram a qualidade corintiana. Nomes que eram coadjuvantes em outros lugares, chegaram para o protagonismo no Corinthians e sentiram o peso e a responsabilidade.

Então, as cobranças devem recair sobre a diretoria, que adotou o discurso de uma vaga para a Libertadores da América, no mínimo. Algo distante da realidade para quem também troca de técnico depois de 17 partidas e segue na busca por um novo comandante no mercado. Só com pensamento mágico para dar certo.


Palmeiras é líder por competência e trabalho coletivo
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Alexandre Praetzel

O Palmeiras vai manter a liderança isolada do Brasileiro por mais uma rodada, após a vitória de 2 a 1 sobre o Coritiba. Não repetiu a ótima atuação contra o Corinthians, mas mostrou eficiência e uma linda jogada ensaiada no segundo gol.

Acredito que o Palmeiras não tenha uma equipe brilhante tecnicamente. Depende bastante do coletivo e tem cinco jogadores que atuam com extrema regularidade: os zagueiros Mina e Vitor Hugo, os meias Moisés e Tchê Tchê e o atacante Gabriel Jesus. É meio time, praticamente. Isso dá consistência para os outros corresponderem. Dudu cresceu também, após um início de altos e baixos.

Cuca tem mérito em extrair o máximo que pode do elenco, bem montado em termos de quantidade, apesar de não haver um substituto à altura de Jean, na lateral-direita. Exige e dá confiança para todos. Leandro Pereira voltou a marcar, também pela insistência do treinador.

Quando chegou ao clube, Cuca cravou que o Palmeiras seria campeão brasileiro. Eu achei loucura num primeiro momento, depois da fraquíssima campanha na Libertadores da América. Por enquanto, tem confirmado a profecia. São 11 decisões pela frente para quebrar um jejum de 22 anos do título brasileiro. Se o futebol não é vistoso e maravilhoso, existe competência de sobra. E num torneio de pontos corridos, competentes podem levantar taças, mesmo que não sejam admirados e enaltecidos pela torcida e imprensa.

 

 


Abel Braga não descarta futebol paulista em 2017 e diz que Inter não cai
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Alexandre Praetzel

Abel Braga pretende voltar ao trabalho, em 2017. Em entrevista exclusiva ao blog, o técnico falou sobre seus planos, o momento de interromper um trabalho e a situação delicada do Inter, time que ele treinou seis vezes e tem grande identificação. Acompanhem abaixo.

Trabalhar no futebol paulista em 2017

''Não sei. Voltando né, passou aquele problema da rescisão do contrato que eu tive lá nos Emirados. Pronto, agora estou totalmente habilitado. Aconteceram muitas coisas aqui no futebol brasileiro, houve chances, mas eu penso assim, você quando começa um trabalho, você tenta montar uma equipe de jogadores dentro das características que você vai usar como estratégia, sistema de jogo. Aí não deu certo com um treinador, não deu certo com o segundo, será que vai dar certo com o terceiro? Não acho legal, sabe, ficar pegando no meio. Nos últimos 14 anos, o único clube que eu peguei no meio, que me esperou três meses, foi o Fluminense, em 2011. Vieram os resultados, entramos na Libertadores e no ano seguinte ganhamos o Carioca, ganhamos o Brasileiro. Depois no Inter, começando também do início, né, poxa, campeão gaúcho, botamos na Libertadores, ficamos em terceiro lugar no Brasileiro. Então, você vai vendo, acho que o meu raciocínio é certo né. Eu não tenho, não quero ser protagonista, não sou, nunca fui, protagonista é jogador. Então, não me acho milagreiro, não me acho nada disso. Prefiro pegar no início, né, até no momento de ser cobrado, ser cobrado de forma mais justa''.

Momento de interromper um trabalho ou dispensar um treinador

''Existe. não tenha dúvida. Existe, porque isso tudo é muito complexo, mas é claro também que você treinador tem que se adaptar à filosofia do clube, algum tipo de projeto que foi criado, isso tudo tem que ter possibilidade de acontecer. Então, existe porque existem momentos que a coisa não vai bem, isso também tem que ter consciência disso. Eu tenho um negócio comigo assim porque quando você é contratado, tudo é mil maravilhas. Pô, o diretor é gente boa, o cara é correto, o presidente é simpático, o cara gosta do treinador e da conversa com o treinador. Depois, quando as coisas não tiverem acontecendo, tem aquele problema, o cara não quer te mandar embora porque tem a multa rescisória. Eu não tenho multa. Eu não trabalho com multa porque da mesma maneira que o clube tem essa liberdade de mandar embora na hora que quiser, eu também tenho a opção e a possibilidade de sair no momento que eu achar adequado ou propício''.

