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Wesley encaminha rescisão com o SP e recebe sondagens de clubes da Série A
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Alexandre Praetzel

Wesley e São Paulo encaminharam a rescisão de contrato do jogador. O compromisso iria até dezembro de 2018. A relação entre Wesley e a diretoria já vinha desgastada, desde a invasão do CT da Barra Funda, por torcedores uniformizados, dia 27 de agosto de 2016. Na ocasião, Wesley foi agredido junto com Michel Bastos e Carlinhos e o presidente Leco minimizou o incidente.

Wesley chegou ao São Paulo em março de 2015, após deixar o Palmeiras, onde participou de 102 partidas com 12 gols marcados, de 2012 a 2014. No tricolor, disputou 80 partidas e marcou dois gols.

O blog apurou que Wesley já foi sondado por três times da Série A do Brasileiro, nenhum deles do futebol paulista. Existe ainda a possibilidade de se transferir para um clube do futebol árabe.

Wesley está com 30 anos e foi revelado pelo Santos, aparecendo com qualidade no time campeão paulista e da Copa do Brasil, em 2010, liderado por Neymar, Ganso e Robinho.


O São Paulo de hoje me lembra o Palmeiras de 2014
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Alexandre Praetzel

O São Paulo está ameaçado de rebaixamento, sim. Tem apenas 12 pontos em 42 disputados e estreou um treinador, na 13ª rodada. Para quem acompanhou a trajetória difícil de times grandes ameaçados, nos últimos anos, o São Paulo me lembra o Palmeiras de 2014, salvo na última rodada daquele ano, favorecido por um tropeço do Vitória contra o Santos.

Em 2014, após 14 jogos, o Palmeiras era 14º colocado e tinha 14 pontos, dois pontos à frente do lanterna Coritiba, numa disputa absurda na parte de baixo da tabela. O São Paulo tem 12 pontos e é o 18º.

O Palmeiras escapou com 40 pontos. Provavelmente, o número subirá em 2017.

O São Paulo está com seis estrangeiros no elenco. O Palmeiras tinha sete e contratou quatro argentinos no meio do ano: Tobio, Mouche, Allione e Cristaldo.

O tricolor ainda está em formação e ninguém consegue dizer quais são os titulares. O Palmeiras nunca teve um time estruturado e penou até o fim.

Rogério Ceni caiu na 11ª rodada, Pintado ficou um jogo como interino e Dorival Jr. chegou. No Palmeiras de três anos atrás, Gilson Kleina caiu na 3ª rodada. Alberto Valentim foi interino até a parada da Copa do Mundo e o argentino Gareca assumiu, dispensado depois de nove jogos do Brasileiro. Dorival Jr. foi contratado e comandou a equipe em 20 partidas.

Acredito que o São Paulo tem melhores jogadores e elenco em relação ao Palmeiras, mas as situações são bem parecidas. Os dois planejamentos foram equivocados. O São Paulo ainda tem gente para estrear e Rodrigo Caio pode sair a qualquer momento. Reforços não estão descartados. Dorival iniciou com tempo para tirar o tricolor do Z4, mas já admite preocupação com o momento delicado e pouco tempo para treinar, a curto prazo.

A nível de comparação, o Palmeiras que terminou o Brasileiro de 2014 foi escalado com Fernando Prass; João Pedro, Lúcio, Nathan (Victorino) e Vítor Luiz; Gabriel Dias, Renato, Wesley (Cristaldo) e Valdívia; Mazinho (Mouche) e Henrique Dourado.

Acho que Renan Ribeiro; Bruno, Arboleda, Rodrigo Caio e Júnior Tavares; Jucilei, Petros, Gomez e Cueva; Wellington Nem e Pratto é uma formação superior, mas não tem provado isso e vive uma fase técnica terrível. As coincidências podem aumentar pelo pensamento de futebol equivocado, nas duas ocasiões. A diferença é que o Palmeiras já conhecia o gosto amargo da segunda divisão. O São Paulo ainda não. Então, é bom o São Paulo tomar cuidado, porque muitas vezes os presidentes rivais copiam o que há de pior nos adversários. A história já mostrou isso.


