Roberto de Andrade vê legado positivo e promete apoiar Andrés
Alexandre Praetzel
Roberto de Andrade está no seu último ano de gestão como presidente do Corinthians. O mandatário corintiano pode fechar o seu ciclo com dois títulos brasileiros e um paulista, em três anos. No entanto, pede cautela com os próximos jogos, acreditando que a queda técnica do time faz parte do futebol. Em entrevista exclusiva ao blog, Roberto admite que não esperava um sucesso tão grande dentro de campo, espera deixar o clube em melhor situação financeira e garante apoio a Andrés Sanches, caso ele seja o candidato da Situação, em fevereiro de 2018. Confira a seguir.
Corinthians com título bem encaminhado para o Sr.?
Olha, não dá para frisar, nem afirmar que será campeão. Está muito bem encaminhado, concordo, mas faltam ainda diversos duelos pela frente. Todos os jogos são difíceis como esse do São Paulo. Conseguimos um ponto fora, importantíssimo. É continuar trabalhando.
O time teve uma queda técnica?
Não, acho que não. São circunstâncias de cada jogo. Os adversários também se preparam melhor para enfrentar o Corinthians, acredito eu. Vai aprendendo a forma de marcar. Isso dificulta um pouco. Enfim, faz parte.
Se houvesse árbitro de vídeo, o resultado seria outro?
Eu acho que sim. Nessa soma de erros, pelo menos no que a minha mente lembra, nós tivemos dois jogos que seriam seis pontos, mesmo que você tire o do Vasco, que teria anulado, teríamos um saldo positivo de três pontos. Ajudaria.
Árbitro de vídeo é uma necessidade?
Eu acho que sim. Eu acho que a polêmica no futebol não vai acabar com o árbitro de vídeo, até porquê não serão todos os lances que serão submetidos ao árbitro de vídeo. Mas aqueles lances cruciais que mudam o resultado do jogo, acho que vão ajudar bastante.
O Sr. está indo para o final da sua gestão. Imaginava que pudesse ganhar dois brasileiros e um Paulista, em três anos?
Lógico que não, mas todo o time que entra em campo, entra para ganhar. O Corinthians não é diferente disso. Todos os anos, desacreditado por vocês, desde 2015, o Corinthians chegou em 2015 e se Deus quiser, vamos chegar agora também em 2017. Está bom, o saldo é positivo.
Como o Sr. resume sua gestão em todos os sentidos?
Acho que pelas circunstâncias do país, pelas dificuldades financeiras que a gente enfrenta, com tudo, considero muito boa.
O Sr. vai deixar um bom legado financeiro?
Acho que legado não. Acho que uma situação financeira melhor do que estava. Por tudo, como eu já disse, o balanço é bastante positivo.
Andrés Sanches será candidato à presidência? O Sr. pretende apoiá-lo?
Até agora, não está definido, mas acredito que sim. Lógico que vou apoiar o candidato do meu grupo. Se for o Andrés, sem problema.
Os candidatos de oposição são bons? Eles têm alguma chance?
Acho que todos têm chances. Por enquanto, não tem nenhuma candidatura oficializada, então não dá para a gente falar em quem serão os adversários. Todos reúnem possibilidades e chances, sim.
Corinthians mudará muito o elenco para 2018?
Não, ainda é cedo para a gente estar falando isso. Hoje, não existe nenhuma negociação em andamento, nada. Pode ser que a gente perca alguns atletas, mas não existe nada certo.
Roberto de Andrade foi diretor de futebol nas gestões de Andrés Sanches e Mário Gobbi. Passou por uma ameaça de impeachment, mas foi mantido no cargo, após vitória no Conselho Deliberativo. Na sua gestão, o Corinthians teve quatro técnicos: Tite, Cristóvão Borges, Oswaldo de Oliveira e Fábio Carille. Renovou com o último por duas temporadas.