Inter ameaçado de rebaixamento 

''Nós estamos falando ainda num momento muito duro, muito difícil, mas está delicado, mas não vai cair. Não vai cair porque o Celso é bom, a equipe é boa, está readquirindo a confiança e o torcedor vai abraçar. O que eu já vi no jogo contra o Santos, fiquei maravilhado, os caras levantaram mesmo, abraçaram os jogadores e isso vai ser um grande diferencial''.

Abel Braga treinou o Inter em 2014, quando classificou o time para a Libertadores da América. Não permaneceu por decisão do presidente eleito Vitório Píffero. Agora, aguarda propostas para 2017. No futebol paulista, treinou apenas a Ponte Preta, em 2003.

 


Zago confirma assédio de outros times e espera ser grande técnico no Brasil
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Alexandre Praetzel

O técnico do Juventude, Antonio Carlos Zago, concedeu entrevista exclusiva ao blog. Ex-zagueiro de grande qualidade e gerente de futebol do Corinthians, Zago falou sobre o confronto com o São Paulo, pela Copa do Brasil, e o seu trabalho à frente do Juventude, time que ele defendeu em 2006. Acompanhem abaixo.

Enfrentar o São Paulo em transição

''O momento de transição era quando nós enfrentamos o São Paulo no jogo do Morumbi. Se eu não me engano, ali fazia cinco dias que o Ricardo tinha assumido, não sei, uma semana. Agora não, agora já tem padrão de jogo que o Ricardo colocou para a equipe. Então, é um time que talvez possa estar passando um momento difícil, mas na minha opinião, não é mais um time em transição''. (O Juventude venceu o primeiro jogo por 2 a 1, no Morumbi)

Momento do Juventude

''Cara, o time neste ano praticamente passa por uma reestruturação. Houve uma mudança na diretoria. O trabalho vem sendo bem feito por todos. O Juventude, queira ou não queira, é uma camisa de força né, um time que tem uma história no futebol brasileiro, mas assim, nos últimos cinco anos vinha passando por uma situação muito difícil. Esse ano não. Esse ano, nós chegamos à final do Campeonato Gaúcho, o time vem bem na Copa do Brasil, sendo que também o nosso principal objetivo é a Série C, é recolocar o Juventude na Série B do Campeonato Brasileiro. Trabalhamos direitinho em cima da política do clube, que é uma política de revelar jogadores. Hoje, contamos com 18 jogadores das categorias de Base no elenco profissional. Então, o clube vai devagar se reestruturando e a gente espera conquistar nosso principal objetivo, que é recolocar o Juventude na Série B''.

Treinadores brasileiros

''Em relação aos treinadores, talvez tenha dado uma pequena melhorada nos últimos anos, né, até pela própria cobrança da imprensa em cima dos treinadores. Eu vejo nós ainda atrás até dos argentinos. Você vê hoje na Europa, cinco, seis treinadores argentinos dirigindo grandes equipes no futebol europeu e você não vê um brasileiro. A gente espera que devagar possa ir melhorando cada vez mais o nível dos treinadores aqui no Brasil''.

Assédio de outros clubes e planejamento para 2017

''Lógico que quando você faz um bom trabalho como vem sendo feito aqui no Juventude, aparecem propostas né. Apareceram de clubes da Série B, de três clubes da Série A, mas eu resolvi permanecer no Juventude por ter praticamente construído toda a equipe, por ter dado a minha palavra ao presidente, que iria permanecer até o final e dar sequência ao trabalho aqui. Acho isso importante para a carreira de um treinador. Então, planejamento por enquanto nenhum ainda. O planejamento nosso é terminar bem a Série C e recolocar o Juventude na Série B. Depois, a gente vai pensar no que vai fazer o ano que vem''.

A função mais difícil entre técnico, jogador e gerente de futebol

''Função do treinador. Tudo cai em cima do treinador. Quando você tem os resultados que não te ajudam, é o primeiro a ser mandado embora. A cobrança por parte até da própria imprensa é sempre muito grande em cima dos treinadores. Por isso que treinador precisa ter tempo para trabalhar. Não é num mês que você vai fazer com que os jogadores entendam aquilo que você quer. Você precisa de tempo, estrutura, e assim é a função mais difícil, por tudo que envolve o dia-a-dia do treinador. Você tem várias pessoas sobre o seu comando  e não é fácil você comandar um grupo grande como o de jogadores. Então, é uma responsabilidade grande, e mesmo sendo a função mais difícil, é uma profissão na qual eu tenho muito orgulho de exercer, até porque me preparei para isso. Fiz cursos na Europa e espero um dia vir a ser um dos grandes treinadores do futebol brasileiro''.

No Brasil, Antonio Carlos Zago surgiu bem no São Caetano, em 2010, e depois foi contratado pelo Palmeiras, onde ficou pouco tempo. Reapareceu no Juventude, este ano. Foi vice-campeão gaúcho e pode levar o Juventude à Série B, após o time ficar mais de cinco anos ausente das principais divisões.