Doriva vê SP com risco de queda e Ceni com potencial para ser técnico
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Alexandre Praetzel

O Atlético-GO é o último colocado do Campeonato Brasileiro, após 13 partidas. Treinado por Doriva, o “Dragão” luta para deixar a lanterna e vê o São Paulo como penúltimo colocado. Doriva foi ídolo do São Paulo como jogador, campeão da América e do mundo, em 1993. Também comandou o tricolor como técnico por apenas oito jogos, em 2015. Em rápida entrevista ao blog, Doriva acha que o São Paulo corre risco de rebaixamento e ainda vê Rogério Ceni com potencial para dirigir outras equipes. Acompanhem.

São Paulo corre risco de ser rebaixado?

Com certeza, se não reagir, todos nós. Nós, que estamos ali na parte de baixo da tabela, corremos riscos. Tem que reagir. Lógico, mesmo que seja nosso concorrente, a gente torce para que isso aconteça. O São Paulo é uma grande equipe. Com certeza, o Dorival vai trazer um novo ânimo para o clube. As trocas sempre favorecem isso e a gente espera que eles possam reagir, assim como nós.

A demissão do Rogério Ceni te surpreendeu?

Ele foi tratado como treinador, né. Como todos os treinadores no Brasil. A gente sabe que isso não vai ficar manchado na história dele, porque a história dele é gigante, linda. Foi um grande atleta, está iniciando a carreira dele como treinador. A gente deseja que ele se recupere, possa fazer novos trabalhos em outros clubes, experimentar, porque isso, com certeza, vai trazer um amadurecimento para ele.

Você acha que uma greve de treinadores proposta pelo Abel Braga, é uma boa ideia contra o tratamento dado aos profissionais?

Olha, não sei se a greve seria o ideal. Porém, eu acho que tem ser feita alguma coisa. A classe está muito unida, como nunca teve e merece respeito.

Neste domingo, o Atlético-GO recebe o Atlético-MG, no Estádio Olímpico, em Goiânia.


Presidente remunerado pode ser dispensado por má gestão?
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Alexandre Praetzel

Quando me transferi para São Paulo, em julho de 2007, o São Paulo era o maior clube da América do Sul. Vinha dos títulos da Libertadores da América e Mundial, em 2005, e encaminhava o bicampeonato brasileiro, chegando ao tri, em 2008. Tinha time, elenco, planejamento e estrutura.

Dez anos depois, tudo mudou. O terceiro mandato do ex-presidente Juvenal Juvêncio determinou um golpe aprovado pelos conselheiros, como se as coisas fossem eternas e o São Paulo não precisasse se renovar. De lá para cá, manobras políticas e péssimo pensamento sobre futebol. Se auto intitulou “Soberano” e trouxe a ira dos rivais e adversários, como se não precisasse se modernizar.

Hoje é mais do mesmo. Não há um planejamento na principal área do clube. Jogadores são vendidos e trazidos aos montes e o São Paulo segue sem dinheiro e equipe formada. Lembro que Lucas Moura foi negociado por incríveis 40 milhões de euros, em 2013, e a gestão financeira continuava ruim. Agora, poderá bater em 200 milhões de reais e amarga a penúltima colocação no Brasileiro com pífios 11 pontos conquistados.

O estatuto mudou e o discurso de “profissionalismo” surgiu. O presidente Leco é remunerado com R$ 27 mil mensais. Acho justo, para quem se dedica integralmente, com um Conselho de Administração formado por seis membros, com ganhos de R$ 5 mil para cada, através de uma reunião a cada 30 dias. Mas as cobranças também devem ser feitas em cima de resultados, nos gabinetes.

A pergunta que fica é: Presidente remunerado pode ser dispensado, por má gestão? Numa empresa, é assim que funciona. Se não houver resultados, cai o principal executivo. Não sei se seria a melhor atitude para o São Paulo, mas a omissão dos conselheiros e a falta de visão num gigante do continente, determinam a situação atual.

Rogério Ceni foi escolhido para agradar a torcida e garantir uma vitória nas urnas para mais um mandato de três anos. O risco foi grande e o “Mito” já foi embora. O São Paulo pode e vai reagir, mas sem nenhuma garantia de que permanecerá na Série A com total tranquilidade.

Dez anos depois, não imaginava ter que escrever essas palavras. Ninguém é invencível e insubstituível.


Ex-auxiliar de Ceni critica Leco e diz que trocas no time motivaram saída
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Alexandre Praetzel

Michael Beale chegou ao São Paulo, como auxiliar de Rogério Ceni. O novo treinador do time queria trazer trabalhos e métodos diferentes aos treinamentos, com a chegada de um profissional europeu. Oito meses depois, Beale pediu demissão, antes da dispensa de Rogério Ceni. Em entrevista ao blog, Michael Beale detalhou os motivos da sua saída, criticando a gestão do presidente Leco e a falta de planejamento no clube. Confira a seguir.

Qual a causa principal da tua saída? É verdade que você teve divergências de idéias com Pinotti sobre a venda de jogadores?
“Não. Eu nunca tive nenhuma comunicação direta com Vinicius, sobre jogadores. Rogério foi a pessoa que falou com os diretores na compra e venda de jogadores. Minha frustração foi que tivemos muitas mudanças de jogadores. Foi muito difícil construir uma equipe. Mas eu não discuti ou entrei em desacordo com alguém no clube. Eles tomaram decisões que eu não pensei que eram boas para a equipe e não permitia qualquer planejamento de longo prazo. Então eu pedi para sair. Se você olhar para Grêmio ou Corinthians – eles não mudam e eles podem construir uma equipe. O São Paulo tem bons jogadores, mas não uma equipe, porque o elenco muda com muita frequência”.

Qual foi a principal mudança que houve do projeto inicial para aquele que você desistiu? Você pensou em sair em março e desistiu pelo Rogério?
“Em março, tive uma decisão a fazer porque tive uma excelente oferta para retornar à Inglaterra. Mas, naquele momento tivemos um início muito forte com apenas uma derrota em 10 jogos. Nós mudamos o estilo de jogo da temporada anterior e fomos agressivos em nossos objetivos marcantes. Minha preocupação era apenas na organização no clube e não havia nenhum planejamento claro a longo prazo. Eu não estava acostumado com isso. O plano para o time e o negócio não estavam vinculados tão próximos quanto deveriam. Mas, eu vim ao Brasil para trabalhar em um ótimo clube, então naquele momento eu esperava ajudar para mudar as coisas. Os jogadores estavam muito motivados e Rogério estava funcionando bem”.

Como europeu, valeu a pena ter trabalhado num grande clube do Brasil ou estamos muito atrasados em relação à Europa?
“Foi um prazer trabalhar no Brasil. É o país que é amado em todo o mundo por causa do futebol. Foi uma experiência excelente para mim pessoalmente. Sinto falta dos jogadores e comissários na Barra Funda. Meu português melhorou especialmente em palavras específicas de futebol e tive um bom relacionamento com todos os que trabalhavam na equipe. A organização de clubes no Brasil é muito diferente da Europa e o horário do jogo está muito congestionado. Essas coisas não ajudam o desenvolvimento do campeonato brasileiro. Mas eu gostei de tudo e espero voltar e trabalhar mais no Brasil no futuro. O potencial para mudar e desenvolver o futebol é enorme. Os jogadores jovens são excelentes para trabalhar”.

É verdade que antes do jogo contra o Flamengo, a diretoria pediu para não escalar o Cueva por que o jogador estava próximo de ser negociado?
“Saí na sexta-feira e não estava no treino no sábado. Eu acho que isso não é verdade. Cueva sempre quis jogar e é uma pessoa muito boa no centro de treinamento. Ele tem personalidade, que é importante. Não creio que o Pinotti solicitasse isso a Rogerio. A equipe já havia perdido Thiago Mendes para esse jogo”.

Rogério Ceni será um bom treinador, na tua opinião? O estilo de trabalho dele te lembra qual profissional?
“Na minha experiência dentro do São Paulo, o trabalho de técnico foi o mais difícil que eu poderia imaginar no futebol. Em 34 jogos (antes de sair), vendemos 180 milhões em jogadores, tivemos tantas mudanças no elenco e também trouxemos sete jogadores da base para jogar pela primeira vez na equipe principal. Nas semanas internacionais, também perdemos grandes jogadores por dois ou três jogos por vez. Então, acho que julgar Rogério nesses 34 jogos com tantas coisas instáveis ​​não é correto. Ele é um treinador que gosta de estar no campo com os jogadores. Ele acredita em dar oportunidades aos jovens jogadores. Ele queria desenvolver um estilo de jogo mais próximo dos grandes times da Europa. Creio que em um trabalho diferente ele vai fazer um grande sucesso. O São Paulo não foi um clube fácil para o técnico – a história mostra que o treinador muda muito nos últimos oito anos”.

O dia-a-dia dos treinos foi respeitado pelos atletas ou houve reclamações internas com os métodos adotados? 
“Não vi nenhum jogador infeliz. No último mês, eu via os grandes jogadores frustrados com os outros grandes jogadores saindo. Isso é natural e aconteceria em qualquer equipe. Se você quer ganhar, você precisa construir uma “espinha” forte para a equipe”.

Voltarias a trabalhar no futebol brasileiro ou seguiria com o Rogério em novos desafios, dentro ou fora do Brasil?
“Sim. Estou concentrado nos bons momentos. Gostei de viver no Brasil e as pessoas são muito amigáveis. Se o projeto é bom e tem um plano de longo prazo. Então eu gostaria de voltar e trabalhar novamente no Brasil”.

Como você define a gestão e o presidente Leco?
“Uma pergunta difícil de responder porque não quero criar nenhum drama. O São Paulo é um ótimo clube e estou orgulhoso de trabalhar lá. Eu só desejo sucesso no futuro. Eu não tenho um relacionamento com ele. bom ou mau. Eu acho que ele quer o melhor para o SPFC. Ele é um fã da equipe. Mas não está funcionando para ele neste momento. Os fatos não mentem. Muitos jogadores saem e chegam sem um plano que os fãs entendam. Não apenas este ano. Então suas palavras sobre dar ao treinador “todas as condições para trabalhar” são falsas com base em fatos. Eu acho que o maior erro é não dar clareza ao plano para o clube. Para dar aos fãs a honestidade na direção do clube financeiramente e no campo. Ele perdeu uma grande oportunidade com Rogério para mudar a direção. Mas eu espero que ele possa ter sucesso. Dorival é um treinador muito bom e quero sucesso para as pessoas dentro do clube e torcedores”.

Pintado vai comandar o São Paulo, domingo, contra o Santos. Dorival Jr. assume o cargo, segunda-feira, para estrear diante do Atlético-GO, quinta-feira, no Morumbi.


Dorival Jr.: “Conversa com Pinotti foi boa. Ele falará com o presidente”
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Alexandre Praetzel

Dorival Jr. e Vinicius Pinotti, diretor de futebol do São Paulo, conversaram em Florianópolis, nesta terça-feira. O treinador passou tudo que pensava a respeito do tricolor e agradou o dirigente. Pinotti está retornando para a capital paulista para conversar com o presidente Leco e bater o martelo para a contratação do treinador, até dezembro de 2018.

Em contato exclusivo com o blog, Dorival deixou claro que ainda não há nada acertado. “Conversamos sobre possibilidade de trabalho. Pinotti está voltando para São Paulo e vai falar com o presidente. Não discuti reforços e o que me parece, não haverá saídas de outros atletas”, afirmou.

Dorival também confirmou que caso haja o acordo, trabalhará com o seu filho Lucas Silvestre e o preparador físico, Celso Resende. A respeito de Pintado, atual interino são-paulino e integrante da comissão técnica fixa, Dorival deixou o assunto para a diretoria.

Sobre a comentada saída de Rogério Ceni, Dorival não entrou em muitos detalhes, apenas reconhecendo que os resultados determinam a continuidade ou não de um trabalho, durante o bate-papo com Pinotti.

Dorival deixou o Santos dia 04 de junho, depois da derrota para o Corinthians. No Santos, foi campeão paulista e vice-campeão brasileiro, em 2016.

 


Empresário de Lucão afirma: “SP não valoriza e não sabe o que tem em mãos”
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Alexandre Praetzel

A diretoria do São Paulo afastou o zagueiro Lucão e aguarda propostas para negociá-lo. A causa foi a declaração do jovem atleta de que estaria “indo embora e que não se preocupava com as vaias da torcida”, após a derrota para o Atlético-MG, no Morumbi. Lucão foi tratado como indisciplinado e não vestirá mais a camisa do São Paulo, segundo os dirigentes. O blog entrevistou o tio de Lucão, Jeferson Silva, responsável pela carreira do zagueiro, desde os 12 anos de idade. Com exclusividade, Jeferson reclamou do tratamento dado à revelação de Cotia e prevê Lucão empregado nos próximos dias. Acompanhem.

O Sr. confirma multa ao Lucão?

“Foi multado em 20%. Não quer dizer que o jogador está certo ou eles também. Cada um tem o direito de interpretar da maneira que pensa. Se é certo ou errado, não seremos nós que vamos dizer”.

O Sr. acha que Lucão errou?

“Ele não errou de forma alguma. Se ele falou aquilo lá, é consequência do que o clube está passando. Para o jogador desabafar daquela maneira, alguma coisa tem. Fica a dúvida, né? Praticamente o criei. O São Paulo não sabe o que tem nas mãos. Eles não conhecem o jogador. Se conhecessem, tratariam ele de outra maneira. Têm muitos clubes que acham isso”.

Lucão tem propostas para sair?

“Lucão, desde que ele completou 16 anos e tinha opção de assinar um contrato pela lei, é conhecido mundialmente. Até hoje tem propostas de clubes da Europa, desde os 16 anos. Será que o jogador está errado? Eu estou atrás desta resposta até hoje”.

O que o Sr. achou da postura da diretoria do São Paulo?

“Eu acho isso uma falta de profissionalismo, justamente pelo currículo do atleta. É formado nas categorias de base. O São Paulo deu educação, mas não reconhece o que tem na mão. A pessoa, o profissional. Eles não sabem o que têm nas mãos”.

Lucão não joga mais pelo São Paulo?

“Foi o que eles disseram. Do jogador não veio isso. O sonho de qualquer um em Cotia é jogar no profissional e ser vitorioso, ídolo. Se isso não aconteceu, todo mundo sabe do histórico do Lucão. Pegou profissionais competentes, todo mundo falará bem. Não tem ninguém do Sub-12 até o profissional, para falar nada do menino. Desde 2015, fez 84 partidas, incluindo várias competições. Subiu com 17 anos, encarou Milan, Benfica, Bayern de Munique. Será que o problema está no jogador? Será que ele iria jogar isso tudo fora? Jamais. Ele foi trabalhado por mim desde pequeno. Muitos não estão preocupados com a índole do jogador. Ele fez trabalhos diferenciados, mas infelizmente na hora do clube abraçar o jogador, isso não aconteceu”.

Qual o futuro do Lucão?

“Hoje o clube dele é o São Paulo. Ele jamais vai esquecer e até hoje tem muito a agradecer. Tem contrato até 2019 e vai cumprir. Temos uma janela abrindo, tem seis partidas pelo Brasileiro. Não posso fechar nenhuma porta. O futebol muda muito rápido. Tudo pode acontecer”.

Lucão está com 21 anos. Disputou 85 jogos e marcou dois gols.


Thiago Mendes sobre possível saída do SP: “O presidente que pode explicar”
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Alexandre Praetzel

O São Paulo pode negociar mais jogadores na janela do meio do ano. Depois do zagueiro Maicon, Thiago Mendes é o candidato a sair. O jogador recebeu uma proposta do Lille da França e gostou, mas o São Paulo não quis liberar pelos valores oferecidos. O blog entrevistou Thiago Mendes com exclusividade, a respeito das chances de deixar o São Paulo e o momento conturbado do time no Campeonato Brasileiro. Confira.

Vocês estão abalados pela má campanha ou é o momento de pensar em algo maior para o São Paulo?

“Olha, o momento do São Paulo, é um momento onde estamos cinco jogos sem vencer. Então, acho que nenhuma equipe queria estar passando por essa situação que estamos passando. Acho que o São Paulo ainda briga. Começou o campeonato agora, temos pontos ainda para disputar e temos que tirar bastante pontos de quem está na frente. Eu acho que nós temos que trabalhar e colocar o pé no chão, porque ainda tem muito campeonato pela frente”.

Vocês têm a consciência de que o treinador demora mais a ajustar o time, quando muita gente chega no meio do ano?

“Isso o Rogério Ceni não tem culpa nenhuma. Quem tem culpa somos nós. Nós que estamos dentro de campo, nós que estamos jogando, que estamos errando e esses pequenos erros que estão acontecendo são falta de atenção da nossa parte. Vocês puderam ver, numa falta boba, saiu o lance do gol do Fluminense. Então, são erros que não tem como explicar. Eu acho que nós temos que colocar a cabeça no travesseiro, refletir esses erros que a gente está tendo e trabalhar na semana para não acontecer”.

Ainda é uma realidade você ser negociado na janela do meio do ano?

“Olha, eu não posso te dizer muita coisa. Eu acho que isso, o presidente que pode te explicar. Tudo que chega, chega para ele. Só ele pode te explicar isso”.

Você quer ficar no São Paulo ou você pode sair?

“Olha, isso deixo para o presidente, mas eu estou com a cabeça focada no São Paulo e é esse trabalho que estou fazendo para ajudar o São Paulo a sair mais rápido dessa situação”.

O Lille é treinado por Marcelo Bielsa, que vem fazendo uma reformulação no elenco. Luiz Araújo foi negociado com os franceses. Thiago Mendes chegou ao São Paulo, em 2015. Disputou 142 jogos e marcou 11 gols pelo tricolor.


Pintado admite dificuldades para remontar o SP e saídas de outros jogadores
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Alexandre Praetzel

O São Paulo está na 16ª posição do Campeonato Brasileiro com 11 pontos, um à frente do Bahia, primeiro time na zona de rebaixamento. A situação constrange e incomoda todos os tricolores. No ambiente interno, a ordem é se fechar, trabalhar e vencer, mesmo que as coisas não estejam dando certo. O blog entrevistou Pintado, auxiliar de Rogério Ceni, com exclusividade. O ex-campeão tricolor admitiu as dificuldades em remontar o time, as chances de saídas de atletas e a busca pela correção de vários erros. Confira a seguir.

Situação do São Paulo incomoda, neste momento?

“É muito incômoda. Estamos buscando forças. A gente está tentando todos os dias encontrar esse caminho para sair dessa situação. Eu acho que não tem outro jeito, a não ser, continuar trabalhando, resolvendo algumas questões importantes também”.

Quais questões seriam, por favor?

“Ideia de ter sempre uma equipe mais competitiva. Enquanto isso não acontece, a gente acaba buscando melhorar algumas situações. Detalhes dentro e fora de campo, precisamos solucionar. Isso faz muita diferença num campeonato difícil como é o Brasileiro”.

É difícil remontar um time em meio ao Brasileiro, com muita gente chegando?

“É um detalhe importante. Acho que a gente deve planejar esse tipo de situação porque essas mudanças não são apenas de pessoas que chegam. É um detalhe muito importante porque dentro de campo, cada vez mais você precisa de um conjunto, de um conhecimento interno, um conhecendo o outro para que você possa superar as dificuldades”.

São Paulo deve perder mais gente na janela do meio do ano?

“Eu acredito que possa acontecer. Mas de qualquer maneira, o problema não é perder, o problema é você planejar esse tipo de situação. Não existe um clube no Brasil hoje, que não tenha que fazer nenhum negócio. Não é diferente no São Paulo. São Paulo é um grande clube, sempre vai ter esse tipo de situação. Nós precisamos estar atentos para que não nos pegue de supresa. Se você planeja algum tipo de situação, você não vai ser surpreendido e isso a gente está tentando fazer”.

São Paulo está 15 pontos atrás do Corinthians. É para tanto assim?

“No momento, sim. No momento, a gente está vendo essa realidade. Matemática exata. O Corinthians tem mais que o dobro de pontos da gente. Se você analisar friamente, talvez não deveria estar tão distante assim, mas nós pagamos pelos nossos erros. Então, acho que aí a gente tem que tentar corrigir para não deixar isso aumentar”.

O São Paulo tem dois adversários difíceis, nas próximas rodadas. Enfrenta Flamengo e Santos, fora do Morumbi. Novos tropeços deixarão a equipe entre os quatro piores, certamente. O zagueiro Maicon vai para o Galatasaray da Turquia. Outros jogadores podem ser negociados até 31 de agosto.


Rogério Ceni é igual aos outros. Depende de resultados para se manter no SP
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Alexandre Praetzel

Rogério Ceni é um dos maiores nomes da história do São Paulo e reverenciado por sócios, torcedores e dirigentes. Mas essa idolatria ganha recesso, quando os resultados não aparecem dentro de campo. Não é uma análise simplista. A cultura resultadista brasileira funciona assim e pode transformar grandes ídolos em simples seres mortais. E não será diferente com Rogério Ceni.

O dia-a-dia do treinador é visto como muito bom, com a busca pelo aprimoramento técnico e tático do elenco. As atuações recentes contra os Atléticos não foram ruins. No entanto, duas derrotas e o tricolor despencou na classificação, ficando um ponto à frente da zona de rebaixamento.

Qualquer presidente de clube brasileiro começa a Série A, olhando para a parte de baixo da tabela. O principal sempre é estar longe da 17ª colocação e próximo dos 45 pontos, para depois relaxar nos gabinetes. O São Paulo já viveu situação parecida em 2013 e não hesitou em demitir Paulo Autuori, com dois meses de retorno ao Morumbi.

Eu acho que não tem que mudar, mas as informações vindas de bastidores, indicam que nem Rogério Ceni vai aguentar, se o São Paulo entrar no Z4, após a rodada de domingo. O jogo diante do Fluminense virou uma decisão para Ceni. Mesmo que o planejamento da direção seja péssimo e o São Paulo mude a fotografia em meio ao campeonato, pela segunda vez consecutiva. Isso é debate para nós.

Leco não pensará duas vezes em demitir Ceni, para tentar salvar a gestão. Afinal, o São Paulo nunca caiu, mas já viu outros caírem, com o mesmo discurso. Rogério Ceni está na berlinda, definitivamente.